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sábado, 12 de abril de 2025

CRISTO EM NÓS -SEMPRE

 Por Elder Heronildes e Zélia Macêdo


Por que não sermos o altar de Jesus Cristo, hoje, amanhã e sempre?

Não somente no Natal, mas permanentemente, com serena e inquebrantável vocação e de grandeza na humildade, mesmo parecendo um paradoxo, sem ser.

Uma palavra em latim, chama a atenção: Christianus alter christus, ou seja: “o cristão é um outro Jesus Cristo.”


Não quer isso afirmar que somos imaculados, divinos, infinitos, embora possamos sê-lo, através de um lento, persistente e caridosamente pelo envolvimento na integralidade do seu amor, numa nova vida.

Somos Nele, por Ele, na vida que a Ele dedicarmos, conduzindo, em todos os instantes e momentos, através do comportamento, da caridade, do amor ao próximo, atendendo os aflitos e pondo amor em todas as nossas ações, todos os dias, não só hoje.

E quanto mais for esse amor, quanto mais pesada forem os nossos deveres cristãos, quanto mais pesada as cruzes carregadas, visando o bem do próximo, com maior contundência, de maneira marcante, será  a sua presença em nós, daí fazer sentido aquelas palavras latinas, pois ele está em cada um que com resignação conduzir em seus ombros, sentir  em suas carnes, material e espiritualmente, o peso das suas cicatrizes, ou feridas abertas pelo esforço desenvolvido.

Poder-se-á dizer, não só no Natal, mas todos os dias, que é chegado o momento propício, para uma passagem de vida interior do ser humano. E isso, é na realidade, quando se concretiza e se pratica o envolvimento integral, uma verdadeira passagem, numa transcendentalidade que vai do finito ao infinito das nossas células mais íntimas, por força da intensidade do amor, nascido de um Ser que, com a sua presença, divinizou o humano, através de um sopro de Luz, que emergiu de um simples berço de palha.

Foi ali o nascimento e o caminho da paz através do amor absoluto, gerador da própria salvação de todos, num só, permitindo, pela bondade infinita, pela entrega total, que aquela Luz não se tornasse estática, mas resplandecente e contínua, pois representativa de um novo amor, de uma nova esperança, de um novo sentimento salvifico que se completará através dos tempos, pela força do espírito, incrustada no ser humano, por obra e graça de um Ser com força Divinal, vindo à lembrança, mais uma vez, àquelas palavras latinas, pois. Jesus Cristo se completa em nós.

Façamos em nós, então, como parte integrativa desse todo escolhido pela força divinal de um menino de Luz, o instrumento concreto do amor, da paz, da harmonia, numa transposição espiritual, sempre em seu nome, do bem presente para o bem futuro, fazendo com que o brilho e as vibrações benéficas emanadas do coração, que se formaram antes, se constituam num caminho de bondade, pelo amor recíproco, inspiração maior daquela Luz, a Luz de um menino, numa manjedoura, que espargindo um brilho incomum deu vida e sentido à própria humanidade.

E dentro dessa atmosfera de iluminação, de nascimento, de amor e de sublimação da vida, que nos foi legada na Cruz por aquele que se fez homem para redimir a todos, com o seu sagrado sangue, é que, olhando um para o outro num simples toque de mãos, expressemos os nossos desejos de que a felicidade natalina, e o ano que se aproxima, não sejam apenas frivolidades festivas, ou uma simples mudança no calendário, mas a representatividade humana da própria vida, iluminada, por Aquele que fez dela o instrumento maior do seu amor.
Mossoró,  dezembro de 2016

Elder Heronildes e Zélia Macêdo

Enviado pelo saudoso professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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AS LAGOAS

 Clerisvaldo B. Chagas, 11 de abril de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.224

ZABUMBA NAS RUAS DE SANTANA (FOTO: JEANE CHAGAS)

Estamos trabalhando no Projeto O FANTÁSTICO MUNDO SANTANENSE RURAL, em livro e em filmagem. Uma parceria com o cineasta Samuel Fernando e que poderá resultar em ganhos culturais extraordinários para Santana do Ipanema, Alagoas e Brasil. Um feito inédito em nosso país, em termos de municípios. Devido a isso os espaços para crônicas diárias estão sendo reduzidos. Mas, baseado nos deveres de casa, resolvemos dar uma palhinha falando sobre as lagoas do nosso território sertanejo. As lagoas sertanejas, porém, sempre funcionaram como pontos fundamentais de referências no semiárido. Suas denominações vêm dos primórdios e hoje, extintas ou não extintas, continuam sendo pontos de referências com nome de sítios rurais (menores porções político/territorial).

Assim temos em nosso município os seguintes sítios com nomes de lagoas: Lagoa Bonita, Do Pedro, De Dentro, Do Garrote, Do João Gomes, Dos Morais, Da Pedra, Redonda, Torta e Da Volta. A Lagoa Bonita, por exemplo, é Ponto Extremo Oeste de Santana; a Lagoa da Pedra abrigou os primórdios da família CHAGAS. Mas falta a Lagoa do Mijo, citada no documento mais antigo que se conhece sobre Santana do Ipanema. As lagoas, acumulam águas pluviais, muitas se tornam minações permanentes, permitem o plantio do arroz, o pasto verde para os rebanhos, abastecimentos domésticos de água, bebedouro para o gado e cooperação para melhor temperatura nos arredores, além matar a sede de animais selvagens. Não é à toa que “o capim da lagoa o veado comeu”.

Ao se comprar uma propriedade rural no semiárido, existe sempre uma satisfação a mais, quando pelas sua terras passa um riacho ou tem uma várzea, uma lagoa. Todos almejam um lugar ou um trecho de umidade que funciona como refrigério para os animais do criatório. Interessante na zona rural: O sítio Lagoa do João Gomes, em Santana, é assim conhecido e famoso, mas na verdade, são três lagoas perto uma das outras, mas continua sendo chamada pelos seus habitantes, no singular. Já contemplamos numa certa lagoa, algumas cacimbas de minação, ao lado de terreno mais duro dentro da própria lagoa utilizado em corridas de cavalos.



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MARIA BONITA: A RAINHA DO CANGAÇO

Por Robério Santos

Muito antes de estar ao lado de Lampião, Maria Gomes de Oliveira era uma mulher inquieta no sertão da Bahia. Em 1930, largou tudo para viver no bando do cangaço — e se tornou a primeira mulher a integrar oficialmente o grupo.

Corajosa, decidida e temida, Maria Bonita rompeu padrões e se fez lenda. Ao lado de Lampião, viveu uma vida de fuga, paixão e resistência. Seu nome ainda ecoa pelos sertões como símbolo da força feminina em tempos brutos.

Ela não seguiu a história. Ela a escreveu.

Morreu ao lado de Lampião no dia 28 de julho de 1938 na grota do Angico, na época pertencente a Porto da Folha-SE

https://www.instagram.com/lh_orestaurador/p/DIWH8ETu4Pu/?img_index=1

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ERONIDES DE CARVALHO

 Por Robério Santos

Foto inédita do ex-interventor de Sergipe, Eronides de Carvalho. Sabemos que foi ele quem fez as fotografias do grupo de Lampião em Jaramataia, no ano de 1929. Muitas pessoas só citam Benjamin Abrahão, mas esquece deste ícone de nossa história. 

Fotografia incrível que me foi doada por Emanuel Araújo @ema.nuel1510 .

 Conheciam?

https://www.instagram.com/ocangaconaliteratura/p/DGdPLUxR0EM/

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AS QUATRO VIDAS DE VOLTA SECA

 Por Robério Santos

MAIS UMA VIDA PARA VOLTA SECA Sem Dúvidas o livro 'As Quatro Vidas de Volta Seca' já é um sucesso. A terceira edição em menos de três anos é de uma alegria muito grande para qualquer escritor. Os seguidores do canal no Youtube 'O Cangaço na Literatura' vem pedindo uma nova remessa, já que estão ávidos por leitura após se deliciarem com o novo livro 'Zé Baiano'. Por isso este livro é dedicado a todos vocês que nos ajudam no crescimento cultural de nosso Nordeste.

https://livralivro.com.br/livro/as-quatro-vidas-de-volta-seca/693902.html

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CANGAÇO – LIVROS À VENDA. Contato com Rangel pelo Cel/Whats (79) 99830-5644.

 Por Rangel Alves da Costa

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EM 10 DE ABRIL DE 1998

Por Relembrando Mossoró

Uma das maiores celebridades da política do Estado do Rio Grande do Norte, o ex-governador Tarcísio de Vasconcelos Maia falecia no Hospital Bom Samaritano no Rio de Janeiro, com suspeita de embolia pulmonar, mas sua morte foi provocada por parada cardíaca. O seu corpo foi velado no Rio de Janeiro, em uma das capelas do Cemitério São João Batista, onde seu corpo foi sepultado por parentes e amigos, com a bandeira do Estado do Rio Grande do Norte sobre o caixão. Antes do corpo descer a sepultura foi celebrada uma missa de corpo presente, pelo saudoso arcebispo do Rio de Janeiro, o potiguar Dom Eugênio Sales.

Tarcísio Maia nasceu há 26 de agosto de 1916, no município de Catolé do Rocha, Estado da Paraíba; filho de seu João Agripino Maia e dona Angelina Mariz Maia. Veio para o município de Mossoró ainda menino, iniciando seus estudos no Colégio Diocesano Santa Luzia, nesta cidade. Ele era o dono da Fazenda São João, neste município.

Foi Secretário de Educação e Cultura, entre 1956 a 1958, na gestão do Governador Dinarte Mariz; deputado federal, pela UDN, em 1958; professor da Escola Normal de Mossoró; presidente da Companhia Nacional de Álcalis do Cabo, no Rio de Janeiro, 1979-1985; era licenciado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Bahia, em 1939; Presidente do IPASE. Na política teve o maior destaque, como deputado federal, em três legislaturas, na década de 1950 e 1960; pelas mãos da Ditadura Militar, conseguiu chegar ao Governo do Estado do Rio Grande do Norte, como governador no período de 1975 a 1979. Era matrimoniado com dona Teresa Maia e dessa união nasceu três filhos: José Agripino Maia, Otto Agripino Maia e Ana Sílvia Maia.

Ele foi quem implantou um complexo de comunicação no Estado, sendo o proprietário da TV Tropical, afiliada à Rede Record de Televisão e também implantou oito rádios, em vários municípios do Rio Grande do Norte, entre eles: Natal, Mossoró, Caicó, Currais Novos, Macau, Pau dos Ferros e Nova Cruz. Foi durante o seu governo que a região oeste deu um grande salto para o futuro, grandes obras foi feita durante sua gestão, destacamos a estrada, que liga Mossoró ao Alto Oeste do Estado e na educação foi construído o Centro Educacional Jerônimo Rosado, uma das maiores escolas do nordeste. Ele tinha uma grande paixão pela agricultura, sendo um dos sócios fundadores da Mossoró Agro-Industrial S/A – MAISA.

Em sua homenagem foi colocado o seu nome no Hospital Regional de Mossoró; também seu nome foi lembrado na Unidade de Pronto Atendimento – UPA, construído no bairro Alto de São Manoel, Mossoró.

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LUIZ COLOMBO FERREIRA PINTO NETO

Por Relembrando Mossoró

EM 12 DE ABRIL DE 2011 – A cidade de Mossoró e o Estado do Rio Grande do Norte perdem um grande homem público, um admirável cidadão e um empresário, o então vice-prefeito Luiz Colombo Ferreira Pinto Neto, de insuficiência respiratória; há anos lutava contra um câncer que o atormentava.

O mesmo nasceu na cidade de Mossoró-RN, no dia 04 de novembro de 1939; era filho de Jorge de Albuquerque Pinto (ex-prefeito de Mossoró) e de dona Macrina Queiroz Pinto. Foi vice-prefeito de Mossoró na histórica campanha de 1988 ao lado de Rosalba Ciarlini Rosado, vindo assumir a prefeitura pela primeira vez no dia 21 de junho de 1989, quando a prefeita Rosalba Ciarlini viajou a trabalho, ficando ele no cargo até o final de junho, mas antes de encerrar o mandato, o mesmo disputou a prefeitura contra Jerônimo Dix-huit Rosado Maia, no ano de 1993, mas não obteve bom resultado, obteve 32.795 votos. Em 2000 disputou sem sucesso também uma vaga na Câmara Municipal. Como empresário era proprietário do Cine Pax, que perdurou até 2008. Foi em décadas passada um dos principais incentivadores da instalação de um cinema em Mossoró. O seu corpo foi velado na Capela de São Vicente, na Avenida Alberto Maranhão, e foi sepultamento no Cemitério São Sebastião. A prefeita Maria de Fátima Rosado decretou luto oficial por três dias, no município de Mossoró. Luiz Pinto era casado com dona Maria Silmar Mendes Pinto.

Em sua homenagem a Câmara Municipal de Mossoró denominou uma artéria que fica no Distrito Industrial de Mossoró, de Avenida Luiz Colombo Ferreira Pinto, bairro Santa Júlia, através da Lei N° 2.969 de 06 de dezembro de 2012, da autoria do então vereador Ricardo Nogueira.

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USEI A IA PARA FAZER UM EXERCÍCIO.

Por Robério Santos

Usei a IA para fazer um exercício. Não confundam com fake news. Vamos lá: na primeira imagem temos Francelina Pereira de Sousa, irmã da cangaceira Lídia. Dizem os mais velhos que as duas se pareciam.

Só que a imagem de Francelina está mais envelhecida do que quando Lídia morreu, por volta dos 16 ou 17 anos. Usei uma imagem de Sila, de 1936, como base — pedi para trocar os rostos e rejuvenescer para 17 anos.

Se Francelina realmente se parecia com Lídia, a última imagem seria mais ou menos como a esposa de Zé Baiano aparentava (não exatamente).

Gostaram?

Qual exercício vocês gostariam que fizéssemos?

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sexta-feira, 11 de abril de 2025

LAMPIÃO ERA AMIGO DOS CORONÉIS? #CANGAÇO #LAMPIÃO

 Por Aderbal Nogueira

https://www.youtube.com/watch?v=DBjp_a86VLM

Nesse vídeo, a polêmica sobre Lampião ser amigo ou não dos coronéis e também sobre o tiro que Maria levou em Serrinha do Catimbau. Para participar da Expedição Rota do Cangaço entre em contato pelo e-mail: narotadocangaco@gmail.com Seja membro deste canal e ganhe benefícios:    / @cangacoaderbalnogueira   Parcerias: narotadocangaco@gmail.com

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A MORTE DE LEVINO

Por Helton Araújo

 Pessoal vamos lá assistir e ajudar o canal.

Clica no link para isso.

https://www.facebook.com/groups/179428208932798

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LAMP...

Por Helton Araújo

Após a morte de Lampião na grota do Angico, em 28 de julho de 1938, vários cangaceiros passaram a se entregar. Nesse contexto, muitos deles começaram a ajudar as forças volantes, fornecendo informações sobre os ex-companheiros de armas e os coitos. Na imagem, vemos, montados da esquerda para a direita, o cabo Besouro e o cangaceiro Criança.

O que vocês acham dessa ação dos cangaceiros que se entregaram?
Ajude a página seguindo-nos, aproveite e inscreva-se em nosso canal no YouTube; o link está logo abaixo. Desde já, agradeço e que Deus os abençoe.

https://www.facebook.com/groups/179428208932798

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quinta-feira, 10 de abril de 2025

VINGANÇA NÃO !

 Por Francisco Frassales Cartaxo

Chico Pereira

Em crônica anterior, falei do padre Francisco Pereira Nóbrega e hoje escrevo sobre o livro “Vingança, não - Depoimento sobre Chico Pereira e cangaceiros do Nordeste”. Não se trata de livro de história nem de memória. Tampouco é romance ou novela, embora o autor tenha lançado mão de recursos ficcionais, a exemplo de recriação de monólogos para imprimir lógica ao fluxo narrativo e torná-lo verossímil.

O foco do livro é conhecido.  Chico Pereira entra no crime para vingar a morte do pai, João Pereira, comerciante, proprietário rural e político em Sousa, com atuação no distrito de Nazaré e em São Gonçalo.  O filho prendeu e entregou à polícia o executor da morte do pai, mas com pouco tempo o viu impune, andando livre pelas ruas, em feiras e festas. Um acinte. Depois de muita tocaia, “Zé Dias foi achado morto no meio da estrada. Estendido no chão. Só ele e a morte. E ninguém mais por testemunha”, escreve padre Pereira.

Francisco Frassales Cartaxo

A partir daí, desencadeia-se o processo de formação de bando de cangaceiros. Chico Pereira planeja assaltar Sousa, ajudado por Lampião, que manda dois irmãos, Antonio e Livino Ferreira, dividir o comando das operações. Em 27 de julho de 1924, à frente de 84 homens, o grupo invade Sousa. Houve saques, cenas de humilhação do juiz de direito e outros fatos narrados com sutileza para não reabrir feridas, penso. O livro repassa, também, episódios que envolvem padre Cícero Romão Batista, políticos paraibanos e o advogado Café Filho; fugas, esconderijos, a morte vestida de cobra venenosa; o descumprimento de acordos com autoridades, a prisão sem resistência em Cajazeiras, em plena Festa da Padroeira, e levado para a cadeia de Pombal. A viagem para a morte na estrada de Currais Novos, nas mãos da polícia, na madrugada de 28 de outubro de 1928. Tudo isso Francisco Pereira Nóbrega narra em 20 capítulos, afora nota explicativa, uma foto e um croquis das andanças do pai em terras da Paraíba, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

Quarenta e cinco anos depois de publicada, a obra virou peça de teatro e já poderia ter-se tornado filme. É livro perene, um depoimento original, nascido de dentro para fora. Explico. Centenas de livros versam acerca do cangaço, escritos por sociólogos, memorialistas, historiadores, jornalistas, enfim, estudiosos, mas poucos existem como “Vingança, não”. O autor não vivenciou a maioria dos fatos narrados. Ouviu-os da boca de parentes e amigos. Cresceu a escutar as versões familiares. Não se contentou com isso, porém, e durante dois anos checou datas, nomes, lugares e episódios em consultas a processos judiciais, testemunhas e jornais da época.

Local da morte de Chico Pereira

O livro encerra aspectos relevantes para as pesquisas históricas, sociológicas e políticas da fase final da República Velha, auge do coronelismo, o intricado sistema de relações de poder que nascia no interior dos municípios, propagava-se pelas capitais dos estados e chegava ao centro das decisões políticas e administrativas do País. Essa teia de relações de poder aparece despida no livro, envolta em simplicidade narrativa de fazer inveja. Como se forma um bando de facínoras? Lá está, passo a passo, sob o influxo das injunções políticas interferindo nas atividades comerciais, envolvendo o judiciário, o aparelho policial, as autoridades do executivo estadual, numa promiscuidade que era a própria essência do poder na Primeira República. 

Nem a religião escapava dessa urdidura. O autor descreve a esperança que era ir a Juazeiro em busca das bençãos do padre Cícero. Pereira Nóbrega produz uma síntese quase perfeita do messianismo e a exploração política que o cerca, ao referir-se ao mandachuva, deputado Floro Bartolomeu: “Sem ser beato nem cangaceiro, será o ângulo onde se encontram ambos. Sobre essa dupla força se firmará para atingir alturas que jamais suspeitou.” Para quem nada era e nada tinha, isso foi tudo. Enfeite de ficcionista? Que nada, realidade pura. 


Floro Bartolomeu e Padre Cícero

Tudo isso está escrito com singeleza, sem rebuscadas técnicas literárias, de permeio com o desenrolar de laço amoroso nascido entre “manso e pacato contratante de cal” e uma menina-moça de 12 anos, órfã de pai, assassinado, que casa por procuração aos 14, e enviúva aos 17 anos, com a herança de três filhos e o estigma de mulher de cangaceiro. “Vingança, não” transpira amor em meio à tragédia sertaneja. 

Esta crônica, publicada no jornal Gazeta do Alto Piranhas, Cajazeiras, nº 325, de 04 a 10/03/2005, foi revisada e ampliada para divulgação no www.cariricangaco.com

P S – Francisco Pereira Nóbrega deixou a batina, casou-se, teve filhos. Fez-se professor, escritor, cronista. Afastou-se do ministério, mas continuou a obra de evangelização. Sua última missão foi dedicar-se ao Catecumenato. Morreu em João Pessoa, em 22 de janeiro de 2007.

Francisco Frassales Cartaxo
Recife - Pernambuco

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RUA DA PRAIA

 Clerisvaldo B. Chagas, 8 de abril de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.223


Mais ou menos na década de 60, havia um enorme areal à margem esquerda do rio, em Santana do Ipanema, mais ou menos do tamanho de um estádio. Ficava exatamente entre o leito propriamente dito e um caminho ladeado com aveloz que ia do prédio da Perfuratriz – final da Rua São Paulo – ao beco de Seu Ermírio à jusante. O terreno repleto de areia grossa, trazida outrora pelas enchentes do rio, pertencia ao considerado “Torcedor Número Um” do time Ipanema, Otávio Marchante. Como há décadas o rio não botava cheia que invadisse o areal da margem, um cidadão chamado Seu Euclides, comprou o terreno a Otávio Marchante saiu construindo casitas pelo caminho citado ao longo do terreno. A fileira de casitas de um lado e do outro para alugar à pobreza, recebeu o nome do próprio dono de RUA DA PRAIA.

Com o tempo ali foi fundada uma associação de moradores, erguida uma igreja e, no lugar da Perfuratriz demolida, uma sede da associação com primeiro andar. No final da Rua da Praia, o filho do Senhor Euclides, Luiz, construiu um pequeno estádio dotando-o do que era possível para o lazer da comunidade. E assim, cerca de sete décadas depois, o rio Ipanema, abusado com tantas construções em seu Leito e no seu afluente, riacho Camoxinga, resolveu tomar o que era seu e saiu fazendo arrasos pelas suas margens urbanas, pintando o sete, mas sem matar ninguém. Agora as ruínas das casas da cheia estão sendo demolidas. Isso evita acidente com desmoronamento, cobras, ratos, baratas, escorpiões e outras mazelas.

E o que nós vimos, através da Internet, é de cortar coração. Uma comunidade inteira teve que se mudar para casas novas em região mais alta. Desde início eu já sabia que o terreno arenoso era do rio. Assim também houve vários desse erro em diversas partes da cidade. A propósito, essa região da margem do Ipanema, faz parte do quase epicentro do meu novo romance AREIA GROSSA, dramas sociais dos anos 60-70, drama social do século XXI. Por esses dias estarei convidando alguns escritores e autoridade para conhecermos o cenário completo inspirador de AREIA GROSSA.



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ESTADUAL.

 Clerisvaldo B. Chagas, 7 de abril de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.222


Poderíamos ter dito no início: “O Colégio Estadual Deraldo Campos, estar localizado além do Aterro. E para quem não sabe, ainda hoje o trecho da antiga rodagem Maceió – Delmiro Gouveia, que passava pela periferia de Santana, foi aterrado, passando a ser sua via-expressa. Do centro para o Colégio era preciso um rodeio grande. Sem rodeio, somente a pé enfrentando uma pinguela sobre o riacho Camoxinga, vizinho ao Estadual. Os tempos mudaram, a região além do Aterro, encheu-se de ruas e mais ruas e, após uma laje colocada no riacho substituindo a pinguela de coqueiro, na gestão Genival Tenório, eis que o saudoso prefeito Isnaldo Bulhões, construiu uma ponte de verdade. Com o complemento do viaduto no Aterro, construído pelo gestor Paulo Ferreira, o Comércio foi ligado dignamente ao Colégio Estadual já com o nome de Prof. Mileno Ferreira da Silva.

O Colégio Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva e o seu entorno, estão situados sobre a foz entulhada do riacho Camoxinga que depois do entulhamento, procurou um desvio para chegar ao seu coletor, o rio Ipanema. A rua do Estadual e a rua, imediatamente por trás do Estadual, limitam o aterramento da antiga foz do riacho Camoxinga. (Tese geográfica, nossa). Os primeiros conhecimentos que tivemos da região foi como antiga estrada para a serra do Poço por ande trafegavam com animais de cargas, os primeiros habitantes da serra. Havia no centro do entulhamento que formou uma pequena planície de aluvião, a casa de fazenda do senhor Frederico Rocha que foi interventor municipal em Santana no ano de 1930 e que construiu a segunda praça de Santana, defronte a Matriz de Senhora Santa Ana e que levou o título de Praça Coronel Manoel Rodrigues da Rocha.

Na frente da casa branca de fazenda do senhor Frederico, chamava atenção um belíssimo “pé de príncipe” e que enfeitava a entrada da casa. O Exército comprou a fazenda, demoliu tudo e construiu o quartel que logo ficou ocioso e foi ocupado pela escola do estado. Nos bastidores se dizia que o lugar da construção, estava estrategicamente errado. Mas graças a Deus no lugar errado, o Colégio Estadual foi a primeira escola pública de Santana a funcionar com os falados primeiro e segundo graus. (Quinta série em diante).

PONTE DO ETADUAL GESTÃO ISNALDO BULHÕES. LIVRO 230. ANTES, LAJE À GUISA DE PONTE, GESTÃO GENIVAL TENÓRIO. LIVRO 230. ALUNOS VÃO VISITAR O ABRIGO SÃO VICENTE. GESTÃO ESTADUAL B. CHAGAS.



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INACINHO E EU.

Por Geraldo Júnior

É sempre um grande prazer encontrar-se com os velhos e queridos amigos de longa data. Faz alguns anos que não nos víamos pessoalmente, mas a nossa amizade sempre permaneceu viva mesmo à distância. Recentemente tive a honra de participar junto com ele de uma matéria do Jornal O Globo que foi produzida pelo amigo jornalista Élcio Braga, onde foi abordada parte de sua biografia, assim como a história de seus pais, os ex-cangaceiros Moreno e Durvinha, que fizeram parte do bando de Lampião. A história do meu amigo Inácio Carvalho de Oliveira "Inacinho" é simplesmente uma das mais ricas e emocionantes ao que diz respeito aos "filhos do cangaço".

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ANILDOMÁ WILLIANS E EU.

Por Geraldo Júnior

Um reencontro com o amigo Anildomá Willians, diretor do museu do cangaço de Serra Talhada, Pernambuco. O maior e mais completo museu referente ao cangaço de toda a região Nordeste e sem contar que fica situado na cidade natal de Lampião. Indo ao Nordeste... visite o museu. História pura.

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PAULO VIEIRA E EU.

Por Geraldo Júnior

Em companhia do apresentador Paulo Vieira durante as gravações do quadro do Programa AVISA LÁ QUE EU VOU da TV Globo.

Agradeço ao Paulo Vieira pela atenção, receptividade e por toda a sua simplicidade no trato com os seus convidados e auxiliares, assim como à toda a sua equipe de produção e à direção da TV Globo.
Momentos inesquecíveis que ficarão para sempre em minhas lembranças e que muito contribuirão para a divulgação e preservação da história cangaceira nordestina.
Meus agradecimentos.
Atenciosamente:
Geraldo Antônio de Souza Júnior.

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