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sábado, 23 de fevereiro de 2013

AS BELEZAS SUBTERRÂNEAS DE JANDAÍRA – POSSIBILIDADES DE CRIAÇÃO DE UM ROTEIRO TURÍSTICO QUE UNE MAR E SERTÃO

Por: Rostand Medeiros

Fotos – Ricardo Sávio Trigueiro de Morais

Um Roteiro Que Une Mar e Sertão, Sertão e Mar!

Recentemente, a convite do amigo Ricardo Sávio, estivemos revendo as cavernas e a grande área de afloramento de calcário localizado ao norte da área urbana de Jandaíra. Conheço esta região desde 1987 ou 1988 e vale a pena cada retorno para vivenciar esta natureza sertaneja!

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Jandaíra, município localizado na Região do Mato Grande, Rio Grande do Norte, está a cerca de 117 quilômetros da capital potiguar, sendo atravessado pela BR 304, rodovia que liga Natal a regiões de grande e tradicional atratividade turística, tanto a nível regional como nacional, como é o caso da bela praia de Galinhos.

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O município de Jandaíra apresenta diversas áreas com ocorrência de cavidades naturais, sendo que sua caracterização geológica constitui-se pela Formação Jandaíra, Grupo Apodi, correspondendo a uma sequência carbonática que mergulha suavemente em direção à costa atlântica. Essa gênese carbonática, favorece a ocorrência de cavernas, dolinas e ravinas em vários pontos do município, servindo como áreas de pousio e reprodução de aves, répteis e mamíferos, típicos da Caatinga e importantes agentes polinizadores e difusores de sementes deste Bioma.

Afloramento de calcário de Jandaíra
Afloramento de calcário de Jandaíra

Contudo, Jandaíra não tem utilizado este fator como elemento de desenvolvimento, principalmente pela falta de atrações e infraestrutura que possam despertar o interesse de visitação turística, tanto para entretenimento, como também para turismo escolar, científico ou de aventura.

Mas tem muito que mostrar, como vemos nas imagens do grande afloramento de calcário aqui apresentadas pelas lentes do amigo e fotógrafo Ricardo Sávio.

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Temos neste local a interessante e crua beleza típica da caatinga, em uma área de fácil acesso, a pouco mais de um quilômetro do município de Jandaíra.

Sem dúvida este local poderá ser uma ótima opção para complementar o turismo que atualmente se destina, com extremo sucesso, para a região de Galinhos.

Para quem não conhece a geografia potiguar, pode parecer um tanto estranho à ideia de levar turistas para uma parada destinada a conhecer a caatinga, cavernas e depois levá-los para um dos melhores pontos do nosso litoral.

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Mas ao mesmo tempo, já pensaram que contraste interessante!

Não podemos esquecer que é no Rio Grande do Norte, o estado nordestino onde proporcionalmente a caatinga possui a maior cobertura em termos territoriais, que este Bioma praticamente alcança a beira mar!

Em todo o Brasil isso só acontece aqui!

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A caatinga, com todos os seus aspectos característicos, é única no mundo e só em terras potiguares poderíamos imaginar um roteiro que unisse mar e sertão, sertão e mar!

Evidentemente que um tipo de roteiro como este tem (e deve) ser minuciosamente elaborado. A caatinga tem suas belezas, mas igualmente possui características que se não forem bem analisadas, podem não ser tão confortáveis aos visitantes.

Já em relação às cavernas, estas então é que necessitam de um cuidado extremo. Pois são ambientes frágeis, algumas delas com uma fauna extremamente delicada e rara, que não suportariam uma visitação desordenada.

Detalhes que mostram que o sertão já foi mar
Detalhes que mostram que o sertão de jandaíra já foi mar

Em relação aos visitantes tem de ser realizado todo um trabalho informativo, de preparação em relação ao ambiente a ser visitado, utilizando elementos da educação ambiental, além de cuidados com o bem estar dos turistas e outros aspectos importantes.

Como comentamos anteriormente, as cavernas do município de Jandaíra têm atraído, de maneira informal e desordenada visitantes do próprio município, de municípios vizinhos e até mesmo de Natal, curiosos por conhecer a mística das cavernas, impregnados no imaginário popular.  Além disso, há ainda a utilização das cavernas como áreas de diversão, por parte de parcela da comunidade local, promovendo piqueniques e momentos de lazer em seu entorno.

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A área de afloramento de calcário de Jandaíra, aqui apresentada nas fotos de Ricardo Sávio, compreende grande parte das cavidades naturais existentes no município, estando estas ameaçadas pela mineração clandestina e desmatamento indiscriminado.

A atividade turística pode oferecer uma alternativa a estas atividades degradadoras, implicando em impactos positivos sobre o meio ambiente, ao mesmo tempo em que oferece meios para melhorar as condições de vida da população local.

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Como no caso dos jovens Hyurann Oliveira e Jan Pierre Martins, que estiveram conosco nesta visita. Estes jovens moram em Jandaíra, amam as cavernas do seu lugar e eles amanhã poderiam, ou não, sobreviverem da atividade turística em sua própria região!

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Durante a nossa visita, o amigo e jornalista Everton Santos, ficou verdadeiramente encantado com o que viu e, junto com Ricardo, debatemos bastante sobre a utilização positiva desta área de cavernas.

Percebemos que a ausência um planejamento tecnicamente embasado, orientado para utilização turística e de uma infraestrutura capaz de receber os visitantes, tem feito com que esse patrimônio natural esteja submetido à ação de degradação, visto a quantidade de lixo presente na área, à presença de resíduos orgânicos humanos (fezes e urina) e a depredação do patrimônio espeleológico, que varia desde a pichação das paredes e a retirada criminosa de espeleotemas (cortinas, estalactites, estalagmites etc.), mostrando a necessidade de algo que regulamente e regule a interação entre aproveitamento turístico e conservação dos recursos naturais, fazendo surgir um novo arranjo produtivo local, com bases sustentáveis.

Nada impede que se possa estudar com seriedade este processo e analisar a viabilidade de sua execução.

Final do trabalho e vamos voltar...
Da esquerda para direita Hyurann, Jan, Rostand, nosso grande Joaquim, Everton e Ricardo. Final do trabalho e comn certeza vamos voltar…

Mapa da região de Jandaíra e sua proximidade a Galinhos e o mar
Mapa da região de Jandaíra e sua proximidade a Galinhos e o mar

Extraído do blog do historiógrafo e pesquisador do cangaço:
Rostand Medeiros

http://tokdehistoria.wordpress.com

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Trabalhar à noite encurta a vida e prejudica o casamento


Os trabalhadores noturnos perdem cinco anos de vida para cada quinze dias de jornada de trabalho, segundo um estudo divulgado pela Unidade do Sonho do Instituto Dexeus de Barcelona, juntamente ao Serviço de Neurofisiologia do Hospital da Paz de Madri, ambos na Espanha.

Segundo a pesquisa, aqueles que trabalham à noite se divorciam três vezes mais que o restante das pessoas e têm 40% mais possibilidades de ter transtornos neuropsicológicos, digestivos e cardiovasculares.

O estudo, citado pelo site Espaço Vital, tem como objetivo, segundo os pesquisadores, explicar os “riscos de tentar contradizer o sol“.

Fonte:

http://br.invertia.com/noticias/noticia.aspx?idNoticia=200610031330_INV_30177342
http://petroleorn.blogspot.com.br/

JOSÉ MARIA MADRID - RADIALISTA DE MOSSORÓ

Por: José Mendes Pereira
Dom Gentil Diniz Barreto bispo de Mossoró, Alcides Belo ex-prefeito de Mossoró e o radialista José Maria Madrid - aparece de bigode - todos já falecidos. Foto: http://telescope.blog.uol.com.br

Foi um dos melhores e mais competentes radialistas de Mossoró. Tinha uma voz assustadora, mas na verdade, só a sua voz. José Maria Madrid era uma verdadeira criança. Educadíssimo, amigo dos amigos.

Conheci o Zé Maria Madrid nos anos 70, quando ele veio trabalhar na Rádio Difusora de Mossoró. Enquanto ele era empregado na Rádio Difusora, eu trabalhava na Editora Comercial S/A, numa sociedade: Cine Caiçara, Cine Jandaia e Cine Miramar de Areia Branca, mais a Rádio Difusora e a Editora Comercial S/A, cujos sócios eram:

Renato Costa é o nº. (1). O nº. (2) é Bibil Gurgel - proprietário do Banco S. Gurgel em Mossoró - ambos já falecidos - Foto: http://telescope.blog.uol.com.br

José Renato Costa, Dr. Paulo Gutemberg de Noronha Costa, irmão do primeiro, Milton Nogueira do Monte e José Genildo Miranda; quatro homens que muito souberam respeitar os seus empregados. 

Carlos Augusto Rosado - esposo da governadora do Rn e José Genildo de Miranda, já falecido.
Foto: http://telescope.blog.uol.com.br

Nenhum de nós que teve a oportunidade de trabalhar com estes homens, se falar mal de um deles ou de todos, é porque gosta mesmo de denegrir a imagem de qualquer ser humano.

Dr. Paulo Gutemberg era um homenzarrão, de andar apressado, de olhos azuis, alto, de cor clara, aparentando o fundador de Brasília, o ex-presidente do Brasil Juscelino Kubitischek. Era advogado e chegou a ser promotor de justiça.

José Renato, filho de Renato Costa e sobrinho de Paulo Gutemberg - suicidou-se - Nilo Santos e Paulo Gutemberg - ambos faleceram de enfarto. Foto: http://telescope.blog.uol.com.br

Renato Costa, Dr. Paulo Gutemberg e Genildo Miranda tinham um respeito enorme pela pessoa de Milton Nogueira do Monte, igualmente nós, operários. A paciência que tinha seu Milton, a maneira que ele falava com qualquer ser humano, por mais ignorante que fosse o sujeito, ele evitaria ter qualquer desentendimento com Seu Milton Monte. 

Zé Maria Madrid como era chamado pelos seus amigos, tinha uma facilidade para decorar os textos que seriam lidos na Rádio, no horário do jornal, ao meio dia. Bastava ele ler uma vez, já sabia tudo sobre o assunto, e nem precisava mais das laudas para ler as notícias.

Zé Maria gostava da diversão nos bares, e tive oportunidade várias vezes de participar da sua mesa, lá no bar da Dona Neci, na Rua Frei Miguelinho, com o cruzamento da Rua Tiradentes, vizinho a antiga Sambra, esta sendo uma algodoeira, onde hoje funciona um Chopp.

A SAMBRA funcionava neste prédio. Foto: http://telescope.blog.uol.com.br

Nesse tempo eu ainda era solteiro, e como havia saído da instituição escolar, a qual eu vivi oito anos, mas já estava vivendo de favores, por já ter passado dos dezoito anos, fui morar no Sindicato da Lavoura de Mossoró.
 
Geralmente nós nos encontrávamos no bar citado. Eu já era freguês de meses, e Zé Maria Madrid, antes de começar o seu trabalho do meio dia, sempre estava no bar para ingerir algumas pingas, e vez por outra nosso patrão, Dr. Paulo Gutemberg nos visitava, fazendo parte do nosso almoço.

Nesse dia era um sábado. Como Dr. Paulo Gutemberg era muito farrista, não gostava de deixar quieto o que as meretrizes do seu tempo guardavam debaixo das saias, ele vivia mais no vermelho do que no verde.

Zé Maria e eu já estávamos no bar aguardando o almoço. Minutos depois, Dr. Paulo Gutemberg chegou e fez parte da nossa mesa com almoço, cervejas, bebidas mais fortes etc. 

Lá pras tantas, devido ter passado a sexta-feira em altas farras, Dr. Paulo Gutemberg já estava pra lá de bêbado, e enquanto Zé Maria e eu fomos acertar a conta das nossas despesas no balcão, Dr. Paulo Gutemberg saiu de mansinho e vou embora. 

Naquele momento tivemos que dividir a despesa entre nós dois, já que ele havia desaparecido do pedaço.

Mas na segunda-feira, assim que ele chegou à Editora Comercial, foi até à linotipo, máquina a qual eu trabalhava, e me pediu o valor que ele deveria compartilhar. Repassei o total que nós havíamos pagado, e ele me entregou uma parte do valor pago no bar da dona Neci. Recebido, divide-a com o Zé Maria Madrid.

Faça uma visitinha a este site:
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