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terça-feira, 22 de outubro de 2013

Imagem Bonita e Representativa de um Brasil que é Diverso...

Por: Vagner Ribeiro
Vagner Ribeiro no Cariri Cangaço 2013; Vila do Tipi em Aurora

Caro Manoel Severo, o Cariri Cangaço foi como uma injeção de ânimo na minha nordestinidade. Que honra! A convivência com autoridades como Dr. Antônio Amaury, Luitgarde Barros, Leandro Cardoso, Sousa Neto, dentre tantos outros. Gente pesquisando, produzindo e divulgando toda essa riqueza. Patrimônio material e imaterial que nos apontam um sentido a continuar na busca de nossas raízes. São memórias que compõem a história e nos marcam numa identidade cultural tão necessária a cada comunidade brasileira neste começo de século XXI. Gostei muito da forma democrática com que o Cariri Cangaço abraçou opiniões diferenciadas de pesquisadores de todas as regiões brasileiras. Imagem bonita e representativa de um Brasil que é diverso e ao mesmo tempo familiar.

Vagner Ribeiro na Fazenda Timbauba em Barro, Cariri Cangaço 2013  

Fiquei especialmente interessado em pesquisar a história de Pe. Ibiapina. Ele tem significativa passagem aqui pelo Piauí. Uma obra a ser reconhecida. Isso sem esquecer que minha família, por parte de pai e mãe, é Ibiapina. Somos frutos da Serra da Ibiapaba, que liga o Ceará com o Piauí. Estamos em casa... Vida longa ao Cariri Cangaço. Parabéns!



Atenciosamente,

Vagner Ribeiro

Grupo Valor de Pi

vagner.valordepi@yahoo.com.br


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Como conseguir ver os artigos não lidos do mês de Outubro

Como o nosso blog está cheio de problemas, e para o leitor conseguir ler artigos do mês de Outubro que não os  leu ainda, porque  desapareceram da página principal, na coluna ao lado esquerdo do blog, já no final, tem: "ARQUIVO DO BLOG", e lá, você encontrará todos os textos publicados deste mês de Outubro, e não é difícil encontrá-los. Basta clicar.
Desculpa-nos amigo leitor, a falha não é nossa.

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A Vida é a Arte do Encontro



Por Mabell Sales
Ingrid Rebouças, Noa Colman, Mabell Sales, Antonio Amaury e Sarinha

Como dizia Vinicius de Morais, “a vida é a arte do encontro, apesar dos seus desencontros”.  E nada se compara a sensação de encontrar com alguém que amamos, sabe o chamado primeiro encontro? Aquele que você se ajeita todo, põe a melhor roupa, o melhor perfume, enche o sorriso de luz e começa logo a bater aquela ansiedade, aquele frio na barriga.  Foi assim que me senti ao reencontrá-los. Era uma “felicidade menina” igual a que o nosso querido Mestre Alcino emanava quando nos encontrava.  

Ingrid Pinto, Paulo Gastão e Mabell Sales, Cariri Cangaço de 2009

E Como é bom rever a família, dar aquele abraço apertado cheio de saudade. Foi revigorante passar essa semana de Cariri Cangaço com todos vocês, perceber que nossa família a cada ano que passa aumenta mais. Foram dias cheios de aventuras, regados a muito sol e calor humano, mas principalmente muito aprendizado.

Não tenho palavras para agradecer pelo carinho, atenção, pela paciência de sempre, desprendida por todos vocês. Espero que nosso reencontro não tarde, e mesmo que isso aconteça, quero e peço que não esqueçam que há laços feitos nos caminhos da vida que nunca se desfazem e, o nosso... eu dei um nó, só por garantia. Um grande abraço de amor em todos vocês e fiquem certos que já já nos encontraremos novamente.

Mabell Sales
Organização do Cariri Cangaço
Crato, Ceará

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Mossoró e suas Bandas de Músicas - 06 de Outubro de 2013

Por: Geraldo Maia do Nascimento


Instrumentistas se reunir para tocar em bando é uma prática antiga e corriqueira. Digo isso literalmente, pois desde a antiguidade grupos instrumentais acompanhavam as tropas em campanha para levantar-lhes o moral. A prática de grupos se apresentarem com nome de “banda”, parece ter surgido na França, mais precisamente em Paris, logo depois da queda da Bastilha (1789). Segundo os pesquisadores, era com esse termo que os parisienses se referiam aos bandos de “rapazes alegres” que se tornaram populares na região.

A banda, tal qual conhecemos hoje, teve este nome adotado na Itália. Foi dado o nome aos grupos militares compostos de instrumentos de sopro e percussão, que juntamente com a bandeira nacional, marchava à frente dos exércitos, conduzindo os mesmos ao local desejado.

Quando D. João VI chegou ao Brasil (1808), trouxe uma banda em seu séquito, o que modificou a música no Brasil. Como um país católico, ligado ao romanismo português e em pleno apogeu do Barroco, a música aqui executada era de caráter religioso como “Antífona”, “Te Deum”, “Ave Maria”, “Ladainha”, etc. Havia até, nas importantes igrejas, o “Mestre Capela”, que era uma espécie de coordenador e regente, além de compositor encarregado da música nas cerimônias religiosas.

Foi através da Igreja que a música chegou a Mossoró. Consta que o Vigário Antônio Joaquim, desejoso de ter um conjunto vocal e orquestral que o ajudasse, por ocasião das funções litúrgicas da Igreja Matriz de Santa Luzia, fez vir da Bahia o barítono João Lopes Bastos, exímio tocador de violoncelo, que também exercia, com igual êxito, a profissão de marceneiro, como nos informa a musicista D’Alva Stella Nogueira Freire em seu livro “A História da Arte Musical em Mossoró” – Coleção Mossoroense, série B, nº 40, editado em 1957 pela Editora Comercial S/A.

Ao chegar a Mossoró, João Lopes instalou-se como marceneiro na cidade, sendo ele o responsável pela confecção das portas da nossa Matriz, hoje Catedral de Santa Luzia. No mesmo período João Lopes organizou um coral masculino, que ele próprio dirigia, e que era acompanhado por seu conjunto orquestral.

Encontramos no Boletim Bibliográfico da Biblioteca Pública de Mossoró, editado em junho de 1954, referências a João Lopes: “João Lopes Bastos foi diretor de uma Banda de Música em 1859. Nessa banda Joca Soares era clarinete, Xico Lopes, clarinete, Francisco Gamelo, baixo e José Piston, piston, como informou Romão Filgueira”. Mas tudo leva a crer que essa banda referida no Boletim Bibliográfico, não passava da orquestra que ele organizou e dirigiu por muito tempo, a serviço do Vigário Antônio Joaquim.

Em 1865 por aqui chegou um pernambucano, Justino de Tal, que se instalou no Centro da Cidade com uma casa de jogos de diversão, para os quais cobrava entrada, e cuja prática era acompanhada por números musicais. Tocando alguns instrumentos de sopro, tentou organizar uma Banda de Música com os discípulos que lhe ocorriam, pela frequência dos jogos, mas essa banda teve curta duração. Ao que parece, essa foi à primeira iniciativa do gênero.

Por volta de 1870/72 José Lopes Bastos, que era filho de João Lopes Bastos, organizou sua Banda de Música, que era composta de 15 a 20 figuras. Confirma essa informação o escritor Raimundo Nonato da Silva em seu livro “A Charanga e a Fênix”. Porém, um fato curioso aconteceu envolvendo esse maestro: durante a comemoração da festa da padroeira Santa Luzia, José Lopes foi convidado para animar os festejos com sua banda. Esse, porém, cobrou a avultada soma de 600$000 por seus serviços musicais, o que não foi aceito pelo pároco, que em seguida convidou o maestro cearense João Venâncio para tal empreitada. Com este vieram os músicos João Marcolino, Clementino Ribeiro e José Augusto Nogueira, que era exímio cantor e pistonista de classe. Consta que esses, ao chegarem a Mossoró, trouxeram um hino de Santa Luzia, cuja letra foi atribuída a João Venâncio, que por muito tempo foi entoado nas procissões. Dizia a letra: “Bendita Luzia/ que no céu estais/ pondo vossos olhos/ nos tristes mortais”. Infelizmente esse hino não consta mais do livro de cânticos da festa de Santa Luzia.

Dado o êxito da festa, no tocante à perícia musical dos visitantes, o Vigário convidou o João Venâncio para vir dirigir a banda musical de Santa Luzia, que outra não era senão a de José Lopes, que muito auxiliou e estimulou o mestre cearense.

Continua... 
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Autor:
Jornalista Geraldo Maia do Nascimento

Fonte:
http://www.blogdogemaia.com

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