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sábado, 14 de janeiro de 2012

Acidente com cruzeiro Costa Concordia traz Titanic à memória

Barco da polícia italiana se aproxima de navio cruzeiro enquanto ele ainda estava afundando. Foto: AFP
Barco da polícia italiana se aproxima de navio cruzeiro enquanto ele ainda estava afundando Foto: AFP

O acidente desta madrugada envolvendo um cruzeiro com mais de 4,2 mil pessoas a bordo na ilha italiana de Giglio trouxe à memória o desastre do "Titanic, a mais emblemática tragédia marítima da história. Mais de 1,5 mil pessoas morreram no naufrágio do luxuoso transatlântico britânico que colidiu no dia 15 de abril de 1912 contra um iceberg em frente à ilha de Terra Nova, no Atlântico Norte.

Titanic - Fonte: lolcos.com

O acidente mais grave da história da navegação comercial ocorreu em 20 de dezembro de 1987 no litoral da ilha filipina de Leyte, quando o choque entre a embarcação Doña Paz e um petroleiro causou a morte de ao menos 4,3 mil pessoas. A maior catástrofe naval ocorrida na Europa desde o fim da Segunda Guerra Mundial envolveu a embarcação Estonia, que afundou em 28 de setembro de 1994 no Mar Báltico provocando a morte de 852 pessoas.

Outros acidentes de cruzeiros ao longo da história:

Em 6 de março de 1916, o transatlântico espanhol Príncipe de Astúrias encalhou no litoral de Ilhabela, em São Paulo, e 440 pessoas morreram.

Fonte: G1.globo.com

O italiano Andrea Doria naufragou em 24 de julho de 1956 nas proximidades de Nantucket (Massachusetts), na costa leste dos Estados Unidos, após bater no navio sueco Estocolmo. Cerca de 500 pessoas morreram.

Fonte: simonealine.com

Em 31 de dezembro de 1988, no naufrágio do Bateau Mouche IV, 55 pessoas morreram em frente à praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. O navio tinha 127 pessoas a bordo que planejavam receber o Ano Novo em alto-mar.

Fonte: spinforma.com.br

No dia 20 de junho de 1989 o cruzeiro soviético Maximo Gorki, com 953 pessoas a bordo, a maioria aposentados alemães e tripulantes soviéticos, afundou nas águas do Mar da Noruega, depois da abertura de um buraco no casco causado pela colisão em um iceberg. Não houve vítimas.

Fonte: http://blogue.cruzeirosonline.com/

Em 4 de outubro de 1997 as cerca de 700 pessoas a bordo de um cruzeiro de bandeira greco-cipriota foram resgatadas depois do incêndio do navio em frente à costa do Chipre.Também foram resgatados, em fevereiro de 2001, os 1.706 ocupantes do Mistral, um luxuoso navio francês que afundou perto da ilha de Nevis, em pleno cruzeiro pelo Caribe.

Fonte: http://deluxist.blogspot.com 

Duas pessoas morreram no dia 6 de abril de 2007 no naufrágio do cruzeiro grego Sea Diamond, causado pelo choque da embarcação contra recifes em frente à ilha grega de Santorini. No navio viajavam 1.155 passageiros e 391 tripulantes.

 
Fonte: flogao.com.br

Em 23 de novembro de 2007 naufragou no Oceano Antártico o cruzeiro Explorer, nas proximidades das ilhas Shetland do Sul, ao sul da Argentina, após chocar contra um iceberg. Os 100 passageiros e 54 tripulantes foram resgatados.

Revendo - Gruta de Lampião - Morros, Limoeiro do Norte


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HISTÓRIA DO CEARÁ - LAMPIÃO EM LIMOEIRO DO NORTE

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Poucos acontecimentos de apenas algumas horas perpetuam na história do Ceará, como a passagem de Virgulino Ferreira da Silva, o “Lampião”, por Limoeiro do Norte. O cabra foi posto para correr de Mossoró, no Rio Grande do Norte, onde até hoje festejam a resistência ao cangaceiro. Depois de receber a “chuva de balas” dos potiguares, aceitou os cumprimentos “tensos” dos limoeirenses, no dia 15 de junho de 1927. O rebuliço foi consolado pela “visita em paz” do rei do cangaço nas terras de seu Padim Ciço. Nunca mais Limoeiro foi o mesmo.

“Prefeito de Limoeiro, Urgente. 
Lampião acaba atacar Mossoró. Depois forte resistência conseguimos rechaçá-los, ficando um morto outro prisioneiro. 
Saudação. 
Rodolfo Fernandes, 
Prefeito Municipal”. 

O recado do prefeito de Mossoró chegou em telegrama às mãos de Custódio Saraiva, Juiz de Paz em Limoeiro e responsável por defender o município, dada à ausência do prefeito. Naquela hora seu Custódio almoçava, não comeu mais. Telegrafou para a Secretaria de Polícia, em Fortaleza, que devolveu a batata quente para que “agisse como pudesse”. A cidade foi evacuada imediatamente.

Como era de seu feitio, Lampião entrou no Ceará guiando os fios do telégrafo. O “cabra” cavalgou com seus quarenta e tantos homens (o número é incerto) pela Estrada da Solidão, na Chapada do Apodi. Anísio Batista, morador da Lagoa do Rocha, teria sido o primeiro a ver Lampião e, inclusive, anunciado sua chegada. 

“Então disse Lampião/ vá até Limoeiro/ pergunte às autoridades/ se recebe um forasteiro/ desprovido de maldades/ como um nobre cavalheiro”, 

poetizou Irajá Pinheiro, memorialista local e também membro da Academia Limoeirense de Letras, sobre o encontro inusitado.

Lampião fugiu de Mossoró carregando dois reféns: Dona Maria José do Catolé do Rocha e o Coronel Gurgel, sogro do gerente do Banco do Brasil potiguar. O cangaceiro queria, telegrafando de Limoeiro, cobrar de Mossoró 80 contos de réis como pagamento do resgate dos reféns. “Passei o telegrama para Mossoró, em caráter de urgência, e dentro de poucas horas obtive a resposta: ‘prefeito de Limoeiro, urgente. Seguiu portador, montado a cavalo, conduzindo numerário resgate prisioneiros’”. A informação é do próprio Custódio Saraiva, juiz de Paz, em entrevista ao boletim “Campus”, da Universidade Estadual de Londrina, em 1979, 52 anos depois da visita “ilustre”.

O bando de cangaceiros famintos foi “presenteado” com jantar no Hotel Lucas, no Largo da Igreja Matriz. A Prefeitura mandou matar um boi e sinhá Arcanja, escrava de Custódio, ficou de servir a tropa. Lampião, que não era besta nem nada, mandou gente da cidade provar da comida, pois poderia estar envenenada. Até pensaram em colocar algum negócio no “vinho”, mas desistiram que bandido é cabra esperto. Lampião, então, admirador que era de Napoleão Bonaparte, era “gato escaldado”.

Dizendo estar em paz, já que em terra de Padre Cícero mal algum ele faria, Lampião passeou pela pequena cidade, e, na bodega de Getúlio Chaves, até comprou lenços vermelhos – à época adornavam a indumentária cangaceira. O bandido também levou uma ruma de perfume Quinta-Feira – tinha esse nome por fazer parte da tradição casamenteira e os matrimônios aconteciam nesse dia especial da semana.

Conta dona Lirete Saraiva, filha viva de seu Custódio, que seu pai “foi um homem forte, de encarar Lampião sem arma nem nada, defendendo a cidade”. De outro modo, o jornal “O Ceará”, de Fortaleza, reclamava “humilhação” porque passou Limoeiro por não enfrentar Lampião, enquanto Mossoró havia botado o homem pra correr sob balas.

Lampião era destemido e temido, mas o certo é que estava cercado pelos cearenses. Do telefone do Telegrafo, do qual se “apossou” para mandar seus avisos, ouviu o soar da corneta em Russas. Era a Polícia que já estava pronta para ir para Limoeiro. Não podendo mais esperar a chegada dos 80 contos de réis de resgate dos reféns, os cangaceiros fugiram pela banda dos Morros, onde havia umas pedras identificadas como “Gruta de Lampião”.

No município de Palhano, abandonaram os dois reféns, quando do embate contra os volantes da Paraíba e Rio Grande do Norte. Em seguida, Lampião deixava a região jaguaribana rumo ao Cariri de seu Padim Ciço, dado como o “salvador” do povo de Limoeiro.


Postado por Jaqueline Cordeiro

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Tertuliano Fernandes & Cia. - 15 de Janeiro de 2012


Por: Geraldo Maia do Nascimento

O período compreendido entre os anos de 1860 e 1870 foi de grande desenvolvimento econômico para a então Vila de Mossoró, com a instalação de empresas importadoras e exportadoras do porte das Casas Graff, pertencente ao industrial suíço Johan Ulrich Graff, da M. F. do Monte & Cia, pertencente ao empresário cearense Miguel Faustino do Monte e da Mercantil Tertuliano Fernandes. Foi o período áureo da indústria e do comércio de Mossoró. 
               
O município era emancipado desde 15 de março de 1852, porém o arraial de Santa Luzia do Mossoró, sua sede, por não desenvolver nenhuma atividade econômica que justificasse a medida, passou a categoria de vila, só sendo elevada ao predicamento de cidade em 9 de novembro de 1870, graças ao desenvolvimento comercial e industrial que já apresentava.
               
A S/A Mercantil Tertuliano Fernandes, de propriedade de Francisco Tertuliano de Albuquerque, fundada em 1870, foi uma das maiores indústrias de beneficiamento de algodão do Rio Grande do Norte. E tudo começou com um pequeno comércio de fazendas, ferragens e miudezas, que tinha o nome de F. T. de Albuquerque. O seu fundador, Tertuliano de Albuquerque, era um homem progressista e com raro senso de observação. Aproveitou o potencial econômico de Mossoró, alcançado com a abertura do Porto de Areia Branca, em 1886, para incrementar a exportação de algodão. Era dali que saiam todas as mercadorias exportadas pela Praça de Mossoró. Essas mercadorias eram transportadas até o porto de Santo Antônio, em carros de bois ou comboios, nas costas de burros. Dali, os volumes eram levados em embarcações à vela até Areia Branca, de onde por sua vez, eram transportados em navios, ou ainda em embarcações a vela, de maior calado, para os mercados consumidores.
               
Foi por essa época que a empresa passou a trabalhar também com o sal marinho. O sal produzido em Mossoró era bem conhecido e aceito no sertão, mas no Sul do país se consumia quase que exclusivamente o sal importado de Cádiz na Espanha. Foi preciso muita artimanha dos diretores da empresa para que o sal mossoroense pudesse ser aceito no sul. O primeiro passo foi convencer uma firma sulista a adquirir um carregamento do sal aqui produzido (trezentas toneladas). O convencimento deu-se pela cobrança irrisória do produto. A estratégia era exatamente essa; fazer com que os sulistas percebessem que o nosso sal era tão bom quanto o que era importado. Não queriam lucros imediatos com essa transação. Desejavam ”fazer o mercado” para um produto estacionário. A medida funcionou, pois logo depois o sal de Mossoró ganhava o mercado do sul, já com bases eminentemente comerciais.
               
A S/A Mercantil Tertuliano Fernandes tinha como objetivos sociais a promoção, comércio, transporte, exportação, importação, industrialização de algodão, cera de carnaúba, couros, sal marinho, óleos e sementes oleaginosas, sabão, transporte e navegação, agenciamentos, comissões, representações, consignações, agricultura, pecuária, administração de bens próprios ou alheios e particulares em outras empresas com recursos sociais.
               
A razão social “S/A Mercantil Tertuliano Fernandes” foi constituída em 6 de abril de 1949, em substituição à antiga “Tertuliano Fernandes & Cia.”, remontando a sua fundação ao ano de 1870 quando a partir de então teve as seguintes razões sociais: “F. T. de Albuquerque”, “F. T. de Albuquerque & Cia.”, “Tertuliano Fernandes & Cia.” E, finalmente, “S/A Mercantil Tertuliano Fernandes”. 

Todos os direitos reservados

É permitida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de
comunicação, eletrônico ou impresso, desde que citada a fonte e o autor.

Autor:
Jornalista Geraldo Maia do Nascimento

Fonte:
http://www.blogdogemaia.com


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SALVE ELIANA CALMON, A JUSTIÇA AGRADECE


Publicado em 13/01/12 às 12h14
Do blog Balaio do Kotscho

A melhor notícia de 2012 até agora é a mesma de 2011: apareceu alguém com coragem para abrir a caixa-preta da Justiça brasileira e acabar com a impunidade dos meritíssimos que se julgam acima da lei.

Colocada na parede pelo corporativismo das associações de magistrados e por alguns membros do Supremo Tribunal Federal, no final do ano passado, a ministra Eliana Calmon, corregedora nacional de Justiça, não esperou muito tempo para voltar à luta e dar a sua resposta.

Antes da segunda semana do ano chegar ao final, ela encaminhou relatório ao Supremo Tribunal Federal, em resposta às informações solicitadas em dezembro pelo 

Fonte: onorte.com.br

ministro Ricardo Lewandowski ao suspender as investigações da corregedoria do Conselho Nacional de Justiça.

Calmon anexou ao relatório os resultados do rastreamento feito pelo Coaf, orgão de inteligência do Ministério da Fazenda, que descobriu R$ 856 milhões em "operações financeiras atípicas" (R$ 274 milhões em dinheiro vivo) feitas por 3.426 juízes e servidores no período entre 2000 e 2010.

Está explicado o motivo da revolta de alguns setores do Judiciário, especialmente em São Paulo, por onde começou a fiscalização, contra a corregedora Eliana Calmon, que no ano passado denunciou a existência de "bandidos de toga" e foi acusada por uma quebra generalizada de sigilos fiscal e bancário, o que ela nega veementemente em seu relatório de 46 páginas e nove anexos.

Só nesta quinta-feira, no mesmo dia em que a Corregedoria Nacional de Justiça divulgou que 45% dos magistrados do Tribunal de Justiça de São Paulo não entregaram suas declarações de renda e de bens de 2009 e 2010, o novo 

ivan sartori

presidente do TJ-SP, Ivan Sartori, deu um prazo de 30 dias para que todos cumpram a lei.

O levantamento do Coaf começou a ser feito em 2010, quando a baiana Eliana Calmon Alves, 67 anos, assumiu a corregedoria nacional do CNJ (seu mandato vai até setembro deste ano). Foram pesquisados os nomes de 216 mil servidores.

No relatorio entregue ao STF, a corregedora deixa claro que "atipicidade" não significa crime ou irregularidade, mas a necessidade de dar sequência às investigações sobre as movimentações financeiras destes magistrados.
"Não há nada de incomum ou extravagante na fiscalização (...) Alguns tribunais, em especial os estaduais, não observavam o cumprimento de preceitos fundamentais, diversamente dos demais tribunais (federais e trabalhistas)", justificou a ministra.

Agora, quando os onze membros do STF voltarem das férias, em fevereiro, e forem julgar a liminar concedida pelo 

O ministro Marco Aurélio Mello manifesta seu voto na sessão da ação de demarcação da reserva Raposa

ministro Marco Aurélio Mello, após a última sessão da Corte em 2011, praticamente suspendendo as atividades da corregedoria, eles terão novas informações para o julgamento definitivo sobre as atribuições do Conselho Nacional de Justiça.

A depender desta decisão, a absoluta maioria dos magistrados brasileiros certamente agradecerá à competente e destemida ministra Eliana Calmon, símbolo da brava gente brasileira, pelo resgate da imagem do Judiciário, abalada ultimamente pela denúncia de malfeitos diversos, defesa de privilégios e irregularidades na concessão de benefícios.

Salve Eliana Calmon, a Justiça brasileira agradece a sua coragem.

Extraído do blog do professor Honório de Medeiros

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Guerra das Malvinas

Por Rainer Sousa
Fonte: rodrigo.cadoni.vilabol.uol.com.br

As ilhas Malvinas, arquipélago situado a cerca de 500 quilômetros da costa argentina, foi palco de uma dais mais curtas, sangrentas e desnecessárias guerras que aconteceram no século XX. A região foi ocupada pelos britânicos desde o século XIX e integrava uma parcela mínima dos vastos territórios que compunham o imenso império britânico. Após a Segunda Guerra, mesmo com o processo de descolonização, a região sul americana se manteve sob a tutela inglesa.

Chegada a década de 1980, com quase um século de dominação britânica no arquipélago, a ditadura militar que controlava a Argentina decidiu promover um plano de controle sob o território. É importante ressaltar que nessa época, a ditadura argentina – então comandada pelo 

General Galtieri - Fonte: elpais.com

general Galtieri – se via pressionada pelos problemas sociais e econômicos que colocavam a população contra o governo. Dessa maneira, o plano seria uma forma desesperada de recuperar a imagem do governo por meio da guerra.
 
Navio inglês da guerra - Fonte: areadetrabalho.wordpress.com

Um pouco antes do começo da guerra, o alto comando do governo argentino elaborou a Operação Rosário como forma de planejar as estratégias empregadas por suas forças militares. Paralelamente, no plano político internacional, os argentinos acreditavam que teriam o apoio dos Estados Unidos para reaver o território das Malvinas ou que os ingleses iriam abrir mão da ilha por meio de uma rápida negociação diplomática. No entanto, os planos do governo Galtieri não saíram como o esperado.

 
Fonte: ailhadodiaantes.blogspot.com

Em março de 1982, uma frota de navios mercantes escoltada por embarcações militares começou a rondar o arquipélago. Desconfiando daquela estranha manobra, as forças britânicas que zelavam pela proteção da ilha exigiram que aquelas embarcações se afastassem imediatamente do território inglês. Essa pequena indisposição acabou servindo de pretexto para que as forças argentinas declarassem guerra à Inglaterra realizando a invasão das Malvinas no dia 2 de abril daquele mesmo ano.

 
Fonte:malvinasaguerra.blogspot.com

O conflito nas Malvinas, apesar de sua pequena extensão territorial, exigia que as forças militares envolvidas estivessem preparadas para enfrentar o clima hostil marcado por nevadas e chuvas constantes. A primeira invasão realizada pelos argentinos foi vitoriosa e resultou no controle de Port Stanley, que, com a conquista, mudaram o nome da cidade para Puerto Argentino. Enquanto o regime propagandeava sua vitória na mídia, os ingleses tentaram negociar uma retirada pacífica dos militares argentinos.

Mediante a negativa do governo Galtieri, a primeira-ministra britânica 


Margaret Thatcher ordenou a preparação das forças britânicas para um conflito contra os argentinos. A evidente superioridade bélica inglesa poderia antever o resultado deste conflito. Após uma fase de relativo equilíbrio entre as forças militares envolvidas na guerra, o lado britânico colocou em ação a chamada Operação Sutton, enviando um grande número de armas e fuzileiros para participar da guerra.


Aproveitando dos acidentes geográficos que tomavam todo o arquipélago, os argentinos organizaram um contra-ataque aéreo comandado pela Fuerza Aérea Sur. Utilizando de mísseis Exocet, os argentinos conseguiram abater duas embarcações britânicas. Apesar disso, as maiores derrotas argentinas aconteceram em terra, quando os britânicos não tiveram maiores dificuldades para vencer um exército numeroso, porém extremamente mal preparado.

 
Fonte: malvinasaguerra.blogspot.com

Em pouco tempo, os ingleses organizaram um cerco à cidade de Port Stanley. A vitória dos ingleses aconteceu durante o mês de junho de 1982. A falta de armamentos potentes e o preparo tático dos ingleses impeliram as tropas argentinas a se entregarem sem oferecer maior resistência. No dia 14 de junho de 1982, a Inglaterra tinha finalmente restabelecido sua hegemonia sob as Ilhas Falkland, nome oficialmente dado pelos ingleses à região.

Após o conflito, a galopante crise inflacionária – que então batia na casa dos 600% ao ano – e os movimentos populares contra a repressão militar causaram a queda da ditadura argentina. Em um brusco processo de redemocratização, os argentinos depuseram Galtieri e, no ano seguinte, realizaram as eleições que levaram Raúl Alfonsín ao poder. Na Inglaterra, o conflito fortaleceu a imagem política de Margaret Thatcher, que conseguiu se reeleger como primeira-ministra.

Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola


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NOSSA HISTÓRIA: Ataque de Lampião a Uiraúna

Por: Sérgio Augusto de Souza Dantas*

Há meses Lampião sumira dos noticiários dos jornais. O ano de 1926 encerra-se sem grandes novidades sobre a horda do famoso cangaceiro de Vila Bela. Bem instalado e seguro no ‘coito’ da Serra do Diamante, do poderoso 


Coronel Isaías Arruda, Lampião sai da aparente inatividade apenas em fins de abril de 1927. Naquele fim de mês, o bandoleiro deixa o refúgio e pratica assaltos em pequenos vilarejos situados na região noroeste da Paraíba, entre os municípios de Cajazeiras e São José de Piranhas. São ataques rápidos, com vistas apenas ao saque. A proximidade desta parte da Paraíba com o valhacouto do ‘dono’ de Missão Velha facilita sobremaneira a ação do bando.

De fato, no dia 15 de maio daquele ano, liderando uma falange de cerca de trinta e cinco homens, Lampião se prepara para tomar de assalto a Vila de Belém do Arrojado - atual cidade paraibana de Uiraúna. Há dias que ‘olheiros’ residentes em sítios da fronteira já haviam sondado o vilarejo e o cangaceiro – decerto bem ciente das condições do lugar – crê que tem plena chance de sucesso na empreitada que pretende levar avante. 

O arruado de Belém situa-se junto à fronteira do Rio Grande do Norte e é então inexpressivo. Ali não há mais que cento e trinta casas e uma igreja singela. Comércio pobre ou quase inexistente. Também ali não está destacado sequer um contingente policial para manutenção da ordem ou para oferecimento de uma defesa – mesmo que acanhada – no caso de um eventual ataque de cangaceiros. A ‘ordem’ no povoado é garantida somente por um Subdelegado civil, o potiguar Nelson Leite. Apesar de reiteradas notícias sobre incursões de cangaceiros naquela parte da Paraíba nos últimos dias, o Governo do Estado parece ignorar os eventos propalados pelos jornais e pela boca do povo. Apesar de vários reclamos por parte de proeminentes de Belém, o Estado não enviara tropa regular para a localidade. 

No início da tarde daquele dia 15 de maio, no entanto, o sertanejo Leonardo Pinheiro percebe a marcha de cangaceiros em direção a Belém. Sem demora, espora o cavalo e entra no povoado em sonoro alarde:
-“Vem cangaceiro por aí! Vem cangaceiro por aí! Parece que é Lampião e não está a mais que umas duas léguas!”

Enquanto a horda marcha em busca do vilarejo, Nelson Leite se apressa em organizar uma defesa. Sangue quente, cioso de suas obrigações, Leite parece disposto a sacrificar a própria vida na defesa da comunidade que lhe fora confiada. 

Abandonados à própria sorte, os habitantes de Belém – incentivados por Nelson Leite - tratam de se armar e garantir a resistência do lugar. Civis são convocados e há mesmo os que comparecem voluntariamente para pegar em armas.

 

Ao final do rápido recrutamento, chega-se à desanimadora soma de onze homens apenas. Um contingente ínfimo que tentará rechaçar um bando com cerca de trinta e cinco cangaceiros. Uma luta desigual – se considerarmos a proporção de três bandoleiros para cada defensor e a falta de experiência de guerrilha dos citadinos. 

Por volta das dezessete horas, finalmente, Lampião avizinha-se da Vila. O frágil agrupamento de casas lhe parece excessivamente frágil e torna-se ainda mais amiudado pela sombra da serra de Luís Gomes, não muito distante dali. “Um alvo fácil”, provavelmente terá pensado o poderoso cangaceiro. O desenrolar dos fatos, porém, lhe revelará um grave erro de prognóstico. 

Em que pese a correria desenfreada que se seguiu ao alarma dado por Leonardo Pinheiro, os homens de Nelson Leite aprestam munição e armas. Tudo é feito com rapidez e disciplina.

Ao mesmo tempo, mulheres, velhos e crianças – a seguir igualmente os apelos do Subdelegado – buscam refúgio na caatinga ou em sítios de familiares fincados nos arredores de Belém. Pequenos “tesouros” são previamente enterrados em lugares seguros. Potes de barro, caixas de papelão, latas de querosene: qualquer coisa serve como invólucro para as ‘economias’ adquiridas ao longo de anos de trabalho.

Em pouco tempo, os defensores se organizam e estão posicionados em lugares previamente definidos pelo Subdelegado. Dedos nervosos aguardam o desfecho do ataque.

Uma testemunha registra os momentos iniciais do entrave:

“O ‘delegado’ Nelson Leite distribuiu uns homens nos pontos mais altos da rua principal, dois outros guarnecendo as laterais e três instalados no teto da Igreja. Quando Lampião entrou com o bando, pela ‘rua velha’, começou a fuzilaria”.(Sinforosa Claudina de Galiza, entrevista). 

Nelson Leite, de fato, engendrara bom plano. Distribuíra os poucos rifles e fuzis disponíveis com os onze defensores. Repartiu com irrepreensível parcimônia a rala munição que tinha ao seu dispor. Os melhores atiradores foram destacados para pontos estratégicos. No teto da igreja - prédio mais alto e com abrangente visão dos arredores - posicionaram-se Luís Rodrigues, Moisés Lauriano, José Teotônio e Joaquim Estevão. 

O tempo corre lento. Não há novidades. Até perto das oito horas nem sinal da sinistra patuléia de chapéu de couro. A espera alongada transforma as trincheiras em ninhos de ansiedade. 
De súbito, Luís Rodrigues dá o alarma. Alguém se aproxima. O luar denuncia vultos sorrateiros. Homens armados aproximam-se do povoado pela ‘Rua da Proa’. 

É o início da invasão. De pronto, grande incêndio ilumina a noite na pequena Belém. Grossas labaredas passam a consumir a casa de um agricultor e espalham-se rapidamente para um antigo curral e plantação de milho já há dias quebrado. O incêndio. Método infalível para incutir terror aos sitiados. 

Josefa Augusta Fernandes, bem jovem à época do evento, anota a origem do fogaréu:

 

“Lampião começou destruindo a propriedade do finado João Gabriel, tendo em seguida tocado fogo nos currais e nas plantações de feijão e milho. O fogo serviu para alertar os homens da cidade, sendo que eles já estavam em posição nos principais pontos daqui”. (Maria do Socorro Fernandes, entrevista).

Não havia mais o que esperar. Ao primeiro grito de comando de Nelson Leite, trava-se pesado tiroteio. 

Lampião, decerto, não esperava semelhante reação. A fantástica fuzilaria oriunda da Vila lhe faz recuar. De efeito, os tiros vindos da Rua da Proa tornam inviável uma entrada por aqueles lados. 

Sem sucesso na primeira investida, o chefe de cangaço tenta confundir os defensores entrincheirados. Sob sua batuta, os bandoleiros passam a gritar, urrar como animais e a praguejar insultos e xingamentos aos defensores e suas famílias. A permear a gritaria, grossas baterias de tiros.

O rei-do-cangaço deseja tomar Belém. Tentará de todas as maneiras penetrar no vilarejo para vilipendiar suas casas e lhes extrair até o último ‘cobre’. Sem demora, ordena aos comandados a ‘abertura’ de uma linha de fogo pela lateral, com o fito de invadir a Vila pelo flanco oposto. 

Nada, entretanto, parece gerar resultado prático. A posição privilegiada dos atiradores locados no telhado da igreja permite que tiros sejam disparados em todas as direções. 

A resistência agiganta-se com estrondos de repercussão fantástica e de curiosa origem. Nelson Leite improvisara – no pouco tempo que dispôs antes da consecução do ataque - algumas “ronqueiras” e logo começou a fazer uso dos artefatos. Os estrondos causados pelas bombas caseiras são assustadores e surpreendentemente surtem efeito. Um simples improviso que, ao que tudo faz crer, parece realmente ser a chave para uma vitória. (1)

Em pouco, qualquer objeto metálico em formato cilíndrico - e vazado pelo menos em um dos lados - torna-se invólucro para manufatura dos pesados rojões. Joel Vieira, com dezoito anos à época do fato, registrou em depoimento:

“Os que estavam no alto da Igreja, começaram a atirar de ponto e também para dentro da igreja, causando um eco que parecia canhão. O Subdelegado também tinha improvisado umas ‘ronqueiras’, feitas com pólvora socada dentro de latas, e de quando em quando estourava uma. Já estava escuro, e aqueles tiros davam a impressão que havia um canhão com a gente”.

No alto da igreja, Luis Rodrigues - artilheiro mais aguerrido – resolve acrescentar estrondos adicionais aos estampidos das ‘ronqueiras’ improvisadas pelo Subdelegado. Dessa forma, com o intuito de causar impacto ainda maior, começa a atirar quase em paralelo à lateral da nave do prédio sagrado. Estrondos fantásticos, causados pelo eco do salão quase vazio, dão ainda mais ânimo aos outros defensores entrincheirados no teto da igreja. Decide-se que alguns deles, alternadamente, passarão a atirar também para dentro da nave.

A estratégia funciona. Os estrondos se multiplicam. De fato, para quem está do lado de fora, resta a impressão de que algum tipo de canhão está sendo utilizado. Os cangaceiros, atarantados, mantém posição de cautela e não avançam. O escuro da noite enevoada pela fumaça dos disparos os impedem de enxergar, na verdade, o tipo de “arma” adicional que ora se usa na defesa do arruado. O engodo paulatinamente funciona. 

No calor da peleja, porém, passos apressados denunciam silhueta humana esgueirando-se próximo à igreja. A escuridão da noite não permite distingui-la com precisão. Da torre principal um defensor atira. O civil Antônio Correia é atingido. Confundiram-no com um cangaceiro. Correia morre pouco tempo depois em razão do profundo ferimento à altura do pulmão. É a única baixa durante o combate.

Os cangaceiros não desistem e tornam a investir contra o território inimigo por uma ruela lateral à igreja. Lampião brada ordens aos seus homens. Todos, contudo, parecem hesitar em razão dos estrondos que continuam a reverberar entre as casas da pequena Belém.

Do lado dos defensores, um voluntário prontifica-se para preparar novas ronqueiras, de forma ininterrupta, servindo-se como espécie de municiador.Dominado pela ira, Lampião manda reacender o fogo que arde tênue na propriedade de João Gabriel. O vento rapidamente espalha as labaredas em espantosa velocidade. As chamas consomem vacas e bezerros cativos no cercado contíguo a casa. Urros de dor de animais engolidos pelas chamas desenham dantesco suplício. Poucos escapam ao bizarro holocausto.

A derradeira tentativa de conquista do povoado fracassa. Com pesar, os cangaceiros reconhecem que não conseguirão penetrar em Belém.

O desconhecimento dos pontos de defesa, o espocar das “ronqueiras”, o ribombar de tiros reverberados pelo salão da igreja, a configuração física da vila, o cansaço da longa marcha até ali. Tudo parece sugerir uma retirada. Lampião não demora em perceber o malogro da empreitada:

- Vamos sair para economizar munição! – grita furioso.

Ainda se ouvem tiros por mais um quarto de hora. 

Aos poucos os cangaceiros se retiram do campo de luta. Disparos tornam-se esparsos. Ao compasso da retirada, a fuzilaria regride até reinar o mais absoluto silêncio. Lampião e seus homens deixam Belém em definitivo. É ainda Joel Vieira quem destaca:

“Eles tentaram muito, mas não conseguiram entrar. Antes das sete horas da noite, já tinham ido embora. No dia seguinte, o festejo foi grande, pois todos pensavam que ia morrer muita gente, mas não. Apenas um rapaz morreu vítima de uma ‘bala doida’ e caiu ali perto da Igreja. Tirando o incêndio na propriedade de João Gabriel, o prejuízo aqui foi pouco. Com pouco recurso, a gente botou Lampião prá correr!”.

E Lampião, de fato, jamais voltou a Uiraúna. Nos dias seguintes, um telegrama é enviado para as principais cidades do sertão do Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. Anunciava-se a vitória de um povo contra o poderoso rei do cangaço. O Intendente local assinou o comunicado: 

“Fomos atacados dia 15 famigerado Lampião. Resistimos cerrado fogo, bandoleiros recuaram. Vítima tiroteio Antônio”. (a) José Caboclo.

É a vitória inconteste de um sumário grupo de cidadãos contra quase quarenta cangaceiros. Uma vitória nascida da confiança de homens do povo; sertanejos comuns. Não houve – como aconteceu em Mossoró – um grande lapso de tempo para a preparação de uma defesa. Não houve reuniões; não se teve tempo para comprar armas modernas. Não havia sequer uma torre na igrejinha da cidade. Existia, apenas, a vontade de preservar os próprios lares. 

Uiraúna se defendeu heroicamente, a exemplo da resistência mostrada pela pequena Nazaré, em Pernambuco, quatro anos antes. Uiraúna impediu a entrada dos cangaceiros de Lampião como faria a população sergipana de Capela, liderada pelo destemido Mano Rocha, três anos mais tarde.

A vitória do povo de Uiraúna foi obtida sem recursos, sem alarde e sem exploração midiática posterior. Vitória conseguida sem um ‘notável planejamento prévio’ e sem colóquios barulhentos. Vitória de um pequeno grupo de homens pegos de surpresa pelo maioral do cangaço. Vitória, porém, recheada de atos do mais real e verdadeiro heroísmo. Vitória, enfim, da inteligência sobre a força.

* Sérgio Augusto S. Dantas é autor dos livros “Lampião no Rio Grande do Norte – A História da Grande Jornada” (2005), “Antônio Silvino – O Cangaceiro, o Homem, o Mito” (2006) e “Lampião: Entre a Espada e a Lei” (2008).

NOTA:
(1) s.f. – Ronqueira: “Cano de ferro, preso a uma tora de madeira e cheio de pólvora, o qual produz grande detonação quando se lhe inflama a escorva”. (Aurélio). As ronqueiras já haviam sido largamente usadas em revoltas populares, como na guerra de Canudos. N do A. 
IMAGEM: Alguns dos defensores de Uiraúna. Ao centro, de paletó escuro, Luiz Rodrigues. Na extrema direita, sentado, o Subdelegado Nelson Leite 
FONTES UTILIZADAS:
A União, edições de 17 e 18 de maio de 1927.
DANTAS, Sérgio Augusto de Souza. LAMPIÃO NO RIO GRANDE DO NORTE – A HISTÓRIA DA GRANDE JORNADA. Editora Cartgraf, Natal/RN. 2005. 452 pgs.
SOUZA, Tânia Maria de. UIRAÚNA NO ROTEIRO DE LAMPIÃO, in Revista Polígono, 1997, 158 pgs.
Entrevistas concedidas ao autor por Maria do Socorro Fernandes (2003), Joel Vieira da Silva (2001), Josefa Augusta Fernandes (2000) e Sinforoza Claudina de Galiza (2000)

FONTE: LAMPIAOACESSO.BLOGSPOT.COM


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Delmiro Gouveia: crime sem punição

Processo judicial da morte do industrial Delmiro Gouveia chega ao TJ; após revisão criminal, culpados foram inocentados

A última quarta-feira, 8, deu desfecho a uma parte importante da história do país e em particular do Sertão nordestino. O desembargador aposentado Antonio Sapucaia entregou ao presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), desembargador Sebastião Costa Filho, autos originais de processos históricos que tramitaram na Justiça alagoana no final do século XIX e início do século XX, entre eles o que investigou a morte do industrial Delmiro Gouveia, em 1917. 

“Meu pai foi vítima do truste internacional quando vivo e morto sofre com o truste nacional do esquecimento”. Essa foi uma declaração da filha do industrial Delmiro Gouveia, publicada na revista O Cruzeiro, em 1955, quando em uma inauguração de uma hidroelétrica em Paulo Afonso, não houve menção ao nome do industrial precursor. Justamente tal injustiça motivou historiador e presidente da Fundação Delmiro Gouveia, professor Edvaldo Nascimento, conhecer e divulgar o legado do desbravador do Sertão. 

Atualmente, o professor Edvaldo Nascimento faz mestrado na Ufal abordando a história de Delmiro Gouveia. Ou seja, conhece tudo sobre aquele que saiu do nada, ficou órgão aos 15 anos, trabalhou nas mais simples funções e chegou aos salões mais bem frequentados da Europa do final do século XIX. 

Nascimento relatou um pouco da história de Delmiro Gouveia. “Ele foi um sertanejo que saiu de uma situação de sobrevivência para ser o ‘Rei das Peles’ [Delmiro Gouveia foi o maior exportador de peles do Nordeste]”, frisou o professor. O lucro com esse comércio deu o poder financeiro que provocou a ira de seus inimigos. Após revisão criminal nos anos de 1980, processados foram inocentados. 

De acordo com a assessoria de comunicação do TJ, o processo que apurou a morte de Delmiro - após prévia digitalização de seu conteúdo - será colocado à disposição para consulta pública. “Historiadores, estudiosos e operaadores do Direito agradecem tal iniciativa”, comemorou Nascimento. 

O professor Edvaldo Nascimento contou um pouco da odisseia histórica de um dos homens mais importantes do século XX para Alagoas. “Ele perdeu o pai muito cedo e a mãe com apenas 15 anos de idade”, explicou Nascimento.
Sozinho no mundo, destaca o professor, o prodígio começou a trabalhar no cultivo do algodão e na extração de peles. Demonstrando grande habilidade, logo se tornou agenciador, negociante e com um pulo se tornou trabalhador das empresas americanas que comercializavam as matérias-primas. “Entrou no comércio e de tanto sucesso foi para a indústria. Ganhou dinheiro, muito dinheiro”, disse.
Sua ascenção e crescimento de sua riqueza eram fruto de sua visão de futuro. Delmiro criou em Recife-PE o primeiro shopping de que se tem notícia, o Mercado do Derby, e em seguida ficou conhecido como o “Rei das Peles”, por ter se tornado o principal exportador do produto no Nordeste brasileiro.
Ganhou como inimigos o vice-presidente da República da época Rosa e Silva e o governador de Alagoas, Sigismundo Gonçalves. Ambos infernizaram a vida de Delmiro, retiam cargas, prendiam peças, e até segundo contam, incendiaram o Mercado do Derby.
De volta a Alagoas, sob a proteção do então governador Euclides Malta, vislumbrou utilizar a força das águas do São Francisco como gerador de energia, em 1909. Morto em 1917, governo é pressionado para apontar os culpados. São indicados Rócio Moraes, preso e morto afirmando que não matou Delmiro; Antonio Felix e José Marcio Pia. Sendo que os autores intelectuais nunca foram punidos: José Rodrigues de Lima, chefe político de Piranhas (AL) foi eleito deputado e nunca respondeu pelo crime, sendo assassinado no Centro de Maceió; e José Gomes de Lima e Sá, chefe 


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Resolvido: Governadora autoriza pagamento de diárias operacionais de PMs

 

Segundo assessoria de imprensa, a governadora Rosalba Ciarlini autorizou o pagamento das Diárias Operacionais da Polícia Militar dos meses de novembro e dezembro de 2011. 



O valor das ordens bancárias, expedidas na sexta-feira (13), ultrapassam R$ 1 milhão e será deposito nas contas dos militares neste sábado (14).



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