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quarta-feira, 31 de julho de 2013

(Mossoró, Última Amanhã, 01.08 no Dix-huit-Rosado)

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Amigos e Amigas, 

Amanhã dia 01.08 no Teatro Dix-huit Rosado as 21hs, Khrystal e sua banda, cortam o Estado e aportam em Mossoró para Lançar seu CD DOIS TEMPOS, disco elogiado pela critica local e Nacional,  também citado como um dos MELHORES LANÇAMENTOS de 2012, por Blog de Referência Nacional.

Vamos divulgar, INDICAR a um amigo e torcer pelo sucesso da empreitada. Conto pt vocês. 

Grato - Zé Dias

Enviado pelo professor e pesquisador do cangaço:
 José Romero Araújo Cardoso

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

[Cangaço na Bahia] Uma radiografia de Lampeão

Por: Rubens Antonio
Foto do perfil de Rubens Antonio

Imagem radiográfica do crânio de Lampeão, exibindo os traumas e fraturas, resultantes das agressões durante o episódio da sua morte em Angicos.



Posição do Dr. Orlins Santana:

"Estudando minuciosamente o angulo de entrada no lado esquerdo do osso frontal do cranio, que é um osso muito compacto e maciço, se vê um túnel de 2 centímetros com angulação de saída que só poderia a vitima estar morta ou deitado sobre o ombro direito. A bala saiu pelo osso parietal direito , na parte superior, explodindo a cúpula calota craniana. Pela radiografia visualiza-se facilmente.

E ainda tem outro orifício circular de entrada no osso temporal esquerdo poucos centímetros acima do ouvido esquerdo. Provocado por arma pequena.Um revólver E está muito circular para a entrada de um craneo esfacelado, indicando quem atirou sabia que o cranio ainda não tinha recebido tiro de fuzil. O osso parietal, é muito fino e desmontado não permite furo circular., de entrada.  Com a palavra todos os peritos do Brasil. Meus 40 anos como cirurgião dentista e entendido em cranio, informo que ele usava duas proteses roachs  de ouro. Uma na arcada superior e uma grande bilateral na arcada inferior. Devem ter sido roubadas após a decapitação.

Atiraram à curta distancia em quem estava deitado dormindo ou já morto, envenenado. Eles, os soldados. não tinham tamanha coragem  para este combate de perto. O relato à mídia da morte de Lampião, na época, foi falso.  E pago com muito ouro e ameaças, ao grupo que atuou em Angicos.

Dr.Orlins Santana de Oliveira Graduado em Odontologia pela Universidade Federal da Bahia em 1972. Um dos assinantes do lado pericial da exumação.da cabeça, na catacumba em Salvador. Responsável pela retirada do crânio de Lampião , do Cemitério da Quinta dos Lázaros e entregue à família , seguindo imediatamente pelas mãos da família para Sergipe.Laudo já publicado em livro de Vera Ferreira, neta Escritora  e pesquisadora do Cangaço" .

A visão deste blog:


O tiro com Lampeão deitado não exclui a possibilidade dele ter recebido este tiro em um segundo momento, após ter recebido algum outro primeiro.

Entretanto, torno pública a manifestação respeitável do Dr. Orlins Santana de Oliveira.
.
Imagem gentilmente cedida por Orlins Santana

Enviado pelo professor e pesquisador do cangaço:
 Rubens Antonio

http://cangaconabahia.blogspot.com

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O fim do rei do cangaço Por Rafael Sancho Carvalho da Silva*

Por: Rafael Sancho Carvalho da Silva*
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Há 70 anos, exatamente no dia 28 de julho de 1938, morreu em Angicos (na fronteira entre Sergipe e Alagoas) o mais famoso cangaceiro que percorreu os sertões do nordeste brasileiro: 


Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião. Sua morte levou o cangaço para um caminho de desarticulação dos bandos ligados ao temido bandoleiro. Após a morte de Virgulino Ferreira, o Estado passou a negociar a rendição de alguns cangaceiros como: reportagem datada de 27/07/2008, sobre o fim do cangaço, de Rafael Sancho Carvalho da silva.

Tenho uma foto com mais nitidez da usada na reportagem e de um ângulo diferente porém datada de 1927 ou seja 10 anos antes se houver interesse. Posso mandar copia por e-mail.

marcoafeitosa@yahoo.com.br

Enviado pelo pesquisador Marcos Antonio Feitosa

http://blogdomendesemendes.blogspot.com 

A PEDRA, O GRÃO, O PÓ... E A VENTANIA (Crônica)

Por: Rangel Alves da Costa(*)
Rangel Alves da Costa

Tudo, mas tudo mesmo, pode ser resumido nestes três elementos: pedra, grão e pó. E a ventania levando o pó para dizer que a pedra, por maior rochedo que tivesse sido, de repente pouca valia terá no destino.

A pedra representa a força, o poder, a dureza, a firmeza. A pedra é sólida, segura, forte. Do mesmo modo é o ser humano nas suas normais capacidades de existência. Tão firme que parece inquebrantável.

O grão, ou a pedra que é quebrada ou partida em pedaços menores, representa a fragilidade, a fraqueza, a inconsistência, a desestabilidade. O grão, fruto daquilo que já foi rochedo, demonstra bem a validade daquela famosa frase: Tudo que é sólido se desmancha no ar.

Igualmente a pedra, de repente o ser humano começa a se fragilizar, a perder sua força e potência, a sentir diminuída sua solidez, para se transformar apenas em pedaços dentro de um mesmo ser. Passa a sentir mais de perto o coração, a mente, o organismo.


O pó, a poeira ou a partícula, representa o resto do resto do resto. O grão, com o passar do tempo, vai se consumindo de tal modo que logo começa a se esfacelar, a perder o resto de suas forças, a não ter forças para manter sobre si aquilo que lhe permite existir. E então será apenas pó.

O ser humano caminha pelo mesmo percurso, eis que possui esse mesmo destino da pedra ao pó. A frase bíblica deixa induvidoso: Tu és pó e ao pó há de retornar. O rochedo, a pedra intacta, nada mais é que um acúmulo de pó sedimentado. Bem assim o homem, um acúmulo de grãos que se diluirão.

O homem é pedra, é forte, é impávido, e tudo suporta nesta condição. Mas o tempo vai corroendo o rochedo, a idade vai desabando a rocha, e não demora muito para que uma junção de pedras frágeis tome o seu corpo. E a corrosão da pedra leva ao desgaste de tudo, até que o que resta do corpo se transforme em pó.

O pó, pois, é a metáfora de muito que há na vida: o resto, o nada, o adeus, a fragilidade absoluta, a partida, o voo forçado, a despedida, a morte, a submissão ao querer daquilo que nenhum valor havia sido dado noutros tempos, quando ainda era rochedo: a ventania.

A ventania, neste percurso da pedra ao grão, passa a significar a força oculta, a energia do relegado, o que se manteve em silêncio até o momento do grito. A pedra pouca importância dava à sua existência, mas ela, a ventania, continuava passando e sentindo sua aspereza.

A pedra, certamente por se achar indestrutível, nem percebia que a ventania levava minúsculos grãos toda vez que por ali passava. Ao ser quebrada, repartida, fragilizada, sentiu que a ventania se transformava em poeira depois de cada passagem. E  que o tempo se encarregaria de entregar ao seu sopro aquilo que restou de cada grão.

Urge indagar: quem é mais forte, quem tem mais poder, quem é mais consistente, será o rochedo ou a ventania? Ou de outra forma perguntar: a pedra bruta não é infinitamente mais presente e poderosa que o vento? Alguém poderia dizer que a pedra possui existência, enquanto a ventania é apenas aparentemente percebida.


Neste caso, logicamente que a pedra seria muito mais forte e poderosa que qualquer ventania ou vendaval. Ainda que a força do vento chegue destruidora e vá arrastando a pedra para longe, ainda assim esta terá a mesma força e aparência onde for deixada.

Contudo, ouso afirmar que as forças e as fragilidades são iguais. Nem a pedra supera a ventania nem a ventania se sobrepõe ao rochedo. E é muito simples explicar. A ventania some no horizonte e num caminho que não haverá mais volta, e levando consigo o último pó daquilo que um dia foi rochedo.

E ali também o pó do homem. Não aquele que jaz sob a terra, assim transformado de seu rochedo, mas como metáfora de sua extrema fragilidade, de sua força de pluma em meio a todas as forças. Principalmente as forças do tempo, da idade, dos limites da vida.

E também o frágil peso do ser diante da Criação. Pois tudo infinitamente pó. Tudo eternamente na poeira do que passou. E tudo passa, tudo se transforma, do tudo ao nada.

(*) Meu nome é Rangel Alves da Costa, nascido no sertão sergipano do São Francisco, no município de Poço Redondo. Sou formado em Direito pela UFS e advogado inscrito na OAB/SE, da qual fui membro da Comissão de Direitos Humanos. Estudei também História na UFS e Jornalismo pela UNIT, cursos que não cheguei a concluir. Sou autor dos seguintes livros: romances em "Ilha das Flores" e "Evangelho Segundo a Solidão"; crônicas em "Crônicas Sertanejas" e "O Livro das Palavras Tristes"; contos em "Três Contos de Avoar" e "A Solidão e a Árvore e outros contos"; poesias em "Todo Inverso", "Poesia Artesã" e "Já Outono"; e ainda de "Estudos Para Cordel - prosa rimada sobre a vida do cordel", "Da Arte da Sobrevivência no Sertão - Palavras do Velho" e "Poço Redondo - Relatos Sobre o Refúgio do Sol". Outros livros já estão prontos para publicação. Escritório do autor: Av. Carlos Burlamaqui, nº 328, Centro, CEP 49010-660, Aracaju/SE.

Poeta e cronista
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O cangaceiro Volta Seca

Por: Luís Antônio Barreto

São desencontradas as informações sobre Volta Seca, cangaceiro sergipano e um dos mais conhecidos e destacados cabras do bando de Lampeão.

Em 29 de abril de 1929, quando assistiu missa em Poço Redondo, com seus “rapazes,” o próprio Virgulino Ferreira da Silva entrega ao padre Artur Passos, então vigário de Porto da Folha, uma folha de papel pautado, escrita a lápis, com os nomes, os apelidos e as idades dos integrantes do seu grupo de dez cangaceiros.

No precioso papel, que é documento daquela que pode ser considerada a primeira entrada de Lampeão em Sergipe, o último a ser citado, com o nome de Antonio Alves de Souza, e a idade de 18 anos, com a observação “menino,” e tem o apelido de Volta Seca.

Sergipano de Itabaiana, filho de Manuel Antônio dos Santos e Arminda Maria dos Santos, era o 6º dos 13 filhos do casal, nascera em 18 de março de 1918. Volta Seca havia se juntado ao bando de Lampião em 1929, aos 11 anos, e não era a primeira criança a ser aceita no bando: Beija-Flor, Deus-te-Guie, José Roque e Rouxinho. Essas crianças eram utilizadas na lavagem dos cavalos, no carregamento de água, na arrumação e assepsia de pousos e acampamentos, e foram muitas vezes usadas nos serviços de espionagem. Portanto, a sua passagem pelo cangaço foi rápida, não mais de 4 anos.

Volta Seca saiu pelo mundo devido aos maus tratos da madrasta, pessoa violenta que espancava constantemente os enteados. Percorreu sozinho, os sertões de Sergipe e Bahia, até encontrar Lampião em Goroso, no município de Bom Conselho. Em entrevista concedida ao jornalista Joel Silveira, em março de 1944, na Penitenciária da Feira do Cortume, situado na Baixa do Fiscal, Volta Seca diz que no princípio apanhava quase que diariamente de Lampião e outros cabras do grupo. Mas depois endureceu o cangote e o “primeiro que me apareceu com ares de pai, recebi com a mão no rifle.”

Por ser menor, Volta Seca teve que aguardar a maioridade, 21 anos para ir a julgamento. Transferido para Queimadas (BA), a fim de responder por crimes do banco naquele local. Condenado a 145 anos de cadeia, no primeiro julgamento, Volta Seca teve a pena reduzida para 30 anos de reclusão. Mais tarde, o processo foi revisto e a pena reduzida para 20 anos. Em 1954, Volta Seca foi perdoado pelo presidente Getúlio Vargas.

Em liberdade, analfabeto e um homem marcado pela sociedade vii-se diante de um grande desafio. Casou-se e foi morar no Nordeste, quando recebe um convite para morar em São Paulo, do cineasta e diretor Lima Barreto, para assistir e criticar o filme, O Cangaceiro (1953), mediante uma gratificação. O ex-cangaceiro condenou a cena em que Lampião chicoteia um cabra na cara. Diz que nos sertões, não se faz isso com homem, se mata, pois cara de homem no Nordeste é sagrada. Graças às novas amizades conseguiu emprego na Estrada de ferro Leopoldina, onde trabalhou por vários anos.

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