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terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Floresta esteve em festa


Centenário de Neco de Pautília

No ultimo dia 21 de Dezembro o povo desta bela cidade tava nem aí proconverseiro de fim de mundo. Era dia de prestigiar um ilustre filho.  

Além do lançamento de "Lembrar e escrever não é só querer" livro que resguarda para sempre suas memórias, nosso amigo Manoel Cavalcanti de Souza, completou 100 aninhos de vida, e 78 de matrimônio com dona Maria Ribeiro. 
Veja alguns flagrantes. Por Alaíde Cavalcanti, (Filha)




Móveis, objetos, utensílios e ferramentes de trabalho que ajudam a contar a trajetória de vida do seu Neco.


Impossibilitado de escrever por conta da perda da visão seus filhos se encarregaram das dedicatórias.



Homenagem de parentes e amigos.



Nosso enviado especial foi o amigo professor Pereira,
(6º da esquerda para a direita).



Bote o homi pra falar...




Derrama senhor, derrama sobre eles o seu amor...



Neco de Pautília é o que podemos chamar de uma celebridade anônima. Sendo um dos últimos soldados da volante pernambucana ainda vivo, e com o mérito de ter lutado no front em cinco combates.

O velho guerreiro também foi homenageado pelos seus familiares com uma música do poeta alagoano Zé de Almeida. São 14 minutos contando toda a sua história, inclusive alguns dos combates que teve com Lampião. Destaque para o terrivel Fogo de Maranduba emjaneiro de 1932 aqui no Sergipe.

Uma outra peleja não menos importante resultou de uma emboscada mal sucedida ao seu comércio onde o bravo Neco teve de encarar sozinho um pequeno grupo de cangaceiros.

Então, aumente o volume, conheça uma saga de alegrias, tristezas,mas sobretudo de muita coragem!

Feliz Natal minha gente... E tome xote!!!


Para adquirir o livro, falar com Alaíde Cavalcanti (filha de Seu Neco), Contatos (87) 9927 5853. ou pelo email:alaidecavalcanti@hotmail.com
Vídeo pescado no Canal do YouTube de Carla Rogéria Rosa Ferraz.

http://lampiaoaceso.blogspot.com

Feliz Natal

Por: Clerisvaldo B. Chagas

FELIZ
NATAL

CLERISVALDO B. CHAGAS – AUTOBIOGRAFIA
ROMANCISTA – CRONISTA – HISTORIADOR - POETA

Clerisvaldo Braga das Chagas nasceu no dia 2 de dezembro de 1946, à Rua Benedito Melo ( Rua Nova) s/n, em Santana do Ipanema, Alagoas. Logo cedo se mudou para a Rua do Sebo (depois Cleto Campelo) e atual Antonio Tavares, nº 238, onde passou toda a sua vida de solteiro. Filho do comerciante Manoel Celestino das Chagas e da professora Helena Braga das Chagas, foi o segundo de uma plêiade de mais nove irmãos (eram cinco homens e cinco mulheres). Clerisvaldo fez o Fundamental menor (antigo Primário), no Grupo Escolar Padre Francisco Correia e, o Fundamental maior (antigo Ginasial), no Ginásio Santana, encerrando essa fase em 1966.Prosseguindo seus estudos, Chagas mudou-se para Maceió onde estudou o Curso Médio, então, Científico, no Colégio Guido de Fontgalland, terminando os dois últimos anos no Colégio Moreira e Silva, ambos no Farol Concluído o Curso Médio, Clerisvaldo retornou a Santana do Ipanema e foi tentar a vida na capital paulista. Retornou novamente a sua terra onde foi pesquisador do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Casou em 30 de março de 1974 com a professora Irene Ferreira da Costa, tendo nascido dessa união, duas filhas: Clerine e Clerise. Chagas iniciou o curso de Geografia na Faculdade de Formação de Professores de Arapiraca e concluiu sua Licenciatura Plena na AESA - Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde, em Pernambuco (1991). Fez Especialização em Geo-História pelo CESMAC – Centro de Estudos Superiores de Maceió (2003). Nesse período de estudos, além do IBGE, lecionou Ciências e Geografia no Ginásio Santana, Colégio Santo Tomaz de Aquino e Colégio Instituto Sagrada Família. Aprovado em 1º lugar em concurso público, deixou o IBGE e passou a lecionar no, então, Colégio Estadual Deraldo Campos (atual Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva). Clerisvaldo ainda voltou a ser aprovado também em mais dois concursos públicos em 1º e 2º lugares. Lecionou em várias escolas tendo a Geografia como base. Também ensinou História, Sociologia, Filosofia, Biologia, Arte e Ciências. Contribuiu com o seu saber em vários outros estabelecimentos de ensino, além dos mencionados acima como as escolas: Ormindo Barros, Lions, Aloísio Ernande Brandão, Helena Braga das Chagas, São Cristóvão e Ismael Fernandes de Oliveira. Na cidade de Ouro Branco lecionou na Escola Rui Palmeira — onde foi vice-diretor e membro fundador — e ainda na cidade de Olho d’Água das Flores, no Colégio Mestre e Rei.
  Sua vida social tem sido intensa e fecunda. Foi membro fundador do 4º  teatro de Santana (Teatro de Amadores Augusto Almeida); membro fundador de escolas em Santana, Carneiros, Dois Riachos e Ouro Branco. Foi cronista da Rádio Correio do Sertão (Crônica do Meio-Dia); Venerável por duas vezes da Loja Maçônica Amor à Verdade; 1º presidente regional do SINTEAL (antiga APAL), núcleo da região de Santana; membro fundador da ACALA - Academia Arapiraquense de Letras e Artes; criador do programa na Rádio Cidade: Santana, Terra da Gente; redator do diário Jornal do Sertão (encarte do Jornal de Alagoas); 1º diretor eleito da Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva; membro fundador da Academia Interiorana de Letras de Alagoas – ACILAL.
Em sua trajetória, Clerisvaldo Braga das Chagas, adotou o nome artístico Clerisvaldo B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios, Alagoas, Luís B. Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seu trabalho. Pela ordem, são obras do autor que se caracteriza como romancista: Ribeira do Panema (romance - 1977); Geografia de Santana do Ipanema (didático – 1978); Carnaval do Lobisomem (conto – 1979); Defunto Perfumado (romance – 1982); O Coice do Bode (humor maçônico – 1983); Floro Novais, Herói ou Bandido? (documentário romanceado – 1985); A Igrejinha das Tocaias (episódio histórico em versos – 1992); Sertão Brabo CD (10 poemas engraçados).



Até setembro de 2009, o autor tentava publicar as seguintes obras inéditas: Ipanema, um Rio Macho (paradidático); Deuses de Mandacaru (romance); Fazenda Lajeado (romance); O Boi, a Bota e a Batina, História Completa de Santana do Ipanema(história); Colibris do Camoxinga - poesia selvagem (poesia).
Atualmente (2009), o escritor romancista Clerisvaldo B. Chagas também escreve crônicas diariamente para o seu Blog no portal sertanejo Santana Oxente, onde estão detalhes biográficos e apresentações do seu trabalho.

(Clerisvaldo B. Chagas – Autobiografia)

http://clerisvaldobchagas.blogspot.com.br

LUIZ GONZAGA E O RIO GRANDE DO NORTE


Autor: Kydelmir Dantas


Já está à venda na LIVRARIA NOBEL

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http://blogdomendesemendes.blogspot.com

O SEU MELHOR PRESENTE (Crônica)

Por: Rangel Alves da Costa(*)
 Rangel Alves da Costa

O SEU MELHOR PRESENTE 


De repente toca a campainha e na porta estará uma belíssima cesta de natal: docinhos, chocolates, geleias, panetones, brioches, além de vinhos, outras bebidas importadas, flores e uma reluzente joia. E um cartão com os seguintes dizeres: Que este presente reflita bem a pessoa que você é! 

De outro modo, simplesmente chegam à sua casa para uma visita e levam à mão um embrulho requintado, cheio de enfeites e lacinhos, dizendo que é o presente de final de ano, e ao abrir encontra as mais agradáveis e maravilhosas surpresas: a poesia de Florbela Espanca, um CD antológico do MPB4, uma Bíblia Sagrada em dourada brochura. Ou outras dádivas das lembranças. Mas eis que surge a indagação: será este o seu melhor presente?



Creio não seja demasiada intromissão perguntar se você realmente merece o presente encontrado com tanto esforço e adquirido com tanto carinho; se suas ações, gestos e atitudes condizem com o oferecimento de tão preciosa lembrança; se a pessoa que tem mostrado ser verdadeiramente merece uma recordação tão cativante.

Não sei como você é, realmente nada sei sobre você. Engana-se quem diz conhecer o outro como a palma da mão, principalmente porque, muitas vezes, nem a própria pessoa se reconhece, sabe verdadeiramente quem é. E um presente a ser oferecido a alguém assim só pode ser imaginado a partir de duas premissas: imaginar o que poderia ser ou mentir a si mesmo, no intuito de agradar.

Realmente não sei se uma pessoa egoísta mereça uma flor da manhã; por outro lado sei qual presente daria àquela que nunca faltou amizade. Verdadeiramente não sei se vale a pena agradar, agindo por pura bajulação, presenteando quem se esforça para fugir da presença; e por outro lado sei quanto vale o esforço para agradar aquele descrito no poema: Oh, quanto me agrada quem me reconhece na escuridão

Contudo, quem oferece o que bem deseja nada tem a ver com o merecimento, ou não, de quem recebe. Presume-se, de toda sorte, que aquilo oferecido reflete a consideração que a pessoa tem com relação ao presenteado. O que importa aqui, pois, não é saber do seu mérito, mas simplesmente indagar se intimamente você se reconhece como pessoa merecedora.

Pensar assim envolve outros aspectos. Mesmo que você se ache com valor suficiente para o que recebeu, e que pela pessoa que é poderia receber o mais valorizado presente, ainda assim – ao menos neste momento – preferia ser lembrada com uma lembrancinha mais simples, mais singela. Como um ramalhete faria bem ao seu coração, como uma mera bijuteria faria bem ao espírito.

Pessoas de bom coração, que pautam sua existência pela valorização de aspectos como humildade, companheirismo, amor verdadeiro e reconhecimento do próximo, geralmente são aquelas que renegam o luxo, joias reluzentes, modismos exacerbados. A estas bastam, tantas vezes, o prazer da presença, o compartilhamento, um abraço afetuoso, uma palavra amiga

Diferentemente de outras que se impõem valores – pois pessoas egoístas, orgulhosas, vaidosas, verdadeiramente chatas -, aquelas de sublime coração veem sempre com outro valor o presente recebido. E tal valor certamente está distante da importância material, do quanto o outro gastou ou do que acham que realmente merecem.

Houve um tempo em que as lágrimas chegavam aos olhos quando o carteiro entregava o cartãozinho de natal. Não está muito distante quando alguém se enchia de felicidade ao receber um calendário de bolso ou de parede, uma pequena agenda, uma garrafa de sidra. Mas hoje ninguém corra o risco de entregar – somente – um cartãozinho de natal. E então ressurge a sabedoria dos velhos brocardos: Ó tempore, ó mores! Que tempos, que costumes nesse nosso corrompido tempo!

 
No sertão de onde vim as singelas lembrancinhas sumiram de vez. Em Nossa Senhora do Poço Redondo há muito que não se fala mais em toalha bordada à mão, em passadeira produzida artesanalmente com renda de bilro, em bonecas de panos, em um punhado dos frutos da terra. Atualmente, da infância à velhice outra coisa não prevalece que não os modismos tecnológicos.

Será que os meus conterrâneos, nos dias atuais, gostariam de ser presenteados com um chapéu de couro ou um cantil de matar a sede, ou ainda, quem sabe, um alforje de caçador? Talvez quisessem também. Mas primeiro o celular recém-lançado ou a televisão de plasma. Merecem ter tudo, porém desde que não afastem de si a simplicidade, o encanto singelo da vida.


(*) Meu nome é Rangel Alves da Costa, nascido no sertão sergipano do São Francisco, no município de Poço Redondo. Sou formado em Direito pela UFS e advogado inscrito na OAB/SE, da qual fui membro da Comissão de Direitos Humanos. Estudei também História na UFS e Jornalismo pela UNIT, cursos que não cheguei a concluir. Sou autor dos eguintes livros: romances em "Ilha das Flores" e "Evangelho Segundo a Solidão"; crônicas em "Crônicas Sertanejas" e "O Livro das Palavras Tristes"; contos em "Três Contos de Avoar" e "A Solidão e a Árvore e outros contos"; poesias em "Todo Inverso", "Poesia Artesã" e "Já Outono"; e ainda de "Estudos Para Cordel - prosa rimada sobre a vida do cordel", "Da Arte da Sobrevivência no Sertão - Palavras do Velho" e "Poço Redondo - Relatos Sobre o Refúgio do Sol". Outros livros já estão prontos para publicação. Escritório do autor: Av. Carlos Bulamarqui, nº 328, Centro, CEP 49010-660, Aracaju/SE.



(*)Poeta e cronista

blograngel-sertao.blogspot.com