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quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

RECORDANDO... RECORDANDO

Clerisvaldo B. Chagas, 19 de dezembro de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.026

Pioneiro em escolas grandes, o antigo Grupo Padre Francisco Correia, continua atuando firme em Santana do Ipanema. Mais de que um grupo é um patrimônio histórico formado em uma época difícil, recheada de cangaceiros. Com as mudanças de títulos nos estabelecimento escolares, funciona atualmente com o nome Escola Estadual Padre Francisco Correia. Desde a sua fundação, em 1938, que por ali passam estudantes que são e serão pessoas ilustres dentro e fora do estado. Lembro-me do mingau enjoativo que nos serviam como merenda; de dona Prisciliana, a bedel, que tocava a sineta de entrada, saída e recreio; de algumas professoras como Maria de Lourdes Queirós que em certo fim de ano choramos porque ela não seria a professora do ano seguinte.

"FRANCISCO CORREIA". (FOTO: B. CHAGAS/LIVRO 230)
Ainda recordo à murada que protegia o terreno, composta de sucessivos pilares; a coragem de alguns ganzelões de dentro e de fora da escola correndo e pulando por cima dessas colunas com bastante habilidade. Não aposto na memória sobre o nome nem as feições de colega algum. Mas havia três professoras as quais tínhamos receios de cair em suas garras. Uma delas estava sempre raivosa e gostava de aplicar “cascudos”. Certa feita peguei um turno das 11 às 14 horas, que escolhi como opção almoçar após as aulas. Na trajetória de saída, passava sempre pela “Empreza de Força e Luz” (hoje Câmara de Vereadores) para admirar o grande motor que abastecia a cidade. Subia para olhar (sem proteção) os tanques d’água verde da Empresa. Isso com a cumplicidade de Seu Antônio, funcionário educado que ali trabalhava.
Continuando o trajeto para casa, descia pelo chamado Beco de Maria Zuza, piso de barro, vala no meio e o tradicional pulo dos passantes. Beco de Felisdoro, comprido, acidentado e que desembocava na Rua Antônio Tavares. Era em casa que ia almoça sobre a cisterna do alpendre somente para contemplar lá de cima e sem cansaço, a paisagem do rio Ipanema e ouvir o tinido de ferro na bigorna de um ferreiro da longínqua Rua Santa Luzia, lá do outro lado do rio.
Nem quero viver de passado.
Mas o passado está presente no meu viver.


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ESSES LADRÕEZINHOS

*Rangel Alves da Costa

Esses ladrõezinhos de meia pataca, uns zé-mané do mundo do crime. E tão medíocres e tão insignificantes no metiê da delinquência que nem valeriam flagrantes, prisões, inquéritos, instruções processuais, sentenciamento e pena. Toda uma máquina judiciária e judicial, policial e administrativa, voltada para a xepa da malandragem, para a ninharia da ilicitude. Mas tão peixes pequenos são que nem os milagres dos habeas corpus parecem lhes dar qualquer valia. Diferentemente ocorre com o criminoso graúdo. A concessão de sua liberdade já tem dias contados. É sempre uma estranha e misteriosa certeza no meio judicial.
Peixe grande deve ter tratamento diferenciado. Enjaular tubarão é coisa arriscada demais. Apenas de vez em quando um ou outro vai pra trás das grades. Mas quando cai na rede, logo os habeas corpus vão lhe retirar os anzóis, as tarrafas, as redes. O pequeno não. Deixam pra lá. Parece esquecido de vez. Importa mesmo prender. Para o peixe pequeno, a preocupação é manter aprisionado, e não libertado. E para tal há um esmero estatal refinado. E gastos sociais e financeiros de espantar.
A verdade é que o Estado se preocupa demais com o aprisionamento desses ladrõezinhos de meia-tigela, com o encarceramento da chamada escória social. Por outro lado, a sempre incompreendida concessão de liberdades aos poderosos do crime. Toda uma estrutura em vigilância contra os larápios de muquifo, contra os nadica de nada que nem sabem o que é verdadeiramente roubar. Ai se soubessem o que fazem alguns lá de cima e outros aqui de baixo. Certamente se espantariam e indagariam: “E eu é que sou ladrão?”.
Sim, vocês é que são os ladrões, ou melhor, uns ladrõezinhos de ruela e esgoto, de moeda e de vintém, de carteira vazia e de nota rasgada. Vocês são mesmo uns zé-mané, uns zé-ninguém, uns zé-ruela. Tanto tempo na estrada ou na tentativa de aprimoramento da esperteza e nunca passaram de uns malandros desencapados. Será que nunca aprenderam a verdadeiramente surrupiar, a botar a mão grande no que não lhes pertence? Parece que não. E por isso mesmo vivem tanto nas estatísticas policiais e na quantificação do assombroso sistema carcerário.


Além de ladrõezinhos baratos, uns desonestos consigo mesmos. Há desonestidade maior em aceitar ser processado como criminoso enquanto os verdadeiros ladrões ficam rindo não só de suas caras como da cara de todos? Acaso fossem mais honestos, logo diriam na primeira audiência: “Mais doutor, se roubar uma galinha é crime tão grave e até dá prisão, o que dizer então daqueles que roubam a nação?”. Ou assim: “Tá certo doutor, tá certo. Furtei mesmo um pacote de biscoito da mercearia e mereço apodrecer na penitenciária. Mas quantos eu vou encontrar por lá que roubaram muito mais do que eu?”.
Logo ouvirá da gravata falante: “Não importa. Aqui você responde pelo seu crime e não pelo crime dos outros. E você foi acusado de roubar uma saia do quintal alheio. Quem furta uma saia poderá muito bem roubar uma butique. E a saia até poderia ser usada como subterfúgio para uma prática criminosa bem maior. Quem sabe se vestido de mulher você não roubaria velhinhos indefesos, carentes e solitários, hein? Então deve mesmo apodrecer na prisão. Furtar saia ou calcinha de quintal deveria até mesmo dar prisão perpétua. E para um malfeitor tão perigoso quanto você a lei é implacável. Dura lex sed lex”.
Então, seus ladrõezinhos, tá bom assim? Os males do mundo sendo jogados em suas costas pelo fato de serem apenas uns ladrõezinhos baratos, de fim de feira. Acaso fossem dos pedestais sociais, das elites, do poder, da política e das largas e graúdas amizades, certamente poderiam roubar não só a butique como a rede de butiques. Iriam presos sim, vez que sempre há necessidade de dar uma satisfação à sociedade. Mas eis que logo viriam os remédios heroicos, os habeas corpus, as liminares, as fumaças do bom direito, a plausibilidade de danos irreparáveis, e então tudo passaria a ser resolvido em liberdade mesmo. Então, por que não dizem a verdade à gravata falante?
Não dizem por que vocês são a escória do crime, o lixo da ilicitude, o tanto faz da delinquência. Não dizem nada porque também sabem que de nada vai adiantar. Ora, antes mesmo de roubar ou furtar vocês já são criminosos. Vocês são negros, são pobres, são malvestidos, são moradores das periferias esburacadas e dos barracos caindo os pedaços. Sabiam a diferença que faz ser um ladrão da zona sul ou da zona nenhuma? Vocês já estão ferrados. Não precisa flagrância nem suposições, pois vocês estão sempre ferrados. Se honestos, trabalhadores, ainda assim estarão ferrados pela cor e pela classe social. E mais ferrados ainda se cometerem qualquer delito.
E novamente não se esqueçam de que vocês são apenas uns ladrõezinhos chinfrins. Na outra ponta estão os investigados, os acusados, os indiciados. Estão os peixes grandes, os tubarões do crime. Estão aqueles de bancas de advogados, de recursos e mais recursos, de liminares concedidas a qualquer momento. E o que lhes é concedido? A guia de encaminhamento para o sistema prisional.

Escritor
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TRÊS MARTELOS DE AMIZADE

Por Antonio Francisco

Pra nós sermos amigos de verdade,
Precisamos amar e querer bem;
Repartir nosso pão pela metade;
Dividir nossos sonhos com alguém;
Plantar uma semente de amizade
No jardim onde nasce a solidão
E dizer no ouvido do ermitão:
Plante um pé de amizade em sua horta!
Amizade é a chave que abre a porta
Do castelo onde mora o coração.

Dê uma volta no carro da amizade,
Puxe 80 km de amor!
Se desvie da estrada do rancor;
Solte os freios descendo a humildade;
Acenda os faróis da caridade;
Ilumine a estrada do irmão;
Baixe o vidro da porta e dê com a mão,
É um gesto é tão simples mais conforta.
Amizade é a chave que abre a porta
Do castelo onde mora o coração.

Se afaste do caos da vaidade;
Nunca pise na beira desse abismo
Nem se mele com a lama do egoísmo;
Beba água da fonte da verdade...
Só assim entraremos na cidade
Batizada com o nome de Sião.
Vamos todos, amigos, dar a mão!
Uma amizade sincera ninguém corta.
Amizade é a chave que abre a porta
Do castelo onde mora o coração. Fim

Autor: Antônio Francisco
Foto: Internet

http://www.cadenciapoetica.com.br/2018/11/tres-martelos-de-amizade.html?fbclid=IwAR2iKbqt--zC_TtcsfOrYm0ZwdkHrzLJSfAv5CV1eRWPQ9kHN-n02CQK6EM

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A EXPECTATIVA DA PRIMEIRA CHUVA DO ANO NO SERTÃO

Por Benedito Vasconcelos Mendes

Após um severo e longo verão, de oito meses de duração, sem nenhuma chuva, que se iniciou no mês de julho de 1961 e se prolongou até fins de fevereiro de 1962, meu avô ouviu no ”Grande Jornal Sonoro H 22”, da Rádio Iracema de Sobral, que já tinha começado a chover no Estado do Piauí. Com a notícia de chuvas no Estado vizinho, meu avô começou a observar a movimentação das nuvens chegando à região Norte do Ceará, vindas da Amazônia. O céu que antes era totalmente azul, sem nenhuma nuvem, de repente começou a exibir nuvens brancas, altas e estratificadas que, à medida que o tempo ia passando, iam sendo substituídas por nuvens mais escuras, mais espessas e mais baixas. De um dia para outro o tempo mudou de vez, apresentando nuvens de chuva, quase negras, volumosas e muito baixas. No dia anterior à grande chuva (a primeira do ano), meu avô tinha observado muitos relâmpagos e trovões para o lado do nascente. Antes da chuva, o dia ficou muito diferente, nublado e quase sem sol. À tardinha, com o tempo fechado anunciando muita chuva, meu avô ficou inquieto, reticente e, de instante em instante, ele se dirigia até ao alpendre, olhava para o céu e dizia...”vai cair uma tromba d’água”. Ele entrava em casa e rapidamente voltava ao alpendre, olhava novamente para o céu e vaticinava...“ a chuva vai ser pesada e daqui a uma semana o gado vai ter muita rama para comer” (ramas são brotos e folhas dos arbustos e árvores). Meu avô inseguro, com medo que aquele tempo bonito de chuva mudasse, ou seja, que o vento desviasse as nuvens pejadas de umidade para outro lugar, começou a rezar. Ele levantava os braços para o céu, clamava, em voz baixa, a São José para que as nuvens não fossem dissipadas e que a chuva fosse forte e começasse logo a cair. Sempre andando pela casa, agitado, sem querer jantar, ele voltava ao alpendre e lembrava que...“ faziam oito meses que não se formava um tempo tão bonito igual a este.” Foi um dia escuro, sem sol, com muitos relâmpagos e trovões e a noite escura, quase negra, sem lua, sem estrelas, com muitos relâmpagos e trovões, que culminaram, ainda cedo da noite, com o início da chuva forte e duradoura, com muitos estrondos de trovões e claridades cintilantes e intermitentes, provocadas pelos incessantes relâmpagos. Meu avô exclamava...“que céu lindo, totalmente negro, com lua e estrelas escondidas atrás das nuvens, onde a monotonia só é quebrada pelos incandescentes clarões dos relâmpagos”. Eu, muito jovem ainda, não achava aquilo nada bonito, ao contrário, eu sentia muito medo dos trovões e dos relâmpagos. O que eu achava airoso era o céu azul, sem nuvens, com lua cheia, estrelado e sem chuva. A chuva torrencial entrou madrugada a dentro. Enquanto meu avô agradecia a Deus a chuva benfazeja, eu pedia a São José que fechasse as torneiras do céu, pois o medo não estava me deixando dormir. 

Os meninos da fazenda, filhos e netos dos vaqueiros, ficaram com muita vontade de tomar banho na bica de zinco da casa grande, mas meu avô não permitiu, ele alegava que as telhas estavam sujas e somente após umas três chuvas elas ficariam limpas. Os trovões e relâmpagos só cessaram e a chuva só se tornou mais fina com a madrugada alta, mas o dia ainda amanhece As chuvas que se precipitam nas áreas norte e centro do semiárido nordestino (Nordeste Setentrional) sofrem forte influência da ZCIT - Zona de Convergência Intertropical, que ocorre nas proximidades da Linha Equatorial (Região Norte) e de lá as nuvens de chuva se deslocam em direção ao sul, daí porque, antes de chover no Ceará, chove no Estado do Piauí. 

Regionalmente, chamamos de inverno o período chuvoso, de três a cinco meses de duração, que ocorre no primeiro semestre do ano, nas estações Verão e Outono, e denominamos de Verão o período seco e quente, que geralmente dura de sete a nove meses e ocorre no segundo semestre do ano (inverno e primavera) e, frequentemente, também no início do primeiro semestre (verão). O Nordeste, por estar próximo do Equador, não apresenta as quatro estações do ano bem caracterizadas e sim um período chuvoso e outro seco, sem a ocorrência de frio. Como o Brasil se encontra no Hemisfério Sul e Portugal no Hemisfério Norte, as estações do ano ocorrem em datas diferentes nestes dois países. Quando aqui é inverno, lá é verão e vice-versa. Os portugueses que vieram colonizar o Nordeste seco não tinham noção que as quatro estações do ano no Brasil ocorriam em épocas diferentes das de Portugal. No Hemisfério Sul (Brasil), o verão corresponde ao período de 21 de dezembro a 20 de março, o outono começa no dia 20 de março e se prolonga até 21 de junho, o inverno vai de 21 de junho a 22 de setembro e a primavera de 23 de setembro a 21 de dezembro. Quando o Hemisfério Sul estiver no verão, o Hemisfério Norte estará no inverno. Os portugueses colonizadores, interpretando que as estações ocorriam na mesma época no Brasil e em Portugal, associaram o período de chuvas no Nordeste brasileiro à estação invernosa em Portugal. 

Em virtude de no sertão nordestino as chuvas serem reduzidas e incertas e a ocorrência de secas catastróficas serem muito frequentes, o sertanejo valoriza muito o início e a efetivação do período chuvoso e, anualmente, a esperança se renova em se ter um bom inverno, que possibilite boas safras agrícolas e forragens suficientes para a manutenção do gado. O principal motivador de alegria para o habitante do sertão é a ocorrência de um bom período de chuvas, daí este comportamento característico do sertanejo, aqui expressado pelo meu avô, diante das incertezas climáticas regionais. As chuvas são o sustentáculo das atividades produtivas e a fé e a esperança comandam a vida emocional e religiosa do homem do campo.

Enviado pelo professor e escritor Benedito Vasconcelos Mendes

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ANÁLISE: PERTO DA POSSE, BOLSONARO SOFRE DUAS DERROTAS NO STF

Por Eumano Silva
Foto de Igo estrela/Metrópoles

Decisão favorável a Lula e reajuste dos servidores em 2019 têm consequências política e econômicas para futuro governo.

Partiram do Supremo Tribunal Federal (STF) duas decisões que contrariam os planos do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL). Ontem (18/12), o ministro Ricardo Lewandowski concedeu liminar que autoriza reajustes salariais para algumas carreiras do serviço público federal. A decisão provoca um impacto de R$ 4,7 bilhões no orçamento de 2019 e desagrada a equipe econômica do próximo governo.


Nesta quarta-feira (19/12), a derrota de Bolsonaro foi política. Também em decisão provisória, o ministro Marco Aurélio Mello determinou a soltura de todos os presos em decorrência de sentenças de segunda-instância.

A canetada beneficia diretamente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba desde abril depois de decisões do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). A soltura do petista significa o retorno às ruas do principal adversário político de Bolsonaro, líder nas pesquisas eleitorais antes de ser levado para a cadeia no Paraná.

Pela importância das duas liminares, percebe-se que o STF, antes mesmo da posse de Bolsonaro, emite sinais de que pode se transformar em um obstáculo para as pretensões do futuro governo. Para interferir diretamente na economia ou na política, nem é necessário reunir o plenário. Basta a vontade de um dos ministros.

Interessante lembrar que, durante a campanha, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do futuro presidente, afirmou que bastava um cabo e um soldado para fechar o STF. A bravata teve repercussão negativa na magistratura e, em particular, no Supremo.

Com as decisões de Lewandowski e Mello, faz mais sentido a declaração do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. Em entrevista ao jornalista Marcelo Godoy, publicada hoje pelo jornal O Estado de S. Paulo, o petista previu dificuldades para o presidente eleito governar. “Vamos deixar o Bolsonaro sentar na cadeira; ela queima”.

Nesse sentido, o STF acendeu uma fogueirinha.

https://www.metropoles.com/distrito-federal/justica-distrito-federal/analise-perto-da-posse-bolsonaro-sofre-duas-derrotas-no-stf?utm_source=push&utm_medium=push&utm_campaign=push

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MARCO AURÉLIO MELLO DETERMINA SOLTURA DE TODOS OS PRESOS COM CONDENAÇÃO APÓS 2ª INSTÂNCIA

Por Mariana Oliveira, TV Globo — Brasília
https://veja.abril.com.br/politica/defesa-de-lula-pedira-liberdade-com-base-em-decisao-de-marco-aurelio/

Ministro do STF deferiu pedido apresentado pelo PCdoB; decisão se estende ao ex-presidente Lula. Efeito não é imediato e advogados terão de pedir a juízes soltura dos condenados.


O ministro Marco Aurélio Mello do Supremo Tribunal Federal, determinou nesta quarta-feira (19) a soltura de todos os presos que estão detidos em razão de condenações após a segunda instância da Justiça. A decisão foi tomada no último dia de trabalho do tribunal, já que a partir desta quinta (20), inicia-se o recesso do Judiciário.

O ministro determinou a soltura, mas a liberação dos presos não é imediata. Cabe a cada advogado pedir que o juiz responsável pela pena efetive a soltura e cumpra a decisão do ministro.

A decisão liminar (provisória) de Marco Aurélio Mello atinge o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem recursos pendentes nos tribunais superiores. Lula foi condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, e tem recursos pendentes de análise nos tribunais superiores (Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal).

Logo após a decisão de Marco Aurélio a defesa de Lula pediu à Justiça que o ex-presidente seja solto. O pedido foi apresentado 48 minutos depois da liminar ser concedida.

A decisão do ministro do STF afirma que deve ser mantido o artigo 283 do Código de Processo Penal, que estabelece que as prisões só podem ocorrer após o trânsito em julgado, ou seja, quando não couber mais recursos no processo.

Na decisão, Marco Aurélio ressalva prisões preventivas previstas no artigo 312 do Código de Processo Penal, ou seja, aquelas de presos perigosos ou quando é preciso manter a detenção para assegurar a ordem pública ou as investigações.

"Defiro a liminar para, reconhecendo a harmonia, com a Constituição Federal, do artigo 283 do Código de Processo Penal, determinar a suspensão de execução de pena cuja decisão a encerrá-la ainda não haja transitado em julgado, bem assim a libertação daqueles que tenham sido presos, ante exame de apelação, reservando-se o recolhimento aos casos verdadeiramente enquadráveis no artigo 312 do mencionado diploma processual", diz o ministro na decisão.

Julgamento no STF

O ministro concedeu a liminar dois dias depois de o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, marcar para o dia 10 de abril do ano que vem o julgamento sobre o tema. Nessa data, está marcada a análise de três ações que pedem que as prisões após condenação em segunda instância sejam proibidas em razão do princípio da presunção da inocência.

O principal argumento dessas ações é que o artigo 5º da Constituição define que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória".

Desde 2016, o Supremo entende que a prisão após condenação em segunda instância é possível, mas as ações no tribunal visam mudar o entendimento (leia detalhes mais abaixo).

Julgamentos sobre o caso

O Supremo já julgou o tema "prisão após segunda instância" em pelo menos três ocasiões:

- 17 de fevereiro de 2016: O plenário definiu em um caso específico que a pena poderia ser executada após a condenação na segunda instância e que o réu poderia recorrer, mas preso. A decisão inverteu o entendimento que vinha aplicando pelo STF desde 2009, segundo o qual era possível aguardar o julgamento de todos os recursos antes da prisão.

- 5 de outubro de 2016: O STF julgou medidas cautelares apresentadas pelo PEN e pela OAB e decidiu confirmar a possibilidade de prisão após segunda instância.

- 11 de novembro de 2016: O Supremo voltou a julgar o tema, no plenário virtual, e manteve a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância.

https://g1.globo.com/politica/noticia/2018/12/19/marco-aurelio-mello-determina-soltura-de-todos-os-presos-com-condenacao-apos-2a-instancia.ghtml

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O CANGAÇO PELO NORDESTE BRASILEIRO

Furtei este do acervo do pesquisador Marcelino Souza Silva

A morte de Lampião e mais onze cangaceiros em Sergipe foi o grande destaque da edição do dia 29 de julho de 1938 do Diário de Pernambuco. Era o fim de um mito da cultura nordestina.

https://www.facebook.com/996149110397040/photos/a.996152043730080/2519270738084862/?type=3&theater&ifg=1

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VOLTA SECA - PEÇA TEATRAL.


Por Geraldo Junior
https://www.youtube.com/watch?v=QrqZZmMT0l4&t=93s&fbclid=IwAR2gBQ0TWK6BVqLjXbKIBs-RfbzkbsIU7OBe8dD4dtuHoF5dXQcje9JzMas

A peça teatral intitulada "Volta Seca" apresentada pelo ator Allan Pellegrino é inspirada no cangaceiro Volta Seca "Antônio dos Santos", um dos mais polêmicos e controversos Cabras de Lampião.

O monólogo apresenta parte da história desse personagem que aos onze anos de idade foi integrado ao cangaço sob a "benção" do próprio Lampião e se tornou ainda na flor da adolescência um dos cangaceiros mais temidos e perversos de todo o ciclo do cangaço.

Histórias e canções inspiradas no cangaço e no cangaceiro é o que o público vai ter acesso ao assistir a peça.

Vamos conferir algumas cenas desse fantástico espetáculo que vem encantando e atraindo o público por onde passa.

Confiram.
Geraldo Antônio de Souza Júnior

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/?multi_permalinks=972143586327919%2C971863616355916%2C971839553024989%2C972032783005666&notif_id=1545184650390175&notif_t=group_activity

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LAMPIÃO E SEU GRUPO EM RIBEIRA DO POMBAL-BA (situação geográfica em 1928 e, hoje )..CONFIRA..!



Atendendo a pedidos de alguns amigos, (de alguns grupos com temas sobre o "Cangaço"), solicitando que, quando eu passasse em Ribeira do Pombal, gravasse um vídeo no cenário onde Lampião e seus capangas pousaram para uma foto de 1928 que entrou para história. Vamos compartilhar? (Segue o vídeo). Se quiserem via Whatsapp, só chamar por este número: (73) 99127 2323

Link do Youtube: 

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/?multi_permalinks=972143586327919%2C971863616355916%2C971839553024989%2C972032783005666&notif_id=1545184650390175&notif_t=group_activity

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REPORTAGEM DE 1938 SOBRE O ASSASSINATO DO HOMEM QUE FILMOU E FOTOGRAFOU LAMPIÃO E SEU BANDO

Por Ruy Lima

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/?multi_permalinks=972143586327919%2C971863616355916%2C971839553024989%2C972032783005666&notif_id=1545184650390175&notif_t=group_activity

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POLÍCIA ENCONTROU R$ 400 MIL EM FUNDO FALSO NO ARMÁRIO DE JOÃO DE DEUS

Por Manoela Albuquerque e Luísa Guimarães

Havia notas de euro, libra, dólar e real, além de cinco armas e munição. Material foi colocado em uma mala e levado para perícia.

Enviadas especiais a Goiânia (GO) – A Polícia Civil de Goiás encontrou R$ 400 mil, cinco armas, um simulacro e munição na casa do médium João de Deus, em Abadiânia (GO). O dinheiro estava dividido em notas de euro, dólar, libra e real. As buscas e apreensões foram realizadas na tarde de terça-feira (18/12). Localizado em um fundo falso de um guarda-roupa, o montante estava no quarto do líder espiritual. O armamento estava espalhado em diversos cômodos.

Os policiais encontraram um revólver calibre 38, dois calibre 32, uma pistola 380, uma garrucha e um simulacro. Todo o material foi levado para perícia na Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), unidade responsável pelas diligências.

Além da residência do religioso, buscas foram realizadas na Casa Dom Inácio de Loyola, onde o líder espiritual atende seus seguidores fiéis. O médium está preso preventivamente, acusado de cometer abusos sexuais contra mulheres.


As equipes da Polícia Civil chegaram ao local por volta das 14h25, entraram no centro espiritual e vasculharam uma sala que seria usada como departamento administrativo.

A reportagem já tinha informação de que a Polícia Civil deveria cumprir mandados de busca e apreensão nessa terça (18) em endereços ligados ao médium. O objetivo da PCGO é esclarecer pontos contraditórios entre os depoimentos das vítimas e de João de Deus. Foram autorizados mais 20 mandados.

Atendimentos

Em depoimento, o médium declarou que nunca trancou a porta para atendimentos. Segundo ele, “muitas vezes, é o atendido quem a tranca”.

De acordo com João de Deus, a sala onde as vítimas relatam terem sido abusadas também possui um sofá, um local para refeição e um banheiro. O acusado contou também que há duas janelas na sala, e que uma geralmente fica aberta e a outra, fechada. “Outras pessoas podem visualizar o interior [da sala] do exterior”, afirmou.

Diante de tais declarações, a polícia fez imagens do centro espiritual para poder confrontar com todos os depoimentos colhidos.

Ainda com base em informações da Polícia Civil, durante as buscas feitas na Casa Dom Inácio de Loyola, foram encontrados recibos de cursos superiores que seriam pagos por João de Deus a vítimas. A corporação não divulgou detalhes sobre os supostos pagamentos. Além disso, os investigadores apreenderam mapas que mostram o quanto a casa aumentou de tamanho nos últimos anos.

O advogado criminalista Alberto Toron, que atua na defesa de João de Deus, ressaltou que as autoridades teriam “amplo acesso” a tudo que for preciso. “Não há o que esconder e vamos colaborar”, disse.

https://www.metropoles.com/brasil/policia-encontrou-r-400-mil-em-fundo-falso-no-armario-de-joao-de-deus?utm_source=push&utm_medium=push&utm_campaign=push

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LIVRO DO PESQUISADOR FREDERICO PERNAMBUCANO DE MELO

Por Wasterland Ferreira

Quando em 2010 o Dr.Frederico Pernambucano de Mello lançou a 1a. edição do monumental Estrelas de Couro. A estética do Cangaço (o maior e mais completo estudo publicado sobre o trajo guerreiro do cangaceiro nordestino), concluindo e fechando a chamada "trilogia do Cangaço", composta pelas obras: Guerreiros do Sol. Violência e banditismo no Nordeste do Brasil (ora em 5a. edição revista e ampliada pelas editoras A Girafa/Massangana); Quem foi Lampião (ora em 3a. edição pela Editora Stahli e pelo já mencionado Estrelas de Couro. A estética do Cangaço (ora em 3a. edição pelas Escrituras Editora), já esperava-se a publicação deste novo livro do Dr. Fred (como chamam-no na intimidade), e isto devido a entrevistas concedidas a imprensa por Frederico Pernambucano dando conta de sua pesquisa "inteiramente nova" sobre fatos da vida de Lampião, e muito especialmente no que concerne à morte do grande e poderoso cangaceiro.


Pois bem. Seu novo livro Apagando o Lampião. Vida e Morte do Rei do Cangaço, publicado pela Global Editora e lançado nacionalmente a 5 de dezembro, encontra-se a disposição de todo cioso pelo tema nas melhores livrarias do Brasil, e no Recife pode ser encontrado na Livraria Imperatriz onde chegou uma boa remessa de exemplares do aludido livro.



Eu já tenho o meu, e a posterio-ré irei comentá-lo, e garanta também o seu pois o livro já nasceu polêmico e foi escrito por ninguém menos que o "Mestre dos mestres em assuntos de Cangaço", no dizer feliz do sociólogo Gilberto Freyre à primeira edição do Guerreiros do Sol, em 1985, e não custa lembrar que Frederico Pernambucano de Mello, também chamado de "o historiador do Brasil profundo", pelo professor Nelson Aguilar, o é também autor de estudos ou obras importantíssimas sobre vários e relevantes temas na historiografia do Nordeste, a exemplo dos livros A tragédia dos blindados. A revolução de 30 no Recife; A Guerra total de Canudos. Delmiro Gouveia. Desenvolvimento com impulso de preservação ambiental, entre vários outros.


É muito bem-vindo o novo livro de Frederico Pernambucano de Mello: Apagando o Lampião. Vida e Morte do Rei do Cangaço.

Wasterland Ferreira Leite.

https://www.facebook.com/wasterland.ferreira?epa=SEARCH_BOX

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PADRE É ACUSADO DE OFENDER IDOSOS, FUNCIONÁRIOS E FAZER CABARÉ NA TV

Por Saullo Brenner
Foto Divulgação

Nas redes sociais, Alessandro Campos ostenta relógios caros, automóveis luxuosos e joias. Na TV, ele teria irritado muita gente.

Conhecido pelo jeito simpático, o padre Alessandro Campos, destaque da TV Aparecida, recebeu várias acusações de fãs e do público em geral. As declarações foram encaminhadas ao colunista Ricardo Feltrin, do UOL, que as divulgou nesta segunda-feira (17/12).

De acordo com o jornalista, telespectadores ficaram indignados após Alessandro fechar contrato com a Rede TV! para comandar um programa musical. “Ele não é um padre, mas um cantor sertanejo que está promovendo suas canções que não têm cunho religioso”, disse uma mulher a Feltrin.


Outro telespectador, que já havia comparecido a um programa de Alessando na TV Aparecida, explicou como a atração é guiada. “Deveria ser programa com músicas religiosas, respeito e seriedade, mas o que vemos são ofensas e brincadeiras bestas, idiotas que denigrem os idosos – no caso dele, chamados de velhos e velhas”, apontou.

Entre injúrias, o padre teria certo dia, anunciado que “na plateia, às vezes, tem uma ou duas [mulheres] bonitas, o resto é tudo bagulho pra despacho”. Além disso, Alessandro seria responsável por vários casos de maus-tratos contra seus próprios funcionários.

Um fã de Alessandro revelou, ainda, ter pagado R$ 65 para ir ao programa, que foi cancelado. Outros reclamam dos produtos anunciados pelo religioso na atração. Os fãs que vão mais além se revoltam com as vestimentas da figura pública, acusando-o de trajar roupas apertadíssimas. “Ele é padre, mas apresenta na TV um cabaré”, queixou-se um fiel, segundo Feltrin.

À coluna do jornalista, Alessandro negou todas as acusações, afirmando nunca ter ofendido idosas e que suas declarações não passam de brincadeiras. Sobre os funcionários humilhados, o padre nega, e se surpreende com as queixas acerca de suas roupas.

Acusado também de ostentar nas redes sociais – exibindo relógios caros, automóveis luxuosos e joias -, o religioso afirma nunca ter feito “voto de pobreza”.

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