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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

ALBEIRO VARGAS ROMERO - UM EXEMPLO DE SOLIDARIEDADE

Por Antonio de Oliveira - Serrinha - Bahia.

Um garoto colombiano, criado num bairro pobre da Cidade Bucamaranga, na tenra idade (aos nove anos), sentindo a necessidade de assistência aos velhinhos desamparados pelos governantes e até mesmo pelos familiares, convidou outras crianças e fundou uma associação de caráter assistencial aos idosos.


Junto com seu grupo de aproximadamente doze coleguinhas: meninos e meninas, com as idades aproximadas à sua, visitavam os velhinhos das favelas, levando alimentação e até cuidando da higiene dos que estavam acamados. Porém o seu desejo era construir uma instituição para abrigar os mais necessitados. Após uma TV local elaborar e exibir um documentário sobre o trabalho realizado por um grupo de crianças de menos de dez anos, a França tomou conhecimento e enviou verba para Albeiro cumprir o seu objetivo: construir o desejado abrigo para idosos.


Albeiro (que chamamo-lo de Alveiro aqui no Brasil), construiu uma grande Instituição que hoje abriga cento e quarenta velhinhos, homens e mulheres, onde ele mesmo vive ali proporcionando toda assistência necessária para a boa qualidade de vida de um povo necessitado.

Formou-se em Medicina, tendo como especialidade Gerontologia, que sempre fora o seu sonho.

Na verdade o MENINO ALVEIRO é um exemplo de solidariedade num mundo de tanta indiferença com os idosos, especialmente ao observarmos o sentimento de uma criança de nove anos enfrentando um trabalho filantrópico tão delicado e árduo em meio a uma comunidade carente.


Enquanto muitos políticos da nossa terra estão "fazendo uma buraqueira nas finanças do País", conforme afirma o poeta Carlos Araújo, vemos no País vizinho (Colômbia), um menino de menos de dez anos interessado em curar as "feridas" dos pobres velhos da sua Comunidade.

Suministrada / VANGUARDIA LIBERAL

Hoje, Alveiro Vargas está com 35 anos e feliz da vida por haver realizado um sonho de criança: cuidar dos velhinhos de Bucamaranga - sua Cidade Natal.

Gostaria que os leitores do blog do Mendes assistissem o documentário ALBEIRO - O ANJO DA COLÔMBIA.

https://www.youtube.com/watch?v=rE8Phg3lL44
Grato,

Antonio José de Oliveira reside em Serrinha no Estado da Bahia. É pesquisador do cangaço

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SOBRE OS BRAÇOS ABERTOS DO MANDACARU

Por Rangel Alves da Costa*

Escrevi um pequeno texto sobre os braços abertos do mandacaru e resolvi ampliá-lo. E por razões pessoais de um sertanejo que ama sua terra, sua paisagem, sua vegetação espinhenta e sedutora. Também porque além da catingueira, do sol devastador e da lua tão bela, há a vegetação cactácea que está por todo lugar: na beira da estrada, em meio à vereda, no quintal, nos descampados, dividindo espaço com os tufos de mato. Reconhecendo-se o mandacaru como a absoluta feição sertaneja.

De nome científico Cereus jamacaru, o mandacaru se adaptou de tal modo às condições climáticas da aridez sertaneja que ali fez casa e moradia. Não só passou a conviver com o meio como se fez reconhecer majestoso, verdadeiro soberano do sertão. Rei e guerreiro, humilde e atrevido. Seu porte altivo, seu corpo fino encoberto de espinhos pontudos, amedronta e acolhe ao mesmo tempo. Na sua flor e no seu fruto estão os modos de compartilhamento com os outros seres da natureza.

Não possui folhas nem copa, não é lugar bom para que o viajante se deite ao redor do seu tronco para descansar. É espécie solitária, paciente e esperançosa. Parece mesmo alheia a tudo o que acontece ao redor, seja sertão verdejante ou esturricado. Mas é sentimental, amorosa, cativante. E ai de se perguntar aos pássaros, abelhas e meninos sertanejos sobre tais características. Acaso fosse somente egoísta, indiferente e insensível, não daria os frutos que dá nem enfeitaria tanto a paisagem com suas flores maravilhosas.

 Os seus frutos e folhas servem de alimentos para pássaros e abelhas sertanejas, mas também ao humano ávido por experimentar alimento diferente e tão colorido ou mesmo matar a fome quando de suas caminhadas sertões adentro. Os seus frutos surgem ao longo de seus braços, pendendo como bagas avermelhadas chegando ao violeta, de carne esbranquiçada misturada a minúsculas sementes. Já suas flores, nascendo nas partes superiores, são brancas com leves tons amarelados, mas podendo ser também avermelhadas. Ao primeiro sol da manhã, nada mais belo e encantador que avistar uma flor de mandacaru.


Sobre as flores do mandacaru, há de se dizer ainda de seu contraste com a própria planta. Enquanto o cacto possui resistência e longevidade, sua flor não dura mais que um dia de vida, ou menos que isso. Desabrocha ainda na noite, mostra-se toda imponente ao alvorecer, mas já começa a murchar após a forte claridade do sol incidir sobre suas pétalas. E murchando vai até cair. Mas sempre dando tempo para que o sertanejo aprecie e vele aquela beleza que se despede para o renascimento. E renascer na chuva, pois dizem que flor de mandacaru chama trovoada ao sertão.

Mas o mandacaru, cacto símbolo maior do sertão, carrega em si outras simbologias verdadeiramente maravilhosas. Simboliza a permanência, a força, a esperança, a tenacidade, o suportar as agruras sem esmorecer ou definhar de vez. Simboliza a beleza, a majestade sertaneja, a demonstração da pujança na sua flor. Sim, pois mandacaru tem flor e não há flor mais bela que a do mandacaru. Ao alvorecer, quando toda mataria entristece de sequidão, a flor é avistada no alto ou nas pontas de suas mãos, de forma singela e esplendorosa, ávidas por um beijo do primeiro pássaro que surgir.

Simboliza ainda a terra seca, a sequidão de gente e de bicho, a paisagem matuta no seu sofrimento. Quando tudo morre, quando tudo padece, quando tudo desesperança de vez, lá ele estará em meio ao tempo na sua altivez inabalável. E de braços abertos. Neste gesto a simbologia maior: a fé sertaneja. O mandacaru, sempre de braços abertos, levantados em direção aos espaços, erguidos rumo aos céus, representa a fé maior de todo o sertão. É um mandacaru ser sertanejo, como pessoa que roga, que pede e implora, que diuturnamente se mantém na mesma posição de clemência divina.

Neste gesto de prece, de clamor, de louvação, implorando que as chuvas logo caiam para diminuir o sofrimento de seu meio e de seu povo, silenciosamente faz sua invocação que sempre começa assim: Oh Deus de misericórdia, em nome de São José Sertanejo e Maria de Entre Nós, tende compaixão do homem, do bicho, do chão sofrido, da vida que queima, que sente fome e sede, que tanto espera de Ti um simples gesto em forma de pingo d’água. Fazei, pois, que, de pingo a pingo, o sertão renasça para a glória maior de seus filhos, estes devotos e penitentes pelos caminhos de tanta e toda fé...

Assim, chegando ao sertão e percebendo que se encontra num imenso templo de fé e religiosidade, o viajante não durará para encontrar candelabros espalhados por todo lugar. Ali os mandacarus de braços abertos em eterna louvação.

Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com

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LIVROS DO ESCRITOR GILMAR TEIXEIRA


Dia 27 de julho de 2015, na cidade de Piranhas, no Estado de Alagoas, no "CARIRI CANGAÇO PIRANHAS 2015", aconteceu o lançamento do mais novo livro do escritor e pesquisador do cangaço Gilmar Teixeira, com o título: "PIRANHAS NO TEMPO DO CANGAÇO". 

Para adquiri-lo entre em contato com o autor através deste e-mail: 
gilmar.ts@hotmail.com


SERVIÇO – Livro: Quem Matou Delmiro Gouveia?
Autor: Gilmar Teixeira
Edição do autor
152 págs.
Contato para aquisição

gilmar.ts@hotmail.com
Valor: R$ 30,00 + R$ 5,00 (Frete simples)
Total R$ 35,00

http://josemendespereirapotiguar.blogspot.com.br
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EM MEMÓRIA DE UM CANGACEIRO

Acervo do pesquisador Antonio Corrêa Sobrinho

Por Sodré Viana

Aqui estou hoje para tirar o meu chapéu de couro, o meu chapéu de jagunço, em reverência à memória do cangaceiro Antonio Silvino, morto de morte natural em Campina Grande, na Paraíba.

Ele foi o último legítimo cavaleiro andante do sertão. Erra – e erra iniquamente – quem o inclui no rol dos bandidos. Não se pode julgar um homem senão em função do meio em que lhe coube viver. Antonio Silvino, qualquer que tenham sido os seus atos, foi apenas uma expressão do grupo humano a que pertenceu. O Nordeste do seu tempo estagnara-se em plena Idade Média. A vontade onipotente dos coronéis correspondia, em essência e de fato, à onipotente vontade de um senhor feudal da era dos Mendes e Moniz portugueses. O povo, desamparado, devia escolher entre a submissão total ou a revolta declarada. Escolhia a primeira – porque não é impunemente que se traz no costado quatro séculos de servidão. Mas, nas escuras, fétidas palhoças de vaqueiros, de tropeiros, de trabalhadores dos eitos, nunca deixou de lavrar, surda e tenaz, a amargura em face de tanto arbítrio.

Dos lenhos que se consomem nas fogueiras costumam saltar fagulhas. Também saltam fagulhas das comunidades opressas. Algumas se perdem, apagam-se na trajetória. Outras, no entanto, ateiam incêndios.
Antonio Silvino foi uma destas. Ergueu-se do seio torturado da sua gente, vagalumeou pelo escuro da noite social sertaneja, a princípio indecisamente, depois mais forte e mais forte, até se converter num foco tão ardente e tão rubro que se diria uma estrela de sangue no céu impassível da caatinga.

Matou, sim. Pilhou. E qual o guerrilheiro que jamais se viu na contingência de pilhar para prosseguir na luta?

Mas nunca se soube que ele houvesse cometido uma atrocidade deliberada contra os humildes e fracos. Tomem os folhetos em que os cantadores narram a sua vida: a aura de simpatia que unge esses versos rudes e belos é um testemunho expressivo.

O mesmo não se pode dizer quanto à altitude dos vates caboclos em face das volantes policiais que o perseguiam. Eis como um deles narra o desfecho de combate de Santa Luzia, travado a 19 de fevereiro de 1901:
“No mesmo dia prenderam

Dois que vinham desarmados,
Que eram dos cangaceiros
Os dois mais desanimados.
Não fizeram resistência
Rendendo obediência
Aos perigosos soldados.
Aqui estiveram calados
Sem falar mal de ninguém,
Até que foram levados
Por ordem não sei de quem.
Foram entregues ao Talentino
E no outro dia o sino
Rezou por eles também...”
Não me parece preciso pôr mais na carta. Para a massa – os soldados é que eram perigosos...

Bandidos foram os “Cacundos”, foi Lucas da feira, foi Zé Baiano – monstros ávidos de dinheiro e de carnagem. Antonio Silvino, como Jesuíno Brilhante, com tantos outros, encarnou uma daquelas “forças desvairadas” que, de volta de Canudos, Euclides denunciou inultimente à atenção, ao estudo e à boa vontade dos idólatras da civilização litorânea, idólatra que agora, felizmente, sofreu alguns golpes mortais.


São esclarecimentos necessários. Porque a maioria dos homens do Sul ainda é capaz de supor que “entende de Nordeste” – porque ouve as emboladas do Sr. Manezinho Araújo...

Fonte: facebook

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CONHEÇA O MUSEU DO SERTÃO - MOSSORÓ

https://www.youtube.com/watch?v=igna8hjzX9Q&feature=youtu.be&app=desktop

Enviado em 26 de out de 2015
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Licença padrão do YouTub

Enviado pelo poeta, escritor e pesquisador do cangaço José Edilson de Albuquerque Guimarães Segundo

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RESQUÍCIOS SOBRE A MORTE DO CANGACEIRO CORISCO.


Texto extraído do Livro CORISCO – A SOMBRA DE LAMPIÃO de Sérgio Augusto de Souza Dantas.

“Cessam-se, em seguida, os disparos.

O oficial, lentamente, se aproxima dos feridos. Dadá, apesar de se contorcer de dor, está consciente e atenta à aproximação dos soldados. Um destes percebe que ela está viva. Brada um xingamento e diz que vai matá-la. A mulher, em resposta, lhe vocifera um desaforo. O Tenente Rufino manda que ele saia dali. A cangaceira lhe roga para não ser torturada:

- Olhe, peço pelo amor de sua família, pode até me matar, mas não deixe ninguém judiar de mim. E ele respondeu, dizendo que ninguém tocava em mim”. (Soares, 1984: 79).

Em seguida o militar se acerca de Corisco. O estado do velho cangaceiro é grave. A exposição das vísceras e a respiração descompassada autenticam a delicadeza do quadro. Rufino indaga:

- Por que não se entregou? Eu lhe garanti a vida!

Não sou homem para me entregar! Prefiro morrer!

Sabe quem sou eu? 

Não! Não sei!

Sou o Tenente José Rufino!

As feições de Corisco se tornam carregadas de ódio. A partir dali não pronuncia mais qualquer palavra. Cerra os olhos. Parece surpreso com aquela revelação. Possivelmente jamais imaginara que o velho chefe de Volante fosse caçá-lo naqueles confins”.

CONTINUA...

Este livro está disponível para venda e para adquiri-lo, basta entrarem em contato com o Professor Francisco Pereira Lima (Cajazeiras/PB) através do e-mail franpelima@bol.com.br

Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador)

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OBJETOS DO CANGAÇO


Facão com extremidade do cabo em formato de cabeça de Águia que pertenceu a Lampião.

Peça que foi encontrada entre os pertences do Rei do Cangaço após o episódio de Angico em 28 de julho de 1938.

Foto: Livro ESTRELAS DE COURO – A ESTÉTICA DO CANGAÇO de Frederico Pernambucano de Melo.

Fonte: facebook
Página: Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador)
Grupo: Cangaço

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GEOGRAFIA DE ALAGOAS

Por Clerisvaldo B. Chagas,15 de fevereiro de 2016 - Crônica Nº 1.504

Professor de Geografia por mais de 30 anos, tinha o desejo de jovem de escrever um livro “Geografia de Alagoas”. O desejo foi abafado pelo tempo, pelas próprias circunstâncias do dia a dia.

O último grande livro sobre o assunto, minha “Bíblia” geográfica, foi publicado em 1965. Daí para cá, livros pequenos e cheios de boa vontade têm aparecido, mas não trazem a enciclopédia dos anos 60, mesmo não atualizada, pois nessa Matéria, basta um dia para desatualizar algumas dos milhares de anotações.

MACEIÓ EM TARDE CHUVOSA. Foto (Clerisvaldo).

Mas não é que o desejo abafado voltou e explodiu! Pensei em formar uma equipe composta de um professor de Geografia, auxiliar, um cartógrafo (ou semelhante), um fotógrafo profissional e um motorista para planejar e percorrer todas as microrregiões do estado, dormir em pousadas e hotéis com base nos estudos de campo, mediante patrocínio. Para mim seria o último livro da literatura documental, após escrever tantos documentários, voltando às origens dos romances.

Não tive coragem, ainda de fazer os convites a essas pessoas que são de Santana do Ipanema, valorizando-as. Tenho na mente, porém, a professora de Geografia (ex-aluna) a qual convidarei e os demais. Aguardo apenas redigir a parte teórica que assoberba de tantas informações nessa Era da Internet.

Um trabalho do porte pretendido, não se gasta menos de um ano, considerando as diversas fases de um documento tão importante para o estado de Alagoas. Tendo iniciado nos fins de janeiro, debruçado noite e dia sobre várias fontes, praticamente acha-se terminada com ressalva a parte relativa à natureza: relevo, clima, vegetação, hidrografia, geologia e solo. O nosso conhecimento da parte Ocidental do estado e boa fatia da banda Oriental, tem facilitado em muito o trabalho que não deixa de ser penoso, solitário, mas divertido.

Dos meus professores de Geografia, Ernande Brandão, Alberto Agra, (Santana) Rildo e Danilo (Arapiraca) e José Pinto de Araújo (Santana), continuam vivos apenas Rildo e José Pinto. Pretendo entregar-lhes o livro pronto para apreciação, será!

Esse trabalho tem tirado a sequência diária de crônicas, apresentadas em sites e blogs. Fazer o quê? Livros são livros. As dificuldades são imensas para o êxito da empreitada, mas no baseamos na frase sertaneja: Não correr antes de conhecer o bicho. Tenho dito.

http://clerisvaldobchagas.blogspot.com.br/2016/02/geografia-de-alagoas.html

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UMA FOTO MACABRA...!


A cabeça do cangaceiro CANÁRIO, que foi morto pelo companheiro PENEDINHO, e que foi exposta ao público na cidade de Serra Negra em 01-X-1938.

Fonte: Livro: Entre a Espada e a Lei, do autor Dr. Sérgio Dantas.

Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta

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