Por José
Mendes Pereira
Lembro-me
quando eu ainda cursava o 2º. Grau diante de tantas dificuldades que me
rodeavam, e que os meus passos sempre foram pisados sobre coisas que eu apenas
sonhava em possuir.
Após a minha
maioridade tive que tomar posse dos meus sofrimentos, das minhas tristezas, das
minhas dores, do meu eu, e das minhas alegrias, se é que eu nem me lembro de
ter passado por tempos fartos, tempos de bonanças no meu período de estudante
adulto; e que ninguém mais estava ali para me ajudar a caminhar, enfrentar os
problemas presentes e os futuros que deveriam me visitar.
Foi difícil me
adaptar à nova vida sozinho, mas com bom censo, imaginei que eu tinha dois pés,
e era com eles que eu deveria me deslocar em busca de coisas diferentes, de
empregos, de cômodos para guardar os meus restritos pertences.
Assim que
concluí o 2º. Grau caminhei para faculdade, uma escola que todos sonham em
fazer parte dali, para preparar um futuro melhor, ser dono de uma casa bem
mobiliada, com carro na garagem, ter dinheiro a todo o momento para solucionar
os seus problemas, viajar para passar férias em outros Estados, ou até mesmo em
outros países, poder receber os seus amigos, sem ter vergonha da sua
residência.
Logo que
terminei faculdade fui de encontro a uma sala de aula, e lá era aonde eu iria
adquirir tudo o quanto eu sonhava, mas me enganara; a sala de aula é apenas um
lugar que ensina, instrui, forma e informa, e não lugar para adquirir carros,
casas...
O professor
não é visto com bons olhos pelos governantes, mas ele é uma peça principal de
uma nação, e sem ele, não haverá ensino, e nem ninguém será formado e
informado.
Diante do
péssimo salário que recebe um professor, que não dar para comprar livros,
apostilhas com bons conteúdos, apresentar-se aos seus alunos bem vestido, que
com certeza é um ato de respeito e consideração a eles, como poderá existir
educação de boa qualidade, quando o mestre não dispõe de recursos para se
vestir bem, ter excelentes livros de acordo com o seu conteúdo, e caminhar
feliz em busca da sua sala de aula?
Olhando bem, a
educação brasileira é um grande circo, coberto e edificado com barro,
abstraindo a lona, mas com bons profissionais que fazem os seus espetáculos
dentro dele, com interesse, mesmo sem incentivo, e oferecem a uma plateia
desestimulada, devido a falta de interesse dos responsáveis pela a educação, e
que muitos deles assistem as aulas em pé, por falta de cadeiras.
Ninguém sabe
dizer quando será que a educação brasileira deixará a UTI, ou se a tendência é
piorar e chegar a óbito de uma vez por toda.
Não adianta
dizer que ela está bem, caminhando bem. A cada dia, ela corre risco de não ser
mais aquela de algumas décadas passadas.
Noutros
tempos, os dias de aula em uma escola eram 180, e o aluno aprendia mesmo, mas
hoje, aumentaram para 200 dias e ninguém aprende quase nada, porque falta tudo da parte do governo..
O motivo de 20
dias a mais foi apenas para não dar chance ao professor fazer greve, e
desmontá-la, quando surgir uma. Assim prejudicando o próprio aluno, que o deixa
cansado, em passar 200 dias frequentando aulas.
Quando será
que a educação do Brasil deixará a UTI? Você sabe? Nem eu!
Minhas Simples
Histórias
Se você não
gostou da minha historinha não diga a ninguém, deixa-me pegar outro.
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