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Por Helton Araújo
Pessoal não
estou tendo tempo devido a problemas aqui no trabalho para produzir vídeos.
Sendo assim no
vídeo de hoje contei com o apoio do amigo @Anderson
Fatos Na História do Canal Fatos na História para
produzir.
Quem poder pfv
assistam.
Depois do
combate da Serra da Forquilha, em Vila Bela, Sinhô Pereira foi com o seu bando
para casa de Neco Alves, na fazenda Taboleiro, fronteira do Estado da Paraiba,
onde logo na chegada da propriedade, Lampião que ia com Levino e Antônio
Ferreira na frente do grupo, para se livrar de uma saraivada de balas dos
soldados, perdeu o chapéu.
A maior
desmoralização, talvez, para um cangaceiro, era depois de um tiroteio, não
importa porque motivo, aparecer com a cabeça descoberta.
Lampião,
naquele dia, na chegada da casa de Neco Alves, com os " macacos"
metendo-lhe bala, voltou para procurar o chapéu, sendo ferido, gravemente, por
um balaço na virilha e outro no peito.
- Na hora ele
saiu andando, mas não aguentou e caíu logo depois. Livino e Meia Noite o
arrastaram para um lugar seguro, dentro do mato. Fizemos, então, um rancho, na
fazenda dos Cosmos (gente humilde, mas minha amiga) e mandei chamar um médico
conhecido da família, o Dr. Mota. Só viajamos 20 dias depois, quando foi
possível Lampião andar.
Da série de
entrevistas concedidas por Sinhô Pereira a Osvaldo Amorim e publicadas no
Caderno B do Jornal do Brasil, a partir de 25/02/1969.
Fonte: VILA
BELA, OS PEREIRAS E OUTRAS HISTÓRIAS.
De: Luís
Wilson
https://www.facebook.com/groups/179428208932798
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A Netflix
anuncia nesta quinta-feira (24) mais uma produção nacional: a série de comédia
O Cangaceiro do Futuro. Inspirada na história de Lampião (1898-1938), a
produção vai mostrar ainda mais a diversidade brasileira nas telas. As
gravações ocorreram no município de Quixadá, no Ceará, e terminaram em São
Paulo. A trama tem previsão de estreia para o segundo semestre deste ano.
Protagonizada
por Edmilson Filho, a série conta também com Chandelly Braz, Dudu Azevedo,
Frank Menezes, Fábio Lago, Evaldo Macarrão, Haroldo Guimarães, Max Petterson,
Valéria Vitoriano, Solange Teixeira e Carri Costa no elenco. A produção terá
sete episódios de aproximadamente 30 minutos cada.
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O cangaceiro
Antônio Ferreira (irmão de Lampião) foi baleado duas vezes na época que esteve
no bando de Sinhô Pereira. A primeira foi na fazenda Abóboras, do cel. Marçal
Diniz, onde o cap. Zé Caetano e, entre outros, o tenente Ibraim, cercaram a
casa da propriedade. Brigaram 5 horas e ali Antônio Ferreira foi ferido no
braço e na coxa.
- Mas eles não
aguentaram o tiroteio e deram o fora, conta Sinhô Pereira.
A segunda vez
ocorreu em um combate no estado do Ceará, onde o major José Inácio do Barro,
aparentado da família de Sinhô Pereira, havia arranjado uma encrenca com o
Padre Lacerda, do Arraial do Coite, e o mandara chamar.
- Cercamos os
cabras do Padre com 70 homens. Eles eram 50. O tiroteio começou cedo e durou
até a tardinha. Ali eu perdi 4 homens, sendo 3 do major e um meu. Antônio
Ferreira saiu outra vez ferido no braço. Antes de entrar para o meu grupo já
havia sido ferido numa perna e na mão direita, onde tinha dois dedos que não
mexiam. Depois que chegaram mais 15 ou 16 homens para o grupo deles, comandados
pelo sargento Romão, nós demos o fora, pois não estávamos levando vantagem.
Isso foi no dia 20 de janeiro de 1921.
Da série de
entrevistas concedidas por Sinhô Pereira a Osvaldo Amorim e publicadas no
Caderno B do Jornal do Brasil, a partir de 25/02/1969.
Fonte: VILA
BELA, OS PEREIRAS E OUTRAS HISTÓRIAS.
De: Luís
Wilson
Facebook página do José João Souza.
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Por José Mendes Pereira
Por Rostand Medeiros
O pesquisador Rostand Medeiros fala sobre Sinhô Pereira, um dos pioneiros do Cangaço e seu ciclo de vinganças familiares, traçando um paralelo com outros chefes de bando, como Lampião.
Referências: "Sinhô Pereira: o Cangaço e o ciclo de vinganças familiares" Créditos: EBC na Rede Imagens da Vinheta: Benjamin Abrahão Botto
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Por Nordeste Fantástico
https://www.youtube.com/watch?v=U6GGlOKk-hU&ab_channel=NordesteFant%C3%A1sticoO vídeo
trata-se de um resumo da história do Amâncio Ferreira da Silva, conhecido no
mundo do cangaço por sargento Deluz. Nascido no dia 11 de agosto de 1905, este
pernambucano ainda muito jovem foi para o Estado de Sergipe, indo prestar os
seus serviços na polícia militar sergipana. Ficou muito conhecido por sua
crueldade e por ser algoz do cangaceiro Juriti.
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Clerisvaldo B. Chagas, 1 de março de 2022
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.667
A proibição de Carnaval este ano, pareceu uma justa homenagem às vítimas de Covid no Brasil e às vítimas da invasão na Ucrânia. Mas, independentemente disso, o que encontramos em Santana do Ipanema nestes dias de folia foram ruas desertas e pequenos grupos de pessoas, esporadicamente bebendo defronte às suas residências. Um silêncio absoluto nas avenidas semelhante aos antigos dias de finados. Para quem gosta de Carnaval em Santana, deve haver ainda a recordação de um homem que brincava o Carnaval sozinho. Chamava atenção porque além de ter sido interventor, era comerciante e fazendeiro. Nunca participava de bloco algum. Com apenas uma dessas máscaras finas e simples compradas em lojas, perambulava rua acima, rua abaixo, sem nenhum outro aparato, fora a máscara fina, que pudesse disfarçá-lo.
Firmino Falcão Filho, o seu Nouzinho, na época, proprietário da Sorveteria Pinguim, parecia antecipar o presente Carnaval da COVID 19. Um Carnaval solitário, pessoal, intimamente ligado as entranhas do eterno brincante. Se o prezado leitor quer saber sobre aquelas turmas de santanenses que deixavam Santana em direção a Pão de Açúcar ou Piranhas, não sabemos responder. O Carnaval está proibido em Alagoas confirmado por vários municípios. Seria um correr sem graça para outros lugares. Assim os que não pulam no reinado de Momo, repetem a mesma cena de outros tampos, sentam na esquina do antigo Hotel Central, em pleno Comércio, para apreciarem bandos e blocos que não passam mais. Restam apenas as fofocas que não são exclusividade das mulheres.
Saudade dos homens:
Você pensa que cachaça é água
Cachaça não é água, não
Cachaça vem do alambique
E água vem do ribeirão.
Paródia das mulheres:
Você pensa que babado é bico
Babado não é bico, não
Babado se bota em vestido
E bico em combinação...
Tempos de incertezas e melancolia.
Só Deus na causa.
CARNAVAL EM SANTANA DO IPANEMA (FOTO: B. CHAGAS).
Por Yuno Silva - Repórter
A imagem de Maria Bonita combatendo de igual para igual ao lado de Lampião pode
não passar de ficção. Coisa de cinema. “Nos filmes vemos as mulheres do cangaço
pegando em armas e guerreando, quando, na realidade, desempenhavam o papel de
amantes. Eram a elite do bando: ficavam nos acampamentos e não tinham que se
preocupar em fazer a comida ou lavar roupa. Passavam o tempo bordando a
estética do cangaço”, defende Geraldo Maia do Nascimento, economista de
formação, escritor e pesquisador da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço
sediada em Mossoró.
A tese de Geraldo, exposta no livro “Amantes Guerreiras” (Sebo Vermelho
Edições, R$ 30), busca embasamento em relatos reais de ex-cangaceiras,
depoimentos somados a muita pesquisa e testemunhos de parentes e pessoas que
viveram o período.
“Estou envolvido nesses estudos há mais de 15 anos, gravando entrevistas,
consultando outros livros e cruzando informações. Conversei com a ex-cangaceira
Sila (1919-2005), quando ela esteve aqui em Mossoró. Ela foi esposa de Zé
Sereno, era confidente de Maria Bonita, e confirmou tudo o que está no livro”,
garante o pesquisador, que também coletou depoimentos de senhoras, com idade
entre 98 e 105 anos, em Paulo Afonso (BA).
“Amantes Guerreiras” será um dos três lançamentos que o Sebo Vermelho promove
durante a programação do Festival Literário da Pipa – Flipipa, que acontece
entre 6 e 8 de agosto na famosa praia do litoral Sul.
Os outros dois títulos são o inédito “A Ressuscitada”, de Francisco Galvão, que
trata da presença holandesa no litoral sul do RN e das atividades da família
Albuquerque Maranhão em Canguaretama; e uma reedição de “Memória Viva de Chico
Antônio”, do professor Carlos Lira, que chegou a ser lançado em 2003 pela
EDUFRN mas está esgotado. O livro sobre o coquista foi ampliado com fotos mais
texto de apresentação assinado por Mário de Andrade, originalmente publicado em
1929 no jornal A República.
Passado desconhecido
“Amantes Guerreiras” é dividida em duas partes: na primeira metade Geraldo traz
toda a história sobre o papel da mulher no cangaço, enquanto na segunda
apresenta perfis (muitos com fotos) de 95 mulheres que se envolveram com o
cangaço entre 1930 e 1940. “O livro está mais focado no período de Lampião, com
a entrada de Maria Bonita”.
A publicação é desdobramento de uma palestra sobre o papel da mulher no
cangaço, e teve uma primeira edição resumida, já esgotada, que saiu em 2001
pela Coleção Mossoroense (Fundação Vingt-Un Rosado), com 25 perfis.
Obviamente as cangaceiras não eram dondocas, fazer parte do bando e viver de
forma nômade no meio de constantes conflitos não era para qualquer uma. Tinham
que ser guerreiras, apesar de poupadas na hora de encarar a frente de batalha.
Sem falar que não havia lugar para solteiras nem viúvas: se o companheiro
morresse em batalha, não tinham tempo de chorar a perda. “Tinham logo que
escolher um outro marido para permanecer no grupo”, disse Maia.
O pesquisador ressalta que as ex-cangaceiras passaram muitos anos, décadas,
escondendo essas histórias. “Nem a família conhecia o passado dessas mulheres,
muitos filhos e netos ficaram sabendo no leito de morte delas. Demorou muito
até perderem o medo de serem presas, apesar do Governo ter anistiado todos do
cangaço na época, por isso muita coisa se perdeu e há muito o que se descobrir
ainda”.
Pesquisa permanente
Geraldo Maia do Nascimento contou que os membros da Sociedade Brasileira de
Estudos do Cangaço estão sempre viajando, em busca de alguém ainda vivo: “Um
policial que participou de alguma volante, um coronel, um ex-cangaceiro”. Ele
disse que muitos cangaceiros que escaparam foram morar no Sul e Sudeste,
principalmente em São Paulo, onde o dentista, escritor e pesquisador Antônio
Amaury Corrêa de Araújo fez o primeiro levantamento sobre o papel das mulheres
no cangaço.
“Amaury foi pioneiro no tema, publicou ‘Lampião - As mulheres e o cangaço’
(Traço Editora, 2012), teve contato com uma ex-cangaceira e conseguiu chegar a
outras. Foi uma das minhas fontes, e fiz questão de incluir todas as
referências no livro para não deixar dúvidas”, finaliza Maia.
http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/as-amantes-do-cangaa-o/319989
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