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terça-feira, 4 de julho de 2023

LIVRO

  Por Francisco Pereira Lima


A recomendação bibliográfica de hoje: 

CORISCO: A Sombra de Lampião, de Sérgio Augusto S. Dantas. 
Um excelente livro sobre essa figura emblemática do Cangaço. 
CORISCO. Livro Novo. Preço 50,00 Com frete incluso. Pedidos: 

franpelima@bol.com.br e 
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LIVRO

  

Em Breve na Praça, o meu mais novo livro Luiz Gonzaga e a Bahia dentro em breve!!!

Reserve logo o seu!

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LIVRO

   


 São quase 400 páginas, com fatos novos, inclusive uma certidão do casamento da cangaceira Dulce, com o também, cangaceiro, Criança. Uma iconografia muito rica, que vale a pena ter em uma biblioteca. A excelente obra pode ser adquirida diretamente com o autor, através do email: 

archimedes-marques@bol.com.br

Sobre a sua obra, vejamos o que diz o autor, em poucas palavras:

Neste segundo volume passeamos sobre a estada, a passagem, a vida das cangaceiras naqueles inóspitos tempos, suas dores e seus amores nas guerras do cangaço e também após esse tempo para aquelas sobreviventes. 

A história de Carira, seus arruaceiros, seus bandoleiros, seus pistoleiros, os cangaceiros e policiais que por ali atuaram, também é minuciada e melhor estudada com a participação inequívoca de historiadores locais de renome que remontam esse tempo.

Laranjeiras, a histórica e linda Laranjeiras dos amores e horrores, não poderia ficar de fora, pois além de tudo, há a grande possibilidade de Lampião ali ter pisado, até mais de uma vez, para tratamento do seu olho junto ao médico Dr. Antônio Militão de Bragança. Nesse sentido a história, a ficção e as suposições se misturam para melhor compreensão do leitor.

Boas novidades também são apresentadas neste volume, uma com referência ao “desaparecido” Luiz Marinho, cunhado de Lampião, então casado com a sua irmã Virtuosa, outra referente ao casamento de um casal de cangaceiros ainda na constância desse fenômeno ocorrido em Porto da Folha, com a prova documental e, em especial o extraordinário fato novo relacionado a Maria Bonita em Propriá na sua segunda visita àquela cidade para tratamento médico. Fotos inéditas também estão apostas neste volume, que acredito será bem aceito pelos pesquisadores do cangaço.

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LIVRO: VINGANÇA, NÃO....! ( A vida do cangaceiro Chico Pereira )

 Por: Francisco Frassales. Compartilhado de Cangaceiros Cariri

Em crônica anterior, falei do padre Francisco Pereira Nóbrega e hoje escrevo sobre o livro “Vingança, não - Depoimento sobre Chico Pereira e cangaceiros do Nordeste”. Não se trata de livro de história nem de memória. Tampouco é romance ou novela, embora o autor tenha lançado mão de recursos ficcionais, a exemplo de recriação de monólogos para imprimir lógica ao fluxo narrativo e torná-lo verossímil.

O foco do livro é conhecido. Chico Pereira entra no crime para vingar a morte do pai, João Pereira, comerciante, proprietário rural e político em Sousa, com atuação no distrito de Nazaré e em São Gonçalo. O filho prendeu e entregou à polícia o executor da morte do pai, mas com pouco tempo o viu impune, andando livre pelas ruas, em feiras e festas. Um acinte. Depois de muita tocaia, “Zé Dias foi achado morto no meio da estrada. Estendido no chão. Só ele e a morte. E ninguém mais por testemunha”, escreve padre Pereira.

A partir daí, desencadeia-se o processo de formação de bando de cangaceiros. Chico Pereira planeja assaltar Sousa, ajudado por Lampião, que manda dois irmãos, Antonio e Livino Ferreira, dividir o comando das operações. Em 27 de julho de 1924, à frente de 84 homens, o grupo invade Sousa. Houve saques, cenas de humilhação do juiz de direito e outros fatos narrados com sutileza para não reabrir feridas, penso. O livro repassa, também, episódios que envolvem padre Cícero Romão Batista, políticos paraibanos e o advogado Café Filho; fugas, esconderijos, a morte vestida de cobra venenosa; o descumprimento de acordos com autoridades, a prisão sem resistência em Cajazeiras, em plena Festa da Padroeira, e levado para a cadeia de Pombal. A viagem para a morte na estrada de Currais Novos, nas mãos da polícia, na madrugada de 28 de outubro de 1928. Tudo isso Francisco Pereira Nóbrega narra em 20 capítulos, afora nota explicativa, uma foto e um croquis das andanças do pai em terras da Paraíba, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

Quarenta e cinco anos depois de publicada, a obra virou peça de teatro e já poderia ter-se tornado filme. É livro perene, um depoimento original, nascido de dentro para fora. Explico. Centenas de livros versam acerca do cangaço, escritos por sociólogos, memorialistas, historiadores, jornalistas, enfim, estudiosos, mas poucos existem como “Vingança, não”. O autor não vivenciou a maioria dos fatos narrados. Ouviu-os da boca de parentes e amigos. Cresceu a escutar as versões familiares. Não se contentou com isso, porém, e durante dois anos checou datas, nomes, lugares e episódios em consultas a processos judiciais, testemunhas e jornais da época.

O livro encerra aspectos relevantes para as pesquisas históricas, sociológicas e políticas da fase final da República Velha, auge do coronelismo, o intricado sistema de relações de poder que nascia no interior dos municípios, propagava-se pelas capitais dos estados e chegava ao centro das decisões políticas e administrativas do País. Essa teia de relações de poder aparece despida no livro, envolta em simplicidade narrativa de fazer inveja. Como se forma um bando de facínoras? Lá está, passo a passo, sob o influxo das injunções políticas interferindo nas atividades comerciais, envolvendo o judiciário, o aparelho policial, as autoridades do executivo estadual, numa promiscuidade que era a própria essência do poder na Primeira República.

Nem a religião escapava dessa urdidura. O autor descreve a esperança que era ir a Juazeiro em busca das benções do padre Cícero. Pereira Nóbrega produz uma síntese quase perfeita do messianismo e a exploração política que o cerca, ao referir-se ao mandachuva, deputado Floro Bartolomeu: “Sem ser beato nem cangaceiro, será o ângulo onde se encontram ambos. Sobre essa dupla força se firmará para atingir alturas que jamais suspeitou.” Para quem nada era e nada tinha, isso foi tudo. Enfeite de ficcionista? Que nada, realidade pura.

Tudo isso está escrito com singeleza, sem rebuscadas técnicas literárias, de permeio com o desenrolar de laço amoroso nascido entre “manso e pacato contratante de cal” e uma menina-moça de 12 anos, órfã de pai, assassinado, que casa por procuração aos 14, e enviúva aos 17 anos, com a herança de três filhos e o estigma de mulher de cangaceiro. “Vingança, não” transpira amor em meio à tragédia sertaneja.

Esta crônica, publicada no jornal Gazeta do Alto Piranhas, Cajazeiras, nº 325, de 04 a 10/03/2005,.

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P S – Francisco Pereira Nóbrega deixou a batina, casou-se, teve filhos. Fez-se professor, escritor, cronista. Afastou-se do ministério, mas continuou a obra de evangelização. Sua última missão foi dedicar-se ao Catecumenato. Morreu em João Pessoa, em 22 de janeiro de 2007.

Francisco Frassales.

Segue nossa página

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COMO NÃO TE AMAR!?

Por Hélio Xaxá


Que culpa tenho eu de te amar?
Se ao menos não fosse tão linda...
Se não fossem esses olhos
Que olham sem olhar-me...
Essa boca que exige beijos
E não quer beijar-me...
Esses cabelos derramados nas costas
Que sonho afaga-los...
Esse corpo de caminhos sinuosos
Que desejo trafega-los...
Esse colo de seios voluptuosos
Que causam delírios insanos...
Esses quadris de ancas dançarinas
Que reviram meus olhos profanos...
Esse par de coxas estonteantes
Que torna meu sexo desinibido...
Além desse cheiro de mulher
Que assanha a minha libido...
Não. Não há como não te amar!
Se ao menos não fosse tão linda...!!!

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MOCAMBO

 Clerisvaldo B. Chagas, 4 de julho de 2023

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.919

Emocionado escuto o poema “Flor do Mocambo”, do poeta Apolônio Cardosos, falecido em 1914. Daí resolvemos passar ao texto mais conhecimento aos nossos amigos e amigas. A árvore mocambo rara pelo Nordeste, é frondosa e cresce entre 3 a 8 metros de altura, porém pode chegar aos 25 metros conforme o lugar. Pertence à família das Malvaceae e seu fruto é parente do cacau e parecido, um cacau selvagem, encontrado na Amazônia. Sua flor é gigante e amarela de um tipo amarelo mais fechado. Como o meu sogro, saudoso repentista Rafael Paraibano gostava de cantar o poema acima, apontando autor, bate a emoção e ainda com um rapaz postando que é filho do autor do poema. Mas o tiro hoje era para outro alvo e pegou na árvore.

FLOR DO MOCAMBO.

Mocambo também é uma casinha miserável, sem nenhum conforto e chamada assim pelos da zona da Mata alagoana, sendo denominada no sertão, de “Tapera”. Supõe-se que mocambo era esse tipo de moradia feita pelos negros escravos. Tanto é que vários mocambos juntos formam um “Quilombo”. Na zona rural de Santana do Ipanema, encontramos o sítio Mocambo, no mesmo trecho de quem vai para o povoado Pedra d’Água dos Alexandre. E como temos ali o riacho Mocambo, deduzimos que nos primórdios havia um mocambo, isto é, uma casinha miserável situada à margem do riacho que deu origem ao nome, tanto do riacho quanto do sítio. Cada região denomina diferentemente esse tipo de casa, como, por exemplo: ranchinho beira-chão, casa de sapé, casa de taipa... E assim por diante.

A escravidão negra é característica dos canaviais da zona da Mata alagoana onde estava concentrada a gente africana para o trabalho no engenho e nas suas terras. Porém, o Sertão, onde prevalecia o caldeamento do branco descendente de português com o indígena do semiárido, fez surgir o tipo caboclo ou curiboca, tão bem representado pelo vaqueiro das caatingas. Em número reduzido, havia escravos negros no sertão, tanto adquiridos pelos coronéis quanto por elementos fugidos dos engenhos. Todavia, à casinha pobre, miserável, de palha, de varas e barro, sempre esteve presente, não só da história do estado, mas de todo o Brasil das atuais Cinco Regiões Geográficas. Mocambos e mocambos...

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ESTUDO DE CASO: O CANGACEIRISMO

 Por Honório de Medeiros

Um estudo de Caso: o cangaceirismo

* Honório de Medeiros 


A hipótese do “Outsider” que diz “Não!”, aplicada ao estudo da história. Um método. 

Lampião, porém, era um rude guerrilheiro, um gênio em estratégia, inteligência e astúcia (...) um homem do seu tipo surge de cem em cem anos (Lampião Cangaço e Nordeste, Aglae Lima de Oliveira)[1].

Nesse sentido, a mesma revisão feita sobre tantas das revoltas políticas, sociais e religiosas brasileiras cabe no que toca ao chamado banditismo rural nordestino, de cuja realidade ontológica também se pode dizer gilbertianamente tratar-se de agressão à cultura primitiva, recalcada, porém não destruída (Estrelas de Couro: A Estética do Cangaço, Frederico Pernambucano de Mello)[2].

Na terra seca, o homem é castigado pela inclemência climatérica, mas tem a compensação da liberdade individual imensa, formando-se uma humanidade altiva, de uma independência quase selvagem, indisciplinada, sem submissões ao trabalho, sem vida sistematizada. Cada homem é dono de suas ventas e, acostumado aos horizontes largos, para ele o mundo é grande e Deus é maior. E Deus é a aventura. É a possibilidade de fazer de suas apragatas verdadeiras botas de sete léguas, que poderão ser utilizadas deserto adentro para os lados em que o sol se põe, sem nunca chegar à serra por detrás da qual ele se deita. Nessa direção, o sertanejo pode vagabundar num verdadeiro caminho para o infinito, fugindo da coerção que lhe venha da polícia ou do trabalho organizado (Brejos e Carracais do Nordeste, Limeira Tejo, citado em Guerreiros do Sol: Violência e Banditismo no Nordeste do Brasil, por Frederico Pernambucano de Mello)[3]

Introdução 

É sob esse prisma, o dos inconformados (irresignados) que se revoltam e dizem “Não!”, transgridem e, a partir de então, são considerados “Outsiders”, que poderia ser estudado, por exemplo, o cangaceirismo...

CONTINUA...

[1] LIMA DE OLIVEIRA, Aglae. Lampião Cangaço e Nordeste. Rio de Janeiro: O Cruzeiro, 1970.

[2] PERNAMBUCANO DE MELLO, Frederico. Estrelas de Couro. A Estética do Cangaço. São Paulo: Escrituras, 2010.

[3] PERNAMBUCANO DE MELLO, Frederico. Guerreiros do Sol. São Paulo: A Girafa, 2004.

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ÁGUA BRANCA

Clerisvaldo B. Chagas, 3 de julho de 2023

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.918

Água Branca, município situado na zona montanhosa do Alto Sertão Alagoano, faz parte do maciço de Mata Grande. É muito simpática na sua localização atípica e tem como grandes atrações físicas a sua igreja principal de interior banhado a ouro, seu sítio geográfico e o frio intenso de inverno. Sua história é bastante recheada de ações de Lampião. Virgulino Ferreira antes da fama, conviveu bastante nessa região serrana. Água Branca é uma cidade de pouco mais de 20.000 habitantes, emancipada em 24 de abril de 1875, e tem como padroeira Nossa Senhora do Rosário. Estar situada a 570 metros de altitude e encanta os seus visitantes com vistas maravilhosas, inclusive, de terras da Bahia. Sua denominação vem de uma fonte de água límpida que havia nos arredores.

ASPECTO PARCIAL DE ÁGUA BRANCA – AL. (FOTO: DIVULGAÇÃO/PREFEITURA)

A sua vizinhança, como Mata Grande, Inhapi e Pariconha, fazem parte dessas montanhas do Alto Sertão, chamadas de Maciço de Mata Grande, que se ergueu há milhões de anos na mesma época do maciço de Santana do Ipanema. Em suas terras nasceu o célebre cangaceiro Corisco, um lugar-tenente de Lampião e natural da serra da Jurema. Seus festejos mais expressivos são a sua Emancipação política, as festas juninas e a homenagem à padroeira nos dias 22 de novembro à 8 de dezembro.  Mas, a antiga arquitetura da sede, chama atenção de estudiosos que se encantam com o diferencial de outras cidades sertanejas. O lugar já foi chamado de Matinha de Água Branca, também pela sua aparência com a vegetação da zona da Mata.

A história particular do município, é bastante rica e surpreendente para aqueles que pretendem levantar o véu do passado dessa região. Ultimamente turistas chegam à cidade visando festivais de inverno, onde procuram curtir o tempo de intensa frieza nessas aventuras surpreendentes.  Para os da capital que pretendem conhecer o município, poderão vencer mais de 300 km, tanto pela dorsal BR-316, passando por Santana do Ipanema, quanto pela dorsal que está sendo totalmente duplicada via Arapiraca e Batalha até Delmiro Gouveia. E para turistas interessados, várias outras cidades poderão ser encontradas pelos trechos de ambos os roteiros. E por último, apresentamos a coleta de uma quadrinha da época cangaceira:

“Lampião quando correu

Da cidade de Matinha

Foi no trote americano

No galope almofadinha”

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ENCONTRANDO POETAS E VIOLEIROS

  Por José Mendes Pereira

Se você vai fazer uma brincadeira em sua casa e está pensando em fazer uma cantoria com bons violeiros e poetas, procura o José Di Rosa Maria, que além dele, tem vários amigos profissionais na poesia e na viola, que animarão a sua festa.

Entre em contato com ele através deste número 9.9458-6607, ou pelo endereço eletrônico - ibamarpoeta@outlook.com

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FAMÍLIA DE INDAIÁ SANTOS

Por José Mendes Pereira
A foto pertence ao seu próprio acervo. 

Esta é a família de Indaiá Santos, neta dos cangaceiros Corisco e Dadá. Mais interessante seria se ela desse nomes aàs pessoas que aparecem na foto, para nós memorizarmos e sabermos se todas estas mulheres são filhas os amigas da mesma.


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