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sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

FILHOS DE PERSEU NA TERRA DOS PANATI


FILHOS DE PERSEU NA TERRA DOS PANATI é um grupo surgido na cidade de Pombal - PB, trazendo em sua proposta, a música autoral, fruto de sensibilidade, sonhos, estórias compartilhadas, amores, desejos, loucuras, silêncios, viagens, reflexões, risadas, café no por do sol e vinho em noite de luar.


Se somos Filhos de Perseu, também herdamos a luz e o fogo de Deus. Por termos vida, somos filhos do poder da escolha que faz a história e edifica o mundo. Somos o resultado de todas as ações e manifestações humanas durante as eras. Somos crias do sol ardente do sertão paraibano, mas carregamos na alma a labareda de nossos ancestrais.


O show, com o objetivo de dar início aos trabalhos da banda, será realizado na Sexta, 16 de dezembro de 2016, no Cine Teatro Murarte, em Pombal - PB, às 19h 30min. Para a apresentação, o repertório, com composições de Elon Barbosa, Luana Mendonça e Joseph Cavalcanti, ganha corpo com o instrumental de Kinka Silva (Tecladista); Marcus Vinícius (Guitarrista, Compositor e Arranjador); Zé Rossi (Baixista) e Fred (Baterista). O estilo traz elementos do roque, do blues e, essencialmente, da música brasileira.

INGRESSOS À VENDA
Quanto custa? R$ 10,00 / R$ 5,00 (Estudante)


Elon da Silva Barbosa Damaceno

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso
http://blogdomendesemendes.blogsot.com 

O FAMOSO REGABOFE

*Rangel Alves da Costa

O mais famoso regabofe da história nordestina foi posto à mesa entre hóstias e balas de rifles, entre água benta e cartucheiras. E para a serventia do sagrado e do profano, para deleite da fé e do destemor, para proveito da cruz e da espada. E assim porque o famoso regabofe foi servido em mesa onde se juntava na mesma fome a igreja, através de sacerdote, e o cangaço, por meio de seu líder maior.

O ano era 1929, o mês era abril. Neste mês a população devotada do pequeno arruado de Poço Redondo se preparava para a celebração de missa na Igreja de Nossa Senhora da Conceição. Missa era raridade naqueles tempos, principalmente pelo fato de o sacerdote viver em ocupações na sua paróquia de Porto da Folha, se dirigindo àquela povoação somente duas vezes ao ano: 15 de agosto, na festa da padroeira, e noutra data escolhida pelo povo.

Assim, para a celebração do dia seguinte, numa data escolhida, ao entardecer do dia 18 de abril o vigário Padre Artur Passos despontou nos arredores do lugarejo em cima de lombo de burro. Era uma viagem cansativa de Porto da Folha até Poço Redondo, entrecortando perigosas e poeirentas estradas de chão. Cansado, se recolheu na casa do amigo Teotônio Alves China - o China do Poço -, onde logo adormeceu para chamar a si sonhos terríveis: Homens rudes e cheios de armamentos chegavam para confrontar sua igreja e sua cruz. Quanto mais jogava água benta mais eles avançavam sobre o templo cristão.

Acordou sobressaltado. Não imaginava o que logo mais ocorreria ali na residência dos bons e acolhedores China e Marieta, sua esposa. Com efeito, com o dia já clareado, homens estranhos ao lugar, todos revestidos de roupas grossas e suor, com brilho dourado se derramando pelos dedos e chapéus de abas largas e levantadas, cartucheiras vistosas perpassando os peitorais, bornais enfeitados, portando armas e punhais, chegaram pelos arredores da povoação e foram logo procurando a casa de China. Já traziam informação certeira acerca daquele que lhes daria acolhida.


Lampião e seu bando surpreendiam mais uma vez. O medo então se espalhou pelo lugar. Quando a notícia começou a correr, no mesmo instante começaram os desmaios, as carreiras, o deus nos acuda. A povoação pronta e cheia de alegria para a festança e a missa, logo se viu tomada de pavor indescritível. Preciso foi que o próprio Capitão intercedesse afirmando que estava ali de passagem e que havia chegado na paz de Nosso Senhor Jesus Cristo. Bastou o eco da fé e da religiosidade para que a vida retomasse seu passo.

Mas a calma com as palavras do Capitão não chegou para China e Marieta. Pelo contrário, estavam mais apavorados e temerosos que tudo. E por um só motivo: O que fazer com Lampião ali no alpendre e o sacerdote no quarto? Acaso o da igreja abrisse a porta e se deparasse com o da caatinga, as consequências seriam inimagináveis. Enquanto China se remoía por dentro, Dona Marieta se lançava em rezas e promessas. Mas num repente o dono da casa resolveu dar um basta naquela aflição toda. Então contou ao cangaceiro sobre a presença do sacerdote.

Prontamente Lampião afirmou a China que não se preocupasse e se dirigiu até o aposento onde ainda repousava o Padre Artur. Bateu à porta, chamou, se anunciou. Sem acreditar no que ouvia, o costumeiramente mal-humorado sacerdote abriu a porta esbravejando. Num instante e frente a frente a igreja e a sangrenta valentia. As mais de cem Ave Maria de Dona Marieta surtiram efeito neste momento, mas não antes que o rei cangaceiro ouvisse poucas e boas do padre, principalmente quando aquele informou que tinha interesse em assistir missa.

Depois de muito conversar, enfim o padre resolveu aceitar dividir a mesa com o cangaceiro. Pelo adiantado da hora, o que era para ser um café da manhã acabou se transformando em almoço, num regabofe arretado de interessante. Há de se imaginar Lampião e Padre Artur brindando com vinho de jurubeba, se deleitando gulosamente com a diversidade de pratos caipiras preparados por Dona Marieta. Por essa hora já estavam prontos a buchada, o sarapatel, cozidos e mais cozidos. 

Talvez a admiração diante tanta comida tivesse diminuído os rompantes de fúria do sacerdote, pois não demorou muito e o proseado descambou em diálogo amigueiro. E também a aceitação para que a cangaceirada assistisse o ofício religioso, desde que o armamento pesado ficasse do lado de fora da igreja. Dizem que Lampião explanava com profundo conhecimento sobre a fé e a religião, e não menos interessante o que o velho sacerdote conhecia do mundo cangaceiro, afirmando até mesmo que não fosse pela desmedida violência até que seria uma justa causa.
Foi assim, naquele dia 19 de abril de 1929, que se deu o encontro da cruz e da espada e o mais famoso dos regabofes. Duas vertentes numa mesma feição do mundo sertanejo. A profunda religiosidade e a luta constante. Na fé e no sangue, pois o homem também vítima de outros destinos que não o da paz.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com 

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LIVRO “PARAHYBA NOS TEMPOS DO CANGAÇO”

Por Antonio Corrêa Sobrinho

O que dizer de “PARAHYBA NOS TEMPOS DO CANGAÇO”, livro do amigo Ruberval de Souza Silva, obra recém-lançada, que acabo de ler, senão que é trabalho respeitável, pois fruto de muito esforço, dedicação; que é texto bom, valoroso, lavra de professor, um dizer eminentemente didático da história do banditismo cangaceiro na sua querida Paraíba. É livro de linguagem simples, sucinto e objetivo, acessível a todos; bem intitulado, pontuado, bem apresentado. E que capa bonita, rica, onde nela vejo outro amigo, o Rubens Antonio, mestre baiano, dos primeiros a colorizar fotos do cangaço! A leitura de “PARAHYBA NOS TEMPOS DO CANGAÇO” me fez entender de outra forma o que eu antes imaginava: o cangaço na terra tabajara como apenas de passagem. Parabéns e sucesso, Ruberval!

Adendo: José Mendes Pereira

Eu também recomendo aos leitores do nosso blog para lerem esta excelente obra, e veja se alguns dos leitores  possam ser parentes de alguns cangaceiros registrados no livro do Ruberval Souza.

ADENDO -  http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Entre em contato com o professor Pereira através deste 
e-mail: 
franpelima@bol.com.br

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VASCO DA GAMA - CAMPEÃO SUL-AMERICANO EM 1947


Vasco da Gama - Campeão Sul-Americano em 1947


Relíquia que Severino Cruz Cardoso (Biró de Onofre), vascaíno de carteirinha, trouxe do Rio de Janeiro, quando trabalhava nas representações da Mineração Jerônimo Rosado S. A. no sul do país.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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ANTÔNIO CORRÊA SOBRINHO E O LIVRO “O FIM DE VIRGULINO LAMPIÃO – O QUE DISSERAM OS JORNAIS SERGIPANOS” DE SUA AUTORIA.


O livro traz inúmeras matérias de jornais sobre a morte de Lampião que foram manchetes nos principais jornais sergipanos. Um livro/documento que não pode faltar na coleção dos estudiosos e apreciadores da história do cangaço.

Quem desejar adquirir o trabalho do escritor e pesquisador Antônio Corrêa Sobrinho, basta entrar em contato diretamente com o autor através do e-mail tonisobrinho@uol.com.br

O Livro custa apenas R$ 30,00 (Trinta Reais) com frete incluso.

Geraldo Antônio de Souza Júnior 

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CAJAZEIRAS: O SONHO DE VOAR

Por José Antônio Albuquerque

Artigo publicado no Jornal Gazeta do Alto Piranhas, edição 939ª, dedicado ao meu neto Davi Albuquerque, que adora aviões e que já tem dezenas de horas de voos internacionais. Tem vocação para ser um grande comandante.

Cajazeiras: o sonho de voar

José Antônio Albuquerque

O grande estadista e imortal paraibano, José Américo de Almeida, num célebre discurso que fez no ano de 1964, assim falava de Cajazeiras:

“Passei por aqui, no tempo de Sousa, onde fui promotor e esta cidade acolhedora começava a me abrir os braços;

Passei por aqui com João Pessoa, em 1930, quando a Paraíba pegou fogo, acendendo a flama da grande revolução; 

Passei por aqui na seca de 32 e vi que a caridade pública não era suficiente para tantas bocas abertas para o grande abismo feito desses abismos de fome; desloquei as massas para obras e voltou a paz que estava ameaçada;

Passei por aqui em 1934, ao deixar o Ministério da Aviação, e aqui fui recebido com festas;

Passei por aqui na minha intensa campanha de 1950. Cearenses queriam votar em meu nome sem serem eleitores neste estado. Foi uma luta pesada, mas Cajazeiras nunca me faltou. Cajazeiras nunca me derrotou. A terra intelectualizada e independente sempre deu esse prêmio ao homem de letras e homem público que a procurava;

Passei por aqui no meu governo uma , duas, várias vezes, com as mãos vazias e o coração apertado, por ter pouco o que dar, num tempo em que não pingava chuva do céu, nem nada do erário. O que mais preocupou em cada jornada foi o problema da distância. Construí o campo de pouso e subvencionei uma linha aérea para vos aproximar do centro.

Passei por aqui na campanha malograda, a única perdida em minha vida. Ouvistes meu discurso como um canto de cisne. Não serviram vossos votos no computo final, mas a vitória que me destes, foi uma declaração de amor que ainda me estremece o coração.”

Gostaria de ter a magia da palavra para externar a minha alegria, a mesma vivida por muitos cajazeirenses, há mais de 60 anos atrás, quando o imortal paraibano José Américo de Almeida, incluiu a nossa amada cidade no espaço aéreo nacional, elevando-a às glórias do céus do Brasil.

A esperança é sempre maior que a realidade. Semana a semana nós contávamos os dias. E num trabalho de formiga, a carregar pedra por pedra, eis que a obra foi concluída, que para nós tem muito mais valor espiritual e sentimental do que material.

Muitos irão aparecer como pai desta obra. Não importa quantos sejam, mas hoje nós temos um agradecimento todo especial ao governador Ricardo Coutinho, a quem neste momento, nós poderíamos afirmar, que a sua trajetória em nossa cidade não tem sido diferente da que foi o grande estadista brasileiro José Américo de Almeida, que sempre atendeu-nos nos momentos de mais necessidades.

Cajazeiras lhe é profundamente grata e eu sinto que nestes últimos dias estava presente, em uma dimensão espiritual, o nosso eterno e imortal aviador, Antonio Tomaz dos Santos, o primeiro piloto a descer dos céus no campo de pouso, construído no coração de todos os cajazeirenses.

Agradecer também ao Senador Lira, que nos últimos dois anos esteve dando a sua decisiva contribuição e ação parlamentar no sentido da homologação do aeroporto de Cajazeiras e mais recentemente ao Senador Deca.

Durante a solenidade de inauguração do aeroporto eu estava:
“como a asa de um sorriso que se espalma,
Como as asas de um beijo e a asa do sonho,
Agitando-se, inquieta, dentro dàlma”.


José Antônio Albuquerque. Historiador. Professor aposentado do Departamento de História do Centro de Formação de Professores da Universidade Federal de Campina Grande - Campus Cajazeiras/PB. Diretor-Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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ALUNOS, PROFESSORES E O MEMORIAL ALCINO ALVES COSTA


A professora Rosivânia Sandes já havia mantido contato comigo acerca de uma visita que os alunos da Escola Municipal Zumbi dos Palmares, do Assentamento Alto Bonito, farão ao Memorial Alcino Alves Costa no próximo dia 07. 


Mas hoje recebi um telefonema da coordenadora da escola indagando se era mesmo possível a visita. Confirmei que sim e ela se encheu de alegria. Afirmei que o Memorial se sente honrado com todos os visitantes, principalmente quando se trata de estudantes, pois ali o espaço privilegiado para o conhecimento da história sertaneja. 


Afirmei ainda que sentia muito não poder, pessoalmente, receber os alunos e professores, vez que me causa imenso prazer não apenas mostrar cada detalhe do acervo como fazer explanações sobre sua importância, enfatizando sempre a valorização de nossas raízes, nossa cultura e nossas tradições. E orgulho e prazer por expressar sobre aquilo que tanto amo. Também pelo fato de estar perante alunos que necessitam reconhecerem-se também importantes pela grandiosidade de seu chão, de sua pujante história, de sua riquíssima cultura. Sinto-me verdadeiramente encantado quando recebo visitas assim, como aconteceu outro dia com alunos da povoação Areias, bem como com muitas outras turmas que chegam acompanhadas de seus bons mestres. Que coisa maravilhosa compartilhar a minha própria vida - pois sou sertão - com aqueles pequeninos que a tudo admiram como que tomados de encantamento. Adoram tirar retratos com chapéu cangaceiro, adoram fotografar ao meu lado. E como adoro todos eles. E como me encanta reconhecer que o meu esforço e dedicação já produzem frutos tão maravilhosos: cada aluno, cada professor, cada visitante que ali chega, é como se, através da memória de meu pai, todo o sertão se eternizasse. E minha luta abençoada por Deus!

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A GALERIA DA FÉ

Por Zé Ronaldo

Na galeria da fé
Eu não me canso de ler
Não aprende quem não quer
O que agora vou dizer
A Bíblia te põe de pé
Cada vez que você ler.

Alguns heróis vou narrar
Que não são de aventuras
Não são de televisão
Mais sua fama perdura
Pelos séculos viverão
Até as gerações futuras.

DAVI era pequenino
Teve que enfrentar GOLIAS
Raquítico magro e franzino
Mais cheio de sabedoria
Jogou a pedra zunindo
Foi feroz sua valentia.

O gigante caiu por terra
Toda galera vibrou
Deus abre os céus e a terra
Seja em que hora for
O pastor virou uma fera
E GOLIAS se acabou.

JONAS foi convocado
Para em Nínive pregar
Fugiu em um navio
Foi cair no alto mar
Um peixe lhe engoliu
E depois foi vomitar.

Ele desfalecido
Deus fez uma arvore crescer
Por cima da sua cabeça
Assim ele pode viver
Mais reclamou com a planta
Antes de se arrepender.

E fez ali sua missão
Pregou em Nínive o amor
Proclamou a salvação
Do Messias salvador
Nínive se converteu
Dando glórias ao SENHOR.

DANIEL foi colocado
Lá na cova dos leões
Famintos e devoradores
Mais não lhe deram arranhões
Tinha anjos protetores
Por entre as celas e grilhões.

MOISÉS conduziu o povo
Quarenta anos no deserto
Sempre nas necessidades
O SENHOR estava por perto
Saciando as vontades
Mais o povo logo esquece.

Fez cair do céu o maná
A água jorrar da pedra
No frio lhes deu o calor
E lhes defendeu das feras
Pois é grande o seu amor
Sempre está a nossa espera.
.
SANSÃO era nazireu
E votos os seus pais fizeram
Não podia ser impuro
Pois confiança lhes deram
Com Deus ele era seguro
Um homem de muito esmero.

Mais um dia ele lutou
Derrotando a um leão
Deixou ali a carcaça
E seguiu sua missão
Abelhas fizeram graça
Formando mel de montão.

Esquecido ele passava
E viu na carniça o mel
Sua vontade saciava
Aborrecendo ao Deus dos céus
Quando sentiu que pecava
Provou do amargo fel.

Caiu nas mãos de Dalila
Mulher linda e perigosa
Que cortando os seus cabelos
Sentiu-se vitoriosa
Mais SANSÃO em um apelo
Trouxe a morte tenebrosa.

Segurando nas pilastras
Todo palácio ele derrubou
Deus ouviu a sua oração
E a sua fé vos honrou
Morreu uma multidão
Porque de SANSÃO zombou.

Os profetas reunidos
Um deus cada um tinha
Invocavam a baal
Com toques de adivinha
Rituais e coisa e tal
Não caia uma chuvinha.

ELIAS mandou molhar
O altar do holocausto
Orou ao Deus dos céus
E os outros já estavam exaustos
O fogo veio como um véu
na rapidez de um assalto.

Lambeu as talhas e a pedra
Causando admiração
E Elias maravilhado
Com o Deus da criação
Dava glórias aliviado
Testemunhando a ação.

AMÓS era um vaqueiro
Homem rude do curral
Sua luta era com o gado
Desde a hora matinal
Virou um profeta sagrado
Quando Deus deu um sinal.

E assim tem muitas outras
Histórias lindas para se contar
O Deus de ontem não muda
Ele é Deus em qualquer lugar
Entregue sua vida a ele
Deixe o mesmo trabalhar.

Se você está sofrendo
Passando qualquer problema
Leia com fé e vá crendo
Destes versos guarde o tema
Pois também estou aprendendo
Cada dia o seu dilema.

Não sou padre nem pastor
Mais quero testemunhar
Da sua obra e o seu amor
Aqui e em qualquer lugar
O conheci pela dor
E quero compartilhar.

Desejo a todos vocês
Um Natal cheio de Luz
Pois já começou o mês
De festejarmos a JESUS
Que dois mil e dezessete
Sejamos firmes na cruz.


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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FOTO DO SIMULACRO BACAMARTE FABRICADO PELO PESQUISADOR DO CANGAÇO CABO CARLOS JORGE DO PARANÁ


AMIGO JOSÉ MENDES, AQUI ESTÁ A FOTO DO SIMULACRO DE BACAMARTE DE QUE EU LHE FALEI, E FICOU BARBARIDADE DE BÃO TCHÊ!

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FERIDOS NO COMBATE DE SERRA GRANDE FORAM PARA ESTA CASA NO SÍTIO TAMBURIL


Casa do Srº Francisco Braz no Sítio Tamburil, para onde foram levados os soldados baleados no combate da Serra Grande.


Neste pilão foram preparadas as primeiras doses de remédio para os soldados feridos, todos os pintos do terreiro foram sacrificados, pisados com água no pilão, e dado para os soldados beberem.


https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/?fref=ts

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MARIA BONITA

Por José Mendes Pereira

Acho que eu nunca tinha visto esta foto de Maria Gomes de Oliveira conhecida no mundo do crime por Maria Bonita, companheira do proprietário da "Empresa de Cangaceiros Lampiônica & Cia" o rei do cangaço capitão Virgolino Ferreira da Silva o afamado Lampião.

A foto pertence ao acervo do pesquisador do cangaço Sálvio Siqueira

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LIVRO "LAMPIÃO A RAPOSA DAS CAATINGAS"


Depois de onze anos de pesquisas e mais de trinta viagens por sete Estados do Nordeste, entrego afinal aos meus amigos e estudiosos do fenômeno do cangaço o resultado desta árdua porém prazerosa tarefa: Lampião – a Raposa das Caatingas.

Lamento que meu dileto amigo Alcino Costa não se encontre mais entre nós para ver e avaliar este livro, ele que foi meu maior incentivador, meu companheiro de inesquecíveis e aventurosas andanças pelas caatingas de Poço Redondo e Canindé.

O autor José Bezerra Lima Irmão

Este livro – 740 páginas – tem como fio condutor a vida do cangaceiro Lampião, o maior guerrilheiro das Américas.

Analisa as causas históricas, políticas, sociais e econômicas do cangaceirismo no Nordeste brasileiro, numa época em que cangaceiro era a profissão da moda.

Os fatos são narrados na sequência natural do tempo, muitas vezes dia a dia, semana a semana, mês a mês.

Destaca os principais precursores de Lampião.
Conta a infância e juventude de um típico garoto do sertão chamado Virgulino, filho de almocreve, que as circunstâncias do tempo e do meio empurraram para o cangaço.

Lampião iniciou sua vida de cangaceiro por motivos de vingança, mas com o tempo se tornou um cangaceiro profissional – raposa matreira que durante quase vinte anos, por méritos próprios ou por incompetência dos governos, percorreu as veredas poeirentas das caatingas do Nordeste, ludibriando caçadores de sete Estados.
O autor aceita e agradece suas críticas, correções, comentários e sugestões:

(71)9240-6736 - 9938-7760 - 8603-6799 

Pedidos via internet:
Mastrângelo (Mazinho), baseado em Aracaju:
Tel.:  (79)9878-5445 - (79)8814-8345

Clique no link abaixo para você acompanhar tantas outras informações sobre o livro.
http://araposadascaatingas.blogspot.com.br

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O BRAVO NAZARENO TENENTE DAVID GOMES JURUBEBA...!

Acervo do pesquisador Voltaseca Volta

...nasceu na Fazenda Ema, município de Floresta-PE, quando o relógio marcava uma hora do dia 1º de janeiro de 1903. Filho do baiano Militão José dos Santos e de Maria Gomes Jurubeba.

No dia 10 de agosto de 1923, ingressou como soldado na Força Pública do Estado de Pernambuco. Foi destemido combatente contra o cangaço de Lampião, tendo participado de dezenas de combates.

Teve merecidas promoções atingindo o posto de tenente.

Foi, ele, o esteio dos parentes necessitados. Não foi rico, mais era prestimoso protetor dos desamparados, principalmente quando envolvidos em questão. Sempre foi contra a desonestidade. Em 1981, tomando conhecimento das fraudes que estavam acontecendo no Banco do Brasil de Floresta, escreveu uma carta ao presidente denunciando o fato.

No dia 14 de dezembro de 2001, já viúvo de Margarida Gomes de Sá, faleceu aos 98 anos de idade no hospital da Polícia Militar de Pernambuco e, foi sepultado em Serra Talhada, deixando 09 (nove) filhos e muito netos.

Fontes de consultas:
1 – O canto do Acauã da autora Marilourdes Ferraz;
2 - Raízes de um povo da autora Izabel Belícia Ferraz Torres.
3 - Foto: Cortesia da Família Jurubeba

https://www.facebook.com/groups/ocangaco/?hc_location=ufi

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JORGE AMADO, ENTERRO DE CABEÇAS E LAMPIÃO.

https://www.youtube.com/watch?v=msPrhFa4tno&feature=youtu.be

Publicado em 7 de outubro de 2013
Depoimento do escritor Jorge Amado, gravado em 1977.
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UMA DAS PRIMEIRAS VÍTIMAS DE INTERESSES ESTRANGEIROS


07 de março de 1985

O cearense Delmiro Gouveia ligou-se ao comércio ainda jovem, exportando peles, algodão, mamona e couro de bois. Mais tarde, em recife, construiu o mercado do Derby, vendendo carne verde e farinha de mandioca a preços inferiores aos dos concorrentes. Foi em Pedra, no sertão alagoano, que a visão comercial e o espírito empreendedor de Delmiro Gouveia projetaram a captação de energia elétrica da cachoeira de Paulo Afonso para utilização numa fábrica de linhas de costura, a Cia. Agro fabril Mercantil, inaugurada em 6 de junho der 1914. Nessa época, a Machine Cottons – grupo inglês produtor das linhas Corrente – detinha o monopólio do mercado sul-americano. A primeira Guerra Mundial (1914-1918) impediu a chegada dos produtos ingleses à América do Sul, possibilitando à Cia. Agro Fabril Mercantil a conquista desse mercado, principalmente o brasileiro. Pressionado pelo poderoso truste inglês, Delmiro Gouveia resistiu com firmeza, até ser assassinado em 10 de outubro de 1917.

Coronel Delmiro Gouveia

O crime nunca foi esclarecido. Os mandantes e verdadeiros assassinos do coronel Delmiro Gouveia ficaram impunes. Dois operários da Fábrica da Pedra – Róseo Morais do Nascimento e José Inácio Pia, o popular Jacaré – e um desocupado Antônio Felix do Nascimento foram apontados como os criminosos, e, brutalmente torturados, sendo condenados a 30 anos de prisão. José Inácio fugiu da prisão e morreu num tiroteio com a polícia, em 1924. Antônio Felix foi assassinado em 1953, depois de ter cumprido sua sentença. Róseo Morais do Nascimento cumpriu metade da pena e saiu da penitenciária de Maceió em 1932, amargurado por ser chamado de assassino. Iniciou, então, um longo processo para tentar provar sua inocência, concluído por sua filha Laurentina Morais do Nascimento, após sua morte em 1979. Finalmente, em 1983, o Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas absolvei postumamente Róseo Morais do Nascimento, levando em consideração um telegrama – localizado pelo historiador Moacir Medeiros de Santana e juntado aos autos pelo advogado Antônio Aleixo Paes de Albuquerque – em que o coronel Gonçalo Prado assegurava que Róseo e José Inácio Pia estavam em Maroim (SE) no dia em que Delmiro Gouveia foi assassinado.

A partir de um depoimento de Róseo Morais do Nascimento, obtido em 1975, o jornalista alagoano Jorge Oliveira – ganhador do Prêmio Esso de Jornalismo 1980 – escreveu Eu não Matei Delmiro Gouveia, livro-reportagem apresentado por Barbosa Lima Sobrinho que revela os detalhes do “maior erro judiciário no Brasil”. “As versões sobre os verdadeiros criminosos – diz Jorge Oliveira no começo da obra – ainda são flagrantemente contraditórias – mesmo porque o álibi apresentado por Róseo Moraes do Nascimento até meio de 1983 era considerado, pelas Justiça alagoana, ‘irrelevante’. Quanto aos autores intelectuais da morte do coronel, as suspeitas caíram sempre na Machine Cottons, fábrica inglesa de linhas de costura concorrente de Delmiro Gouveia no Brasil e em outros países da América do Sul. Os galegos da fábrica inglesa – como eram chamados os trustes na época, início do século – ter-se-iam aproveitado de algumas desavenças de Delmiro Gouveia com chefes políticos locais, para liquida-lo, através de terceiros, e desativar seu poderia econômico no País. Nesse jogo sujo de interesses, os dois lavradores humildes e indefesos foram envolvidos”.

Foi o próprio Governador do Estado de Alagoas, Batista Acyolli, quem indicou o Capitão da PM Pedro Nolasco da Silva (“homem bruto, carrancudo, torturador conhecido”) para chefiar as investigações do assassinato der Delmiro Gouveia, exigindo a prisão dos criminosos “de qualquer maneira”. Saindo de Maceió com 20 soldados, o Capitão Nolasco chegou a Pedra e, após espancar inocentes e alvoroçar a cidade, apresentou o primeiro suspeito: José Inácio Pia, o Jacaré, que negou de joelhos a autoria do crime, a legando que no dia do assassinato estava viajando de trem em direção a Sergipe. Baseado no depoimento de Róseo, Jorge Oliveira relata as primeiras torturas que Jacaré sofre: “No primeiro soco, Jacaré desequilibrou-se e caiu desacordado no cimento frio do armazém. As botinas dos soldados de Nolasco esmagavam o corpo de Jacaré. Os homens do capitão amassavam Jacaré como quem amassa barro para fazer tijolos. Com a cara ensanguentada e marcada pelos socos, Jacaré estremecia no chão, via, em logos jatos, seu sangue misturar-se à lama do piso molhado do armazém. Nolasco, cansado, fazia breves intervalos. Passava o comando a seus policiais. Com um saco de estopa amarrado à boca, os gritos de Jacaré eram abafados”.

Logo em seguida o Capitão Nolasco prenderia Róseo em Maroim (SE), onde estava morando e trabalhando, acusando-o de cúmplice de jacaré. Róseo teve todos os seus dentes arrancados pelas coronhadas que recebeu, no rosto, do fuzil do sargento Cunha, e também foi barbaramente torturado. Os dois acusados receberam, inclusive, chibatadas de bimbas de boi, seguidas de banho com água com sal grosso. Róseo recorda os maus-tratos: “Me deram uma surra de palmatória na sola dos pés que ainda hoje engrossa o couro. Depois me amarraram com corrente. Ao meu lado colocaram um pedaço de bacalhau. Para matar a fome e eu era obrigado a mastigar o bacalhau, quando pedia água, era espancado”. Após 30 dias de torturas. Róseo e Jacaré, desnutridos, esgotados e famintos, “confessaram” o crime que não cometeram para se livrarem das torturas.

Concluído o inquérito, o processo começou a ser manipulado, conforme conta o autor: “Havia uma tendência muito clara a que as suas principais peças, especialmente as que foram fornecidas à Justiça por testemunhas-chaves, inocentando os dois acusados, desaparecesse, o que permitia, a quem desejasse, retirar qualquer peça do inquérito sem alterá-lo. Para que isso fosse facilitado, as folhas não foram numeradas. Assim é que dois importantes documentos sumiram. Apenas um apareceu mais de 50 Anos depois, usado para inocentar Róseo, em 1983. Agora, o processo será arquivado porque ninguém pode ser condenado duas vezes pelo mesmo crime. Os verdadeiros criminosos estão isento de qualquer condenação”.

Róseo e Jacaré acusados da morte do coronel Delmiro Gouveia

O primeiro julgamento de Róseo e jacaré ocorreu em agosto de 1919. Jorge Oliveira, apoiado no depoimento de Róseo, descreve a viagem dos acusados de Pedra para Água Branca:

“Depois do meio-dia, Nolasco autorizou a viagem. Puxados pelos policiais, Róseo e Jacaré iniciaram, a pé a longa viagem até Água Branca. Os policiais viajavam em lombo de burro. Róseo e Jacaré, acorrentados, eram puxados e arrastados. Quando caiam, continuavam puxados até se reerguerem num esforço sobre-humano”. Ameaçados pelo Capitão Nolasco (“Cabras, em Juízo vocês tem que confirmar que mataram o Coronel Delmiro, senão mato os dois na volta e enterro aqui mesmo”), os réus confirmaram os depoimentos anteriores e foram condenados a 30 anos der prisão. Alegando uma série de irregularidades no processo, entre elas a inexistência de testemunhas que tivessem presenciado Róseo e Jacaré matarem o Coronel Delmiro Gouveia, o advogado Linduarte Villar apelou da sentença. Surpreendentemente, no segundo julgamento, surgiu um terceiro réu: Antônio Felix do Nascimento, que teria sido indicado por interesses políticos. O Tenente João Medeiros, com seis policiais, conduziu os três presos de Pedra a Água Branca, recusando um suborno para dar sumiço neles e garantindo suas vidas até entrega-las na penitenciária de Maceió, ao terem sido condenados a 30 anos de prisão no novo julgamento.

O jornalista Jorge Oliveira também entrevistou o Tenente João Medeiros, em 1976, que relembrou uma frase pronunciada por Róseo, a caminho de Água Branca: “Seu Tenente, o senhor pode crer por Nosso Senhor Jesus Cristo e a Virgem Maria que nós tamo pagando por uma coisa injusta”. O Tenente João Medeiros, temeroso, preferiu omitir o nome da pessoa que tentou suborná-lo: “Ainda hoje está viva muita gente desse caso, muita gente envolvida diretamente na morte do Coronel Delmiro Gouveia. Eu também ainda quero viver um pouco mais”. Instado pelo jornalista, disse quem matou o industrial Delmiro Gouveia: “Foi realmente Herculano Vilela, por vingança, porque antes tivera uma briga com o industrial. Mas quem organizou tudo foi o Firmino Rodrigues. Agora, quem foi junto com Herculano para matar o Coronel Delmiro ainda não morreu”.

Jorge Oliveira chegou aos verdadeiros autores do crime: “Em 1960, pouco antes de morrer, Herculano Soares Vilela confessou a seus amigos, num sítio em Satuba, Alagoas, ter matado Delmiro Gouveia, juntamente com seu cunhado Luis dos Angicos e o amigo Manuel Vaqueiro, também já falecidos”. Em Eu não matei Delmiro Gouveia, Jorge Oliveira, como diz o jornalista Mauricio Azedo na orelha do livro, “fez de seu ofício de repórter, mais uma vez um instrumento de afirmação da verdade”, comprovando a inocência de vítimas do arbítrio e indicando os verdadeiros autores do assassinado do Coronel Delmiro Gouveia – industrial nacionalista e progressista que enfrentou as multinacionais inglesas, tantas vezes louvado – ao lado dos conterrâneos Antônio Conselheiro e Padre Cícero – pelos poetas populares, como nesses versos anônimos, citados por Jorge Oliveira:
Quando o enterro de Delmiro

Foi pela rua passando
Parece que a gente ouvia

A cachoeira chorando.

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