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quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Amor pela verdadeira história

Por: Jonasluis da SILVA, de Icapuí
Jonasluis na noite Cariri Cangaço GECC

EU, OS PESQUISADORES E O COITO. Foi muito bom o encontro entre os colegas que estudam o tema cangaço. Pesquisadores apaixonados pela história na reunião do Cariri Cangaço. 

Fico admirado com cada um deles pelo o amor que cada um tem pela verdadeira história - a crença de que sua visão não pode ser expressa apenas através da estória, mas de que os personagens devem ser mais "reais" que as pessoas, que o mundo ficcional não pode ser mais profundo que o concreto. O amor dessa turma pela história vai além do dramático - a fascinação pelas surpresas súbitas e revelações que trazem mudanças imensas à vida. 

O amor pela verdade - a crença de que a mentira aleija o pesquisador, de que toda verdade da vida deve ser questionada, de acordo com os motivos secretos de cada um. O amor pela humanidade - uma disposição para sentir empatia pelas almas que sofrem, para arrastar-se dentro de suas peles e ver o mundo através de seus olhos. O amor pela sensação - o desejo de deliciar não apenas os sentidos do corpo, mas também os da alma. O amor pelo sonhar - o júbilo pela graça salvadora que restaura o equilíbrio da vida. Eu tenho orgulho de participar desse COITO. 

Jonasluis DA SILVA, de Icapui.

NOTA CARIRI CANGAÇO: A grande verdade é que a honra pela maravilhosa companhia do inigualável Jonasluis DA SILVA, de Icapuí na família Cariri Cangaço é toda nossa. Um ser humano ser igual, pela leveza, elegância e sabedoria. Querido amigo Jonasluis, você já faz parte dessa maravilhosa história.

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GECC - Cariri Cangaço inaugura segundo semestre de Reuniões

GECC Cariri Cangaço em nova Sede

Aconteceu na noite desta terça-feira, dia 06,  mais uma noite GECC - Cariri Cangaço. Inaugurando um novo espaço para os encontros e reuniões: Auditório da ABO , em Fortaleza, o encontro teve a abertura do Presidente do GECC, escritor Ângelo Osmiro, com os últimos informes e as novidades do universo da pesquisa do cangaço em todo o Brasil como também palavras de acolhida pelos representantes da ABO, tendo a frente o jornalista Vicente Alencar.

Ângela Tavares, Jonasluis e Juliana Ischiara
 Aderbal Nogueira e Manoel Severo
Edilson Cláudio, Cel. Gutemberg e Edilson Pitôe
Vicente Alencar e Tomaz Cisne

Um dos momentos marcantes foi a polêmica sobre a última reportagem do Diário do Nordeste, quando o jornal divulgou o Documentário "Os últimos cangaceiros" de Wolnei Oliveira, quando na reportagem foram creditadas ao escritor Antônio Amaury a afirmação de que Lampião seria homossexual; fato publicado na verdade, em livro de Pedro Moraes, do estado de Sergipe.

Outro momento importante foi o balanço das Avante-Première do Cariri Cangaço 2013, feito pelo curador do evento e diretor do GECC, Manoel Severo. Em sua apresentação Manoel Severo apresentou os números da ousada iniciativa do Cariri Cangaço em realizar eventos prévios antes mesmo de sua realização oficial que acontecerá em Setembro deste ano de 2013 na região do cariri, no Ceará. "Foi maravilhoso levar o Cariri Cangaço para outros estados e perceber a grande integração que já existe entre todos os que pesquisam a temática" completa Severo.


 
Manoel Severo e o balanço das Avante-Premiére do Cariri Cangaço em 2013
 Fádina Lacerda e Zeca
 
Tomaz Cisne, Wilton Dedê e Audízio Xavier
 Leopoldo Kawisner

A noite contou ainda com eletrizante debate sobre as contradições nos depoimentos do ex-cangaceiros; com destaques para as declarações de Sila, Dadá e Candeeiro, tendo como protagonistas principais do debate os pesquisadores Ângelo Osmiro, Juliana Ischiara e Aderbal Nogueira.

Aderbal Nogueira e as polêmicas declarações dos ex-cangaceiros
Audízio Xavier e Manoel Severo
Camilo Vidal e Aldo Anísio
 
Lívio Ferraz, Aderbal Nogueira, Juliana Ischiara e Ângelo Osmiro

A noite contou com forte presença dos sócios e amigos do GECC e do Cariri Cangaço, com destaque para o jornalista e produtor Jonasluis da Silva de Icapuí e Ângela Tavares; documentarista Aderbal Nogueira, escritores Ângelo Osmiro e Haroldo Felinto, pesquisadores, Juliana Ischiara e Tomaz Cisne, Edilson Cláudio, jornalista Vicente Alencar, Aldo Anísio, Camilo Vidal, Lívio Ferraz, Comendador Mariano e Dra. Maria Amélia, Fádina Lacerda, Audízio Xavier, Cel Gutemberg e Dr. Noveli Lapa, Wilton Dedê, Leopoldo Kawisner e o curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo Barbosa.

GECC - CARIRI CANGAÇO

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A Mulher Rendeira


Virgulino, por ser muito esperto, atraiu a predileção de sua avó e madrinha de batismo, D. Maria Jacosa. Quando o menino completou cinco anos de idade, levou-o para morar em sua casa.

Maria Jacosa Vieira Lopes, 'Tia Jacosa' - avó de Lampião - fonte: Portal do cangaço

O menino espantava-se com a rapidez com que sua avó trocava e batia os bilros na almofada, mudando os espinhos nos furos, tecendo rendas e bicos de refinado gosto.

Foto de mulher fazendo renda - papjerimum.blogspot.com

Virgulino Ferreira da Silva, o afamado e sanguinário Lampião foi educado tanto pelos pais quanto pela avó, sendo dona Maria Jacosa conhecida por mulher rendeira. 

Foto da Fazenda, Poço do Negro Propriedade de: Jacosa Vieira do Nascimento e Manoel Pedro Lopes, avós de Virgulino - fonte : portaldocangaco.blogspot.com

A casa da avó ficava a cento e cinquenta metros da casa paterna e, o menino brincava no terreiro das duas casas. 

casa onde  Lampião nasceu e foi criado por Dona Jacosa, sua avó - http://g1.globo.com

Mais tarde, em homenagem a sua avó, comporia a música que serviria de hino de guerra para suas andanças: "mulher rendeira".

"Houve grande empenho em destruir a memória de Lampião. Primeiro, arrasaram-lhe na Ingazeira a casa paterna e natal e a dos avós maternos, deixando unicamente restos dos torrões dos alicerces".(Frederico Bezerra Maciel)


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O começo de uma carreira de horrores

Foto do acervo do escritor João de Sousa Lima - www.istoe.com.br

Lampião inspirou muita literatura, mas não foi a origem da palavra cangaço. No século XIX, ela já designava bandoleiros nordestinos que carregavam o rifle deitado sobre os ombros, lembrando a canga, arreio de madeira que vai sobre o pescoço dos bois, e o nome pegou. Canga, cangaço, cangaceiro.

Arte - www.onordeste.com

O pernambucano Cabeleira, nascido em 1751, foi o primeiro a virar mito. Acabou enforcado. 

Lucas da Feira

Lucas da Feira, de 1807, também foi executado, mas antes viajou ao Rio para estar com 

D. Pedro II - www.portalsaofrancisco.com.br

D. Pedro II, que desejava conhecê-lo. Depois vieram Jesuíno Brilhante, Meia Noite, Antonio Silvino e Sinhô Pereira. 

Sinhô Pereira sentado e seu primo Luiz Padre

Foi no bando deste último que Virgulino Ferreira da Silva ingressou, aos 24 anos.

Filho de um pequeno proprietário rural, o rapaz sabia ler e era hábil artesão em couro. Mas entortou sua biografia em l915, quando acusou um empregado do vizinho José Saturnino de roubar uns bodes.

José Saturnino - inimigo nº. 1 de Lampião

rixa entre as famílias durou anos. Em 1919, Virgulino e dois irmãos, Livino e Antônio, caíram no crime. Matavam gado do inimigo e assaltavam.

No encalço dos três irmãos, a polícia prendeu um quarto, o inocente João. 

João Ferreira dos Santos - http://portaldocangaco.blogspot.com.br

O pai, José Ferreira, fugiu. No caminho, hospedou-se na casa de um amigo, onde foi morto pela polícia. Virgulino, diz a lenda, jurou: "De hoje em diante vou matar até morrer".

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