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terça-feira, 2 de maio de 2017

O CANGAÇO E A MAÇONARIA

Por Alfredo Bonessi

O Cangaço

O Cangaço encontrou em Virgulino Ferreira a maior liderança de grupo, superando em muito outros chefes que o antecederam, nas mais variadas formas de agir do bando de cangaceiros.

Pelo que se apurou em pesquisas, por estudantes do cangaço, os irmãos Ferreira se desentenderam com um vizinho por questões da invasão de animais em roçados  – e  a situação evoluiu aponto de um grupo emboscar o outro, causando ferimentos em alguns e prisão para outros.
Enquanto esse vizinho entrava para a polícia, os Irmãos Ferreira entravam para um grupo de salteadores.

Nessa época, já era publico e notório o espírito de desordeiros que alimentava a índole dos Ferreiras – comportamento no modo de vida que nunca se alterou, e que acabou por  eliminar da vida sertaneja  os irmãos Ferreira, não sem antes arrastar para a vida de crimes e para a morte seu irmão mais novo Ezequiel Ferreira e seu cunhado Virgínio. 
  
Essa atitude ocasionou também  a morte da mãe, por exaustão e desgosto,  e do pai deles, assassinado covardemente por uma volante comandada pelo Aspirante Lucena, que mais tarde foi o responsável pelo fim do cangaço no sertão, graças a estratégia adotada de informação, contra-informação, e pelo elevado movimento e circulação de volantes pelas áreas de atuação dos bandos de cangaceiros.

Por um erro de alguns escritores, primitivos no tema cangaço, acreditou-se que Virgulino Ferreira entrou para a vida do cangaço para vingar a morte do pai – isso não é verdade. A rigor nunca Virgulino vingou alguém, nem mesmo seus chefes de grupo quando esses foram mortos por civis ou pelas mãos da policia. O que se viu na sua vida de crime foram mortes movidas por desobediências no cumprimento de suas ordens, como foi o caso dos trabalhadores da rodovia,  e a marcação a ferro nos rosto e nas partes íntimas das mulheres de alguns militares, por estarem de vestidos curtos e cabelos cortados.

O fato é que o cangaço era meio de vida para Virgulino Ferreira, diferente do cangaço por justiça de Antonio Silvino e do cangaço por vingança de Sinhô Pereira.

Para isso Virgulino se impôs no sertão como um  indivíduo cruel, estando em mando acima dos poderosos coronéis da região, sendo até enganado por alguns, como foram os casos do coronel Zé Pereira de Princesa e do coronel Isaias Arruda, que ficou com mais de sessenta contos de réis do cangaceiro, e que o enviou para uma viagem sem volta até Mossoró, e que na volta o cercou com fogo no mato e mais de quatrocentos soldados da policia de tocaia.

Ao contrário do que muita gente pensa, Virgulino teve vida boa no cangaço, no interior das fazendas, ao redor das fogueiras, nas comidas gostosas feitas pelas mulheres dos fazendeiros,  ao som fanhoso do ronco dos foles, bebericando bebidas finas, tomando banho de perfumes, comercializando armas e munições entre os seus, pedindo dinheiro aos poderosos, sequestrando pessoas influentes, assaltando  cidades e vilas, atemorizando os comerciantes e forçando mulheres a praticarem sexo  com ele e com o grupo.

Lampião reinou absoluto  pelo sertão por longo tempo, e não se deu conta do número de estradas de rodagem que aumentavam dia-a-dia, das estações de rádio que se fechavam ao redor dele, do grande números de pessoas contrarias ao seu movimento, porque os cangaceiros atrapalhavam o comércio, e ainda,  pelo crescente  número de informantes aliciados pela  polícia e decididas a trabalharem para ela, e como principal fator,  a inclusão de sertanejos como parte integrante das volantes, quer como graduados, quer como guia e rastejadores, que conheciam bem o terreno e sabiam das artimanhas de  viver e combater nas caatingas.

Assim sendo a vida de Lampião estava por um fio naqueles meses de 1938, até que por um emaranhado de situações, fatos, iniciativas e decisões, o destino aplicou um golpe derradeiro em Virgulino e seu estado maior do cangaço, no amanhecer de 28 de julho de 1938, quando a volante do tenente João Bezerra o cercou na grota de Angicos e abriu fogo contra os cangaceiros que estavam acabando de acordar.

Muito tempo depois alguns estudiosos do assunto tentaram justificar a morte de Lampião, criando diversas teses sobre o fato acontecido, como envenenamento, traição, e outros culparam o sobrenatural para o fato dos cangaceiros terem sido pego de surpresas e não esboçarem nenhuma reação e serem mortos com tanta facilidade.

O fato é que Lampião foi negligente em sua segurança quando ocupou esse local, um buraco que só tinha uma saída. Além do erro de ficar muito próximo de Piranhas, sede de volantes, e de Santana de Ipanema, local onde era o centro de movimentação da força. Apesar de chegar aos seus ouvidos, pelos informantes,  na tarde de quarta-feira,  que a policia tinha tomado  um determinado destino, bem ao contrário do seu esconderijo, fato esse que fez com que relaxasse na vigilância  e na segurança do acampamento.

Entendemos que o trabalho de Pedro de Cândido e de seu irmão Durval  foi fundamental  para o êxito da operação policial, porque guiaram a volante, a noite e sobre as encostas do monte das Perdidas, ao lado do monte Angicos, tendo pela frente o monte das Imburanas, fator esse primordial para o silencio  e eficácia de  toda a operação.

Se os cangaceiros operassem como uma força de combate imbuída de exterminar  a policia – mas esse não era o seu objetivo – nesse dia do combate de Angicos, poderiam ter se reunido fora do cerco e voltado ao campo da luta e dizimado o grupo de policiais que, descuidados, tratavam de disputar entre si a posse dos bens e do dinheiro dos cangaceiros mortos.

O resultado desse fato foi o fim do cangaço, muitos comerciantes que deviam dinheiro de agiotagem aos cangaceiros tiveram suas dívidas quitadas, muitos soldados da volante ficaram ricos e importantes, alguns deles se tornaram fazendeiros, um deles viajou até para a França, o assunto Angicos correu o Brasil de ponta a ponta e foi notícia até no exterior.

Hoje, estudantes procuram uma causa para a existência do cangaço, mas não a encontram. Se Virgulino tinha um sonho, uma meta, um objetivo, um ideal, ninguém ficou sabendo, nem mesmo a sua companheira, que nesse dia e noite, derradeiros, brigou muito com ele -  sua voz triste e cansada ainda ressoa pelas pedreiras de Angico:

“dexa essa vida, homi”.

A sublime Ordem Maçônica

Para aquele que era conhecido como um homem valente e matador de Lampião, acostumado com a vida sertaneja cheia de imprevistos e surpresas, o convite para ingresso na Ordem Sublime lhe causou uma certa inquietação. Seu padrinho o alertou sobre isso: era preciso ter muita coragem, determinação, paciência, porque o trabalho era exaustivo, longo, cheio de altos e baixos – era necessário ter uma vontade firme - uma vontade de vencer -  que superava todas as provas existentes na  vida mundana.

Além das provas porque tinha que passar, dos juramentos de fidelidade, no trabalho cansativo nas pedreiras, lapidando a pedra bruta, também era necessário empreender várias viagens, por lugares incertos, sob tempestades e relâmpagos, em mares tenebrosos, em busca da verdade e da fé, para que o mundo fosse melhor e mais justo. Depois que as pedras estivessem polidas, poderia ser construído o templo de Salomão – um templo de virtude e de sabedoria.

Na construção do templo empregaria as ferramentas do pedreiro, seria então um pedreiro livre: a régua, o esquadro, o compasso, o nível, o prumo, e o malho seriam os seus instrumentos de aperfeiçoamento social da pedra bruta. Quando a pedra bruta estivesse polida, seria um mestre no uso desses instrumentos.

Era preciso também deixar a vida mundana e vestido de noivo casar com a nova vida – e assim teria que passar também por um prova difícil ao se fazer o balanço da vida, uma verdadeira reflexão, dentro do porão da consciência, onde teria que fazer um testamento, conhecer  de perto o alimento da terra,  e tomar conhecimento do livro máximo de todas as religiões.

Depois enfrentaria de igual para igual, o senhor dos mundos, na pessoa de um bode preto, no fundo de sua consciência – vencido esse bode preto, venceria o mundo.

A impressão que teve o nosso corajoso candidato era que não estava mais vestido, que seria um simples condenado, que encapuzado e descalço seguiria para um  patíbulo.

Antes de mais nada, teria que vencer o luxo e as vaidades e se desapegar dos bens mundanos.

O tempo passou e o novo candidato se houve com muita coragem e valentia. Venceu as tenebrosas viagens, quase naufragou nas durezas da vida, passou por inúmeras tempestades e relâmpagos, trabalhou duro nas pedreiras, conseguiu deixar polida a pedra bruta, subiu pela escada da virtude, do conhecimento,  do mérito,  e tornou-se um nobre cavaleiro da rosa e da cruz – hoje mora no oriente eterno, junto com os seus irmãos.

Alfredo Bonessi  - MM – FRC – AMFDV – SFB – SFU – AGADU – CROO MAAT  

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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CAPITÃES DO FIM DO MUNDO: AS TROPAS VOLANTES PERNAMBUCANAS (1922 - 1938).


Descrição do Livro:

“As Tropas volantes em Pernambuco representam mais do que uma força de repressão ao cangaço. Representam a utilização de saberes de uma região, incorporados a uma Instituição pautada na hierarquia e disciplina, que contribuíram na composição da estratégia de combate baseada no inimigo. A Tropa Volante, mais do que uma força de contenção do Estado, foi a solução possível que o Estado encontrou para lidar com o cangaço”. Através de uma análise profunda e bem documentada sobre a sociedade sertaneja, o cangaço e a Polícia Militar, o historiador André Carneiro de Albuquerque, desenvolve a história das Tropas Volantes em Pernambuco entre os anos de 1922 a 1938. O apenas dito, o quase vazio ou inexistente a respeito do perseguidor policial nos manuais de História do cangaço, tornou-se um espaço onde é possível estudar a Força Pública no sertão do Estado ao longo do período lampiônico, bem como perceber as formas de ação desenvolvidas por estas tropas em oposição aos bandos de cangaceiros. Ainda são poucos os trabalhos acadêmicos que tratam a respeito das Tropas Volantes, e muito menos sua relação com o meio social e com os grupos de cangaceiros existentes. Muitas vezes, as diferenças das Tropas Volantes dos diversos Estados do Nordeste foram negligenciadas em proveito de generalizações pouco adequadas. Sendo assim, essa obra, se dispõe a verificar, seus modos de formação, apontar seus componentes e os elos pelos quais se ligavam a caserna e a sociedade.

Peça-o através deste gmail: 

a.c.albuquerque@hotmail.com
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NOVO LIVRO NA PRAÇA "O PATRIARCA: CRISPIM PEREIRA DE ARAÚJO, IOIÔ MAROTO".


O livro "O Patriarca: Crispim Pereira de Araújo, Ioiô Maroto" de Venício Feitosa Neves será lançado em no próximo dia 4 de setembro as 20h durante o Encontro da Família Pereira em Serra Talhada.

A obra traz um conteúdo bem fundamentado de Genealogia da família Pereira do Pajeú e parte da família Feitosa dos Inhamuns.

Mas vem também, recheado de informações de Cangaço, Coronelismo, História local dos municípios de Serra Talhada, São José do Belmonte, São Francisco, Bom Nome, entre outros) e a tão badalada rixa entre Pereira e Carvalho, no vale do Pajeú.

O livro tem 710 páginas. 
Você já pode adquirir este lançamento com o Professor Pereira ao preço de R$ 85,00 (com frete incluso) Contato: franpelima@bol.com.br 
fplima1956@gmail.com
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LIVRO “O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO”, DE LUIZ SERRA


Sobre o escritor

Licenciado em Letras e Literatura Brasileira pela Universidade de Brasília (UnB), pós-graduado em Linguagem Psicopedagógica na Educação pela Cândido Mendes do Rio de Janeiro, professor do Instituto de Português Aplicado do Distrito Federal e assessor de revisão de textos em órgão da Força Aérea Brasileira (Cenipa), do Ministério da Defesa, Luiz Serra é militar da reserva. Como colaborador, escreveu artigos para o jornal Correio Braziliense.

Serviço – “O Sertão Anárquico de Lampião” de Luiz Serra, Outubro Edições, 385 páginas, Brasil, 2016.

O livro está sendo comercializado em diversos pontos de Brasília, e na Paraíba, com professor Francisco Pereira Lima.
franpelima@bol.com.br

Já os envios para outros Estados, está sendo coordenado por Manoela e Janaína,pelo e-mail: 

Coordenação literária: Assessoria de imprensa: Leidiane Silveira – (61) 98212-9563

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"QUANDO CRISE SE ALARDIA CONTINUA A CONFRARIA FARTA, SEM QUALQUER ESTORVO, VAI CONTINUAR O ESTRAGO PORQUE TUDO SERÁ PAGO COM SACRIFÍCIO DO POVO." O DIA VIRÁ MEDEIROS BRAGA

Por Medeiros Braga

"Quando crise se alardia
Continua a confraria
Farta, sem qualquer estorvo,
Vai continuar o estrago
Porque tudo será pago
Com sacrifício do povo."

O DIA VIRÁ 


Vivemos a intensa noite!
Ventos fortes em açoite
Varrem a nossa nação.
É como, na intrepidez,
Cair víssemos de uma vez
Raio, corisco, trovão.

Vive o povo apavorado
Sem saber mais de que lado
Há quem possa socorrer.
Eis a se desesperar
Por não poder mais contar
Com quem devia: o poder!

Do povo que não educou-se
O poder distanciou-se
Imprimindo outro gestor,
Um gestor com suas deixas
Bem indiferente às queixas,
Às injustiças, à dor.

Para tirar o sossego
Vem daí o desemprego
Com problemas sociais.
Vêm a fome, a violência
E que formam em sequência
Um lastro de marginais.

Contra medidas tão cruas
Minorias vão às ruas
Já sem forças, protestar,
O governo vira a cara,
Mas elas, de forma rara,
Virão outras despertar.

Governando para os ricos
Com os seus graúdos bicos
Se esvai toda riqueza,
Das sobras, pelos rigores
Não têm os trabalhadores,
Todo dia, o pão na mesa!

Quando crise se alardia
Continua a confraria
Farta, sem qualquer estorvo,
Vai continuar o estrago
Porque tudo será pago
Com sacrifício do povo.

Em troca compensadora
A classe trabalhadora
Gera a grande produção...
Mas, por outro, a burguesia
Sai gerando a rebeldia,
O ódio, a indignação.

Por isso, que os seus dias
São de perda de alforrias
E geração de guerreiros!...
Como Karl Marx falou:
A burguesia criou,
Na extorsão, seus coveiros!

Esse dia vai chegar!...
Vai o povo despertar
Diante da insanidade!
E ao fim da travessia
A sua antiga utopia
Tornará realidade!

João Pessoa, nessa manhã chuvosa de 30 (2 dias antes) de abril de 2017

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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CRIAÇÃO DA COMARCA DE MOSSORÓ

Por Geraldo Maia do Nascimento

Em 26 de abril de 1862, num dia de Sábado, era instalada a Comarca de Mossoró, criada pela lei nº 499 de 23 de maio de 1861. Os termos de Mossoró e Campo Grande constituíam a nova Comarca, que era a Sexta criada na Província. Em 1863, Campo Grande passou a fazer parte da Comarca do Assu. 


A lei que criara a Comarca de Mossoró fora  projeto apresentado na Assembléia Legislativa na sessão de 2 de maio de 1861 pelo Bel. José Maria de Albuquerque Melo, que pertencia ao Partido Liberal. Foi seu primeiro Juiz de Direito o Dr. João Querino Rodrigues da Silva. Fora transferido de Penedo, Alagoas, e faleceu em Mossoró a 15 de outubro de 1867. Quem primeiro exerceu a Promotoria Pública da Comarca foi o Dr. Manuel José Fernandes, que permaneceu até o ano de 1867. Em 10 de agosto de 1861 o Presidente da Província, conselheiro Pedro Leão Veloso, visitou Mossoró, vindo de São Sebastião (hoje Gov. Dix-sept Rosado), onde dormiu com sua comitiva. Seu Ajudante d’Ordens, Manoel Ferreira Nobre, ao término da jornada presidencial, publicou um livro falando dos lugares visitados. O título do livro é “Breve Notícia sobre a Província do Rio Grande do Norte”, que fora publicado pela ”Typographia do espírito-Santense”, em 1877. Nesse livro Ferreira Nobre elogia a vila de Mossoró, dizendo-a agradável e de bom clima, com alguma arborização. “Nas construções modernas, alguma cousa possue que honra a cidade” , afirma. Grande parte da população ocupava-se em fabricar velas de cera de carnaúba. Viu a lagoa, “que fica perto da mesma cidade” e em cujas margens eram cavadas cacimbas “que dão águas límpida para se beber e para banho”.  Registrou que Mossoró possuía cento e vinte prédios e o comércio já bastante agitado. Nessa época, o coronel Miguel Arcanjo Guilherme de Melo presidia a edilidade. Seu mandato foi de 1861 a 1864. Foi um período de bom inverno na região, o que justifica o elogio que Manoel Ferreira Nobre fez ao clima da vila. Nada de mais importante se registrou no seu governo, além da implantação da Comarca e da visita do Presidente Leão Veloso. O texto original da Lei nº 499, de 23 de maio de 1861 é o seguinte: “Pedro Leão Veloso, Presidente da Província do Rio Grande do Norte: Faço saber a todos os seus habitantes que a Assembléia Legislativa Provincial decretou e eu sanccionei a lei seguinte: Art. 1. Ficam desmembrados da Comarca do Assu, os termos de Mossoró e Campo Grande, os quaes formarão uma comarca que se denominará – Comarca de Mossoró. Art. 2. A nova comarca comprehenderá também o termo de Apodi, que fica desmembrado do da Maioridade. Art. 3. Ficam revogadas as disposições em contrário. Mando portanto a todas as autoridades a quem o conhecimento e execução da referida lei pertencer, que cumpram e façam cumpri tão inteiramente como nella se contém. O Secretário da Província a faça imprimir, publicar e correr. Palácio do Governo do Rio Grande do Norte, a 23 de maio de 1861, quadragésimo da independência e do império. 

L.S.           Pedro Leão Veloso” Assim era implantada, há 146 anos, a Comarca de Mossoró. 
26/04/2017


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PALAVRAS DE FORÇA E FÉ

*Rangel Alves da Costa

Não podemos temer as demoras para que as boas novas aconteçam. Mire-se no exemplo do sertanejo que mesmo cheio de aflição todo dia avista uma esperança de chuva.
Não podemos desesperançar ante os inesperados e tristes acontecimentos. Mire-se no Eclesiastes que logo acende a lua ante o pôr do sol.
Não podemos chorar além da medida nem sofrer além das dores da alma. Mire-se no exemplo do girassol que sente necessidade de encontrar a luz da sobrevivência e por isso vai girando com a face voltada ao sol.
Não podemos fugir da realidade por medo de que ela nos mostre muito além do que desejamos enxergar ou sentir. Mire-se no exemplo da história que não esconde seus erros e por isso mesmo ensina a viver o futuro.
Não podemos deixar de nos refazer, de moldar melhor nossos comportamentos, por medo de que não nos reconheçamos mais naquilo que somos. Mire-se no exemplo da Fênix que morreu no fogo para renascer das cinzas.
Não podemos deixar de semear a boa semente, não podemos deixar de cultivar aquilo que desejamos colher. Mire-se no exemplo daquele que por quarenta dias e quarenta noites vagou solitário, e em meio a tentações, pelo distante deserto.
Não podemos nos martirizar pelo amor desfeito nem pela paixão rompida. Mire-se no exemplo no destino que espera tudo acontecer para depois dizer que tudo estava errado, pois a felicidade chegará de outro modo.
Não podemos abdicar da fé pelo fato de que os pedidos e rogos em nossas orações não são contemplados no instante seguinte. Mire-se no exemplo das estações que sempre chegam no seu tempo certo de existência.

Não podemos entristecer pelo fato de que passam como nuvens as coisas boas que nos acontecem, as nossas alegrias e contentamentos. Mire-se no exemplo da flor do mandacaru que nasce tão linda ao anoitecer e já perde seu fulgor ao primeiro raio de sol.
Não podemos desacreditar nas esperanças nem deixar de sonhar os melhores sonhos, Mire-se na terra seca que guarda dentro de si uma raiz viva e ávida para novamente florescer sobre o chão.
Não podemos viver em luto eterno nem em lamentos contínuos. Mire-se no exemplo da face de Deus, pois ninguém jamais a imaginou entristecida.
Não podemos nos envaidecer nem nos orgulhar pela aparência ou pelo que possuímos. Mire-se no exemplo da pedra grande e imponente que vira pó ao chegar o seu dia e se desfaz pelo ar como um nada existente.
Não podemos pensar somente em riquezas, em acumular bens materiais, em querer sempre mais. Mire-se no exemplo do Rei Midas que tanto transformar tudo em ouro e querer sempre mais, acabou faminto e sedento pela própria ambição.
Não podemos deixar de procurar aquilo que a tantos parece ser impossível, mas que a nós será tão necessário. Mire-se no exemplo do Cálice Sagrado que em algum lugar espera ser avistado para trazer redenção ao mundo.
Não podemos ser além da beleza singela nem da humildade que fortalece o ser. Mire-se no exemplo dos lírios do campo que pela sua beleza plácida e terna subjugaram o mundo das riquezas e das vanglórias.
Não podemos desistir, nunca devemos desistir. Mire-se no exemplo do pequeno Davi, lutando apenas com a pedra da perseverança para vencer o Golias dos ódios, das falsidades, das injustiças, dos sorrisos e das palavras que nos chegam cheios de falsidade.
Então, que miremos nos exemplos da vida e do mundo. Mas principalmente em nós mesmos. Encontraremos em nós sempre o reflexo da grandeza que nos foi concedida por Deus. E que nenhum ser terreno será capaz de subjugar, pois nunca somos ou estamos sozinhos. Temos um Pai.


Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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FRANCI DANTAS E A COLABORADORA DO LIVRO "PELOS MEANDROS DA MEMÓRIA"


Eu e a colaboradora do livro "Pelos Meandros da Memória", a Professora Maria Julineide Rodrigues Mascarenhas





Franci Dantas

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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MONUMENTO NATURAL GROTA DO ANGICO...Área de preservação ambiental..!

Do acervo do pesquisador Voltaseca Volta

O Monumento Natural Grota do Angico, unidade de conservação estadual criada através do Decreto 24.922 de 21 de dezembro de 2007, está situada no Alto Sertão Sergipano, a cerca de 200 km de Aracaju, entre os municípios de Poço Redondo e Canindé de São Francisco, às margens do Rio São Francisco. A região abriga remanescentes florestais da Caatinga hiperxerófita densa.


Com uma área total de 2.183 hectares, o Monumento Natural Grota do Angico foi criado com objetivo de preservar o sítio natural Grota do Angico e elementos culturais associados, mantendo a integridade dos ecossistemas naturais da Caatinga, para o desenvolvimento de pesquisa científica, educação ambiental, ecoturismo e visitação pública.


O Plano de Manejo do Mona Angico, em sua caracterização florística, registrou a ocorrência de 157 espécies nos limites da UC, distribuídas em 108 gêneros e 45 famílias, sendo 18 espécies endêmicas da Caatinga. 


Na caracterização da fauna identificou-se a presença de 24 espécies de mamíferos; 124 de aves, sendo 14 espécies consideradas como endêmicas do Brasil e 02 presentes na lista de espécies ameaçada do IBAMA (2003) como vulneráveis à extinção (são o jaó-do-sul Crypturellus noctivagus (e o chorozinho-de-papo-preto Herpsilochmus pectoralis); 25 espécies de répteis e 18 de anfíbios, sendo em que sua totalidade, os anfíbios representando a ordem Anura, enquanto que os répteis subdividindo-se em dois quelônios, doze lagartos e onze serpentes. 



Segundo pesquisadores, em todos os grupos estudados existe uma expectativa de ampliação da lista de espécies, o que atesta a importância dessa área protegida.


A importância do Monumento Natural se eleva quando se observa o seu valor histórico e cultural em função da presença da Grota do Angico, pois foi alvo da rota do Cangaço e cenário da morte do maior ícone deste movimento, Virgulino Ferreira, o Lampião, além de sua companheira Maria Bonita com nove cangaceiros. Fato ocorrido em 28 de julho de 1938.


A proteção desse sítio ecológico e histórico representa um avanço rumo à conservação da Caatinga, bioma ainda pouco estudado, que merece ser valorizado pela sua representatividade ecológica e sociocultural.
Fonte: http://Governodesergipe...


OBS - 1: Esse monumento (dotado de infra-estrutura; técnicos, laboratório, mirante, guardas ambientais etc...) destina-se a estudar e, conservar a biodiversidade existente no ANGICO. 


Quem vai para a Grota, lá pela cidade de Poço Redondo, da pista asfáltica até o Monumento dista cerca de 15 kms...Vale a pena conhecer. Desse monumento ate a Grota do Angico ( local da morte de Lampião e mais 10 cangaceiros dista em torno de 1250 metros )...



0BS - 2 ... Esse monumento, ainda, foi inaugurado no Governo de Marcelo Deda, a alguns anos, atrás...

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/?multi_permalinks=639176659624615&notif_t=like&notif_id=1493751681829776

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SBEC - SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESTUDOS DO CANGAÇO



Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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GILTON DELLA CELLA – CANTOR E COMPOSITOR BAIANO – LANÇA SEU MAIS NOVO CD EM OLINDA – NA POUSADA DO CARMO


Nascido na cidade de Ubaíra-Ba, no verde Vale do Jequiriçá, Gilton Della Cella, lançou-se ao público em 1984 no festival dos bancários da Bahia, onde arrebatou o 2º lugar com a música Grande Circo Brasileiro em parceria com Sólon Belo, ganhando também naquela noite, o prêmio de melhor letrista, em 19.97

Gilton alternará músicas de seu mais novo CD – A BOCA E O BEIJO, com músicas em parceria com André Rio e Luciano Magno, além de várias outras conhecidas do público. 

O show terá a participação, mais que especial, de André Rio, Luciano Magno, Ravel Cerqueira, Thiago Kherle e Zé Renato. 

Será dia 12 de maio, 22 horas, na Pousada do Carmo, em Olinda.
Produção Executiva: - Carolina Leitão
Direção Musical: Luciano Magno
  

Apoio Cultural: Carmen Lúcia Couto 

Curtam um pouco do Gilton Della Cella


Mais Gilton para vocês

http://carmen-fonseca.blogspot.com.br/2017/05/gilton-della-cella-cantor-e-compositor.html

Enviado pela administradora Carmem Fonseca

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CORPO DE BELCHIOR CHEGA AO CEMITÉRIO PARQUE DA PAZ, EM FORTALEZA


Fortaleza e a cidade natal do cantor, Sobral, prestaram homenagens ao artista.

Corpo do cantor Belchior chegou por volta das 9h30 desta manhã ao cemitério Parque da Paz, onde será sepultado na manhã desta terça-feira (2).


O trajeto até o cemitério passou pelas vias Ildefonso Albano, Rui Barbosa, Monsenhor Salazar, BR-116, Alberto Craveiro e Avenida Juscelino Kubitschek.

Cerca de 8 mil pessoas passaram pelo velório do artista no hall do teatro do Centro Cultural Dragão do Mar, no Bairro Praia de Iracema, em Fortaleza, desde a tarde desta segunda (1º) até cerca de 7h desta terça (2), de acordo com a secretaria estadual da Cultura.

Missa de corpo presente no Centro Dragão do Mar (Foto: Dalwton Moura/Secult)

Houve uma missa de corpo presente com a presença de amigos e familiares. Músicos que trabalharam com Belchior executaram músicas do cantor durante a cerimônia. Horas antes do início do velório, fãs chegaram ao Centro Dragão do Mar vindos, inclusive, de outras cidades. Durante toda a tarde, promoveram um encontro cheio de homenagens e música.

Velório de Belchior: encontro de amigos e música (Foto: Valdir Almeida/G1)

O corpo partiu de Sobral, cidade natal do artista, e chegou à capital cearense por volta das 12h30 de ontem, seguindo no carro do Corpo de Bombeiros por ruas da capital até o Centro Dragão do Mar. O cortejo passou por avenidas como Luciano Carneiro, Treze de Maio, Pontes Vieira, Desembargador Moreira e Abolição. O caixão foi conduzido pela Polícia Militar, que prestou uma homenagem ao cantor na chegada ao local.

Fãs lotaram teatro para despedida do cantor em Sobral (Foto: )
Sobral

O primeiro momento do velório ocorreu em Sobral e terminou pouco mais de 11h30 desta segunda-feira (1º) com aplausos e uma chuva de pétalas na saída do Teatro São João, no Bairro Centro. Em seguida, o corpo foi levado para Fortaleza. Ele partiu do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, por volta da 1h da madrugada, em um voo fretado pelo governo cearense, chegando à Sobral às 7h40.

Casa onde o cantor Belchior morava em Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul (Foto: Muriel Porfio/RBS TV)
A morte

Belchior foi encontrado morto em casa no domingo, em Santa Cruz do Sul (RS), aos 70 anos. Ele vivia na cidade de 126 mil habitantes do Vale do Rio Pardo, a cerca de 150 km de Porto Alegre, com a mulher, que o encontrou morto. Ela disse à polícia que Belchior não tinha problemas nem tomava medicamentos. Ele se sentiu mal na noite de sábado, se queixou de muito frio à esposa e disse que ia descansar no sofá da sala, que ele usava para fazer suas composições, segundo vizinhos.

Segundo amigos, o artista vivia há quatro anos em Santa Cruz do Sul - dos quais cerca de dois anos na casa onde morreu, cedida por um amigo. Belchior continuava compondo, embora não tivesse planos de fazer shows ou gravar discos, e traduzia suas canções e obra de Dante Alighieri. O Governo do Ceará e a Prefeitura de Fortaleza decretaram luto oficial de três dias pela morte de Belchior.

Análise preliminar indica que o cantor cearense morreu em razão do rompimento da artéria aorta, segundo a delegada Raquel Schneider. Schneider falou com o médico do IML da cidade de Cachoeira do Sul, responsável pela necropsia em Belchior. De lá, seu corpo foi levado para Venâncio Aires para ser embalsamado.

Vida e obra

Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes - "um dos maiores nomes da música popular", como brincava ao se apresentar - nasceu em 26 de outubro de 1946 e foi um dos ícones mais enigmáticos da música popular no Brasil, com quase 40 anos de carreira.

Na infância no Ceará, Belchior estudou piano e música coral, e trabalhou no rádio em sua cidade natal. Seu pai tocava flauta e saxofone, e sua mãe cantava em coro de igreja. Mudou-se em 1962 para Fortaleza, onde estudou Filosofia e Humanidades. Também chegou a estudar medicina, mas abandonou o curso em 1971 para se dedicar à música.


Começou apresentando-se em festivais pelo Nordeste. Depois do sucesso de "Mucuripe", mudou-se para São Paulo, onde compôs trilhas sonoras para filmes e passou a fazer shows maiores e aparições em programas de televisão. Em 1974, lançou seu primeiro disco, "A palo seco", cuja música título se tornou sucesso nacional e ganhou versões ao longo da história, como a de Oswaldo Montenegro e da banda Los Hermanos.

Teve o primeiro sucesso nos anos 70 ao lado de Fagner, com a faixa "Mucuripe". Com o disco "Alucinação" (1976), lançou clássicos como as faixas "Apenas um rapaz latino-americano", "Velha roupa colorida" e "Como nossos pais", essa última que se tornou conhecida na voz da cantora Elis Regina.

Outros artistas também regravaram sucessos de Belchior, entre eles Roberto Carlos ("Mucuripe") e Erasmo Carlos ("Paralelas"), Engenheiros do Hawaii ("Alucinação"), Wanderléa ("Paralelas") e Jair Rodrigues ("Galos, noites e quintais"). Elis Regina foi uma de suas maiores intérpretes. Além de "Como nossos pais", gravou "Mucuripe", "Apenas um rapaz latino-americano" e "Velha roupa colorida".

Em 1982, o cantor lançou "Paraíso", que tem participações dos àquela época ainda jovens artistas Guilherme Arantes, Ednardo Nunes, Jorge Mautner e Arnaldo Antunes. Fundou sua própria gravadora e produtora, a Paraíso Discos, em 1983. Ao longo da carreira, Belchior teve mais de 20 discos lançados.

Paradeiro

Em 2007, a família reclamou do sumiço do artista, que abandonou a carreira, e nem mesmo seu produtor musical conseguia contato. A partir daí, foram surgindo boatos a respeito do paradeiro do cantor.

Segundo reportagem do Fantástico, Belchior abandonou ao menos dois carros, sem explicação. Um deles, deixado no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, acumulando milhares de reais em dívidas de estacionamento. Outro veículo, uma Mercedes-Benz do cantor, foi largado em um estacionamento também em São Paulo, onde ele morava antes de ir para o Uruguai.

Belchior chegou a ser procurado pela polícia em 2012, devido a uma dívida de US$ 15 mil em um hotel na cidade de Artigas, no Uruguai, por seis meses de diárias. No fim daquele ano, em meio à polêmica, foi visto em Porto Alegre, mas não quis gravar entrevista.


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