Seguidores

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

PROGRAMA PANORAMA (TV CULTURA) - 27/07/2018. OITENTA ANOS DA MORTE DE LAMPIÃO.

https://www.youtube.com/watch?v=DGI9UKc01I4&t=13s

80 anos da morte de Lampião - Herói ou bandido?
  
Publicado em 6 de ago de 2018
Programa Panorama da TV Cultura do dia 27/07/2018 com a participação do Jornalista e Escritor Artur Aymoré e do pesquisador do Cangaço, Geraldo Antônio de Souza Júnior. Debatendo a trajetória de Virgolino Ferreira da Silva "Lampião" o maior cangaceiro de todos os tempos.

Categoria

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

VOLTANDO À CALÇADA ALTA DA PONTE CRIANDO TEORIAS, DEFENDENDO TESES.

Clerisvaldo B. Chagas, 6 de agosto de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
     Crônica: 1.957

Há muito tempo tive curiosidade sobre a região onde está assentado o Colégio Estadual professor Mileno Ferreira, em Santana do Ipanema. Para os profissionais da Geografia coisas diferentes no espaço chamam atenção. Criei para mim mesmo a tese de que o riacho Camoxinga, antigamente, foi bastante represado pelo rio Ipanema e, seus sedimentos trazidos formou a região do Colégio. Antes ali era a fazenda do senhor Frederico Rocha, cujo terreno sempre pareceu formado das areias do riacho Camoxinga. Com o tempo, após haver formado a pequena planície de aluvião, o riacho teve seu curso desviado e formou outro percurso até o rio Ipanema que é o percurso atual. Não havendo ninguém na cidade que discuta essas coisas, a tese ficou adormecida.

Colégio construído no entulho do riacho. (Foto: B. Chagas).

Sábado, ao retornar à missa na Matriz de Senhora Santana, encontrei-me com o senhor Manoel Fontes (85 anos) e ele, sem ser geógrafo, apenas um observador das coisas como eu, confirmou a minha segunda tese. Disse-me ele que toda aquela parte da calçada alta da ponte, foi construída pela natureza pelo represamento das águas do riacho Camoxinga. Formou-se ali uma região de detritos trazidos pelo riacho, represados pelo remanso do rio Ipanema que envolve a Rua da Calçada Alta da Ponte que precisou de muito alicerce para sua formação naquela altura, em cima da areia do riacho Camoxinga. A altura foi para não ser surpreendido pelas cheias do rio e do riacho que eram mais altos e não havia barragem no leito de toda a região. Disse-me ainda seu Manoel que demolir as casas da rua para nivelar por baixo, volta-se ao nível do riacho Camoxinga antes da formação da pequena planície de areia e que representaria o mesmo perigo das construções que fizeram no leito do Ipanema e do riacho. Esse foi o segundo entulhamento do riacho Camoxinga, envolvendo toda a região da chamada Ponte do Urubu, após entulhar a região do Colégio Estadual. Sendo que aí o riacho não se desviou e sim, criou uma ravina como saída.
O rio Ipanema e o riacho Camoxinga eram altos e foram escavados pelas águas até o nível atual. Divido com o senhor Manoel Fontes as duas teses sobre o riacho Camoxinga, entregando a Santana esse documento virtual que indica a falta de planejamento para expandir a cidade há muito. Este é o único documento em que se fala deste assunto. Deveria ser guardado como relíquia histórica e geográfica do riacho Camoxinga, pelos registros do patrimônio de Santana do Ipanema.
E sobre o ato de demolir ruas e alicerces, não é problema nosso.


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

TODO CANDIDATO É SANTO

*Rangel Alves da Costa

Acaso houvesse canonização dos beatificados pela política, certamente que a Congregação Para a Causa dos Santos teria muito trabalho para tornar em santidade todos os políticos brasileiros que agora se lançam como candidatos a deputado, a senador, a governador e a presidente.
Ora, pelas biografias apresentadas, pelos históricos espalhados, pelos atributos divulgados, pelas grandes virtudes propagadas, nenhum destes candidatos veio da casta dos homens comuns, daqueles de carne e osso, de erros e acertos, de pecados e falhas. Todos eles são mostrados como intocáveis, perfeitos, verdadeiros pastores de pobres rebanhos e prometidos como salvadores.
As assessorias e o círculo de bajuladores de tais candidatos divulgam seus perfis como se estivessem tratando de seres completamente incomuns. São verdadeiras perfeições humanas. Nunca maltrataram ninguém, nunca praticaram improbidades, nunca descumpriram promessas, nunca abandonaram seus eleitores, nunca se arrogaram do poder, nunca foram contra direitos do trabalhador, nunca tiveram um só desvio de conduta nas suas vidas pessoais e políticas. Uns santos.
Os próprios candidatos tentam, a todo custo, reescrever suas histórias. E não há gente mais esquecida que pleiteante a cargo público através do voto. A população mais atenta diz que mentem tanto que até se esquecem de que as mesmas mentiras já foram tão repetidas que já se tornaram lorota. E por isso mesmo ninguém mais acredita numa só palavra do que digam ou prometam. Ainda assim se apresentam como milagreiros e dotados de virtudes até sobrenaturais. Ora, prometem o impossível.
Tudo num candidato parece angelical. Que sorriso lindo, que gesto dignificante, que mão tão estendida em busca de todas as mãos, que contínuo sorriso na face. Não são nem anjos, mas verdadeiras santificações. As pessoas mais bondosas do mundo, nunca dizem um não, nunca negam nada, nunca deixam os leitorados desesperançados, nunca deixam de abraçar cada um como irmão e até dividir um pedaço de pão. Mas tudo na falsidade. Muitos lavam suas mãos em álcool assim que retornam aos carros. Muitos deixam afastar um pouquinho para baixar os vidros e vomitar.


São as comunidades mais pobres e perante pessoas humildes que se apresentam como verdadeiro céu aos santos da política. Agem como se santificados fossem por todo lugar, mas é em meio às classes mais desfavorecidas que eles chegam envoltos e auréolas e luzes. Nunca o homem, o mentiroso, o falso, o covarde, o corrupto, o processado, o envolvido em maracutaia, mas sempre como pessoa tão doce e virtuosa que até os já de mais tempo na igreja lhes deve reverência. Só faltam levar as mãos à cabeça dos enfermos e curá-los, só faltam fazer o milagre da multiplicação.
Sempre assim a cada novo pleito eleitoral. Todos os candidatos achando que o povo é esquecido por natureza, é idiota de nascença, é desconhecedor de tudo e de toda verdade. Não há como pensar diferente. Ou será que acham que não são uns vendilhões do povo, que vivem envolvidos em trambicagens, que utilizam seus mandados para proveito próprio e vendendo suas almas para ter mais e mais? Ou será que acham que o povo não recorda das votações contra os interesses do povo, de suas omissões aos interesses sociais e dos seus conluios com os lamaçais do poder?
De que céu estes candidatos acham que desceram para ludibriar assim tão desavergonhadamente o povo, ou com que cara de pau eles subiram das trevas para fazer de suas artimanhas um meio de conquista? Será que acreditam no que dizem, será que creem no que prometem, será que depois de tudo ainda têm coragem de se olhar em espelhos? Logicamente que não sentem vergonha de nada. Sabem que são loroteiros, mentirosos, enganadores, mas ainda assim se esforçam cada vez mais para aperfeiçoar suas desavergonhadas artes. Ofícios que sempre negam o que são para conseguirem o que querem.
Certa feita, Janjão Aroeira negou a entrada em sua porta de um desses candidatos, e logo dizendo: “Daí mermo ói pras parede e veja cuma tá cheia de santo, São Benedito, São Jorge, São José e mais um monte de santo, tudo ali. E sei munto bem que o sinhô vem aqui pedi voto e tomem mostrar que é mais um santo. Toda eleição aparece um monte de santo aqui. Todo mundo quer voto, mai ninguém quer que eu pendure na parede. O sinhô quer? Entonce dê a vorta e vá fazê seus milagre noutra freguesia”.
Mas não tem jeito. Os santos estão por todo lugar. O sertão sergipano, por exemplo, transformou-se num verdadeiro céu. Não há um só dia que os milagreiros cheguem para prometer chuva o ano inteiro e comida em fartura pra toda mesa. Mas sei que muita gente ainda acredita. E por isso mesmo as trevas da política devoram consomem o tempo presente e a esperança de qualquer futuro.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

A CASA CAIU, SENHORITAS! CANGACEIRAS APRISIONADAS

 Manchete de 18 de maio de 1935, no jornal “Diário de Noticias” BA
As meninas Anna e Otilia

A presença de cangaceiras aprisionadas foi uma das marcas do momento. Anna Maria da Conceição, nascida em Jeremoabo, era companheira do cangaceiro "Jurema". Caminhava com Jurema, Juremeira, Beija-Flor e Nevoeiro, quando a volante do sargento Vicente caiu sobre o subgrupo. Foi alvejada com dois tiros de fuzil, que lhe atingiram os braços, sendo capturada.

Já o seu parceiro e companheiros não tiveram a mesma sorte... 

Jurema, Jureminha e Nevoeiro
Foto não compoe a matéria original
Cortesia do amigo Sergio Dantas

Otilia Teixeira Lima, de Poços, era companheira de "Mariano". Adentrou o Cangaço em 1931, depondo que constituíam o bando, naquele momento em que adentrou, Lampeão, Mariano, Zé Bahiano, Pó Corante, Gato, Bananeira, Volta Secca, Maçarico, Cajueiro, Balisa, Cabo Velho, Nevoeiro, Luis Pedro, Virgínio, Suspeita e Medalha, além de Maria Bonita e algumas mulheres que não indicou os nomes.

Deslocava-se, em 1935, junto com Mariano, Criança, Pai Velho e Pau Ferro, quando foi o subgrupo cercado pela volante do sargento Rufino. Cerrada brigada, foi cercada, não conseguindo Mariano romper o seu cerco para libertá-la. Acabou entregando-se.

“Lampeão” não quer negocios com a policia da Bahia
Dois minutos de interessante palestra com as mulheres de Mariano e “Jurema”, chegadas, hontem, presas .. .A vida, para o banditismo, “no outro lado”, está melhor... 

O DIARIO DE NOTICIAS offerece, hoje, aos seus innumeros leitores, a opprtunidade de uma entrevista com as mulheres de Mariano e “Jurema”, dois dos peores scelerados que teem palmilhado a zona escaldante e longinqua do nordéste bahiano.

São ellas Anna Maria da Conceição, com 23 annos de idade, mestiça, nascida nas Baixas, no município de Geremoabo, e Otilia Teixeira Lima, parda, de 25 annos, estatura média, procedente das caatingas de Poços, distante 15 leguas daquella cidade.

Fomos encontra–las, hontem, na delegacia Auxiliar. Momentos antes, haviam chegado do nordéste, pelo trem do horario, devidamente escoltadas por seis praças da Policia Militar.

Como foi presa a primeira

Anna foi presa nas caatingas do logar denominado São José, tendo, nessa occasião, recebido dois tiros de fuzil, que lhe perfuraram os braços. Estava ella em companhia de “Jurema”, “Beija–Flôr”, “Nevoeiro” e “Juremeira”, quando surgiu, inesperadamente, a força volante do sargento Vicente, que, de ha muito, vinha sequindo as pégadas do bando sinistro. Logo que viu os policiaes, “Jurema” rompeu cerrado tiroteio contra os mesmos, que, reagindo valentemente, puseram em fuga os cangaceiros. No embate, que durou poucos minutos, caiu ferida Anna Maria. “Jurema” quis, ainda, soccorre–la, mas, acossado pelas balas, teve que fugir, deixando a companheira nas mãos dos seus perseguidores.

A outra “descansava”...

Otilia estava com o bando de Mariano, na Fazenda “Mucambo”, junto com “Páo Ferro”, “Criança” e “Pai Velho”. Minutos após a chegada do grupo, dois cáibras fôram escalados para arranjar montadas na vizinhança. Foi quando appareceu, de surpresa, o contingente do sargento José Rufino, que, com 15 praças, vinha procurar pousada na alludida fazenda.

Reconhecendo os bandidos, a força entrou a tiroteiar contra os mesmos, pondo–os em fuga, depois de cerca de duas horas de fogo. Otilia estava descansando na casa da fazenda, quando começou a fuzilaria.
Receiosa de ser attingida pelos projectis, alli deixou–se ficar, sendo finalmente presa e conduzida para esta Capital, onde se encontra. Mariano, seu velho companheiro conseguiu, habilmente, cortar a rectaguarda da força, fugindo á chuva de balas que se despejava sobre elles.

Contando a sua vida...

– E ainda dois graças a Deus, de estar aqui! Pensei que a força me fuzilasse, no momento em que fui presa. Ha cerca de quatro annos, ingressei no bando de “Lampeão”. Por essa occasião, o “Capitão” andava lá pelo Raso da Catharina, acompanhado de José Bahiano, “Gato”, Pó Corante”, Mariano, “Bananeira”, “Volta Secca”, “Maçarico”, “Cajueiro”, “Balisa”, “Cabo Velho”, “Nevoeiro”, Luis Pedro, Virginio, “Suspeito” e “Medalha”. Viajava para Poços, com meus dois irmãos, quando deparei o bando do “Cégo”.
Mariano botou os olhos em cima de mim e me ordenou que o acompanhasse. Não tive outro jeito senão seguir. Juntei–me ás outras mulheres e comecei a andar pelo matto, sem pouso, passando fome e sêde, até o dia em que fui presa.

Como ciganos

– E como vivem os bandidos?
– Pelos mattos, dormindo hoje aqui, amanhã alli, comendo carne do sol e ás vezes, um pouco de farinha. Agua arranja–se nas raizes de umbú. Á noite, todos se deitam no chão e embrulham–se com as suas cobertas. Quem tem mulher dorme separado, debaixo de algum pé de paó... É uma vida desgraçada... – concluiu Otilia.

Anna Maria assistia á conversa, com o corpo descansando sobre os calcanhares.

Uma historia de amôr...

– Vivia com a minha familia nas Baixas, cerca de onze leguas de Geremoabo. Um dia, a força do tenente Macedo appareceu por lá e, sabendo aque alli moravam os parentes de “Jurema”, queimou tudo. Até as roças de feijão! Eu era noiva de um irmão de Jurema, que estava no bando de Lampeão, e tinha o mesmo appellido. Vendo–o, a força prendeu–o. E já iam longe, quando o meu noivo, conseguindo intimidar os dois soldados que o escoltavam, fugiu. No caminho, convidou–me para fugir com elle. Aceitei. Dias depois, estávamos no meio do bando de Lampeão. Quis voltar. Não tive mais jeito. Ordem era ordem. Tinha que acompanhar obando. Assisti a innumeros combates, durante estes tres ultimos annos.

... E o peor tiroteio

O peor, porém, – continúa – foi o de Maranduba, onde morreram “Sabonete”, “Quina–Quina” e “Catingueira”. Foi um tiroteio que durou varias horas. Quase fiquei surda. Eramos seis mulheres e estavamos separadas do bando. Dois caibras ficavam de sentinella comnosco, sempre que havia um combate. Depois, com os córtes da rectaguarda, Lampeão abria caminho e assim podiamos fugir.

Lampeão luta como uma féra!

– E Lampeão vai tambem para a frente?
 Sim, senhor. Lampeão é uma féra. Não tem mêdo de nada. É o primeiro que atira e vai ba frente. Quando eu entrei no bando, Lampeão estava com duas marcas de bala. Uma, no pé, e outra no braço. Foi nessa occasião que “Gato” foi ferido tambem...

Falando sobre o “Capitão”...

– Queremos alguns informes sobre Lampeão...
– O Capitão é de estatura média, bem moreno e cabello castanho. Usa oculos amarellos, pois é cégo de um olho. Traja sempre uma roupa mescla, chapéo de couro e alpercatas. Carrega um mosquetão, uma “parabellum” e tres cartucheiras, além de varios bornaes cheios de bala. Atravessado na cintura, um grande punhal.

Não quer nada com a nossa Policia

Deixei elle agora do outro lado, com varios cáibras, pois a coisa está preta no nordéste.
 E onde é o outro lado?
– Lá, em Alagôas e Sergipe. As coisas lá não são como aqui. Vive–se mais tranquillo e mnos perseguido. Estávamos satisfeitos.

A verdade, ainda uma vez...

Effectivamente, a situação do nordéste é outra, hoje. O bandido não tem para onde se mexer. Difficilmente, desloca–se de um ponto para outro. A sua acção tornou–se quase nulla. Vive, agora, passando uma vida de miserias...

As novas directrizes traçadas pelo Cap. João Facó e executadas pelos seus auxiliares, na campanha contra o banditismo, lograram, felizmente, verdadeiro exito. Hoje, já se respira nas caatingas. Não ha mais aquelle pavor de outr’ora, quando pairava nas caatingas o espectro sinistro da morte.
Cap João Facó
Cortesia de Ivanildo Silveira

Pescado no  Açude do confrade Rubens
Que mais uma vez promove um belo trabalho de resgate de fatos e fotos históricas na webAo transcrever não deixe de citar que, foi o C.S.I. Rubens Antonio quem fuçou! Leia aqui o tutorial.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

O AMOR NO CANGAÇO FEZ QUEBRAR BARREIRAS


Por Léo Cangaceiro

Em meio à violência e fulgas da polícia, o amor entre Lampião e Maria Bonita marcou o fim do Cangaço no sertão.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=804667933257303&set=a.106486663075437.1073741827.100011423104280&type=3&theater

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

COSTA REGO X LAMPIÃO

Quando o Rei do Cangaço desdenhou doGovernador das Alagoas

Pedro da Costa Rego, o célebre Costa Rego, nasceu no Pilar (AL), em 12 de março de 1889. Jornalista, escritor e político, na vida pública, foi secretário da agricultura (1912), deputado federal (1915-17, 1918-20, 1921-23), governador (1924-28) e senador (1929-30 e 1935-37), sempre por Alagoas.
A frente do Governo manteve também uma luta sem tréguas contra os cangaceiros que de vez em quando surgiam no sertão do estado.


Conta Leonardo Mota, em seu livro “Sertão Alegre“, que Lampião assim teria telegrafado a Costa Rego:
— “Eu tou costumado a travessar rio cheio quanto mais REGO…”.
Mas o fato é que o famoso bandoleiro 'comeu ruim' naquela época.

Ficaram no folclore alguns vestígios da perseguição de Costa Rego ao rei do cangaço. Diz uma velha peça de Reisado:

Costa Rego mandou um comandante
Com a tropa volante
Andar de déo em déo,
Lampião é a gota serena,
Mas com Zé Lucena
Ele acha o chapéo.


Ao som da “Mulher Rendeira”, cantava o povo naquele tempo:

Ao seu doutô Costa Rego
Lampião mandou dizer,
Que o tenente Zé Lucena
É duro de se roer.

Costa Rego já mandou
Volante para o sertão
Com Zé Lucena na frente
Para pegar Lampião.

Costa Rego em Alagoas
Não protege Lampião,
O que tem pra cangaceiro
Ou é bala ou é prisão.


Trecho do artigo 'Costa Rego no folclore alagoano' de José Aloísio Vilela, publicado originalmente em História de Alagoas

http://lampiaoaceso.blogspot.com/2018/08/costa-rego-x-lampiao.html

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

TRUBUTO

Das Volantes à CIPECaatinga

Mais um vídeo produzido para a Série Memórias da PM da Bahia, sob a coordenação do major Raimundo Marins.

Neste capítulo "A evolução histórica das tropas baianas que enfrentaram o Cangaço no Sertão".



Pescado no Canal Carlos Alberto

http://lampiaoaceso.blogspot.com/2018/08/tributo.html

http://bogdomendesemendes.blogspot.com

O CLÁSSICO "VOLTA SECA" DE NERTAN MACEDO


Por Geziel Moura

Sabem quando vc encontra um livro que há muito procurava? E este livro te captura desde a contracapa? Pois é, refiro-me ao clássico "Volta Seca: O Menino Cangaceiro" de outro autor Clássico da história do nordeste, Nertan Macedo.


Este autor foi o primeiro, que publicou trabalho específico sobre o cangaceiro Antônio dos Santos, o Volta Seca, a escritura da obra é irrepreensível, não se trata apenas de simples biografia do cangaceiro, tão batida na historiografia do cangaço, mas interessante e profunda análise, do ponto de vista social, dos cangaceiros infanto- juvenis, que adentraram o bando de Lampião.


O autor baseia seu trabalho em outros importantes escritores que tiveram acesso a Volta Seca: Estácio de Lima que entrevistou o cangaceiro, no período em que estivera preso em Salvador, cuja matéria encontra - se em seu livro "Mundo Estranho dos Cangaceiros", outro clássico da literatura do cangaço; Joel Silveira que esteve com Volta Seca, Saracura, Labareda, Deus-te-Guie, Caracol e Cacheado, também na Penitenciária de Salvador, e que ensejou na excelente matéria da Revista O Cruzeiro de 02.12.1944.


Não restam dúvidas de que ninguém falou mais de Volta Seca, que ele próprio (O Globo, O Cruzeiro, Revista Manchete, O Pasquim, Estácio Lima, Joel Silveira), mas ninguém escreveu melhor que Nertan Macedo.


Para mostrar um pouco da narrativa do trabalho de Nertan Macedo de 1982, segue o texto da contracapa do livro, escrito por Joel Silveira, vale a pena sua leitura.




Imagens: Capa do livro "Volta Seca, o Menino Cangaceiro" de Nertan Macedo, Revista O Cruzeiro de 02.12.1944, Revista Manchete de 07.02.53.

https://www.facebook.com/groups/1617000688612436/

http://bogdomendesemendes.blogspot.com