Serviço – “O Sertão Anárquico de Lampião” de Luiz Serra, Outubro Edições, 385 páginas, Brasil, 2016.
Por N Castro
Nas histórias contadas pelos mais antigos de Cabaceiras, sobre a época do cangaço, em 1996 ouvimos e registramos os depoimentos de Antônia Macedo (Antônia de Biu Pombo - in-memoriam) e Severino Macedo (Caboquinho hoje com quase 90).
Em Cabaceiras na época do cangaço, existia um rapaz jovem chamado Canuto. Honesto trabalhador e muito corajoso. Mas o destino havia traçados caminhos incertos pra sua vida. Entretanto, por volta dos anos 1910, Canuto passou a ser procurado pela justiça. Não se sabe o certo, mas conta-se que havia cometidos alguns crimes de assassinatos.
De acordo com as histórias jovem Canuto, motivado pelo seu desejo de violência natural, passou a viver fora das leis. E querer resolver todos os casos de desagrado cometido com alguém de sua família, usando a força da ignorância. Canuto era assim por dizer, um cara de sangue quente.
Pesquisando as histórias de Cabaceiras na época do cangaço, descobrimos que Canuto ainda era parente de um cangaceiro conhecido como "Capestanha". Sendo este do bando de Antônio Silvino. Famoso pelos saques que fazia nas andanças. Menos na região de Cabaceiras e São João do Cariri, onde havia relação com os familiares.
De acordo com os depoimentos dessas pessoas citadas, ainda parente de Canuto, o jovem procurado pela justiça passou a viver em esconderijos. Nas furnas das caatingas. Trajava-se com roupas de tecidos grossos ou de couro. Seus calçados eram ele mesmo que fazia. Usando os solados quadrados. Dizem que era pra ninguém identificar a sua direção. E quando era para visitar um parente usava algum tipo de sinal.
Segundo Severino Macedo (quase 90), parente de Canuto. em 1910, o cangaceiro Capestanha havia feito um convite para Canuto ingressar no bando de Antônio Silvino. Mas o jovem recusou esse convite. Preferiu andar só. (Preferiu, como assim diz o ditado: melhor só do que mal acompanhado). Sendo assim, continuou só pelas matas da região. Vivendo entre uma furna e outra. Quando necessitava de alguma coisa visitava parentes (de sua confiança).
De acordo com os depoimentos de Antônia Macedo (parente de Canuto), em anos da década 30, sua irmã chamada Maria havia arranjado um namorado. E esse planejava roubar a namorada visto a família não aceitar o namoro. (Motivo, cor da pele). Mas passados meses, um certo dia o dito plano foi descoberto. E chegou ao conhecimento de Canuto. E se envolvendo nessa questão prometeu matar o sujeito que queria desonrar a família. Passados os alguns dias Canuto começou a investigar o sujeito. E o pior aconteceu. Num certo dia do encontro dos namorados, Canuto flagrou a chegada do tal rapaz que namorava sua prima. Esse fato aconteceu na Fazenda Macambira. E nessa ocasião Canuto entrou em luta corporal com o dito sujeito. Na briga o rapaz ficou todo ensanguentado. Na ação final de executar a morte do coitado, Canuto foi surpreendido pelo pai da moça. Que mesmo não aceitando esse namoro, não permitiu que Canuto matasse o homem. Que socorrido levou para casa e lhe deu um banho de água e sal. Esse pobre coitado por pouco não perdeu a vida. Mas passou muitos meses sem poder andar. Canuto foragiu achando que o dito não escapava.
Continuando as histórias de Cabaceiras na época do cangaço, sobre a proposta feita ao jovem Canuto para seguir o bando de Antônio Silvino, descobrimos o seu verdadeiro nome: Canuto Pereira de Macedo, cabaceirense nascido no ano 1880. Isto de acordo com um registro de manuscrito. Cedido ao autor deste, acompanhado de sua fotografia real. Nos documentos também encontra-se o ano do seu falecimento, 1974. Estando nessa época com 94 anos.
Aqui vale salientar que, quando criança também chegamos a conhecer Canuto. Nessa época já velhinho com 90 anos de idade. E muitas crianças em Cabaceiras também chegaram a conhecer e escutar suas histórias. Canuto em vida era um homem alto, com mais ou menos um metro e noventa de altura, de cor branca, olhos claros e pés grandes. Ninguém em Cabaceiras tinha os pés maiores que os de Canuto. Muitas pessoas da cidade, ainda temia Canuto. Por se apresentar com brutalidade e ignorância. Mas isso, já era da sua natureza. Havia passados anos foragido da justiça. Mas a polícia nunca conseguiu pegá-lo. Por fim, seus crime foram prescritos.
Baseado em depoimentos e documentos cedidos ao autor.
Em nosso arquivo temos a imagem real de Canuto. Mas preferimos assim utilizar uma imagem simbólica.
Obs: Os depoimentos encontram-se em fitas cassetes.
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Por Geraldo Júnior
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Confira nesse vídeo os primeiros passos de Lampião e seus irmãos sob comando de Sinhô Pereira. Aqui você também confere a ida dos Ferreira até a casa de Zé Saturnino...
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Por Geraldo Júnior
A morte de um dos líderes da Força Policial Volante alagoana, que participou do ataque ao bando de Lampião na manhã de 28 de julho de 1938 em Angico. Morto por três pistoleiros no dia 12 de maio de 1959 na pequena Mundaú-Mirim no município de União dos Palmares no estado de Alagoas. Embora não tenha participado ativamente do ataque ao bando, João Aniceto Rodrigues dos Santos o conhecido "Sargento Aniceto" foi peça fundamental na trama que culminou na morte do maior cangaceiro de todos os tempos e parte de seu bando. Um homem que teve seu nome envolvido em diversos crimes e assassinatos, segundo a justiça e os jornais da época. Nesse documentário trago de forma narrada algumas matérias que foram publicadas pelo Jornal "Dário de Pernambuco" entre os dias 13 e 17 de maio de 1959, onde é abordado o passo a passo do assassinato do militar. Matéria inédita. Assistam e ao final deixem seus comentários, críticas e sugestões.
Forte abraço!
Geraldo Antônio de Souza Júnior - Criador e administrador do canal.
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A cerimônia será restrita a convidados no auditório da Secretaria de Justiça do Estado de São Paulo, às 15h, mas terá transmissão ao vivo no Facebook e no YouTube da SMDHC
247 - O Padre Júlio Lancellotti receberá o 7º Prêmio de Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns nesta sexta-feira, 11. Aos 71 anos, ele bateu um recorde e recebeu 15.598 indicações de um total de 16.643 sugestões recebidas pela Prefeitura de São Paulo entre outubro e novembro.
A cerimônia será restrita a convidados no auditório da Secretaria de Justiça do Estado de São Paulo, às 15h, mas terá transmissão ao vivo no Facebook e no YouTube da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC).
O Padre é coordenador da Pastoral do Povo da Rua e tem sofrido ameaças da extrema-direita pelo seu trabalho de ajuda às pessoas em situação de rua. Pelo telefone, o Papa Francisco prestou solidariedade após o Padre denunciar as ameaças.
Confira uma das entrevistas que ele deu à TV 247 e se inscreva no canal:
https://www.brasil247.com/regionais/sudeste/padre-julio-lancellotti-ganha-premio-de-direitos-humanos?fbclid=IwAR0qGMMGlkzxAze1_e0H_jQZlQ147TtjnglTeBeYXWTJTfcQsdBTZP6ZrT8
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Por Giovani Gomes
Alguém sabe aonde foi encontrado esses objetos arqueológicos ?
Dica: Um dos lugares mais misteriosos do Cangaço.
Crédito l: James Cardozo.
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