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terça-feira, 12 de julho de 2016

SESSÃO DA ACADEMIA SERGIPANA DE LETRAS DO DIA 11 DE JULHO DE 2016.

Por José Bezerra Lima Irmão

Sessão da ACADEMIA SERGIPANA DE LETRAS do dia 11 de julho de 2016. Ao fundo, da direita para a esquerda, o Dr. José Geraldo Dantas Bezerra (da Academia de Medicina de Letras), o Dr. José Anderson Nascimento (Presidente da Academia Sergipana de Letras), o acadêmico Cleiber Vieira (palestrante do dia, sobre o tema “A essência da vida” – Cleiber Vieira é diretor cultural da Associação Sergipana de Imprensa) e eu (José Bezerra, visitante, ocasião em que o Presidente José Anderson anunciou a realização, no próximo dia 25 de julho, de uma Roda de Leitura, no salão da Academia, tendo como objeto o meu livro “Lampião – a Raposa das Caatingas”, das 14h30 às 18h). ´

Dentre os demais acadêmicos e intelectuais presentes, cito as poetisas Cris Souza e Martha Hora, os distintos amigos Domingos Pascoal e Murilo Mellins, da Academia Sergipana de Letras, o professor Vasko Vasconcelos, Presidente da Academia Literária do Amplo Sertão Sergipano e membro da Academia Gloriense, o romancista Antônio Saracura, Vice-Presidente da Academia Itabaianense de Letras.

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GENTE DAS RUAS DE POMBAL - DÉCADA DE 1970 BIÍNO: SEVERINO SERAFIM DA COSTA

Por Jerdivan Nóbrega de Araújo

Severino Serafim da Costa, Biíno, nasceu na Rua do Rosário no dia 06 de fevereiro de 1923, casou-se aos 33 nos de idade com Rita, mais conhecida como Mussum, então com 14 anos.

Rita, batizada com fumaça e cachaça nos batentes dos bares e cabarés de Pombal, era uma morena, “moça”, muito bonita, de olhar atraente, cabelos ao vento, cobiçada pelos muitos clientes de Noemi, cafetina e chefa do “Rói Couro de Pombal”, quando este ainda se chama de “Frejo.”.

Ela botou em Biíno um belo par de chifres, logo no terceiro ano do casamento. Foi este par de chifres colocado pela sua Dulcinéia, que o transformou no que o povo de Pombal passou a chamar de “pau d’água”. Entregou-se, o pobre homem, de corpo e alma as ruas, por onde perambulou e bebeu cachaça, tornando-se tão popular quanto os políticos que por ali passaram.


Mussum era uma morena bonita que chegou a Pombal através do velho trem “Maria fumaça”, vinda ninguém sabe de onde. Naquela época, graças à construção da Brasil Oiticica era comum as mulheres procurarem a cidade para se prostituir.


A Estação do trem era o local mais atraente para se arranjar uma namorada. Não tínhamos ainda o Cine Lux. De forma que o passeio na “Pedra da Estação” era o programa obrigatório dos jovens boêmios de Pombal.

Biíno era metido a galã, e por ser um dos melhores tocadores de fole de oito baixos da região, gozava da amizade e do respeito de outros boêmios. Andava muito bem arrumado, roupa nova, pente e espelho redondo no bolso da camisa. Usava óleo de ovo e lavanda Suíça, para dar mais brilho a sua cabeleireira.

Foi num desses bailes no frejo que a morena de olhar trigueiro, se apaixonou por ele, ao vê-lo fazendo malabarismo com seu fole, arrancando aplausos dos que assistiam ou rodopiavam no salão.

A linda morena pergunta para Zezinho de Caboclo: “Quem é este rapaz que toca tão bem este instrumento?”.

– É um rapaz daqui mesmo. Respondeu Zezinho Caboclo.

Minutos depois, Zezinho contou a Biíno que a bela morena havia simpatizado por ele.·.

Fim de festa, morto de cansado, sanfona na mochila, saiu o tocador para a sua casa, com o fole nas costas, e o pensamento naquela morena que nunca mais saiu do seu juízo.

No dia seguinte, Biíno foi à casa da rapariga Noemi, que morava a uns cem metros do Frejo, onde Mussum havia encontrado guarida. Encontrou-a numa sala, conversando com outras mulheres. Galã e conhecido no Rói Couro que era, foi recebido por Noemi ainda na porta, que o mandou entrar. Biíno logo a pediu Mussum em namoro.

Naquele tempo era assim: Ia-se direto ao compromisso. Ela respondeu que queria. Biíno perguntou qual a cidade que ela morava no Rio Grande do Norte, nome dos seus pais, o endereço completo. Dois dias depois, escreveu para seus pais enviando carta recomendada, pedindo os documentos como: batistério, registro de nascimento e o motivo da sua pretensão.

Doze dias depois teve a resposta. Recebeu uma carta onde continha todos os documentos pessoais da sua amada. Foi o bastante. Era o que ele queria.

Marcou o casamento e aproveitando as missões de Frei Damião, casou-se com Mussum na Igreja Matriz de São Pedro, bairro onde morou até sua morte.

Um frequentador de Rói e uma rapariga sendo abençoado pelo santo do povo sertanejo era impossível que não desse certo. Mesmo com a oposição ao feito por parte das “Filhas de Maria” que não admitiam que uma prostituta fosse abençoada por tão santa figura casório se deu.

Talvez tenha sido estes ‘olhos de maldades’ que fez com que aquele casamento durasse tão pouco. Pois é: a sua convivência com Mussum foi breve. Viveu sete anos com ela. Com apenas três anos de casado, Mussum o traiu “com um cabra sem futuro. Um asilado do rói”.

Ferido e magoado, só não deixou a casa porque seus filhos ainda estavam muito pequenos. Continuou com ela, mesmo guardando no peito esta grande mágoa. Passou a beber mais ainda, sem ter hora certa para chegar em casa. Já não tocava mais seu Fole de Oito Baixos. Tudo mudou. Mussum também aprendeu a beber cachaça, não lhe obedecia mais. Fazia o que tinha vontade. Seu lar se desmoronou a proporção que os dias passavam.

Mais uma vez entra em cena o trem que, como mostrado anteriormente, leva e tráz os sonhos do povo de Pombal.

Foi exata no trem que a trouxe, que certo dia Mussum inventou uma viagem para Iguatu, contrariando a vontade de Biíno, e lá se deu mal. 

Decorridos dez dias mais ou menos, Biíno teve um mau pressentimento.

Foi exatamente numa tarde de Sexta-feira 13, que ele recebeu um telegrama, noticiando que Mussum havia falecido. Fora atropelada por um caminhão, tendo morte instantânea. Foram palavras cruéis textualmente contidas naquele telegrama entregue pelas mãos do carteiro Ribinha. Era o fim de tudo. Ficou mais deprimido ainda.

“Iracema, eu falava, você não escutava não. Iracema, você travessou contra mão...”.

Mussum foi sepultada no Ceará, em razão de não poder transportá-la para a cidade de Pombal. “Estava liso! Não tive dinheiro de vê-la pela última vez”. Disse ele.

Com a morte da sua amada, Biíno voltou para casa da sua mãe, no Bairro dos Pereiros, onde mora com o seu filho Titico e seu irmão Rói Couro que ganhou este nome em homenagem ao local onde nasceu e foi criado.

Biíno nunca mais seria nada: nem tocador, nem boêmio, só cachaceiro mesmo.

Biíno tinha das suas. Devoto de Frei Damião que é um dia alguém mandou que ele tomasse banho e trocasse de roupa, ele perguntou:

—Tem certeza que frei Damião vem hoje?

Pois é, para ele, tomar banho só se fosse para receber o santo da sua devoção.

Um dia, encontrou o prefeito no meio da rua, conversando numa roda de amigos. Não hesitou em ir até lá e pedir um trocado para tomar sua cachaça. O prefeito enfiou a mão no bolso e lhe deu muito mais do que ele esperava. Feliz, aproveitou para fazer o seguinte discurso de agradecimento:

― Isto é que é prefeito! A gente pede um ele dá dez. Também, dinheiro roubado da prefeitura...

Ps 1. Esse texto foi feito com base em entrevista realizada por Genival Severo com Biíno
Ps2. Obs 2 (Severino Serafim da Costa (Biíno), 06 de fevereiro de 1923 a 05 de dezembro de 2000
Ps3 . No Livro de mina autoria “NA TELA DO CINE LUX DE POMBAL” Imrell 2001 (FICÇÃ0), Biíno é Prefeito e Mussun primeira dama de Pombal de Pombal

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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10 FOTOS MARCANTES E AS HISTÓRIAS POR TRÁS DELAS 5 (ESPECIAL CANGAÇO)


1- Marcas do Tempo do Cangaço

A senhora da foto acima é a dona de casa Maria Marques. Na época do Cangaço Lampião e seu bando marcavam mulheres no rosto, seja para mostrar propriedade ou como punição por comportamento indevido. As letras no rosto de Maria Marques são: "JB" pertencentes ao cangaceiro José Baiano. Dizem que foi uma vingança contra um oficial da volante chamado Vicente Marques que teria batido no rosto da mãe de Zé Baiano. A partir daí o cangaceiro mandou fazer um ferro com as iniciais “JB”, e a sua primeira vítima foi a senhora Maria Marques, ela era irmã do soldado Vicente Marques. O fato aconteceu em 1932.

2 - Uma Marca para o resto da vida
  

A jovem da foto chama-se Balbina da Silva e só foi ferrada, porque mandou um bilhete desaforado para Lampião, dizendo o seguinte: “O cabelo é meu e eu uso do jeito que eu quero”. O que se supõe que Lampião teria criticado o cabelo da jovem. Depois que viu o bilhete, Lampião teria dado ordem para Zé Baiano ferrar a moça. 

3 - Civis Matam 4 Cangaceiros


Exposição macabra de cangaceiros do bando de Lampião que foram mortos por civis liderados por Antonio Manuel Filho, o Tenente Antonio de Amélia, que cumpriu a promessa de vingar a morte de um amigo. Em pé amarrados a troncos de madeira estão os corpos dos quatro cangaceiros: Suspeita, Limoeiro, Fortaleza, Medalha e no caixão abaixo o corpo de  Félix Alves, um civil que morreu durante o combate. 

4 - Lampião e Volta Seca em trajes de gala

Montagem, amigos! 

Uma foto muito rara de Lampião e um dos mais jovens cangaceiros, o Volta Seca. Os dois vestidos com terno e gravata. Infelizmente não consegui identificar a ocasião e nem a data da fotografia, no entanto tudo leva a crer que seja nas décadas de 1920/1930.

Segundo informação de Rubens Antônio: "A foto que mostra Lampeão e Volta-Secca é uma montagem realizada por Robério Santos, para uma publicação, em que ele comenta a possibilidade de ambos terem visitado Aracaju."

5 - A prisão do Primeiro Rei do Cangaço "Antonio Silvino, O rifle de ouro"



Quando se fala em Cangaço muitos imaginam logo a figura de Lampião como sendo o pioneiro. A verdade é que existiram outros cangaceiros que antecederam Lampião na época do Cangaço. Antonio Silvino, era um dos homens mais destemidos que já apareceu no Brasil. Ele tinha a fama de ser um grande atirador e quase sempre acertava em cheio. Ele era também generoso com os pobres e dividia com eles grande parte daquilo que tirava dos ricos ou até mesmo do governo.

Silvino não era um criminoso comum. Nascido numa família muito rica e aristocrática, era ele mesmo dono de uma grande e valiosa extensão de terra na Paraíba. Mas, por causa de querelas políticas, seu pai, irmãos, tios e primos haviam sido exterminados. Para escapar ao mesmo destino, ele havia decidido tornar-se cangaceiro e destruir não apenas seus inimigos políticos, mas todos que ousassem se colocar no seu caminho. Até aquela ocasião ele havia assassinado sessenta e seis pessoas.

Silvino foi preso no dia 28 de novembro de 1914, quando ocorreu o seu último tiroteio com a polícia. Atingido no pulmão direito, conseguiu se refugiar na casa de um amigo e disse que ia se entregar. Ele foi levado para o Recife e ficou na Casa de Detenção, atual Casa da Cultura.

Na prisão Silvino era encontrado constantemente orando e com a Bíblia nas mãos. Ele foi condenado a 239 anos e oito meses de prisão. Em 4 de fevereiro de 1937, depois de vinte e três anos, dois meses e 18 dias de reclusão, foi indultado pelo presidente Getúlio Vargas. Na foto acima, ele é o de chapéu e bengala. O ex-rei do cangaço morreu em 30 de julho de 1944, em Campina Grande, na casa de uma prima.

6- A Castração de Pedro "Batatinha"


Sergipe 1930


Pedro Batatinha tinha apenas 22 anos quando teve a infelicidade de encontrar Lampião e seu bando, Chegando no povoado Tabocas, Batatinha ouvira dois disparos. 

Seguindo pela estrada, encontrou o bando de Lampião cercando o cadáver de um homem que acabava de ser assassinado. Pedro foi logo cercado e revistado, tomaram-lhe o pouco dinheiro que trazia. Obrigaram-no, em seguida, a voltar com eles, e ao chegarem ao povoado, Lagoa dos Tamboris, todos os Cangaceiros dispersaram-se pelas casas da povoação e ficando ele, Batatinha, preso entre dois do bando, no terreiro da casa de Sinhosinho, casado com uma prima sua, onde fora Lampião sentar em um tamborete, à espera de um café que mandara fazer. 

Os dois bandidos começaram a surrá-lo com chicotes de três pernas, ambos ao mesmo tempo, sem nenhum motivo. Estava com tanto medo que não sentiu dores. 

Após a surra de chicote, eis que chega um terceiro Cangaceiro, de apelido “Cordão de Ouro”. Ordena-lhe que descesse as calças e, segurando-lhe os dois testículos, cortou-os de um só golpe, atirando-os fora, debaixo das gargalhadas e chacotas dos companheiros. Disse-lhe o facínora: 

- Quem lhe fez isto foi “Cordão de Ouro”, é a lei que manda e tenho feito em muitos.

Lampião, calado, assistiu à cena, perguntando, depois, ao castrador:

- Corto tudo?

- Não. Deixei o resto porque o rapaz é novo.

Depois ainda deram pontapés e pranchadas de punhal em Batatinha. Lampião ao montar, aproximou-se dele, sacou do punhal e cortou-lhe um pedaço da orelha esquerda, acrescentando: 

- É um garoto que precisa sê marcado, p’ra eu conhecê quando encontrá.

E voltando-se para as pessoas presentes, preveniu-lhes: 

- Vocêis trate do rapais senão quando eu passá aqui arrazo cum vocêis tudo. 

Batatinha, enfim, fora socorrido pelo Dr. Belmiro Leite, em Aracajú. Escapou e, segundo informações colhidas, morreu, na década de 1990, em São Paulo. 

Créditos ao Escritor: Ranulfo Prata

 7 - O Massacre de Angico


Em 28 de julho de 1938 uma Volante composta por 49 homens e liderada pelo Tenente PM João Bezerra da Silva, conseguiu acabar de vez com a saga de Lampião e seu bando. Foto rara da volante após o tiroteio na Gruta de Angico, perto do Rio São Francisco, entre Alagoas e Sergipe. A foto é de baixa qualidade, mas percebe-se os corpos amontoados no chão. Na ocasião morreram 11 Cangaceiros. Poucos sabem, mas no Massacre de Angico onde entre outros, morreram Lampião e sua mulher Maria Bonita, também foi morto o soldado Adrião Pedro de Souza, e feridos outros dois homens da Volante, sendo um deles, o próprio Tenente João Bezerra. As volantes se vestiam também como Cangaceiros na intenção de enganar o inimigo. 

8 - Um Corpo Sem Cabeça
  

Foto tirada em 04 de agosto de 1938, dias depois do Massacre de Angicos quando Lampião e parte do seu bando foram mortos, o corpo na foto é do próprio Rei do Cangaço. Que foi deixado lá para ser comido pelos urubus, juntamente com os outros homens do bando.
  
9 - Tenente João Bezerra


No dia 24 de Junho de 1898, na localidade conhecida como Serra da Colônia, município de Afogados da Ingazeira, no Estado de Pernambuco, nasceu João Bezerra da Silva, um dos sete filhos de Henrique Bezerra da Silva e Dona Marcolina Bezerra da Silva, dois pequenos fazendeiros do lugar.

Filho de pais analfabetos (comum àquela época no sertão), tendo, porém, muita vontade de aprender a ler passou o rapaz a trazer sempre consigo uma “Cartilha do ABC” e um lápis.

Contudo sua infância foi na verdade transcorrida basicamente a ajudar o pai na agricultura ou na criação de animais. Mas foi com seu primo, Manoel Batista de Moraes, conhecido naquelas bandas como “Antonio Silvino, o Rifle de Ouro” por sua certeira pontaria, que João Bezerra aprenderia a atirar. Este seu primo ficaria famoso por ter se tornado um cangaceiro feroz que antecedeu a Lampião como já citei na foto (5) e por ter sido testemunha do assassinato do jornalista João Dantas, ocorrido na penitenciária do Recife, preso ali pela morte do ilustre paraibano João Pessoa.

Logo João Bezerra entraria para as volantes para lutar contra os Cangaceiros e se tornaria o homem que comandou o grupo que exterminou Lampião e parte do seu bando. O Massacre de Angicos foi um divisor de águas, começava ali o fim do Cangaço.
  
10- Com a morte de Lampião o Cangaço perde força


Após o massacre de Angicos, muitos cangaceiros entregaram-se. O contexto das entregas teve início com o aparecimento espontâneo de cangaceiros, que se apresentaram, em 12 de outubro de 1938, quando de uma pregação dos freis capuchinhos Francisco e Agostinho de Loro Piceno, em terras de Jeremoabo. Este, dirigindo-se aos cangaceiros, convidou-os a se entregarem, oferecendo-se como intermediário.

Havendo sucesso neste evento, aproximou-se de outra missão de capuchinhos, conseguindo intermediação para a entrega, um outro grupo de seis cangaceiros chefiados por Zé Sereno. Isto se deu por volta de 20 de outubro de 1938.

Esta é a única foto que se tem conhecimento tirada com a polícia, cangaceiros e a igreja católica. Todos juntos.

FONTES:


https://beradeirocurioso.blogspot.com.br/2014/08/10-fotos-marcantes-e-as-historias-por_24.html?showComment=1468342704664#c4718349234121199407

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RIBEIRINHOS DO RIO AMAZONAS

Por Benedito Vasconcelos Mendes

Ribeirinhos do Rio Amazonas, próximo da cidade de Breves-PA, esperando que os passageiros do nosso navio jogassem roupas ou alimentos dentro de sacolas plásticas. Crianças de 5 ou 6 anos, com a mãe ou sozinhas remando em toscas e frágeis canoas em direção ao nosso barco.






Enviado pelo professor, escritor e pesquisador do cangaço Benedito Vasconcelos Mendes

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ARIANO SUASSUNA - LAMPIÃO E MARIA BONITA


ARIANO SUASSUNA - LAMPIÃO E MARIA BONITA

Publicado em 11 de abr de 2016
Lembranças de Ariano Suassuna.
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COLUNA: VILMA MACIEL- 10/07/2016 INFORMAÇÃO- CULTURAL- MEMÓRIA O IMPACTO DO MOVIMENTO RELIGIOSO- POPULAR EM (JOAZEIRO DO NORTE- CEARÁ- ( ATUALMENTE JUAZEIRO). (SÉCULOS XIX E XX).


Este breve relato pretende tão somente, registrar alguns episódios ocorridos no povoado Juazeiro e que deu lugar a dezenas de interpretações descabíveis.

O suposto milagre fez eclodir o movimento. Em 1º de março de 1889, Padre Cícero Romão Batista ministrava a comunhão aos fiéis, entre eles, a Beata Maria de Araújo, que ao receber a Hóstia, a mesma se transformou em sangue. O impacto popular foi tão grande que o Capelão Cícero não pode conter o alvoroço dentro e fora da capelinha.

Fotos - Acervo Vilma Maciel

Ele, que havia chegado ao lugarejo de população reduzida, em 11 de abril de 1872, no intuito de cumprir seus deveres de jovem sacerdote recém ordenado. Ficou perplexo e apreensivo.

O impacto desse “fato” foi importante para o juazeiro e para a Região do Cariri.

Fotos - Acervo Vilma Maciel

A partir deste fato o Juazeiro se transformou numa “Nova Jerusalém”. Milhares de romeiros vinham em romaria, e se instalaram como moradores do vilarejo. A população mais que duplicou.

A peregrinação foi o principal veículo da expansão demográfica e econômica de Juazeiro.

Fotos Acervo Vilma Maciel

Às razões desse fluxo de romaria, era e é obviamente, religiosa e na época, também em busca de sobrevivência e amparo.

Essa massa, quase todos pobres, sentiam a carência sofrida pela miséria. Vinham em busca de recuperação espiritual, moral e corporal. Entre eles, analfabetos, aproveitadores, mascotes e pessoas de várias classes sociais. Daí um crescente número de marginais se misturava aos novos moradores da “Terra Santa”.

Foto - Acervo Vilma Maciel

Não custou muito a repudia da elite que passou denominá-los de Fanáticos.

A edêmica carência de justiça no Brasil levava criminosos e vítimas de crime a procurarem o conselho do Padre Cícero.

O período Oligárquico, “burguês” correspondeu ao período do poder estadual exercido por Floro Bartolomeu que atuou (1913-1926) no cariri.

Foto - Acervo Vilma Maciel

O papel que Dr. Floro desempenhou na política da região foi sem dúvida de suma importância para o desenvolvimento econômico do cariri e principalmente no Juazeiro do Norte, o que fez com que o Padre Cícero visse nesse poder uma alternativa para resolver os problemas econômicos e urbanos da cidade.

Com o crescimento urbano veio Também do ponto de vista social os maiores problemas: O aumento do banditismo, vícios, jogos, prostituição e fanatismo.

Fotos - Acervo Vilma Maciel

O Patriarca apelava para os conselhos pacifistas, não queria desordem social e pregava a devoção a Mãe das Dores. Objetivava governar o município com elementos de ordem, paz e organização.

Por outro lado, Floro mantinha o poder da máquina pública Federal a seu favor para manter a ordem urbana. Sabemos que o sistema hierárquico do coronelismo político, tinha a seu favor a troca pelo apoio eleitoral, essa era a oportunidade para o crescimento de qualquer região.

Fotos - Acervo Vilma Maciel

Durante o período de seca (1919), a violência reinava no Juazeiro. Crescia na região uma sociedade de flagelantes,e uma instituição religiosa que existira no Cariri mesmo antes da chegada do Padre Cícero em 1872.

Por ordem do Deputado Federal, Floro, os penitentes foram expulsos. Em Juazeiro existia esta seita milenarista de nome “Hostes Celestiais”. Cujos membros adotavam nomes de santos e viviam em abstinência sexual, alojados no Horto.

Foram queimados em praças públicas de Juazeiro, todas Vestes religiosas e paramentos cerimoniais dos adeptos e flagelantes. Por ordem de Floro. Esses pobres considerados Fanáticos eram mandados para o trabalho forçado. A Morte dos três membros de nomes: São Anastácio, São Pedro e São Cosmo, foi atribuída ao Deputado Dr Floro. (Porém não existe processo contra ele sobre esse fato)

Em 1921, Floro agiu também de forma decisiva: Padre Cícero havia encarregado o Beato José Lourenço de tomar conta de um dos possantes touros seu, “O Boi Mansinho”. Os seguidores do Beato Havia atribuídos ao animal poderes curativos na sua urina. Floro se revoltou, deu ordem para que o touro fosse morto em plena praça pública e sua carne vendida.

Na realidade, o papel social a religioso do Beato José Lourenço foi de iniciador de uma reforma agrária comunitária; (No Caldeirão) 

Fonte: Della Cava, Ralph. Milagre em Juazeiro, Paz e Terra 1976
Foto: acervo Vilma Maciel

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HISTORIOGRAFIA DO CANGAÇO

Por Geziel Moura

Há enunciado que circula, e aponta as brigas de famílias, como elemento produtor de alguns cangaceiros, dentre eles: Antônio Silvino, Sinhô Pereira e Virgolino Ferreira. Entretanto, não entrarei a princípio, neste debate, por pensar que a fabricação dos cangaceiros, vai além do que rixas entre clãs do nordeste.

Consigo ver, que tal elemento de vingança, é muito subjetivado, pela mídia, portanto, faço dois destaques: A novela “Velho Chico”, e o filme “Abril Despedaçado”, cujos enredos apresentam, tais discussões.

Nessa direção, a Revista Manchete de 24.06.1978 publicou, interessante matéria sobre a peleja na cidade de Luiz Gonzaga, Exu (PE) entre Sampaio e Alencar, que foi preciso a tentativa, infrutífera, do rei do baião, para acalmar os ânimos. 











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GILAEN DE SOUZA RODRIGUES - GILA

Por Geraldo Júnior

• SOBRINHA-NETA DOS CANGACEIROS ANTÔNIO E CIRYLO DE ENGRÁCIA.

• SOBRINHA DOS CANGACEIROS: MARINHEIRO, NOVO TEMPO E MERGULHÃO II (Morto em Angico).

• PRIMA SEGUNDA DOS CANGACEIROS: SABONETE II, ZÉ BAIANO, MANÉ MORENO, ANTÔNIO SIONARO.

• FILHA DO CASAL CANGACEIRO SILA E ZÉ SERENO.

Estou me referindo à minha amiga GILAENE “GILA” DE SOUZA RODRIGUES que recentemente nos deixou, mas que permanece presente em nossos pensamentos e em nossos corações.

Uma grande amiga que jamais será esquecida.

SAUDADE!!!

Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador do Grupo

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JÁ DIVISAMOS NO HORIZONTE PRÓXIMO A CAPA DO LIVRO ... O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO... Luiz Serra


Outubro Edições

A abordagem acompanha uma sequência temporal desde o século XIX aos anos trinta do século XX, no cenário nordestino. 

Aqueles acontecimentos nucleares e profundos para a alma brasileira, no cenário do sertão nordestino, que inflamou os nervos daqueles bravos brasileiros.

Como um cobertor de acalmia, o inevitável messianismo, com os padres Cícero e Ibiapina, e o Conselheiro do Belo Monte de Canudos. Era a prática religiosa adaptada às agruras do sertão, além do mais, havia as rezas de corpo fechado, para aqueles que ficavam no fogo cruzado quando não em situação de corpo a corpo!

Os coronéis sertanejos tentavam “governar” seus domínios a ferro e fogo, aliando-se a milícias ou a cangaceiros, quando não arregimentavam verdadeiros exércitos de jagunços armados, como foi o caso do célebre coronel José Pereira, de Princesa, na Paraíba.

Nesse furdunço geral, chegou a Coluna Prestes serpenteando uma fileira de 1500 milicianos revoltosos e no sertão foi combatida por todos os segmentos: tropas do governo, batalhões arregimentados, ditos patrióticos, e até o bando de Lampião chegou a um instante de fustigamento distanciado.

Lampião, arguto conhecedor do esconso sertão da caatinga, sai-se airosamente no ano de 1936, e aparece nas telas do cinema da capital, do Rio de Janeiro.

Inevitavelmente entraria em ação o poder central na figura de Getúlio Vargas, e da sutileza política intervencionista, sai a solução para o fim do cangaço sertanejo.

Estará no capítulo derradeiro comentário de uma possibilidade estratégica para a queda de Lampião.

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