Seguidores

terça-feira, 19 de novembro de 2019

LIVRO "LAMPIÃO A RAPOSA DAS CAATINGAS"


Depois de onze anos de pesquisas e mais de trinta viagens por sete Estados do Nordeste, entrego afinal aos meus amigos e estudiosos do fenômeno do cangaço o resultado desta árdua porém prazerosa tarefa: Lampião – a Raposa das Caatingas.

Lamento que meu dileto amigo Alcino Costa não se encontre mais entre nós para ver e avaliar este livro, ele que foi meu maior incentivador, meu companheiro de inesquecíveis e aventurosas andanças pelas caatingas de Poço Redondo e Canindé.

O autor José Bezerra Lima Irmão

Este livro – 740 páginas – tem como fio condutor a vida do cangaceiro Lampião, o maior guerrilheiro das Américas.

Analisa as causas históricas, políticas, sociais e econômicas do cangaceirismo no Nordeste brasileiro, numa época em que cangaceiro era a profissão da moda.

Os fatos são narrados na sequência natural do tempo, muitas vezes dia a dia, semana a semana, mês a mês.

Destaca os principais precursores de Lampião.
Conta a infância e juventude de um típico garoto do sertão chamado Virgulino, filho de almocreve, que as circunstâncias do tempo e do meio empurraram para o cangaço.

Lampião iniciou sua vida de cangaceiro por motivos de vingança, mas com o tempo se tornou um cangaceiro profissional – raposa matreira que durante quase vinte anos, por méritos próprios ou por incompetência dos governos, percorreu as veredas poeirentas das caatingas do Nordeste, ludibriando caçadores de sete Estados.
O autor aceita e agradece suas críticas, correções, comentários e sugestões:

Para pedir:

franpelima@bol.com.br

(71)9240-6736 - 9938-7760 - 8603-6799 

Pedidos via internet:
Mastrângelo (Mazinho), baseado em Aracaju:
Tel.:  (79)9878-5445 - (79)8814-8345

Clique no link abaixo para você acompanhar tantas outras informações sobre o livro.

http://araposadascaatingas.blogspot.com.br

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

LIVRO “O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO”, DE LUIZ SERRA


Sobre o escritor

Licenciado em Letras e Literatura Brasileira pela Universidade de Brasília (UnB), pós-graduado em Linguagem Psicopedagógica na Educação pela Cândido Mendes do Rio de Janeiro, professor do Instituto de Português Aplicado do Distrito Federal e assessor de revisão de textos em órgão da Força Aérea Brasileira (Cenipa), do Ministério da Defesa, Luiz Serra é militar da reserva. Como colaborador, escreveu artigos para o jornal Correio Braziliense.

Serviço – “O Sertão Anárquico de Lampião” de Luiz Serra, Outubro Edições, 385 páginas, Brasil, 2016.

O livro está sendo comercializado em diversos pontos de Brasília, e na Paraíba, com professor Francisco Pereira Lima.
franpelima@bol.com.br

Já os envios para outros Estados, está sendo coordenado por Manoela e Janaína,pelo e-mail: anarquicolampiao@gmail.com.

Coordenação literária: Assessoria de imprensa: Leidiane Silveira – (61) 98212-9563 leidisilveira@gmail.com.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

PESAR!



Mossoró hoje perde um grande músico, o responsável pelas belezas musicais que ecoaram com a Lume da fogueira nas arenas da vida, um mestre e líder da batucada mossoroense o nosso Alyson Pankadinha Percussa.

Que Deus o acolha na morada eterna ! 

PESAR!

Por Lindomarcos Faustino

É com imenso pesar e tristeza que comunicamos a toda comunidade Abel Coelho e amigos em geral, o falecimento do nosso amigo e funcionário Jean Claudio Morais de Oliveira nesta tarde.

Rogamos a Deus, que em sua infinita bondade e misericórdia o acolha em seu reino, curando- o de todas as dores e sofrimento, e o agracie com a luz eterna. Votos de consolo e fé a sua esposa Maria Antônia, suas filhas Júlia e Mariana, e a toda sua família.


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

AIR FRANCE EM NATAL – UM DOS CAPÍTULOS DO MEU NOVO LIVRO “LUGARES DE MEMÓRIA”


Rostand Medeiros – Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte
Escrever sobre o local onde funcionou o escritório da empresa Air France em Natal é resgatar uma gloriosa página da aviação clássica na nossa região, além de conhecer a ação do francês Marcel Girard e do Comitê da França Combatente em terras potiguares durante a Segunda Guerra Mundial.

O estado atual das edificações localizadas no endereço da Av. Tavares de Lira, 34, bairro da Ribeira, Natal, Rio Grande do Norte.

Sabemos que, na metade do ano de 1927, Natal vivia um interessante momento com as constantes passagens de aeronaves de vários países, pilotados por pessoas audaciosas, que cruzavam o Continente Americano, ou o Atlântico Sul, realizando seus famosos e comentados “Raids”. Eram voosAD
que traziam constantes surpresas para a população local, ao receber aviadores muitas vezes inesperados.
Em 18 de julho daquele ano, pela primeira vez, chega à cidade uma aeronave com rodas. Era um biplano, que sem alternativa para aterrissar tocou o solo potiguar na Praia da Redinha durante a maré seca. Vinha pilotado pelo francês

Foto publicada originalmente no Diário de Natal, edição de sábado, 17 de julho de 1976, página 8, com a seguinte texto – Na Redinha Paul Vachet (centro) e o co-piloto Deley (direita) e o mecânico Fayard (esquerda).

Paul Vachet, acompanhado do navegador Pierre Deley e do mecânico Fayard. Chegaram em um modelo francês Breguet, dos mais modernos na época. Era o período da expansão da aviação comercial e esses aviadores vinham com o intuito de construir um campo de pouso nas imediações de Natal. Ao visitar a região e indicado pelo Coronel Luís Tavares Guerreiro, o aviador Vachet optou como local para a instalação do aeródromo uma planície conhecida como Tabuleiro de Parnamirim. O proprietário do terreno na época, o português João Manuel Machado, fez a doação da área visando o desenvolvimento regionalAD
O campo de pouso de Parnamirim foi implantado no dia 14 de outubro de 1927, com a aterrissagem do avião batizado como “Nungesser-et-Coli”, tripulado por Dieudonné Costes e Joseph Marie LBrix, que haviam atravessado o Atlântico Sul desde Saint-Louis du Senegal.
Em 20 de novembro do mesmo ano, um avião Laté-25 iniciava a linha regular, tendo como tripulantes Gorges Pivot, Pichad e Gaffe. Um ano e dois meses depois da implantação dessa linha regular, mais precisamente no dia 24 de dezembro de 1928, é inaugurada em Natal a sede da Compagnie Générale Aéropostale (CGA), na Avenida Tavares de Lira, número 34.

Os franceses utilizavam aeronaves terrestres no trajeto Paris até Dacar, na antiga África Ocidental Francesa, no atual Senegal, onde entregavam os fardos com as correspondências aos chamados “Avisos Rápidos”. Esses eram navios pequenos e bastante velozes, que singravam o Atlântico Sul entre a costa africana e Natal; as aeronaves levavam essas correspondências até Buenos Aires. No final do percurso a correspondência da Europa até Argentina demorava, aproximadamente, oito dias, dos quais quatro a cinco eram gastos na travessia do Atlântico pelos Avisos Rápidos.
Mas era um grande avanço em relação ao transporte exclusivamente marítimo, que chegava a durar quase um mês para uma correspondência ser entregue.

A crise econômica mundial do início da década de 1930 não poupou a aviação comercial. O governo francês decidiu então realizar a fusão de várias companhias aéreas que operavam no país e em 7 de outubro de 1933 foi criada a empresa Air France. Em pouco tempo foi alterado o nome da fachada do prédio da Tavares de Lira, 34.
Esse local servia para a venda de passagem para os mais abonados, apoiava as operações e as tripulações no aeródromo de Parnamirim e na base do Rio Potengi, na área do Réfoles, onde atualmente se localiza a Base Naval de Natal, e manter ligações com as autoridades locais.

Sentada Maryse Bastie concede uma entrevista. Marcel Roland Girard está logo atrás da aviadora, de gravata escura.

Enquanto as operações da Air France seguiam, chega a Natal o francês Marcel Roland Girard. Não sabemos quando isso aconteceu, mas sabemos, por meio do livro Asas sobre Natal – Pioneiros da aviação no Rio Grande do Norte, de João Alves de Melo, que na página 197 existe a informação de Marcel Girard ter apoiado a chegada da aviadora francesa Maryse Bastie em 29 de dezembro de 1936.

Jornal dos Estados Unidos noticiando a cheda de Bastie a Natal. Essa aviadora é homenageada pelo povo natalense através de uma rua batizada com seu nome e localizada no bairro do Lagoa Nova.

Essa heroína da aviação realizou, na época, um voo que quebrou o recorde mundial de velocidade feminina para a travessia do Atlântico Sul: fantásticas doze horas e cinco minutos.

Hitler em Paris em 1940.

Mesmo com o início da Segunda Guerra Mundial, em 1º de setembro de 1939, e da invasão da França por tropas nazistas em 10 de maio de 1940, a linha aérea da Air France ligando a França ao Brasil e a outras nações sul-americanas continuou a operar. Mas a partir de 25 de junho, quando os exércitos franceses se renderam aos invasores alemães, o tráfego com a Europa foi interrompido. Entretanto, descobrimos, na 1ª página da edição de 22 de agosto de 1940 do jornal natalense A Ordem, a informação que o Presidente Getúlio Vargas concedeu ao Sr. Marcel Roland Girard a devida licença para ele exercer a função legal de agente consular de seu país em Natal. Com esse ato a agência da Air France na Tavares de Lira continuou aberta, com a bandeira tricolor hasteada no seu frontão.

Mesmo sem ter nenhuma função específica para a aviação comercial do seu país, o fato da agência da Air France em Natal manter suas portas abertas e a atuação de Marcel Girard como representante oficial da França na cidade, provavelmente foi algo que gerou um clima de animosidade entre esse francês e os cidadãos da Alemanha e da Itália que aqui viviam. Além desses, não podemos esquecer de toda uma legião de moradores da cidade que apoiavam as ditaduras totalitárias nazifascistas, sendo que muitos desses fizeram parte em terras potiguares do Integralismo de Plínio Salgado. Nessa guerra de surda belicosidade pelas ruas da Ribeira, a situação deve ter ficado ainda mais complicada quando Marcel Girard criou em Natal o Comitê da França Combatente.
Segundo o trabalho intitulado De Gaulle et L’Amérique Latine, de Maurice Vaïssepublicado em 2014 pela Editora Presses universitaires, de Rennes, França, em meados de 1942, mais de 40 desses comitês foram criados em todo o mundo, sem contar 412 subcomissões. Nas Américas, onde viviam mais de 270.000 cidadãos franceses, esses comitês surgem espontaneamente e no Brasil mais de 95% dos franceses que aqui viviam aderem a França Livre do General Charles de Gaulle.AD
A sede do Comitê da França Combatente em Natal ficava no mesmo endereço do consulado francês e da Air France. Nos jornais natalenses A Ordem A República da época é possível encontrar várias notícias da atuação desse Comitê, como irradiações de mensagens patrióticas, a execução de La Marseillaise, o Hino Nacional da França, na Rádio Educadora de Natal e a recepção a líderes da França Livre na cidade. Uma dessas visitas foi a de Albert Guerin, Presidente do Comitê da França Combatente na Argentina, que foi homenageado com um jantar no Grande Hotel. Um dos que discursaram em honra ao visitante foi o político potiguar Elói de Souza (Ver A Ordem, Natal, 29/11/1943, pág. 1).
Pelo seu trabalho na resistência do seu país contra o totalitarismo nazifascista e sua atuação em Natal, Marcel Roland Girard foi agraciado em dezembro de 1948 com a Medalha de Reconhecimento da França.

ESCLARESCIMENTO DE FOTO CANGACEIRA

Clerisvaldo B. Chagas, 19 de novembro de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.218
Sobre a famosa foto de onze cabeças dos cangaceiros abatidos na Grota de Angicos, temos a dizer o seguinte: A do próprio dia 28.07.1938, quando as cabeças foram expostas nos degraus da prefeitura de Piranhas. Essa foto reproduzida em maior quantidade enquadra apenas o objetivo: cabeças, pertences e degraus grossos. Quando a foto do mesmo autor (ou não) abre mais um pouco, vemos também, o outro lado da rua com uma pessoa passando defronte a uma fachada de casa tipo comercial, porta larga e fechada.         Se a foto for apenas sobre o objetivo, você reconhece ter sido produzida em Piranhas pela altura enorme dos quatro degraus da prefeitura.

Em Santana do Ipanema, policiais fizeram como em Piranhas (30.07.1938). Primeiro apresentaram as onze cabeças, inclusive, a de Lampião e Maria Bonita, em latas de querosene, Depois dispuseram as cabeças em um lençol branco estendido nos degraus da Igrejinha/monumento de Nossa Senhora Assunção, defronte o quartel do batalhão. A foto famosa não tem diferença da foto de Piranhas, uma vez que a formação de cabeças e material apreendido são os mesmos. Quando a foto do mesmo autor (ou não) abre, vê-se ao fundo uma parte do Grupo Padre Francisco Correia e uma parte do quartel. Como reconhecer se a foto é a de Piranhas ou de Santana se as duas só mostram os objetivos? Unicamente pela espessura dos degraus. Os degraus da Igrejinha de Santana do Ipanema são mais finos, menos da metade da espessura dos de Piranhas.
Alguns livros sobre o cangaço trazem as fotos com fundos diferenciados, identificadas na hora. Tornaram-se mais raras por causa da preferência pelos objetivos. Quem quiser pesquisar, mãos à obra. É só mergulhar em mais de mil obras ilustradas e as acharão.
Os mortos querem descanso.


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

COLECIONADOR DO PIAUÍ REÚNE MAIS DE 500 ITENS SOBRE LUIZ GONZAGA POR:G1

Publicado em 2012
Wilson Seraine estuda há 15 anos a história e obra do 'Rei do Baião'.
Ele também é presidente da 1ª Colônia Gonzaguena do Brasil, em Teresina.

O professor de física Wilson Seraine é um dos especialistas mais respeitados do Piauí e do Nordeste quando se trata da vida e obra de Luiz Gonzaga. Segundo ele, a paixão pelo sanfoneiro já era antiga, mas ficou realmente séria há 15 anos, quando passou a intensificar a compra de livros, revistas, chapéus, CDs, DVDs, LPs, partituras e fotos do Velho Lua. Atualmente já são mais de 500 itens em sua coleção particular.

Além de apaixonado pela história do ícone nordestino, Seraine é um grande divulgador de sua obra. O professor tem um programa de rádio há quase sete anos no qual fala de cultura popular, especialmente do autor de Asa Branca.

“Temos o programa de rádio e ainda realizamos, há quatro anos em Teresina, a Procissão da Sanfona no dia da morte de Luiz Gonzaga, 2 de agosto. Conseguimos juntar mais 50 sanfoneiros na procissão deste ano”, relata.

Wilson Seraine e Luiz Lua Gonzaga

A admiração pelo trabalho de Luiz Gonzaga fica evidente quando se entra na casa do pesquisador. Lá, existe o Espaço Cultural Luiz Gonzaga com dezenas de rádios, telefones, gravuras, cartazes, quadros, bebidas e outros utensílios que lembram a cultural popular nordestina e obra de Gonzaga. Em outro cômodo estão os LPs, livros, revistas, cordéis que remetem ao Velho Lua.

“Luiz apresentou o Nordeste inteiro para o brasileiro. Ele cantou nossas lendas, a culinária, a sabedoria popular, os vaqueiros e os Estados nordestinos como ninguém fez. Luiz Gonzaga é o próprio nordeste”, afirma o pesquisador.

Segundo ele, o fato de ser um professor de física, com mestrado em Ciências Matemáticas, ainda ser um especialista em Luiz Gonzaga, causa estranheza. “Sou antes de tudo nordestino. Já era fã do Velho Lua antes de me tornar pesquisador de sua obra. José Leite Lopes, o maior físico brasileiro, aconselhou os físicos a lerem sobre cultura e história quando cansarem de estudar sua área. Eu não esperei isso acontecer”, disse.

“Passei a viajar muito quando terminei o meu mestrado quatro anos atrás. Fui à Exu(PE), Juazeiro do Norte(CE), Crato(CE) e Paulo Afonso (BA) para dar palestras, participar de congressos e garimpar material. Nessas viagens, a gente consegue vídeos caseiros da região, livros antigos e músicas diferentes. Toda viagem que faço é um intercâmbio cultural com a região e sempre há algo de novo sobre Luiz Gonzaga”, afirma.


O amor pela vida obra de Luiz Gonzaga lhe rendeu o cargo de presidente da I Colônia Gonzagueana do Brasil. “Um dia estávamos confraternizando em casa com o Reginaldo Silva, um especialista sobre Gonzagão, e amigos quando ele decretou que estava fundada a Colônia e eu era o presidente. No início levei na brincadeira, mas as comemorações pelo centenário do cantor fizeram com que levássemos a coisa mais a sério. Temos perfis nas redes sociais, estamos construindo nosso site e contamos com cada vez mais adeptos”, explica Seraine que sedia a organização em sua casa.

O sanfoneiro Geri Wilson é um dos Gonzaguenos. Ele conta que é músico profissional há mais de 20 anos, mas que se apaixonou pela obra de Luiz Gonzaga há apenas quatro anos. “Eu participava de bandas que tocavam ritmos populares de sucesso rápido, quando um belo dia caiu a ficha. “Agora eu quero tocar é Asa Branca”, pensei. Passei então a pesquisar, cantar e acabei fundando uma banda que tem como maior influência o Gonzagão”, conta.

Não há restrição de idade para participar da Colônia Gonzaguena. Isac Prado tem apenas 10 anos, mas já é um sanfoneiro de respeitado em todo o Piauí. “A primeira música que aprendi foi Asa Branca e a maioria das canções que toco são de Luiz Gonzaga”, afirma o pequeno músico que aprendeu sozinho, aos 6 anos, a tocar o instrumento.

Seraine, Severo e Reginaldo em dia de Cariri  Cangaço

A I Colônia Gonzaguena do Piauí é organizadora da Missa dos Sanfoneiros, que será celebrada nesta quinta-feira (13), dia em que Luiz Gonzaga completaria 100 anos. A missa será realizada na Igreja São Benedito, em Teresina. Antes da celebração, vários sanfoneiros da região farão um encontro no Adro da igreja.

As comemorações pelo centenário de Luiz Gonzaga envolvem apresentações musicais do Coral Nova Visão, da Associação dos Cegos do Piauí; da Banda do 25 BC, com repertório especial de Luiz Gonzaga; de Solange Veras, piauiense compositora parceira do Rei do Baião; e da Big Band Luiz Gonzaga.

A programação, organizada pela Colônia Gonzagueana/Piauí, inclui ainda uma apresentação de dança, com Sidh Ribeiro; apresentação de sanfoneiros e a realização de um leilão cultural, com a arrecadação destinada às vítimas da seca no semiárido piauiense.

Para ler mais notícias do G1 Piauí, clique em g1.globo.com/piaui. Siga também o G1 Piauí noTwitter e por RSS.
FONTE: http://g1.globo.com/pi/piaui


http://blogdomendesemendes.blogsapot.com

DE JOÃO PARA LUIZ, O REI DO BAIÃO


Por João de Sousa Lima

Cem anos se passaram, chegou o dia 13 de dezembro de 2012, nesse dia, se vivo, o cantor Luiz Gonzaga completaria cem anos de idade. Durante todo o ano de 2012 o Brasil se mobilizou em torno da figura e da grandiosidade do Rei do Baião. Trabalhos escolares, grupos teatrais, culturais e musicais, cantores repentistas, xilógrafos, escritores e radialistas homenagearam o cantor. Em universidades, teses, trabalhos de graduação e trabalhos de conclusão de cursos, tiveram por tema o artista e sua arte. Vários projetos foram finalizados enaltecendo Luiz Gonzaga. O Rei do Baião representa para o nordeste brasileiro a valorização dos nossos costumes, das nossas tradições, das nossas raízes culturais, artísticas e históricas.  A cidade de Paulo Afonso teve o privilégio de sediar vários shows de Luiz Gonzaga; Aqui ele cantou, encantou, fez amigos, foi querido e amado, recebeu titulo de cidadão Pauloafonsino, cantou em troca de alimentos para ajudar os sertanejos que enfrentavam a terrível seca de 1983. Aqui ele foi fotografado, cortejado, adorado, acolhido, venerado. 


A música Paulo Afonso foi a maior prova de amor entre a cidade e o artista. Quando em 1989 o cantor faleceu, a cidade em peso chorou, hastearam a meio mastro suas bandeiras em luto; Referencias e comoções tomaram conta da cidade.  Agora, em seu centenário, realizamos algumas homenagens ao Rei do Baião. Eu escrevi um livro narrando a passagem de Luiz em nossa cidade, resgatando imagens e histórias acontecidas com nosso povo. Sebastião Carvalho que foi a pessoa encarregada pela loja Maçônica São Francisco para fazer o contato convidando Luis Gonzaga para fazer o show beneficente em 1983 prestou sua homenagem ao velho amigo e em seu Haras Estrada da Vida, colocou dezessete sanfoneiros tocando músicas do Rei do Baião. O evento que comportou cento e trinta convidados foi embalado pelo autêntico forró, regado a emoção e a lembrança do inesquecível cantor.

João de Sousa Lima, Waldonys e Sebastião

No dia 13 de dezembro, nesse dia, Eu, Sebastião e Carlos Galindo acordamos com o raiar do sol e seguimos para os festejos em Exú, Pernambuco, lugar onde nasceu Luiz Gonzaga. Cruzamos Petrolândia, Floresta, Salgueiro, Bodocó e chegamos à terra do Rei do Baião. Uma multidão aglomerava-se no Parque Aza Branca e no centro da cidade. Na entrada do parque o cantor Alcimar Monteiro gravava programa para um canal de televisão. Mais na frente encontramos o comediante e maior imitador de Luiz Gonzaga, João Cláudio Moreno. Fizemos algumas fotografias com João e com ele nos dirigimos ao mausoléu do Rei do Baião. Dentro do mausoléu João Cláudio entrou em profundo silêncio, encostou a cabeça no mármore frio da lápide e em oração se emocionou e chorou. Eu e Sebastião ficamos de longe olhando a cena e depois deixamos João Cláudio em seu momento intimo. À tarde, várias autoridades civis e militares chegaram ao parque onde aguardavam o governador Eduardo Campos. Uma orquestra militar tocava músicas do Gonzagão. Entre as autoridades destacava-se Joquinha Gonzaga, sanfoneiro e sobrinho de Luiz Gonzaga. Quando começou o protocolo Joquinha Gonzaga foi agraciado com a comenda de Cidadão Pernambucano, recebendo o Titulo das mãos do governador Eduardo Campos. Depois o governador inaugurou uma estátua dourada de Luiz Gonzaga em frente ao Museu.

Com o cair da noite, lateral ao palco principal surgiu um cinema ao ar livre. Nas cadeiras lotadas ouvimos um discurso emocionado e emocionante do governador que tão justo falou da importância de Luiz Gonzaga para a cultura do Brasil. A casa da moeda do Brasil lançou a medalha em homenagem ao centenário de Luiz Gonzaga nas versões ouro, para e bronze. Consegui para meu acervo a versão em bronze e Sebastião Carvalho adquiriu as versões em prata e bronze. Em público o governador quebrou as cunhas das moedas. Os correios lançaram um selo em homenagem aos cem anos de Luiz Gonzaga. Mesa das autoridades desfeita começou a obra de arte do cineasta Breno Silveira: Gonzaga, de pai para filho. O filme traça um perfil das turbulências afetivas entre Gonzagão e Gonzaguinha, sem perder a ternura jamais. A película é de uma emoção pouco vista nas telas brasileiras, um verdadeiro retrato do que se passa no mais profundo sertão, sentido nos corações de dois grandiosos artistas ligados por uma áurea divina.

Depois do filme ouvimos o show de João Silva, um dos parceiros de Luiz Gonzaga. Algumas músicas mais e fomos procurar um local para descansarmos do dia estafante. Percorremos os quilômetros que separam Exú do Crato, pois em Exú os hotéis e pousadas estavam lotados. No Crato ficamos no hotel pasárgada, de onde saímos cedo, depois de um fato café matinal. Visitamos o Horto e o Museu do Padre Cícero Romão Batista. Muito próximo a estátua do padre Cícero cruzava em vôos rasantes um avião azul, depois ficamos sabendo pelo próprio piloto, o sanfoneiro Waldonys, que ele tinha ido lá, em suas acrobacias, tomar benção ao famoso Padre.

João de Sousa Lima e Joquinha Gonzaga

Retornamos a Exú e ainda cedo, na antiga residência de Luiz Gonzaga, vimos uma aglomeração e seguimos até lá; Na entrada da casa estava exposto um veraneio verde que pertenceu a Luiz Gonzaga. Dentro da casa pessoas fechavam um circulo ao redor de uma pessoa. Entrei com Sebastião e descobrimos que no meio daquela gente toda estava o Mestre Dominguinhos. Velhos e crianças cercavam o herdeiro musical do Velho “Lua”. Dominguinhos sorridente e ao mesmo tempo visivelmente abatido atendia todos com a simpatia que sempre dedicou a seus fãs e que fez parte de sua carreira artística. Com Dominguinhos estava Paulo Wanderley, um amigo que fiz em Fortaleza quando realizava palestra sobre o cangaço para o festival de Cinema daquela capital. Tiramos algumas fotos ao lado de Dominguinhos e seguimos a casa de Joquinha Gonzaga. Na casa de Joquinha deixamos alguns presentes com ele e seguimos para o lugar onde nasceu Luiz Gonzaga. Na antiga residência onde morou Januário, pai do rei do Baião, podemos degustar um carneiro na brasa e conhecermos o dono do restaurante, o senhor Junior. Junior nos levou para vermos o local do nascimento de Luiz Gonzaga. Fotografamos o lugar e seguimos até a  casa  da heroína Bárbara de Alencar. Da casa de Barbara fomos até a outra casa onde Luiz Gonzaga morou e que fica vizinha a casa do Barão de Exú. Na casa do Barão encontramos seu trineto Francisco, que muito educadamente se deixou ser fotografado com sua mãe e nos proporcionou a oportunidade de visitar os cômodos da antiga mansão que ainda mantêm móveis e utensílios de época. No pátio na frente do casarão situa-se a majestosa igreja que também foi construída pelo Barão. Lateral a igreja uma roda de sanfoneiros chamou nossa atenção. O sanfoneiro Amazan gravava o programa “Sala de Reboco” e desfrutamos de uma tarde memorável ouvindo Targino Gondim, Robertinho do Acordeom, Erivaldo de Carira e Joquinha Gonzaga.
     
Muitas músicas depois e chegou a hora de retornarmos. Carro na estrada e nas lembranças uma Asa Branca clareando os pensamentos; No coração a satisfação de ter ido lá, de ter prestado essa ho0menagem ao inesquecível Luiz Gonzaga e de ter participado desse momento histórico. Nas terras do Rei do Baião vivi emoções, senti pulsar nas veias o sangue nordestino dos homens invencíveis que se quebrantam na musicalidade e no aboio do vaqueiro, na canção que ecoa daquela sanfona branca que eternizou a bandeira em canto que influencia gerações e se torna marco indestrutível nas estradas cravadas com a arte de Luiz Gonzaga. Pela maestria de Luiz o transformamos no “Embaixador do Nordeste”, cujo canto é paz, é vida, alegria e emoção. Na felicidade de ter vivido tudo isso, deixei minhas preces em cada canto desses cantos que passei e que foram motivos de inspirações que saíram em forma de músicas nos acordes das teclas daquela sanfona branca e que hoje vaga no imaginário de uma nação que derrama em prantos a saudade deixada por Luiz Gonzaga do Nascimento, o eterno Rei do Baião.

João de Sousa Lima
Paulo Afonso, Bahia, 
Madrugada do dia 15 de dezembro de 2012.
www.joaodesousalimablogspot.com.br



http://blogdomendesemendes.blogspot.com

ASSIM ERA DADÁ | MANOEL FRANCISCO TELES (ENTREVISTA COMPLETA)



Entrevista completa de Manoel Francisco Teles concedida à equipe do Centro de Estudos Euclydes da Cunha – CEEC/UNEB na ocasião da produção do documentário "ASSIM ERA DADÁ – A Vida Pós Cangaço de Sérgia da Silva Chagas". Direção Geral: Manoel Neto Direção de Fotografia: Lucas Viana Assistência de Produção: Vicente Rivelino Link para o documentário: https://youtu.be/rlo0A2bMKZU Inscreva-se no canal do CEEC para acompanhar nossas próximas produções: https://www.youtube.com/channel/UCw6t... 

FACEBOOK: https://www.facebook.com/ceecuneb/ TEL: (71) 3321-5081 Rua do Cabeça, n. 10 – Ed. Marquês de Abrantes, 8º Andar – Sala 812, Salvador-BA, Brasil. CEP:40060-230
Categoria
http://blogdomendesemendes.blogspot.com

RAIMUNDO SOARES DE BRITO - O GUARDIÃO DA HISTÓRIA

Por Geraldo Maia do Nascimento

Palestra proferida no 4º ENOAL – Encontro Norte-Nordeste de Autores Literários da Sociedade Brasileira de Dentistas Escritores, no dia 12 de agosto de 2006, no auditório da Estação das Artes Elizeu Ventania.                                                
Camões, no Canto III dos “Lusíadas” tem um verso onde diz: “Não me mandas contar estranha história, mas mandas-me louvar dos meus a glória”. Faço minha as palavras do poeta, para louvar um pesquisador mossoroense. Um homem que dedica a sua vida ao estudo da história da região. E que por sua dedicação, é considerado por todos como o “Guardião da Cultura Mossoroense”.                

No último dia 23 de abril, o pesquisador Raimundo Soares de Brito, o nosso “Raibrito” completou 86 anos de idade. Nascido em Caraúbas, a 23 de abril de 1920, veio para Mossoró em 1940, ainda jovem, e permanece até os dias atuais. Segundo Raibrito, o seu interesse para a pesquisa histórica começou quando foi fazer o treinamento para a admissão como Agente de Estatística, em Natal, no ano de 1941/42, e teve que preencher dados sobre a história sócio-econômica de sua terra natal. Aquilo o levou a iniciar as suas anotações para o futuro. Essas anotações viriam a se tornar, mas tarde, no livro “Caraúbas Centenária”, em 1959. Um pesquisador incansável, que sem qualquer ajuda de governo, instituições ou pessoas organizou um arquivo fabuloso com mais de quinze mil biografias de tantos quantos têm ou tiveram alguma influência em Mossoró e região. Sua dedicação a pesquisa é tanta, que nem mesmo um acidente vascular cerebral foi capaz de tirar o seu entusiasmo. Aos 86 anos de idade, mantém a rotina de acordar cedo e ler os jornais, de onde tira o material que alimenta o seu acervo. Mossoró inteira, estudantes, jornalistas e pesquisadores, recorrem diariamente a sua casa, a casa de número 23 da rua Henry Koster, em busca de informações. Raimundo Brito, o intelectual, é um homem simples que se orgulha de poder ajudar a todos que o procuram.                
Como pesquisador e historiador já publicou mais de quarenta títulos pela Coleção Mossoroense, sobre temas de versam principalmente sobre Mossoró e o Oeste Potiguar. Como disse certa vez o saudoso mestre Vingt-um Rosado, \"Os seus livros e as suas plaquetes permanecerão, através do tempo, como uma contribuição extraordinárias ao conhecimento da gente e da terra do oeste potiguar\".                

A sua dedicação pela história de Mossoró tem lhe rendido frutos nos últimos anos. Foi destacado em 1995 com o título de “Doutor Honoris Causa” da então Universidade Regional do Rio Grande do Norte e em 1997 agraciado com o diploma “Amigo da Cultura”. Raibrito, um autodidata, é hoje presidente da Academia de Letras de Mossoró (AMOL), sócio fundador da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço (SBEC), sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte (IHGRN) e sócio efetivo do Instituto Cultural do Oeste Potiguar (ICOP).                

Raimundo Brito é um homem de memória privilegiada. Testemunha ocular da nossa história viu e vivenciou os homens e fatos que fazem parte da história potiguar. Uma conversa informal com Raibrito, se constitui numa verdadeira aula de conhecimentos gerais, principalmente no que diz respeito a região de Mossoró.                

Um pesquisador incansável, capaz de estudar um mesmo assunto por quase quarenta anos, como é o caso do livro que escreveu sobre os patronos das ruas de Mossoró.                

No seu último trabalho publicado, digo último publicado porque vários títulos estão aguardando ainda publicação, intitulado “Eu, Ego e os outros, raibrito traça uma espécie de auto-biografia através dos tipos populares que foi encontrando ao longo da vida, em cada cidade onde morou. Esse trabalho foi publicado graças a um patrocínio da Petrobras e eu tive a honra de escrever uma das orelhas do livro, em nome do Instituto Cultural do Oeste Potiguar. O Dr. Dix-sept Rosado Sobrinho, Presidente da Fundação Vingt-un Rosado me dizia, a poucos dias, que a Fundação estava relançando o Diário do Cel. Gurgel”, um dos livros de Raibrito que se acha esgotado.                

Mas Raimundo é um homem de 86 anos de idade, doente e só, já que perdeu sua companheira, Dona Dinorá, em 1º de agosto de 2004. Sempre houve a preocupação com o destino que teria seu arquivo depois de sua ida para o além. Representantes da Fundação José Augusto informaram que havia naquela instituição um projeto para a construção do Memorial Raimundo Soares de Brito. O projeto previa a aquisição de um prédio para onde deveria ser transportado todo o acervo do pesquisador. Esse projeto nunca saiu do papel, se é que um dia chegou ao papel. A Universidade do Estado do Rio Grande do Norte também tinha um projeto semelhante, segundo nos informaram. Esse também nunca se concretizou. E há um outro problema: como tirar o acervo da casa de Raimundo, se esse acervo é a própria vida da casa, ou seja, sua razão de viver? Era mister procurar uma outra maneira de preservar o valioso arquivo. Foi aí que surgiu a idéia da biblioteca virtual.                

A idéia de criar uma biblioteca virtual com o acervo do professor Raimundo Soares de Brito surgiu de uma conversa nossa com Vinícius Barreto, que naquela época era o Gerente da Assessoria de Comunicação Empresarial da PETROBRAS em Mossoró. Falávamos da biblioteca do professor Raimundo, quando Vinícius perguntou: Já que você faz parte de tantas instituições culturais da cidade, por que não tenta aprovar um projeto pela “Lei de Incentivo a Cultura” para preservação dessa biblioteca? Lembro ter respondido no momento que aprovar um projeto pela Lei de Incentivo a Cultura, talvez não fosse tão difícil. Difícil seria conseguir o financiamento depois. Mas Vinícius insistiu dizendo que um projeto dessa natureza era capaz da própria Petrobras financiar. E disse mais: “Se você aprovar o projeto, eu prometo me empenhar por ele”.                

Essa conversa com Vinícius me deixou eufórico. Comecei a pensar no que poderíamos fazer. Surgiu daí a idéia da Biblioteca Virtual. Seria um portal na Internet, onde poderíamos disponibilizar todo o acervo que Raimundo Brito juntou ao longo de sua vida, que sabíamos ser composta, entre outras coisas, da biografias de mais de quinze mil pessoas que tiveram alguma influência no oeste potiguar.                

Resolvido o teor do projeto, faltava buscar o apoio de uma das instituições culturais. Recorria ao ICOP – Instituto Cultural do Oeste Potiguar – por dois motivos: primeiro por fazer parte do seu quadro social; depois por ser o ICOP a instituição cultural mais antiga de Mossoró, o que daria credibilidade ao projeto.                

Marquei com o professor Wilson Bezerra, presidente do ICOP, uma reunião no Museu Municipal (que na época era a sede do ICOP) para falarmos sobre o projeto. A princípio o professor Wilson ficou temeroso, mas com o desenrolar da conversa, foi se convencendo da importância do projeto para a área cultural, não só de Mossoró como de todo o Estado.                

Marcamos então uma segunda reunião que deveria acontecer na casa do professor Raimundo Soares de Brito para explicar-mos o projeto ao mesmo. Terminada a explicação, Raimundo disse que nos termos que estávamos expondo, ele aprovava a idéia e liberaria o material de sua biblioteca, desde que os trabalhos fossem feitos em sua casa. Acertados os detalhes, passamos a execução do projeto.                

O projeto consistiu na digitalização de aproximadamente trezentos mil documentos (textos, foto, recortes de jornais e revistas), disponibilização desse material num portal da Internet, aquisição de três computadores com mesas e cadeiras que deveriam ser distribuídos da seguinte forma: 01 computador no Museu Municipal, 01 no Museu do Petróleo e o última na residência de Raimundo Soares de Brito.                

O valor do Projeto foi orçado em R$ 120.532,32 (cento e vinte mil, quinhentos e trinta e dois reais e trinta e dois centavos), sendo que desse montante 80% será do Programa Estadual de Incentivo a Cultura e os 20% restante de recurso próprio do patrocinador, que no caso é a Petrobras. O prazo para execução dos serviços era de 240 dias corridos.                

Iniciamos o projeto com uma equipe de aproximadamente 10 profissionais trabalhando na catalogação e digitalização do acervo, de modo que em 03 de agosto de 2005 podemos presentear Mossoró com a disponibilização da Biblioteca Raimundo Soares de Brito.                

Entendemos que com a concretização desse sonho, demos um grande passo para a preservação do acervo de Raibrito. Muito há ainda por fazer. Mas a semente foi plantada e está germinando, pois a própria Petrobras já anunciou que vai continuar patrocinando esse projeto.                
Para finalizar essa palestra, bem que podemos plagiar Camões e dizer: “Porque de feitos tais, por mais que se diga, mais me há de ficar inda por dizer”.                                

Da terra de Santa Luzia do Mossoró, Santa da eterna claridade visual, aos 12 dias do mês de agosto de 2006.


http://blogdomendesemendes.blogspot.com