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domingo, 18 de setembro de 2011

FOGO DA MARANDUBA

Por Alcino Alves Costa


Parte I 

A monstruosa perversidade de Canindé chocou a gente sertaneja. A notícia se espalhou por todos os quadrantes nordestinos. Era necessário deter a opulência, a grandeza e o poder do invencível bandoleiro. Os horrores de Canindé teriam uma dura resposta.

Ordens e mais ordens são, com urgência, expedidas. Rádios e telégrafos não param. Lampião sofrerá uma perseguição medonha. Será caçado como se fosse um cão danado.

Alagoas exige rigor total em sua fronteira. A linha do São Francisco será severamente fiscalizada, guardadas pelas forças comandadas pelo renomado

Da Bahia são transmitidas sérias ordens destinadas para Jeremoabo, ordenando ao seu numeroso contingente que marche rápido e urgente, para as terras sergipanas.

Mané Neto, o pernambucano de Nazaré, à frente de seus nazarenos, abala-se de Jatobá com destino à zona de atuação dos cangaceiros, região que havia se tornado o novo mundo de lutas e tropelias do grande guerreiro do Pajeú.

Assim que deixa Canindé, Lampião, levado por pesados pressentimentos, resolve se homiziar nas fazendas e terras de Piduca Alexandre e João Maria, os potentados da Serra Negra e irmãos do famoso comandante das forças baianas Liberato Carvalho.

Sabe Lampião que os acontecimentos de Canindé despertariam um ódio brutal e uma fúria intensa nas volantes e nas autoridades.
Na beira do São Francisco os nazarenos vasculham portos, estradas e veredas. Os de Nazaré e Lampião são ferozes inimigos. Nazaré é o pequeno povoado de Pernambuco onde quase todos que ali viviam eram mortais desafetos dos Ferreira, do riacho São Domingos.

Está na história à valentia e o destemor dos “cabras” da antiga fazenda Algodões, bravos sertanejos que tendo sobre seus destinos a inimizade sanguinária do maior dos cangaceiros souberam dignamente enfrentá-lo, mostrando que eram “casca do mesmo pau”.

Inimizade velha, antiga, nascida desde o tiroteio travado entre os três perigosos irmãos e os homens da antiga fazenda Algodões, com Odilon Flor à frente.
Naquele combate Livino Ferreira foi baleado pelo soldado do destacamento João Agostinho e posteriormente preso, após ser encontrado na casa de Chico Eusébio. Nesta ocasião os nazarenos Cícero Leite e Arconso – irmão de Mané Neto – aconselharam que o melhor seria matar Livino, pois só assim evitavam problemas futuros com ele. Odilon Flor rejeitou a idéia, preferindo levar o irmão de Lampião até a cadeia de Nazaré. No outro dia o ferido foi levado para Floresta.

Em 1923 entram para as forças repressivas os dois primeiros nazarenos: Manuel de Sousa Neto e Odilon Flor.

Lampião, entre aborrecido e magoado, vê sua própria gente, aqueles que desde criança conhece, pegar nas armas do governo para persegui-lo. Em pouco tempo, quase toda família nazarena, representada pelos seus jovens, formava nas fileiras perseguidoras dos bandidos da Ingazeira.

Família de valentes: os Jurubeba, os Ferraz, os Nogueira, os Soriano, os Gomes e os Flor; destemida e desassombrada gente que fazia o chão caboclo de Pernambuco tremer sob a mira de suas armas. Todos eles, sertanejos valorosos que tudo fizeram para exterminar os temíveis e medonhos Ferreiras.

Os “cabras” da terra de Domingos Soriano passam a ser comandados por um dos seus próprios filhos, o lendário Mané Neto, filho de Gregório Nogueira e irmão de Afonso e Arconso. Mané Neto torna-se um feroz perseguidor de Lampião e seus asseclas e, quando recebe a notícia do dantesco episódio de Canindé, corre apressado para as terras alagoanas.

Sabe o nazareno que seu grande desafeto não está nas Alagoas. O cordão repressivo esticado por Lucena, na linha do São Francisco, impedia completamente a passagem dos facinorosos para aquele Estado.

A “força”, que vinha de Jatobá, descansou em Pedra de Delmiro e dali seguiu para Piranhas. Era pensamento do bravo militar em dar um aperto em Joca Bernardes e Pedro de Cândido, dois famosos coiteiros que gozavam de muita intimidade junto aos bandoleiros.

Da Bahia viaja a volante comandada pelo tenente Liberato de Carvalho. Essa tropa não sabia nada sobre o ocorrido em Canindé. O destino dela era a fronteira desse Estado com Sergipe e o ponto visado era a fazenda onde residia o pai de Maria Bonita, a Malhada da Caiçara. 

Na Malhada da Caiçara, o irmão de João Maria é cientificado do terrível acontecido em Canindé, e para lá, imediatamente, se desloca.

O famoso militar baiano presta sua solidariedade ao derrotado tenente Matos. O clamor do povo era deveras sem igual. Maria Marques, Isaura e Anízia continuam a sofrer as dores dos suplícios recebidos. Canindé conhece os seus piores dias. O tenente, humilhado e derrotado, não tem forças para reagir. Jamais pensara em passar por tão dura prova. Jamais poderia imaginar que um matuto fosse capaz de impingir-lhe tão duro revés.

Uma das supliciadas de Canindé (Maria Marques) é de Santa Brígida e parenta de alguns soldados da volante da Bahia. Os parentes, compadecidos e raivosos, jurando uma medonha vingança, procuram consolá-la. O “contratado” Elias é o mais furioso e o que fica mais tempo consolando sua patrícia, mas sem ter como minorar a dor que o ferimento causava na infeliz senhora.

Liberato reúne seus homens e resolve seguir para Alagoas. Primeiro iriam até Pedra de Delmiro e do antigo reduto do cearense saberia que rumo tomar. 

Nada tinha a fazer no meio daquela gente ferida e apavorada. Restava, agora, encetar uma grande perseguição e procurar encurralar o bandido da Passagem das Pedras e sua turma sanguinária.

Com sua gente abastecida, os bornais cheios de mercadorias do armazém do mestre Cícero, e depois de mais uma vez consolar o infeliz tenente, além de garantir ao povo que Lampião pagaria caro a sua ousadia, o oficial do exército dá sinal de partida. Sua volante, resoluta, disposta e destemida se encalça no rastro da nefasta caterva.

Ao chegar à famosa povoação alagoana o comandante da força baiana é avisado da passagem de Mané Neto. Retorna, então, para a beira do São Francisco. O destino agora é Piranhas. No espigão da serra ribeirinha faz parada. Envia um mensageiro até a cidade das margens do “Velho Chico”. A presença de Mané Neto naquela localidade é confirmada. Imediatamente entra em contato com o pernambucano e acordam em atravessar o rio e caçar Lampião e sua malta juntos.

As duas volantes formam um conjunto de verdadeiras feras; verdadeiros titãs; verdadeiros gigantes. No entanto, embrutecidos pelos anos de luta e combate, os de Nazaré haviam adquirido muito mais experiência. Naquela altura de suas andanças eram considerados verdadeiros mestres na arte de guerrear. Os baianos, sem possuírem aquele traquejo, uma vez que há menos de cinco anos combatiam Lampião e seus sequazes, mesmo assim, suportavam todo peso da medonha jornada. Ali estavam, sob o comando de Liberato, afamados valentões da Bahia. Homens do quilate de Elias Marques e seu filho Procidônio, o bravo Leonídio, João Pintadinho e seu irmão Martim; ainda Antônio Bolachão, João Batista, os rastejadores Joaquim Lia e Barbosa e alguns outros destemidos “contratados”.

Continua na parte II



FOGO DA MARANDUBA

Por Alcino Alves Costa


Parte II 

As volantes unificadas seguem para Sergipe. O povoado ribeirinho de Cajueiro é o primeiro a ser visitado. Lá e em seus arredores vive uma leva muito grande de perigosos coiteiros: os Félix, os Rosas, os vaqueiros de Antônio Caixeiro e os da Badia. 
Toda essa gente sabia do roteiro de Lampião e seu bando. Era uma verdade. Naquelas paragens da beira do lendário rio sertanejo, o grande bandoleiro se considerava em sua própria casa. Mesmo assim, naquela passagem não iria se demorar. Sabia que seria tenazmente perseguido e apesar dos insistentes pedidos de seus comandados que desejavam realizar um baile, na fazenda Santa Cruz não se demorou. Apressado, se embrenhou na mataria. 

A volante vinha célere em seus pisos.
Surge, então, um grave obstáculo no meio da tropa. Sério inconveniente que, como adiante se verá, se tornou em uma total e absoluta tragédia.

Quais os problemas surgidos?
Os homens de Pernambuco, veteranos das caatingas, achavam que possuíam uma ascendência muito grande sobre os da Bahia. Estes, na verdade, inexperientes e sem o traquejo dos pernambucanos, eram, como aqueles, valentes ao extremo. Todos eles acostumados com o mundo bravio dos sertões, uma vez que também eram filhos daquelas terras de sofrimento. Orgulhosos, não aceitavam as provocações e nem os “dixotes” dos do sertão do Pajeú.

As desavenças aumentaram. O nunca esperado aconteceu. Os comandantes das volantes tomaram posição, cada um em favor de seus comandados. A soberbia do vesgo de Nazaré criava, ainda mais, em Liberato e seus comandados reações que estavam beirando ao desprezo e ao ódio. Se o nazareno queria porque queria demonstrar ser ele e os seus os maiores, os melhores, os realmente valentes; o irmão de João Maria não fazia por menos; asseverava alto e bom som, que sua volante era a que possuía os homens mais valentes do Brasil e do mundo. A porfia se tornou tão severa que não se pensava mais em Lampião, o empenho agora consistia em quem era quem na caça ao lendário bandoleiro.

O despeito e a vaidade dos dois comandantes foram à causa da perdição dessa numerosa tropa.

Os perseguidores já ultrapassaram os difíceis carrascos das serras do São Francisco. Agora caminham pelas terras brancas de Poço Redondo. Passam pelas lagoas da Pedra e do Curral. A tarde descamba. O sol vai se escondendo no horizonte. A caterva se destina a fazenda de China, o Recurso.
 
Lampião e seu bando estão nos arredores da Queimada Grande de Piduca Alexandre, um dos irmãos do comandante baiano que está no encalço da malta bandoleira.
A jornada está sendo muito forte. Cada componente de uma das volantes não quer, sob pretexto algum, demonstrar fraqueza ou cansaço. Na verdade, o esforço que estão fazendo está deixando a maioria dos soldados completamente sem forças e extenuados.

A sede, a fome e o sol escaldante deixam todos relegados a verdadeiros trapos humanos. E era este inesperado fator a grande vantagem dos bandoleiros perseguidos.

O sertão está encoberto pelo manto escuro da noite.

Os enfraquecidos e combalidos “macacos” já estão desanimados. Formam pequenos e separados grupos, uns bem distantes dos outros.

A noite chega e chega com uma escuridão de azeviche. Impossível alguém conseguir caminhar em hora tão imprópria.

Mas, os obstinados comandantes não param. Desprezando todas as normas militares, dominados pelo orgulho, prepotência e empáfia, são impedidos de raciocinar corretamente. Imperdoável atitude que arruinou as volantes, jogando seus componentes numa das maiores tragédias da campanha cangaceira, com muitos feridos e outros mortos.

A ordem era mostrar força e coragem, nunca sinais de fraqueza.

A noite deixa todos sem saber para que lado seguir. Escutam o tilintar de chocalhos. Conhecem profundamente as coisas sertanejas. Sabem que as campainhas estão no pescoço da “miunça” (cabras ou ovelhas) de alguma fazenda próxima. Caminham na direção dos guizos. Sabiam que se espantassem as criações, elas correriam para o chiqueiro da propriedade que pertenciam.

Assim foi feito.

Tangidos pelos soldados os animais correm para a fazenda. A tropa se orienta pelo tilintar das sinetas. Horas depois desponta numa grande malhada. Estavam na afamada Queimada Grande.

Os perseguidores estão vencidos pela sede e pela fome. Cansados e estropiados procuram o tão almejado e merecido descanso. Estão morrendo de sede. Saciar a feroz sede e a terrível fome que está destroçando os soldados é a principal e urgente prioridade dos comandantes.
 
A água disponível é muito pouca. O vaqueiro e seus filhos se apressam em ir apanhá-la nas pias ali próximas. Potes e cabaças transportam o precioso liquido. A água é pouca. A soldadesca está morrendo de sede.
O velho vaqueiro é pai de Zé Joaquim, o rapaz que anos depois foi barbaramente assassinado pelo perverso Juriti.
Antônio Joaquim oferece seus préstimos aos soldados, mas pouco conversa. Cumpre suas obrigações para com os militares sem, no entanto, demonstrar a menor alegria.

Já é madrugada e ainda continua chegando “macaco”. Um grupo confirmou que na Lagoa do Vestido e na Lagoa do Cocho ficaram vários companheiros arreados, por não suportarem a sede. Providências teriam que ser tomadas para acabar com o tormento dos companheiros.

Os soldados são da Bahia, seu comandante ordena que João Pintadinho e seu irmão Martim sigam imediatamente, acompanhados de um dos filhos de Antônio Joaquim (Manoel) e levem água para os sedentos.

O que a tropa não havia percebido era que a sisudez do vaqueiro tinha um motivo altamente justificável; Lampião e sua malta haviam deixado a fazenda naquela tardinha e, com toda certeza, estavam pernoitando pelas redondezas. 

Levado por um misterioso pressentimento, Lampião, em vez de pernoitar na grande fazenda de Piduca, que seria a opção coerente e certa, prefere viajar um pouco mais e ir dormir na fazenda Santo Antônio, há uma légua acima da Queimada Grande.

À noite a “força” chega à fazenda do homem da Serra Negra.

O combate será iminente. Soldado e bandido estão praticamente juntos. 

O relacionamento entre as volantes continua lastimável. Os dois comandantes, em vez de procurar acabar com o problema, deixam de lado os seus deveres e responsabilidades, desprezando a condição de chefes daqueles servidores da lei e da ordem; para, ainda mais, através de suas desmedidas vaidades, aumentarem a animosidade existente entre seus homens, esquecendo que aquela dura missão que lhes fora confiada tinha como especial finalidade o extermínio do flagelo, da peste que destruía tudo, o cangaço. 

A porfia dos pernambucanos com os baianos havia se tornado num perigoso e grave problema. As volantes eram compostas de homens geniosos e soberbos. Todos, encaprichados, não queriam “dar o braço a torcer”, não permitindo que um se mostrasse mais valente, mais forte, ou ainda, mais capaz do que o outro.

A vaidade, o capricho e a soberbia foram alguns dos maiores males da gente sertaneja.

Naquela mesma noite, mesmo com seus homens cansados e estropiados, Mané Neto, querendo se mostrar o homem de ferro, de sem igual resistência, que tanto alardeava, fez questão que seus comandados seguissem em frente, sem considerar a dramática situação que todos se encontravam. A ordem do militar de Pernambuco era uma afronta, um acinte a dignidade humana; seus comandados e os da Bahia estavam estropiados, esfolados e cansados da penosa caminhada. A noite é avançada. Por que seguir mais além?

A ordem teve que ser comprida. A tropa nazarena seguiu em frente, foram dormir na fazenda Poço do Mulungu. Bem perto, menos de meia légua, do local onde Lampião e seu bando dormiam.

Cedinho, ainda madrugada, os baianos despertam e viajam. Com eles à vontade de alcançar os pernambucanos ainda pela manhã.

Os baianos estão animados, alegres e descontraídos. À noite de descanso havia ajudado bastante. João Batista, zombando de Mané Neto, imita o seu caminhar desmantelado, defeito adquirido desde o combate da Serra Grande quando saiu baleado nas pernas.

No Poço do Mulungu as volantes voltam a ficar juntas. Experientes, começam a sentir um clima de combate. Algo estranho, misterioso e diferente paira no ar. Todos se voltam para os perigos de um tiroteio. A iminente batalha forma uma cadeia de união que até então faltava entre eles. Só agora percebem que estão expostos e sujeitos aos mesmos perigos. A qualquer instante estarão enfrentando a cangaceirada, razão mais do que suficiente para que se unam e se preparem para a terrível luta que os espera.

Ainda cedo chegam ao Santo Antônio. É o local aonde a cabroeira dormiu.

Madrugadores, os cangaceiros haviam se retirado. Deixam uma verdadeira rodagem. Não se preocupam em esconder a trilha. Não se tem mais dúvida, o tiroteio será sem tardança.

Apesar do descanso da noite a soldadesca ainda sofre com os rigores da fortíssima caminhada que estava encetando. Um grande número de soldados, principalmente os da Bahia, está destroçado, sem nenhuma condição física. Muitos deles já haviam atingido o limite máximo de suas resistências, estavam enfraquecidos e combalidos, por conseguinte não tinham condições de acompanhar o ritmo avassalador dos nazarenos que, doidos para se confrontarem com o grande inimigo, se distanciavam cada vez mais dos baianos.

Liberato percebe que seus comandados não estão suportando aquela duríssima jornada e, preocupado, ver seus soldados dispersos e muito afastados uns dos outros. Procurou agrupá-los; porém, temendo a reação de seu colega que bem poderia imaginar que tudo não passava de uma manobra para não enfrentar o rei dos cangaceiros, resolveu silenciar e deixar tudo correr conforme o momento se apresentasse. Jamais daria lugar para o nazareno pensar que ele e os seus teriam medo de enfrentar os facinorosos comandados pelo capitão do cangaço.

A trilha é fácil, muito clara. Os bandidos caminham na direção dos cerrados de cipó de leite da Maranduba, braba caatinga de Poço Redondo.

Os “fechados” da Maranduba eram, e ainda são, uns dos mais falados daquela região sertaneja de Sergipe. Mataria grossa: o cipó de leite, o bom nome, o angico, a aroeira, a braúna, a barriguda, a umburana, a quixabeira e o umbuzeiro fazem daqueles desertos, moradia do gato, da ema, do caititu, do tatu-bola e do peba. Baixadas e grotões onde só vaqueiros campeões corriam atrás de bois; corredores famosos como os Soares, o maioral Milinho; João Preto, os Teobaldo, os da Cuiabá e os de João Maria: Adolfo e Manezinho Cego, o famoso Manezinho de Rosara.

Bem próximo, naquele emaranhado quase que intransponível de caatinga, está o coito de Lampião. É naquele local que as mulheres cangaceiras esperam seus homens que retornam de mais uma de suas costumeiras razias.

Os soldados vão chegando.

Chegam numas pias. Espantados, vêem pingos d’água que caem da madeira que cobre a fonte de pedras. À hora havia chegado. Os bandidos estavam nos arredores acoitados.

Ao redor do lajedo apenas uns quinze homens das volantes. O grosso da tropa está atrasado. Alguns soldados estão na casa velha da Maranduba e outros ainda nem lá chegaram. Mané Neto, louco por uma desforra, resolve não esperar os retardatários, segue em frente, sabe que os homens de Lampião estão bem próximos, ali naquela mataria.

No entanto, não sabe o valente militar que a natureza havia presenteado aquela parte da caatinga com um extraordinário anel, formado por um maravilhoso circulo. Sete umbuzeiros circundam belamente as pias. É uma paisagem de raríssima beleza. É nesse anel modelado por sete umbuzeiros que Lampião se refugia com sua cabroeira. 

Havia chegado naquele mesmo instante. Coisa pra menos de meia hora. Demorara-se um pouco nas pias e agora espalhava seus homens pelas sombras dos umbuzeiros.

A alegria é geral. Abraços e vivas faz a felicidade de todos. Os bandidos formam uma só família. Vivem irmanados pela dor e pelo sofrimento.
Continua na próxima edição e última: ParteIII

Bacamarteiros da Paz...


Quem teve a oportunidade de participar da primeira edição do Cariri Cangaço, presenciou uma das mais marcantes apresentações artistico-folcloricas de todo o evento. Também no Sítio Caldeirão do Deserto, os Bacamarteiros da Paz, grupo tradicional da cidade de Juazeiro do Norte, nos trouxeram o melhor  de seu talento, arte e amor às coisas do sertão.

Na Romaria desta manhã reencontramos os Bacamarteiros da Paz, que ao final da Celebração, apresentaram a arte do bacamarte da paz, a todos os presentes. Quem esteve no Cariri Cangaço 2009, certamente guardou no coração imagens inesquecíveis ! Bacamarteiros da Paz, mais um privilégio de quem vem ao Cariri Cangaço.





Só faltam dois dias !!!

Juazeiro e Crato na Romaria do Caldeirão


Manoel Severo, José Carlos e Danielle Esmeraldo

Na Romaria deste domingo, no Caldeirão do Deserto; Crato e Juazeiro puderam novamente se unir na promoção desta grande festa da religiosidade e fé, populares. A Secretária da Cultura de Crato, Danielle Esmeraldo, anfitriã em Crato, recebe o Secretário de Turismo e Romaria de Juazeiro do Norte, José Carlos.
 

Surpreendentes histórias de Lampião

Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião,  compositor, cantor, cangaceiro, lá de  Vila Bela, atual Serra Talhada, no Estado de Pernambuco.  
Segundo Luís da Câmara Cascudo, Lampião, além de compor, era dançador, criador e divulgador do xaxado, além de cantador de emboladas e sambas (de acordo com pesquisas realizadas por
Frederico Bezerra Maciel).
Antes de Lampião, não havia música no cangaço. Não havia nem mesmo cangaço no sentido social, somente um ou outro grupo de cangaceiros. Lampião criou um estilo, uma modalidade de música popular sertanejo-nordestina, uma linguagem que chegava a todos naturalmente. Era um lírico que se deslumbrava na contemplação dos cenários da natureza, de uma flor, de um regato, do cheiro da terra molhada, do gotejar de uma bica; as coisas mais simples e puras da natureza, do canto dolente do aboio. Compunha, era poeta. Criador do xaxado, traduzindo o ruído, rangente ou xaxante, peculiar da pisada das 'apragatas' no chão seco, pedregulhento e de poeira quente dos caminhos do sertão. Sua criação máxima foi o baião 'Mulher rendeira', que se tornou no hino de guerra do sertão.  Em 13 de junho de 1927 atacou a cidade de Mossoró, RN, com mais de 50 cangaceiros, em pleno dia, cantando 'Mulher rendeira',  inspirada no aniversário natalício de sua avó materna,



d. Maria Jacosa Vieira Lopes, 'Tia Jacosa', a 15 de setembro de 1921, com o objetivo de homenagear a aniversariante, de profissão 'rendeira'. O período de elaboração é de setembro de 1921 a fevereiro de 1922, tempo entre a deliberação e a apresentação, na fazenda Poço do Negro, município de Floresta, Pernambuco, em 22 de fevereiro de 1922. A natureza musical da obra, o ritmo, é toada-baião. Apresentada por grandes artistas, corais e conjuntos, dominou todas as classes sociais; incluída no filme 'O cangaceiro', e interpretada por 
 
Alfredo Ricardo do Nascimento, o Zé do Norte.
Teve como intérpretes renomados musicistas, destacando-se, entre eles,
Michel Legrand e Pierre Dorsey.
Lampião não conhecia teoria musical; não sabia escrever música. Disse Ventania, um dos cangaceiros do grupo de Lampião: 'Ele inventava a musga com as palavras e adespois ensinava a nóis até todo mundo aprender.' Diz o major Optato Queirós: 'No começo da vida revelou-se Virgulino Ferreira um gênio em tudo que pretendeu realizar. Foi ótimo seleiro, currieiro (organizador do curral), agricultor, comerciante, tocador de sanfona, domador de cavalo, afamado vaqueiro, domador de burros bravos de Vila Bela, poeta, almocreve (condutor de bestas de carga), músico, artista, bom tino político e, por último, bom parteiro e enfermeiro.' Lampião tocou raríssimas vezes instrumentos de sopro, como o 'pife' (pífano ou pífaro) e o 'vialejo' (realejo ou gaita de boca). Fez algumas tentativas com a rebeca. Seus instrumentos favoritos eram a harmônica (sanfona de oito baixos) e a viola. De vez em quando tocava violão, pandeiro, ganzá, maraca, triângulo e o reco-reco. Era grande festeiro e usava o recurso psicológico da alegria e da arte, da música e da dança para dominar seu grupo de cangaceiros. Nunca compôs nenhuma música para comercializá-la. Ensinou o xaxado e nos bailes dançava a valsa, marcha, polca, baião, samba-do-sertão, quadrilha (nas festas juninas), mas o que ele mais gostava era do coco-do-sertão, oportunidade em que se soltava no improviso dos repentes e em loas de todas a sorte. Além de 'Mulher rendeira' ('Mulé rendera' na linguagem local), compôs ainda as seguintes músicas: 'Teus lábios', 1915 (hoje perdida), 'Vaqueiro eu sou', 1916 (perdida), 'Escuta donzela', baião, agosto de 1922, 'Ia pra missa', xote, 1923, 'Sabino e Lampião', xaxado, 1924, 'Sangue e justiça', 1925 (perdida), 'É lamp, é Lampião' (chamado de 'O toque de Lampião', considerado o segundo hino de guerra do grupo), 1926, 'Eu não pensei tão criança', baião, 1927, 'Acorda Maria Bonita', toada, 1930, 'Se eu soubesse', toada, 'A laranjeira', baião, 1930.

Fonte de Pesquisa:

CARIRI CANGAÇO 2011

Por: Jorge Alfredo Bonessi


PROGRAMAÇÃO OFICIAL

TERÇA-FEIRA - 20 Setembro 2011
Teatro Municipal Salviana Arraes - CRATO-CE
19:00 H - Solenidade Oficial de Abertura
19:30 H - Conferência

BÁRBARA DE ALENCAR E A INSURREIÇÃO - Professora Salete Libório

MESA = Carlos Rafael - CRATO – CE / José Flávio – CRATO – CE / Alessandra Bandeira - CRATO – CE / Alexandre Lucas - CRATO -CE
21:00 H - ABERTURA EXPOSIÇÃO "CANGACEIROS" - (Aba Film e Abraão Benjamin)

QUARTA-FEIRA - 21 Setembro 2011
Hotel Passárgada - Crato-CE
8:30 H- Conferência
ANGICO, O DEBATE FINAL - Facilitador: Manoel Severo
MESA: Amaury Correa de Araujo - SÃO PAULO – SP / Aderbal Nogueira - FORTALEZA –CE / Paulo Gastão - MOSSORÓ – RN / Alcino Alves Costa - POÇO REDONDO – SE / Jairo Luiz - PIRANHAS - AL
13:00 H - Conferência
MAJOR JOSÉ INÁCIO DO BARRO - Jornalista Sousa Neto
MESA: Napoleão Tavares Neves - BARBALHA – CE / Professor Pereira - CAJAZEIRAS - PB / Alfredo Bonessi - FORTALEZA - CE / Carlos Elydio - SÃO PAULO – SP / Salão Paroquial - Aurora – CE

19:00 H - Conferência
AURORA – A TRAMA DA IPUEIRAS E A INVASÃO DE MOSSORÓ - João Bosco André
MESA: José Cícero - AURORA – CE / Geraldo Ferraz - RECIFE – PE / Archimedes Marques - ARACAJU – SE / João de Sousa Lima - PAULO AFONSO - BA

QUINTA-FEIRA - 22 Setembro 2011
SESC Crato - CE
8:30 H - Lançamento e Debate
MINISÉRIE SEDIÇÃO DE JUAZEIRO - Jonasluis de Icapuí
MESA: Renato Cassimiro - JUAZEIRO DO NORTE –CE / Daniel Abreu - FORTALEZA –CE / Renato Dantas - JUZAEIRO DO NORTE – CE / Huberto Cabral - CRATO - CE
Teatro Nelory Figueira - Barbalha - CE

19:00 H - Conferências
A LITERATURA NA ÉPOCA DO CANGAÇO - Ângelo Osmiro
O CANGAÇO EM FOTOS - Ivanildo Silveira
MESA: Hugo Rodrigues - JUAZEIRO DO NORTE – CE / Pedro Luiz Camelo - CRATO – CE / Paulo Gastão - MOSSORÓ - RN / Napoleão Tavares Neves - BARBALHA - CE

SEXTA-FEIRA - 23 Setembro 2011
Floresta Nacional do Araripe - IBAMA Crato-CE
8:30 H – Conferências:
A SAGA DE DELMIRO - Voldi Ribeiro
QUEM MATOU DELMIRO GOUVEIA - Gilmar Teixeira
MESA: Edvaldo Nascimento - DELMIRO GOUVEIA – AL / Adair Nunes da Silva - DELMIRO GOUVEIA – AL / Wescley Rodrigues - BRASILIA - DF / Ana Lucia Sousa - PETROLINA - PE
Câmara Municipal - Missão Velha - CE

19:00 H – Conferências
AS ESTRATEGIAS DE COMBATE À ATUAÇÃO DOS CANGACEIROS PELO GOVERNO DA BAHIA - Capitão Raimundo Marins.
A ILUSÃO DO CANGAÇO - Aderbal Nogueira

MESA: João Bosco André - MISSÃO VELHA – CE / Honório de Medeiros - NATAL – CE / Juliana Ischiara - QUIXADÁ – CE / Narciso Dias - JOÃO PESSOA - PB

SÁBADO - 24 Setembro 2011
Ginásio Poliesportivo Luiz Leite - Porteiras - CE
13:00 H - Conferência
CHICO CHICOTE E A TRAGÉDIA DE GUARIBAS - Napoleão Tavares Neves
MESA:
José Cícero - AURORA – CE / Sousa Neto - BARRO – CE / Barros Alves - FORTALEZA – CE / João Nóbrega - JOÃO PESSOA - PB

16:00 H - Conferência
ANTONIO DA PIÇARRA E O CANGAÇO DE LAMPIÃO - Vilson Leite
Memorial Padre Cícero - Juazeiro do Norte - CE

19:00 H - Conferências
LAMPIÃO, AS VOLANTES E O MITO - Inácio Loiola Damasceno
DADÁ E CORISCO - José Humberto Dias
MESA: Aderbal Nogueira - FORTALEZA-CE / Ângelo Osmiro - FORTALEZA –CE / Renato Cassimiro - JUAZEIRO DO NORTE – CE / Alcino Alves Costa - POÇO REDONDO – SE.

DOMINGO - 25 Setembro 2011
Hotel Pasárgada - Crato - CE
8:30 H - Conferencia de Encerramento
A MUSICALIDADE NORDESTINA - Múcio Procópio
MESA: Kiko Monteiro - LAGARTO – SE / Paulo Moura - RECIFE -PE
Wilson Seraine - TERESINA – PI.

Realização: Cariri do Brasil
Parceria: Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço – SBEC.

Cariri Cangaço 2011 reúne escritores e pesquisadores de 20 a 25 de setembro



Folha Sertaneja - Paulo Afonso - BA
16/09/2011 - 13:52
Cariri Cangaço 2011 reúne escritores e pesquisadores de 20 a 25 de setembro
 
Por: Antônio Galdino
O evento acontece de 20 a 25 de setembro no Cariri cearense
 
Os escritores e pesquisadores pauloafonsinos, João de Sousa Lima, Rubinho Lima, Luiz Rubem, Gilmar Teixeira e Voldi Ribeiro estarão participando do Cariri Cangaço 2011 que será realizado na região do Cariri Cearense, mais precisamente nos municípios de Crato, Juazeiro, Barbalha, Missão Velha, Aurora e Barro, naquele Estado nordestino, no período de 20 a 25 de setembro.
Curiosamente, o Cariri Cangaço, que está apenas no seu terceiro ano e já se configura como um dos maiores, senão o maior evento de estudos de temas sertanejos como o cangaço, nasceu depois que o seu criador, Manoel Severo, participou em Paulo Afonso, a convite de João de Souza Lima, do primeiro Seminário do Centenário de Maria Bonita, realizado pelo Departamento de Turismo da Prefeitura deste município e sob a coordenação de João de Souza Lima e Antônio Galdino, daquele Departamento.
É o próprio Manoel Severo quem diz “Em março de 2009 quando retornávamos da primeira edição do Seminário de Maria Bonita em Paulo Afonso aflorou em minha cabeça a idéia de tentar realizar em nosso estado do Ceará, mais precisamente na região do Cariri, um seminário onde pudéssemos resgatar um pouco da historiografia cangaceira na região, tão pouco conhecida pela grande maioria das pessoas. Num primeiro momento ouvia muitas indagações e provocações: "Cangaço no cariri?"Está ficando louco?” Como realizar um negócio desses aqui, sem nenhuma tradição com o tema? "Evento para endeusar bandido?”... Foi aí que alguns ingredientes acabaram se somando e o sonho acabou se tornando realidade: Determinação, perseverança, dedicação e amigos; muitos amigos, inúmeros amigos, de todos os lados e lugares, alguns antigos e outros novos, todos juntos começaram a acreditar que poderíamos fazer... e fizemos.”
A ousadia de Severo, curador do evento desde a sua criação, como ele disse, "foram intermináveis horas, dias e meses de planejamento, preparação e entrega” deu tão certo que já no primeiro ano reuniu dezenas de escritores e grande público interessado em conhecer mais sobre esse instigante tema, o cangaço, e outros tão específicos da região nordestina.
 
“Agora era partir para o combate; o bom combate! Na noite de 22 de setembro de 2009, estávamos realizando a abertura do 1º Cariri Cangaço, na cidade de Crato, sob o cerimonial de meus filhos: Gabriel e Sawanna; com mais de 70 pesquisadores convidados, 19 conferências e debates e 22 visitas técnicas, em seus seis dias de realização, começava ali uma grande caminhada. Assim nasceu o Cariri Cangaço, um evento construído para todos aqueles que acreditam que nosso futuro tem estreitas ligações com nosso passado, nossas tradições e nossa história...”
 
A credibilidade do seu curador e da equipe que ele conseguiu reunir, assim como o alto nível dos palestrantes e ainda ou principalmente a curiosidade que temas como este ainda desperta nas pessoas (veja o sucesso da novela Cordel Encantado, mesmo não sendo muito fiel às informações...) mereceu o apoio das prefeituras e de empresários da região. As universidades, grandes colégios, câmaras de vereadores, instituições outras abriram suas portas e o Cariri Cangaço começou muito bem.
Em 2010, outros municípios se juntaram para apoiar o projeto. Outras dezenas de escritores e pesquisadores se deslocaram para o Cariri Cearense agora para ouvir nomes famosos na literatura sobre o cangaço como o escritor Antônio Amaury, João de Souza Lima e pesquisadores como Lemuel Rodrigues, Múcio Procópio, Geraldo Ferraz dentre muitos outros que se deslocaram de muitas regiões do Brasil para conhecer mais e discutir o tema “Coronéis, beatos e cangaceiros”, numa proposta de ampliação dos estudos para outras questões emblemáticas que ainda guardam muitos mistérios no coração deste pedaço de terra sertaneja.
Em 2011 a expectativa parece ainda maior entre os que esperam, até com ansiedade a oportunidade do reencontro no Cariri Cangaço 2011, quando escritores e pesquisadores renomados e os estreantes, iniciantes nesse universo estarão lado a lado, discutindo questões relevantes que fizeram a história de toda a região Nordeste e fatos que mudaram o rumo desta história.
O tema deste ano, “Da insurreição a sedição” já leva ao exercício salutar do pensar e questionar-se. E, a partir da idéia de se discutir personagens às vezes muito conhecidos apenas de uma região, abre a oportunidade, como tem acontecido desde o primeiro Cariri Cangaço, em 2009, de se levar fatos, acontecimentos e personagens para serem conhecidos, estudados num universo bem maior, toda uma região, um país, o mundo através da multiplicação desse novo conhecimento pelos próprios pesquisadores e pela mídia eletrônica, através do próprio blog – muito bom – do evento e de dezenas de outros.
Nesse ano, o Cariri Cangaço será realizado no período de 20 a 25 de setembro e a solenidade de abertura acontecerá às 19 horas do dia 20/09 no Teatro Municipal Salviana Arraes, no Crato-CE, seguida a conferência feita pela professora Salete Libório com o tema Bárbara de Alencar e a Insurreição.
De Paulo Afonso estarão ali, João de Sousa Lima, fazendo o lançamento da 2ª edição do seu livro Maria Bonita – a trajetória guerreira da Rainha do Cangaço; Luiz Ruben, lançando mais um livro, Lampião conquista a Bahia; Rubinho Lima, que vai lançar o seu novo livro, Regionalismo Sertanejo;  e Gilmar Teixeira que lança o seu esperado livro Quem matou Delmiro Gouveia? Outro pauloafonsino com o passaporte carimbado para o Cariri Cangaço é Voldi Ribeiro, que há anos vem pesquisando sobre o comportamento das mulheres no cangaço, mas ainda não concluiu seu livro sobre o tema. Ele estará ali apresentando um estudo que tem como título A Saga de Delmiro Gouveia, na mesma noite da sexta-feira, 23 quando Gilmar Teixeira (todos esperam isso) estará enfim revelando “Quem matou Delmiro Gouveia”, mistério que se arrasta desde 1917 quando este cearense foi assassinado na Vila da Pedra, hoje Delmiro Gouveia, em Alagoas.

Da região do São Francisco e arredores estarão também no Cariri Cangaço, Jairo Luiz (Piranhas-AL) e Alcino Costa (Poço Redondo-SE), Professor Edvaldo Nascimento e Adair Nunes (Delmiro Gouveia-AL), Kiko Monteiro (Lagarto-SE), mas vai ser muito fácil encontrar por ali João Bosco André, (Missão Velha-CE), José Cícero (Aurora-CE), Geraldo Ferraz e Paulo Moura (Recife-PE), Archimedes Marques (Aracajú), Aderbal Nogueira, Alfredo Bonessi, Barros Alves, Ângelo Osmiro e Daniel Abreu (Fortaleza-CE), Amaury Correa e Carlos Elydio (São Paulo-SP), Paulo Gastão e Kydelmir Dantas (Mossoró-RN), Professor Pereira (Cajazeiras-PB), Renato Cassimiro, Renato Dantas, Hugo Rodrigues (Juazeiro do Norte-CE) Napoleão Tavares (Barbalha-Ce), Wescley Rodrigues (Brasília-DF), Ana Lúcia Souza (Petrolina-PE), Honório de Medeiros (Natal-RN), Juliana Ischiara (Quixadá-CE), Narciso Dias e João Nóbrega (João Pessoa-PB), Souza Neto (Barro - CE), Wilson Seraine (Terezina-Pi) e muitos, muitos, muitos outros.
O Cariri Cangaço já ganhou essa projeção nacional. Gente do Sul, do Centro-Oeste e de várias regiões do Nordeste, do litoral ao interior, e de quase todos os Estados – BA, AL, SE, PE, PB, RN, PI e CE - (só faltou do Maranhão), se encontra durante cinco dias para estudar as coisas e as gentes do Nordeste.
E depois desse agito de palestras, visitas e descobertas, nada como o aconchego do Hotel Pasárgada onde Severo e parceiros hospedam palestrantes e convidados. Afinal, mesmo sem serem amigos do rei (como no poema de Manoel Bandeira), o motivo de todos estarem ali tem tudo a ver com outros reis nordestinos, o do cangaço, Lampião e o do baião, Luiz Gonzaga, sempre lembrados nesses momentos.
(Veja toda a programação e muito mais nos blogs Cariri Cangaço e João de Sousa Lima e no site do Jornal Folha Sertaneja)
 
 
Para ver a Matéria de Antonio Galdino no Jornal Folha Sertaneja: http://www.folhasertaneja.com.br/ 
 
Blog do João de Sousa Lima