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quinta-feira, 23 de abril de 2020

VIRGULINO CARTOGRAFADO DE GUERHANSBERG TAYLLOW, SAINDO DO FORNO


Este livro foi resultado de uma dissertação de mestrado e investiga as relações de poder e os processos de territorializações que o cangaceiro Virgulino Ferreira da Silva, mais conhecido como Lampião (1898-1938), construiu por meio do estabelecimento de uma malha de protetores e coiteiros e em contraponto a uma rede de opositores, entre os anos de 1920 e 1928. Aqui o espaço do cangaço 'lampiônico' não é entendido como dado e preestabelecido, mas como resultado dos jogos de poder e das múltiplas relações que esse cangaceiro agenciou com sujeitos de destaque da política sertaneja dentro do contexto da chamada Primeira República.

O território é aqui percebido em sua dimensão processual, possibilitando interpretar as ações de Lampião como produtoras de múltiplos territórios, que ganharam configurações espaciais diversas, como: territórios em rede, territórios em zona ou territórios em movimento. Três tipos de fontes foram explorados nesta pesquisa: os jornais, que divulgaram notícias sobre Lampião, entre os anos de 1920-1928; os relatos policiais; e a bibliografia memorialística. Partindo da problematização dessas produções e do diálogo com a historiografia do tema, busco entender como se deram as múltiplas territorializações do cangaceiro Lampião.

O AUTOR: Mestre em História pelo Programa de Pós-graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Graduado em Licenciatura Plena em História pela Universidade Federal de Campina Grande, Centro de Formação de Professores. Pesquisa sobre as relações entre História e Memória e História e Espaço, com ênfase nas narrativas culturais sobre o Nordeste, sobretudo do Cangaço.

A presente obra tem 280 páginas. 

Peça o seu agora (Valor R$60,00), através do nosso sebista oficial, o professor Francisco Pereira Lima; 
Via e-mail:
 franpelima@bol.com.br 
ou WhatsApp (83) 99911-8286.

Kiko Monteiro.


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ENTREVISTA COM LAMPIÃO - JUAZEIRO DO NORTE/CE - 1926.



Uma entrevista com Lampião que foi realizada pelo doutor Otacílio Macedo, médico da cidade do Crato/CE, no dia 06 de março de 1926, na ocasião em que Lampião e seu bando estiveram na cidade de Juazeiro do Norte no estado do Ceará para se incorporarem nos batalhões patrióticos formados para combater os revoltosos pertencentes a Coluna Prestes-Miguel Costa, que naquela época marchava pelos sertões do Nordeste. Fizemos a narração e ilustramos visando uma maior inclusão por parte das pessoas e facilitar o entendimento dessa fantástica entrevista com o maior de todos os cangaceiros de todos os tempos. Confiram! Geraldo Antônio de Souza Júnior - Criador e administrador do canal.

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LIVRO AS MULHERES NO CANGAÇO




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VÍDEO...ENTREVISTA COM LAMPIÃO..!



Juazeiro do norte - março de 1926.
Fonte: Grupo do Youtube..Cangaçologia

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HOJE À NOITE VAI TER LIVE DE POESIA SIM!


Por Kydelmir Dantas

Amanhã 23/04 às 19h no meu canal do YouTube Poeta Antonio Francisco, com uma transmissão da TCM Telecom.

Participações especial dos poetas mirins @poetamoisesmarinho
@poetasegundoneto

E ao som do nosso amigo Edson Moura.
Quem vem comigo nessa live?


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PARA ARQUIVO - CHEGADA DO DR. JOÃO GOULART PRESIDENTE DA REPÚBLICA, NA RÁDIO RURAL DE MOSSORÓ, QUANDO NA SUA INAUGURAÇÃO, EM 02 DE ABRIL DE 1963.



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A EMA GEMEU

Clerisvaldo B. Chagas, 23 de abril de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.298

A nova geração e outras do sertão nordestino não chegaram a conhecer e nem a conviver com a Ema. Sendo a maior ave do Brasil a (Rhea americana) foi muito perseguida pelos caçadores resultando praticamente em seu desaparecimento. Nesse sertão das Alagoas era simplesmente chamada Ema, mas em outras regiões recebia nome como nandu, nhandu, guaripé e xuri. Tem asas mão não voa. Usa asas para se equilibrar e mudar de direção em suas corridas. O macho é encarregado da incubação e cuidado com os filhotes. Em nosso romance ainda inédito, Fazenda Lajeado, existe uma cena interessante com o capataz da fazenda e companheiros tentando pegar uma ema para curá-la de uma asa. “Ema é uma palavra de origem oriental, talvez molucana. Nandu e nhandu se originaram no tupi nã’du. Guaripé também do tupi. Xuri se originou do tupi xu’ri.

EMA (IMAGEM WIKIPÉDIA).

A Ema pode pesar até 36 quilos e alcançar 1.70 de comprimento. É uma ave onívora, se alimenta de sementes, folhas, lagartos, moscas, cobras, moluscos, peixes e outros. Um ovo de ema pesa em média 600 gramas e sua postura varia entre 10 e 30 ovos. Seu principal predador é a onça-pintada que costuma atacá-la durante à noite para evitar sua carreira espetacular. Dificilmente se pode avistar uma ema de verdade nos sertões nordestinos. Mas o seu nome gerou por todos os lugares pontos de referência como sítios e povoados. No município santanense mesmo, existem dois sítios que se referem a ave pernalta: Várzea da Ema e Alto d’Ema. Este último mantém dúvida entre “Alto do Dema” (pessoa) ou “Alto da Ema”. Várzea, lugar baixo e úmido. Provavelmente seria Alto da Ema, uma vez que ambos os sítios estão próximos entre si, um no alto outro na baixada.
Como dizem que o seu canto dá azar, disse Jackson do Pandeiro no seu Canto da Ema:

“A ema gemeu
No tronco do juremá
Foi um sinal bem triste, morena
Fiquei a imaginar
Será que o nosso amor, morena
Está para se acabar...”.   

A EMA CONTINUA GEMENDO PARA O MUNDO INTEIRO.                     


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PRISÃO DA FAMÍLIA FERREIRA

Acervo do pesquisador José João Souza
FOTO DA FAMÍLIA DE LAMPIÃO: 1- Zé Paulo, primo; 2 -Venâncio Ferreira (tio); 3 - Sebastião Paulo, primo; 4 - Ezequiel, irmão; 5 João Ferreira, irmão; 6 -Pedro Queiroz, cunhado (casado com Maria Mocinha, que está à sua frente, sentada); 7- Francisco Paulo, primo; 8- Virgínio Fortunato da Silva, cunhado (casado com Angélica); 9 - Zé Dandão, (agregado da família); 10 - Antônio Ferreira, irmão; 11-Anália, irmã; 12 - Joaninha, cunhada (casada com João Ferreira); 13 -Maria Mocinha, ou Maria Queiroz, irmã; 14-Angélica, irmã e 15 – Lampião.

Quando Estácio Coimbra assumiu o governo de Pernambuco, tinha como planta forma eleitoral, exterminar Lampião e o cangaço. Para isso, colocou à frente da Secretária de Segurança Pública o bacharel Eurico de Souza de Leão, nesse período, começou uma grande perseguição à família Ferreira.
Em 20 de janeiro de 1927, diversos membros da família foram presos em Juazeiro do Norte e levados para Vila Bela debaixo de uma forte escolta policial. Os presos foram interrogados pelo Major Teofánes Torres e todos foram soltos, com exceção de João Ferreira, irmão de Lampião.

João foi enviado para Água Branca, em Alagoas, onde foi absolvido pelo júri, João estava sendo acusado de participar do ataque a Pariconha em 1921. Ao todo, ficou preso durante um ano e meio. Um dos resultados da perseguição à família Ferreira foi a entrada para o cangaço de Ezequel, o irmão mais moço de Lampião e de Virgínio, cunhado de Lampião.

Outros membros da família foram presos no Piauí, onde moravam, e foram levados para Pernambuco, onde o Major Teófanes Torres os submeteu a trabalhos forçados, na construção da igreja de Vila Bela (atual Serra Talhada). Nenhum dos parentes de Lampião foi condenado por qualquer delito.


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VOLTA SECA FALA AO "PASQUIM" - PARTE I.



Uma entrevista polêmica que foi realizada pelo extinto Jornal "O Pasquim" no ano de 1973 com o controverso ex-cangaceiro Volta Seca (Antônio dos Santos), que no passado integrou o bando de Lampião. Volta Seca entrou para o cangaço ainda criança e apesar do curto espaço de tempo que permaneceu no bando cangaceiro, marcou seu nome para sempre na história devido as suas "aventuras" e ao cometimento de crimes, quando esteve sob as ordens de Lampião. A equipe de "O Pasquim" entrevistou o ex-cangaceiro e conseguiu resgatar inúmeros fatos e histórias, fazendo dessa uma das mais completas entrevistas já produzidas em todos os tempos com um remanescente do cangaço lampiônico. A princípio a entrevista foi publicada (Escrita) no antigo Jornal e agora decidimos fazer a leitura e a narração das perguntas e respostas, pensando em alcançar um maior número de pessoas e facilitar ainda mais o entendimento sobre o assunto abordado. A entrevista foi realizada pelos jornalistas / Cartunistas: - Aparício Pires - Jaguar - Millôr Fernandes - Sérgio Cabral - Ziraldo A narração ficou por conta do ator Alan Pellegrino, que com sua sensacional interpretação, deu vida aos entrevistadores e entrevistados. Após assistirem deixem seus comentários, críticas e sugestões. Valeu! Cabroeira! Geraldo Antônio de Souza Júnior - Criador e administrador do Canal "Cangaçologia".

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SÓ PARA CONHECIMENTO - A GRIPE ESPANHOLA DE 1918

Por Geraldo Maia do Nascimento

No período de 8 de outubro de 1918 a janeiro de 1919 o Município de Mossoró foi assolado pela Gripe Espanhola, uma pandemia do vírus influenza[1] que se espalhou por quase toda parte do mundo. Foi causada por uma virulência incomum e frequentemente mortal de uma estirpe do vírus Influenza “A” do subtipo H1N1. A gripe espanhola apareceu no final da I Guerra Mundial e, em menos de um ano, matou milhões de pessoas. A epidemia foi tão severa que nos Estados Unidos, onde um quarto da população foi infectada e 675 mil pessoas morreram, a expectativa de vida caiu em 10%. A denominação “gripe espanhola”, segundo alguns autores, surgiu na Inglaterra, em fins de abril de 1918. Duas são as principais hipóteses para essa denominação: a primeira partia do pressuposto errôneo de que a moléstia havia se originado na Espanha e/ou lá fizera o maior número de vítimas. Outra explicação afirmava que a Espanha, país neutro durante a I Guerra Mundial, não censurava as notícias sobre a existência da gripe epidêmica, daí a dedução equivocada de que a enfermidade matava mais naquele país. A primeira notícia do vírus da gripe espanhola no Brasil foi de setembro de 1918, logo depois da chegada de um navio com imigrantes vindos da Espanha. Vários deles apresentavam sintomas da gripe. Outro relato dizia que alguns marinheiros sentiram estranhos sintomas a bordo de um navio ancorado em Recife. O fato é que no início de novembro de 1918 a doença já tinha alcançado vários pontos do Brasil. As cidades portuárias foram as que mais sofreram. No Rio de Janeiro, morreram 17 mil pessoas em dois meses. Os familiares, desesperados, jogavam seus mortos na rua com medo de contrair a doença. As avenidas ficaram cheias de cadáveres e presidiários foram obrigados a trabalhar como coveiros. Os bondes circulavam abarrotados de corpos. Na frente das principais igrejas, milhares de famílias se reuniam para pedir ajuda a Deus. Em São Paulo, foram mais de 8 mil mortos. Entre as vítimas da gripe estava o Presidente da República Rodrigues Alves. Eleito para cargo pela segunda vez, não pode tomar posse e morreu no dia 16 de janeiro de 1919. Os médicos, também alarmados, não sabiam o que receitar e indicavam canja de galinha. O resultado foram saques aos armazéns atrás de frangos. Os jornais afirmavam que o tratamento deveria ser feito à base de cachaça com limão ou uísque com gengibre. No Rio de Janeiro, o sanitarista Carlos Chagas comandou o combate à enfermidade. Em Porto Alegre foi criado um cemitério especialmente para as vítimas da gripe espanhola. Em todo o país foram cerca de 300 mil mortos. Foi a maior epidemia da história, uma pandemia. Ao passo que a I Guerra Mundial, de 1914 a 1918, matou aproximadamente 8 milhões de pessoas, a gripe espanhola foi fatal para mais de 20 milhões de seres humanos de todo mundo. Nada matou tanto em tão pouco tempo. O vírus mutante da gripe assumiu características tão singulares em 1918, que a chamada influenza espanhola, até hoje, apavora quem procura entender o que aconteceu naquele ano. Diante da tragédia Jerônimo Rosado, na qualidade de Presidente da Intendência, mobilizou todos os recursos de assistência disponíveis, quer improvisando isolamento de doentes, quer pessoalmente dirigindo socorros médicos em remédios e alimentos aos pobres abandonados. Graças a esses esforços, a doença ceifou aqui poucas vidas.   [1] Existem três tipos de vírus influenza/gripe que circulam no Brasil: A, B e C. O vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza “A” responsável pelas grandes pandemias.  


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RAIMUNDO SOARES DE BRITO “O GUARDIÃO DA HISTÓRIA POTIGUAR”


Por Geraldo Maia do Nascimento

Em 23 de abril de 2020 Mossoró comemora o centenário de nascimento do escritor e historiador Raimundo Soares de Brito. Raimundo era considerado o “Guardião da História Potiguar”, pelo imenso acervo que conseguiu montar sobre personalidades e acontecimentos da História do Rio Grande do Norte. Nascido em Caraúbas, a 23 de abril de 1920, veio para Mossoró em 1940, ainda jovem, e permanece até quase o final de sua vida. Segundo Raibrito, o seu interesse para a pesquisa histórica começou quando foi fazer o treinamento para a admissão como Agente de Estatística, em Natal, no ano de 1941/42, e teve que preencher dados sobre a história sócio-econômica de sua terra natal. Aquilo o levou a iniciar as suas anotações para o futuro. Essas anotações viriam a se tornar, mas tarde, no seu primeiro livro, “Caraúbas Centenária”, publicado em 1959. Um pesquisador incansável, que sem qualquer ajuda de governo, instituições ou pessoas organizou um arquivo fabuloso com mais de quinze mil biografias de tantos quantos têm ou tiveram alguma influência em Mossoró e região. Mossoró inteira, estudantes, jornalistas e pesquisadores, recorriam diariamente a sua casa, a casa de número 23 da rua Henry Koster, em busca de informações. Raimundo Brito, o intelectual, era um homem simples que se orgulha de poder ajudar a todos que o procuram. Como pesquisador e historiador publicou mais de quarenta títulos pela Coleção Mossoroense, sobre temas de versam principalmente sobre Mossoró e o Oeste Potiguar. Como disse certa vez o saudoso mestre Vingt-um Rosado, "Os seus livros e as suas plaquetes permanecerão, através do tempo, como uma contribuição extraordinárias ao conhecimento da gente e da terra do oeste potiguar". A sua dedicação pela história de Mossoró lhe rendeu frutos nos últimos anos de vida. Foi destacado em 1995 com o título de “Doutor Honoris Causa” pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN e agraciado com o diploma “Amigo da Cultura”.  Foi presidente da Academia de Letras de Mossoró (AMOL), sócio fundador da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço (SBEC), sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte (IHGRN) e sócio efetivo do Instituto Cultural do Oeste Potiguar (ICOP). Raimundo Brito era um homem de memória privilegiada. Era testemunha ocular da nossa história, viu e vivenciou fatos importantes da história potiguar. Uma conversa informal com Raibrito, se constituía numa verdadeira aula de conhecimentos gerais, principalmente no que dizia respeito a região do Oeste potiguar. Mas Raimundo, aos 86 anos de idade e doente, era um homem solitário, já que havia perdido sua companheira, Dona Dinorá, em 1º de agosto de 2004, e sua única filha morava em Brasília. Não tinha mais como permanecer em Mossoró. Foi levado para Natal, por um sobrinho, que cuidou dele até o final de seus dias. Raimundo Soares de Brito faleceu em Natal, em 27 de novembro de 2012, aos 92 anos de idade, deixando um legado de conhecimentos para o povo potiguar através de seus livros e inúmeros artigos publicados em jornais e revistas, além da sua fabulosa hemeroteca. A Academia Mossoroense de Letras – AMOL preparou toda uma homenagem para ser feita na data do seu centenário, mas por causa das medidas de proteção contra o coronavirus teve que cancelar. Sua memória, no entanto, permanece imortalizada no coração de todos que tiveram o privilégio da sua convivência.


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