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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

A vida nem sempre bela de Maria Bonita

Ronaldo Pelli
Maria Bonita nasceu em 1911 e morreu em 1938 / Fonte: Wikimedia-cc

No ano de seu centenário, pesquisador (João de Sousa Lima) lança segunda edição de biografia da pioneira do cangaço

Maria Gomes de Oliveira foi uma mulher polêmica. De temperamento forte, foi pioneira no seu métier. Isso lhe trouxe fama e uma série de histórias controversas, além de um apelido que assustava as pessoas: Maria Bonita. Neste ano, a mulher de Lampião teria completado cem anos, se viva, no dia da mulher, 8 de março. Aproveitando a data, João de Sousa Lima, pesquisador do cangaço, já organizou um evento sobre a primeira mulher a ser cangaceira, e agora lança a segunda edição de seu “A trajetória guerreira de Maria Bonita, a rainha do cangaço”.
João, que tem outros livros sobre o assunto, diz que o livro “narra a vida de Maria Bonita, desde seu nascimento até a morte na Grota do Angico”. Segundo o escritor, a obra passa “por histórias acontecidas na infância, no casamento atribulado com o sapateiro José Miguel, ‘o Zé de Nenê’, os bailes na juventude e a apresentação pelo um tio ao Rei do cangaço”.

O pesquisador afirma que Maria Bonita entrou no cangaço com 18 anos, “no finalzinho de 29” e morreu menos de nove anos depois, em 28 de julho de 1938, junto com Lampião e mais nove cangaceiros na Grota do Angico, em Poço Redondo, Sergipe.
Durante esse período, ela, junto com o grupo de cangaceiros, é associada a situações escabrosas, como assassinatos e torturas cheias de crueldade, como se pode ver na reportagem da RHBN de maio, “Fascinantes facínoras”. Por outro lado, há muita gente que a considera um ícone. João tenta fugir da polêmica ao explicar que o mais importante é recontar a história, independentemente dos julgamentos: “Maria Bonita e por consequência a história do cangaço tem que ser passada pelo contexto histórico acontecido no Nordeste brasileiro.”
Leia abaixo uma entrevista com o autor:

Revista de História: Como Maria Bonita conheceu Lampião?
João de Sousa Lima: Ela conheceu Lampião em 1929. Foi apresentada pelo tio Odilon Café e estava separada do antigo marido havia 15 dias. Com o cangaceiro, teve quatro filhos: dois abortos, a Expedita e o Ananias, o qual morreu no ano passado tentando provar esta paternidade - o resultado do DNA corre em segredo de justiça.
Capa do livro sobre Maria Bonita escrito por João de Sousa Lima.
Capa do livro sobre Maria Bonita escrito por João de Sousa Lima.
RHBN: Heroína ou bandida? É possível responder a essa questão?
João de Sousa Lima: Maria Bonita se tornou um nome mais conhecido por ser a mulher do comandante supremo do cangaço. Maria Bonita, e por consequência a história do cangaço, tem que ser passada pelo contexto histórico acontecido no Nordeste brasileiro. A questão de bandido ou herói tem dividido opiniões, porém o mais importante é o registro dos fatos acontecidos, não podemos julgar a história de um povo, de uma raça, de uma comunidade. Toda a história desde a criação é repleta de momentos sangrentos, de guerras e de lutas. Precisamos levar para as gerações vindouras esses fatos, sem nada alterar ou modificar como fazem os historiadores irresponsáveis. A polícia, que era quem devia proteger a população, o sertanejo, foi muito pior que os homens e mulheres que viviam à margem da lei. A polícia matou mais, estuprou mais, roubou mais. Muitos desses crimes foram creditados aos cangaceiros. É importante que escritores e estudiosos do tema saibam manter a imparcialidade na hora de retratar os casos e deixem que a história e o tempo decidam essas questões polêmicas e que não cabem no olhar individual de algum analista.

RHBN: Por que a rainha do cangaço se transformou em uma espécie de ícone do movimento feminista brasileiro?
João de Sousa Lima: Ela não se tornou símbolo do feminismo brasileiro, ela se tornou sinônimo de mulher corajosa, decidida, que rompeu parâmetros de uma época para seguir um grupo comandado por um homem que vivia à margem da lei. Pode ter se tornado exemplo para algumas outras mulheres, porém não foi intencional, ela foi para o cangaço apenas por ter se apaixonado por Lampião.

RHBN: Você poderia descrever, em poucas palavras, a personalidade de Maria Bonita?
João de Sousa Lima: Maria Bonita era uma mulher corajosa, decidida, acima de tudo apaixonada pelo homem que ela decidiu seguir. Foi menina, criança, amiga, companheira  e mãe. Tomou banho de chuva, se molhou em biqueiras e barreiros, fez bonecas de pano e de milho, correu, caiu levantou, amou, sofreu, sorriu, chorou, colheu flores, sentiu o calor causticante do sertão, divisou o verde em certos momentos, foi amada, ferida, feliz e sofrida, foi mulher sertaneja, de brio, forte, serena, severa, amamentou, partiu, voltou, tombou crivada de balas, uma mulher comum, porém com uma história diferenciada de todas as outras de sua época e de seu convívio.

LADRÃO BALEADO NO RJ COM TIRO DE FUZIL Cal. 7,62...

Por: Capitão Alfredo Bonessi

Muitos me têm perguntado quais são os efeitos de um tiro de fuzil, daqueles usados no cangaço. Veja o vídeo, sem bem que o do cangaço eram 7 mm, mas a mesma coisa em efeitos.


Enquanto não vem cangaço - A Noviça Rebelde


Dame Julie Andrews, DBE (Walton-on-Thames, 1 de outubro de 1935) é uma famosa atriz inglesa, célebre por suas performances em vários musicais no teatro e no cinema, onde desempenhou também as funções de cantora e dançarina. Também sempre dedicou-se ao trabalho na televisão. Foi agraciada com importantes prêmios como Oscar, Globo de Ouro, Emmy, Grammy, BAFTA, People's Choice Award, Theatre World Award e Screen Actors Guild. Julie também é escritora de livros infantis.
No Ano Novo de 2000, foi homenageada pela Rainha do Reino Unido com a Ordem do Império Britânico, como Dame Commander of the British Empire (DBE).


Um dos filmes mais adorados de todos os tempos, A Noviça Rebelde tornou-se um verdadeiro fenômeno cultural, conquistando admiradores geração após geração. 


O filme incomparável de Robert Wise (diretor do outro musical clássico Amor, Sublime Amor) traz a história da noviça Maria, interpretada por Julie Andrews, que, no início da 2ª Guerra Mundial ao trabalhar como governanta de um nobre, precisa escolher entre continuar no convento ou ficar com o patrão, por quem se apaixona.


 Agora, o filme ganha uma edição especial em DVD, imperdível, em comemoração ao seu 40º aniversário, em que é possível não apenas reviver todos os seus momentos e canções, como descobrir cada detalhe sobre uma das produções mais famosas de todos os tempos. A Noviça Rebelde arrebatou cinco Oscar®, incluindo o de Melhor Filme.

A verdade histórica

Por: José Cícero

Mesa de Debates: Angico, SESC Crato

A verdade histórica. O que é isso? Uma pequena reflexão sobre o Cariri Cangaço 2011

O conhecimento dos fatos históricos não é e, tampouco, pode ser em qualquer tempo privilégio de ‘seu ninguém’. Cada um quer seja pesquisador por vocação, hobby ou historiador por academicismo ou por cátedra, terá o direito sagrado de acreditar naquilo que bem entender. Contudo, a ciência está aí, gritando alto quase a romper os nossos tímpanos. Os fatos ainda rastejam (no caso do cangaço lampiônico) pelos sertões adentro, grávidos de verdades. A verdade às vezes salta aos nossos olhos em alguns momentos saturados pelo carvão do tempo. Quando muitos de nós, pobres mortais ficamos cegos diante dela pela enormidade da nossa arrogância...

Mas é imperioso que vejamos, igualmente, com o tato das mãos e a sensibilidade do coração o óbvio ululante, somado a uma dose considerável de experiência empírica e companheirismo como a argamassa necessária à corporificação da verdade que almejamos constatar. Posto que, pela história escrita nos transportamos muito além do tempo... Ainda, que tenhamos a capacidade de puder dividi-la com os outros. Por conseguinte é preciso que vasculhemos os pergaminhos dos que chegaram ao palco dos acontecimentos primeiros que nós.
Que sejamos verdadeiros o suficiente. Os “ratos de biblioteca”, freqüentadores de sebos. Aperreadores dos amigos ante a sede de saber sempre mais. Que sejamos dados aos livros... ‘Livros à mão cheia...’ Que alimentemos a ousadia, tanto quanto a tenacidade no desiderato da busca cotidiana. Que sejamos capazes de cultivar a humildade como uma lanterna de popa que nos dará o rumo certo do caminho a ser seguido, tal qual um Dom Quixote e seu Sancho Pança das bibocas do mundo.

Deputado Inácio de Loiola e José Cícero

Pois lá no fundo escuro desta leitura, bem como nas informações do povo – principal protagonista desta saga -, é que jaz todo o ouro da verdade que buscamos a todo custo encontrar. A verdade que procuramos como o ‘elo perdido’ que nos falta para construirmos de uma vez por todas, os alicerces inquebrantáveis do edifício histórico a que nos propomos edificar em nome do passado, do presente e do futuro. E, digamos, que no estudo analítico e descritivo do cangaço nordestino não é lá muito diferente de outros fenômenos sociológicos ocorridos pelo Brasil e pelo Globo. Razão da nossa necessária modéstia e ponderabilidade na qualidade de estudiosos e observadores atentos da fenomenologia cangaceira.

Nós, os pesquisadores, o mínimo que podemos fazer é lançar um pouco mais de luz sobre os acontecimentos, e não nos arvorarmos como seus donos - os neo-coronéis do asfalto. Tudo com base no estudo, na análise, na comprarão e, sobretudo na pesquisa. Sem, contudo, perdermos de vista o foco central em nome de uma contraproducente posição de faraó – dono da verdade e/ou porteiro-mor dos caminhos objetivos. Destarte, nunca é demais ressaltar que, ser inteligente é também ser simples e modesto. Todo o resto é falso e fisiológico.

Nada no estudo, quanto na pesquisa pode ser tão negativo e inaceitável quanto a demonstração da intolerância/arrogância. Por isso, é mister dizer que, qualquer arrogância é sempre pior do que a ignorância. Quem procura a verdade deve está preparado o tempo todo para as pequenas descobertas como a verdadeira pavimentação para o caminha das grandes conquistas. Aprender deve ser inapelavelmente a palavra de ordem. Mas, sobretudo saber dividi-las com seus companheiros de caminhada. Partícipes de uma mesma causa. Protagonistas de um mesmo objetivo. Assim como, dos que porventura estejam igualmente à margem do caminho. Pois ninguém jamais saberá o suficiente, ao ponto de querer se impor como o dono da verdade absoluta.
O mundo, assim como a própria vida é, amiúde, uma sucessão de descobertaspaulatinas. Ninguém saberá tanto, quem não possa aprender com o mais humilde e incipiente dos aprendizes. Tudo na vida é inconcluso. Aprendemos sempre mais quando ensinamos e dividimos o pouco que sabemos com os outros...

Por mais que não aceitemos, toda verdade é dimensional e, por conseqüência, tem seu quê de relativo. De forma que não podermos, por nenhuma razão, afastar ou mesmo querer desconsiderar o seu caráter subjetivo que se plasma segundo a contribuição e compreensão de cada um dos indivíduos envolvidos. A verdade em muitos casos, é filha do tempo e não da força ou da imposição descabida, como de quando em vez, presenciamos por alguns pseudo-arautos da história ou vendilhões do templo. E digamos por fim, que nos estudos e nas pesquisas relacionadas ao cangaço lampiônico nada até agora foi diferente.

A ilusória ditadura do conhecimento é um câncer que destrói aos poucos a historiografia planetária e, sobretudo dos grotões dos esquecidos - os sertões nordestinos. Urge então, que nos afastemos dela enquanto há tempo. É urgente, portanto, que caiamos na real. Que todos aqueles que por algum motivo, ainda continuam se imaginando donos da verdade que se conscientize dos seus malefícios, enquanto processo de estudo e aprendizagem. É notório que isso não ajuda em nada quanto ao processo evolutivo do estudo do cangaço, por exemplo. A menos que não queiram o crescimento desta causa. A menos que não queiram que o domínio deste conhecimento histórico não venha se tornar um patrimônio do povo. A menos que continuem achando que o conhecimento da história, seja um monopólio como no passado de uns poucos. Que se ache um prodígio. Um supra-sumo da história. Um ser iluminado e insubstituível. Mas convenhamos. Isso não é certo. E nunca será.

Há que sejamos solitários com as massas. Com os que têm sede de conhecer a verdade sobre si mesmos e do solo em que nasceram. Há que distribuir com os outros os conhecimento que acumulamos durante a existência. Toda história verdadeira é um patrimônio da humanidade e, em especial, daqueles que a viveram a ferro e fogo. Toda história como uma construção social só teve pertencer aos seus próprios sujeitos. E com o cangaço nordestino nada disso pode ser diferente. Há que se ter uma visão holística também em relação à história e todos os seus desdobramentos...

Cultivemos além do solidarismo científico, a humildade como uma das ferramentas fundamentais para a difusão do que foi de fato a temática do cangaço – o maior fenômeno social e político dos sertões. Que possamos ter aprendido um mais pouco durante a terceira edição deste Cariri Cangaço. Na certeza de termos coletivamente contribuído para o 'conehcer' da história do Cariri em particular e, do Nordeste em geral – só isso já será um grande feito. Algo digno de nota e elogio. E tudo isso é, deveras fruto de um esforço coletivo.

Como de resto, direi: quem quiser contestar, por exemplo, o que de fato aconteceu em Aurora. Isso é muito mais do que louvável – é primordial, justo e necessário. Contudo, terá que no mínimo, ter lido algo pertinente ao que aqui aconteceu; estudado, pesquisado, escrito... E assim, ter igualmente conseguido se despir de qualquer ranço de proprietário da verdade absoluta.

José Cícero

Secretário de Cultura de Aurora
Conselheiro do Cariri Cangaço
Aurora-CE

http://www.blogdaaurorajc.blogspot.com/

http://www.prosaweversjc.blogspot.com/

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Nota de solidariedade

Por: Kiko Monteiro

Aos amigos de todo Brasil que estão nos enviando pedido de informações sobre o tão esperado lançamento do livro de Vera Ferreira e Germana Araújo, informamos:

Atendendo a seu convite, estivemos na última Quarta-feira com Vera e fomos contemplados com um exemplar de BONITA MARIA do CAPITÃO.

Fera Ferreira, neta de Lampião e Maria Bonita

Também conversamos sobre o desenvolvimento e parcerias especialíssimas que proporcionaram este virtuoso livro.

 Ao tempo em que rogamos à toda nação cangaceiróloga que neste momento direcionem suas orações para esta família em especial à Dona Expedita que tanto precisa de alento.

A divulgação estava prevista para iniciar de imediato, mas o momento em que nossa amiga ansiava por lançá-lo oficialmente,  culmina com o agravamento do estado de saúde do seu pai o Sr. Manoel Messias Neto, 84 anos. 

Sim, o genro único do Rei do Cangaço encontra-se na UTI de um hospital na capital sergipana e a família Ferreira evidentemente está unida de corpo e alma acompanhando a dor do seu patriarca.  

Portanto evitando uma involuntária negligência em atender as encomendas pedimos em nome das autoras vossa compreensão.  

Ficamos aguardando instruções e autorização para vinculação da campanha.

Kiko Monteiro

Enquanto não vem cangaço - Gigliola Cinquetti

Por: José Mendes Pereira


Gigliola Cinquetti nasceu em Verona, no dia 20 de dezembro de 1947.  Cantora, atriz, jornalista e apresentadora italiana. Nasceu em uma família abastada de Verona. Formou-se no Liceu Artístico de Verona e começou a cantar ainda jovem. Estreou aos 15 anos, em 1963, vencendo o Festival de Castrocaro com a canção "Le strade di notte", de Giorgio Gaber. No ano seguinte, venceu o Festival de Sanremo de 1964 com a canção Non ho l'età (per amarti), de Nicola Salerno e letra de Mário Panzeri.


Dois meses depois, venceu, com a mesma canção, o Festival Eurovisão da Canção, em Copenhague. Das doze edições de Sanremo das quais participou, Gigliola arrematou duas. A segunda foi, em 1966, interpretando "Dio, come ti amo!", de Domenico Modugno, cujo sucesso levou à produção do filme homônimo, protagonizado pela própria Gigliola.

A Melhor Cantora Italiana
de todos os tempos...

Vídeo do orkut: Ivanildo Alves da Silveira

Em 1973, ganhou o concurso do programa Canzonissima com a canção "Alle porte del sole" — que, reeditada dois anos depois pelo cantor ítalo-americano Al Martino, chegou à 17ª posição no Billboard.

En 1974, obteve o segundo lugar no Festival Eurovisão para a canção "Sì" (perdendo para "Waterloo", do grupo sueco ABBA). A versão inglesa dessa canção chegou ao 7º lugar de vendas na Inglaterra. Essa música levou a RAI a adiar a transmissão da Eurovisão para depois de 12 de maio de 1974, dia do referendo que decidiria revogar (ou não) a Lei do Divórcio. Acreditava-se que a letra — que repetia várias vezes o refrão Sì, sì, sì ("sim") — poderia influenciar o voto dos italianos na opção "sim".


Depois disso, Gigliola se casou com o jornalista Luciano Teodori, ficando vários anos afastada da mídia para se dedicar à família. Voltou em 1981, dessa vez como jornalista, no programa Linea verde, de Frederick Fazzuoli, além de escrever uma coluna semanal para um jornal. Em 1982, apresentou, com Enzo Tortora, o programa Portobello, cantando e dançando o twist. Passou a colaborar com diversos jornais. Em 1996, apresentou um programa de verão em cinco episódios, intitulado Donne - Viaggio nella storia delle donne italiane, veiculado pela RAI International. Em 1991, conduziu um talk show na televisão de Montecarlo. No mesmo ano apresentou a edição do "Euro Festival".


Além da música, Gigliola sempre gostou de pintura e arte. Algumas capas de seus álbuns, como La Bohème e Mystery, foram elaboradas por ela. Em 1973, ilustrou o livro infantil O pescatelle, de Umbertino di Caprio; Em 1976, foi a vez de Inchistrino, do mesmo autor.

A última participação de Gigliola Festival de Sanremo foi em 1995. Três anos antes, lançou seu último álbum de estúdio — La Poèsie d'une Femme —, que a levou a apresentar-se na televisão francesa.

Desde os anos 1990, trabalha na televisão pública italiana RAI. Em 2008, recebeu o Premio Giulietta alla Donna, em homenagem a sua carreira.


Lampião Além da Versão - Mentiras e Mistérios de Angico


Não deixe de adquirir a 3ª. edição de

"Lampião Além da Versão - 
Mentiras e Mistérios de Angico"


do  sergipano escritor e pesquisador do cangaço Alcino Alves da Costa.

A presente obra foi produzida em Cajazeiras, na Paraíba, sob os cuidados do 


Professor Pereira.

Total de páginas:
410 págs.

Valor:
R$ 50,00 (Com frete incluso).


Se você demorar solicitar o seu, a edição poderá se esgotar.

São várias histórias sobre o "Cangaço".
Você vai conhecer as melhores histórias de Lampião e sua respeitada malta.
O grande e falado encontro de Lampião e o coronel Joaquim Resende.
A paciência que usava o  Manoel do Brejinho para atender os famosos Lampião  e Corisco.
O assassinato do cangaceiro Vulcão.
A perseguição das volantes para assassinarem o cangaceiro Zepelim. 
A bagunça que  os cangaceiros fizeram no coito de Lampião.
Morte do tropeiros.
Corisco, após a morte de Lampião, ninguém mais o respeitava.
A castração de Beijo. 
A vingança de Lampião no Estado de Alagoas.
 O assassinato de Santo da Fazenda Mandassaia. 
Execussão dos Tropeiros.
A morte de Brió.
O assassinato do cangaceiro Pau Ferro.
Assassinato de Tonho Vicente e Sisi.
Morte de Mariano e seus comparsas. 
Mortes das cangaceiras Rosinha e Adelaide.
Covardia feita por Chico Geraldo causou a morte de Torquato e Firmino, e outras mais.

Peça o seu leitor, para não ficar sem este trabalho em sua estante.

A AVENTURA DO VERDADEIRO ROBINSON CRUSOÉ


FAMOSO NÁUFRAGO DO ROMANCE DE DANIEL DEFOE, REALMENTE EXISTIU. MAS ELE DESEMBARCOU DO NAVIO POR VONTADE PRÓPRIA E VIVEU POR MAIS DE QUATRO ANOS EM UMA ILHA DA AMÉRICA DO SUL

AUTORIA – Yvan Matagon

Na pequena Bristol de 1714, todo domingo se via passar pelas ruas um senhor vestido de preto. Por baixo do casaco, o inglês exibia mangas rendadas. Usava uma peruca volumosa e a espada atada à cinta. Entrava nas tabernas para conversar com os operários e marinheiros. Ninguém sabia seu nome, nem o que fazia nos outros dias da semana. Quando o domingo chegava ao fim, ele desaparecia.

Porto de Bristol - Fonte - http://gallery.e2bn.org
Esse comportamento bem peculiar lhe valeu a alcunha de “Gentleman Sunday”, o Cavalheiro Domingo. Almoçava invariavelmente na pensão Leão Vermelho, freqüentada por gente muito esquisita. Num domingo como outro qualquer, entrou nesse estabelecimento um homem vestido de pele de cabra, gorro e botas de cano alto. O Cavalheiro Domingo e o “selvagem” logo simpatizaram e fizeram amizade. Passaram a ouvir juntos o sermão noturno. Ambos eram crentes fervorosos.
Todos conheciam o tal selvagem. Os jornais de Londres já haviam relatado sua extraordinária aventura e ele mesmo contou-a minuciosamente ao Cavalheiro Domingo naquela noite. Seu nome era Alexander Selkirk. Nascido em 1676 em Largo, na Escócia, foi o sétimo filho de um próspero – mas turrão – artesão de peles. Não queria ser comerciante como o pai por nada neste mundo. Aos 19 anos, recebeu uma condenação por indecência pública por namorar na igreja e decidiu fugir da cidade. Embarcou então em busca de novos horizontes.

Capitão William Dampier, antigo comandante de Selkirk. Esteve na Bahia em 1699 - Fonte - http://pt.wikipedia.org
Atraído pelo mar, Selkirk preferiu os corsários à Marinha britânica. Apesar de mais arriscada, a carreira era mais bem remunerada. Ele participou da expedição dos capitães Stradling e Dampier numa campanha que prometia muito lucro. Depois de vários meses, no entanto, eles não fizeram nenhuma pilhagem. William Dampier, capitão do São Jorge, revelou-se melhor etnógrafo que pirata. Célebre explorador e navegante talentoso, escreveu diversas obras, entre as quais Discurso sobre os ventos, acerca das correntes e dos ventos marítimos, que seria utilizada depois pelo capitão James Cook e pelo almirante Horatio Nelson.

Barco semelhante ao que Selkirk navegou - Fonte - http://wamuseum.com.au
Selkirk atribuía à indecisão e à indolência de Dampier a ausência de butim. Já Stradling, o capitão do Cinco Portos, foi acusado pro ele de ser autoritário e até mesmo ditatorial. Quando estavam navegando ao largo das ilhas Juan Fernández, um arquipélago do Pacífico, Selkirk instigou nada menos que um motim a bordo do navio.
MARES DO SUL 
O arquipélago vulcânico ficava a 650 km da costa do Chile. Sem praias de areia fina nem palmeiras, tinha apenas colinas altas e baías tristes, de terra escura. Descoberto em 1574, possuía flora e fauna sui generis. Lá as samambaias chegavam a vários metros de altura e as lagostas pesavam 10 kg. No século XVIII, era uma escala conhecida por todos os navegantes dos mares do sul. Os ingleses, que não dispunham de um único porto no Pacífico, predominantemente dominado pelos espanhóis, costumavam navegar seus corsários pelas águas do arquipélago.

No quadro "A batalha da baía de Vigo", óleo sobre tela, de Ludolf Bakhuizen, feito em 1702, vemos um episódio da disputa pela sucessão do trono da Espanha opôs a Inglaterra ao país ibérico. Na ilha deserta, Selkirk quase foi pego pelos inimigos espanhois, que desembarcaram de surpresa.
Naquela época, a Guerra de Sucessão espanhola estava no auge na Europa, e os dois países se dilaceravam em todos os mares do globo. Quando os navios britânicos de Stradling e Dampier chegaram a uma das ilhas, no início de 1704, enviaram batedores para verificar se os inimigos hispânicos não estavam por lá. Em vez de espanhóis, encontram uma surpresa: foram recebidos por dois compatriotas. Tratava-se de tripulantes de um certo capitão Davis, que havia desembarcado lá sete meses antes – não era raro abandonarem naquelas ilhas os marinheiros em conflito com o comando: eles deveriam ficar esperando pacientemente a passagem de outra embarcação que se dispusesse a recebê-los a bordo.

Selkirk na cabana da ilha - Fonte - http://wamuseum.com.au
Para sobreviver, os dois marujos encontrados pelos subordinados de Stradling construíram uma cabana e se alimentaram de carne de cabra, animal introduzido na ilha pelos espanhóis. A chegada do Cinco Portos pôs fim ao castigo dos dois e deu início ao de Selkirk.
Acreditando contar com a adesão de uma parte da tripulação ao seu motim, Selkirk decidiu desembarcar voluntariamente. Mas nenhum outro membro o seguiu. Decepcionado, ateve-se à certeza de que o São Jorge, normalmente alguns dias atrás do Cinco Portos, não tardaria a ancorar na ilha e acolhê-lo a bordo. Afinal, Selkirk tinha direito à imunidade penal por ter saído do navio por vontade própria. Ou seja, não seria declarado desertor, crime punido com a morte naqueles tempos.

O exilado na ilha e suas armas - Fonte - http://badassoftheweek.com
Abandonado à própria sorte, viu-se sozinho com um fuzil, chumbo, apenas uma libra de pólvora, um machado e um facão. Do baú de bordo ele pôde retirar algumas camisas, mudas de roupa e objetos pessoais, entre os quais a Bíblia de Edimburgo e uma coletânea de salmos. Os dois marujos resgatados puseram à disposição de Selkirk os utensílios de cozinha e sua cabana. Ele não tinha a menor idéia que ia passar mais de quatro anos sozinho na ilha.
SOBREVIVÊNCIA
Sua preocupação inicial foi obter alimentos. Decidiu atacar as cabras herdadas dos marujos, já que na ilha não havia caça pequena nem pássaros. No início, tolerou a falta de sal e de pão, convencido de que a chegada do capitão Dampier era iminente. A exploração da ilha, o cuidado com a cabana e o descanso naquele asilo marinho ocuparam seus primeiros dias. Mas, com o transcorrer das semanas, foi obrigado a admitir o óbvio: o São Jorge não despontaria no horizonte. Selkirk ficou arrasado.

Fotografia de 1874 mostra dois homens em caverna utilizada como abrigo por Alexander Silkirk durante os anos que permaneceu na ilha - Fonte - BIBLIOTECA DO CONGRESSO, WASHINGTON
Depois de um tempo, cabisbaixo, encontrou uma morada mais conveniente que aquela erguida à beira-mar, perigosa caso os espanhóis ancorassem na baía. Selkirk descobriu um platô elevado, de difícil acesso. Seria um observatório perfeito para vigiar o mar. A cavidade natural, atrás da qual se estendia um vale de vegetação exuberante e um pequeno córrego, foi o seu novo lar. O escocês demarcou dois espaços nessa caverna: um serviria de quarto e o outro, de cozinha. Construiu um galpão com galhos e cobriu o teto de varas de samambaias. Peles de cabra forravam as paredes do refúgio, escondendo a única janela e a porta. O marujo sabia que o inverno na região era chuvoso e frio.
Levou para lá tudo que tinha. Fez uma cama de galhos, mato seco e pele. Construiu também um redil para as cabras e assim reuniu um pequeno rebanho. Os filhotes nascidos em cativeiro eram menos ariscos. A seguir, tratou de procurar alimentação mais variada. As lagostas diversificaram agradavelmente seu cardápio. As focas do sul da ilha também lhe forneciam uma carne pouco saborosa, mas com óleo em abundância. Terminada a reserva de pólvora, o suboficial modificou seu método de caça. Às vezes tinha de passar horas à espreita dos animais, mortos com uma clava que fabricara. Examinando a flora, descobriu uma espécie de acetosa cujo suco servia de vinagre. Encontrou couve-rábano e nabo plantados por seus predecessores e conseguiu extrair pimenta-do-reino e pimenta-branca de plantas trepadeiras. Este condimento revelou-se precioso: quando sua última pitada de pólvora desapareceu, ele passou a fazer fogo girando uma vareta entre as mãos numa placa de pimenteira. Por fim, obteve o sal fervendo a água do mar.

Ilha Juan Fernandez - Fonte - http://members.tripod.com
Na ilha, só não havia nativos. Ela ficava muito longe da costa para que os índios mais próximos, os araucanos, se aventurassem em suas embarcações de tronco de árvore. As duas únicas visitas que Selkirk recebeu foram dos marinheiros inimigos. Na primeira vez, ao voltar da caçada, detectou pegadas na praia e ficou louco de alegria. Mas logo ouviu vozes falando em espanhol. Apavorado, só se salvou graças à falta de disposição dos marinheiros para perseguir aquele selvagem branco mal-cuidado. Passou a noite inteira trepado numa árvore, aguardando a partida dos inimigos. O segundo desembarque não o surpreendeu: ele viu os espanhóis atracarem e se escondeu na floresta.
APEGO À RELIGIÃO
A vida se esvaía monotonamente. Com exceção das cabras, seus únicos companheiros eram os ratos e os gatos, fugidos de algum navio. Não lhe restou outro refúgio senão a Bíblia. Após um período de depressão, ele entregou-se ao misticismo. Observando escrupulosamente os domingos – mais precisamente, os dias que supunha domingo –, celebrava a missa para si próprio. A crença em algo superior revelada pela solidão nunca mais desapareceria.

Fonte - http://etc.usf.edu
Já fazia quatro anos e quatro meses que Selkirk vivia na ilha. O capitão Dampier, do São Jorge, não havia aparecido. Ao menos não até aquele momento. Mas foi justamente este homem, tão aguardado, que acabou salvando nosso aventureiro. Depois do São Jorge, Dampier voltara à Inglaterra arruinado por suas aventuras. Sua sede por novos ares levou-o a embarcar novamente em 1708, dessa vez como subordinado do capitão Woodes Rogers, no Duke. Dampier conduziu o navio ao arquipélago Juan Fernández na noite de 31 de janeiro de 1709. Os marinheiros ingleses ficaram alarmados: na escuridão, uma fogueira brilhava na praia e eles não tinham visto nenhum barco espanhol. No dia seguinte, Thomas Dover, médico e imediato do Duke foi encarregado da exploração. Acompanhado de homens armados, ele desembarcou e descobriu um Selkirk saltitante na praia.

Selkirk reencontra outras pessoas depois de quatro anos - Fonte - http://www.telegraph.co.uk
Ele contou sua história a Dampier, que o informou do naufrágio do Cinco Portos pelas mãos dos espanhóis. O resto da tripulação estava presa em algum lugar do litoral de Lima e ninguém o procurou porque ele era dado como morto. Stradling, o capitão que não o perdoou, conseguira fugir numa embarcação francesa.
Nas duas semanas que os ingleses passaram na ilha, Selkirk mostrou-lhes seu pequeno mundo. Matou cabras e renovou suas nassas, os cestos de vime feitos para pegar peixes. Assim, os marujos se recuperaram rapidamente dos ataques de escorbuto.

O caminho para casa - Fonte - http://www.nationalarchives.gov.uk/
O barbeiro devolveu-lhe a cara de civilizado. Na primeira noite a bordo, ele não conseguiu dormir: perdera o hábito do balanço do navio. Tampouco suportava usar sapatos nos pés. Nomeado segundo suboficial, Alexander Selkirk finalmente deixou a ilha no dia 14 de fevereiro de 1709. Desembarcou na Inglaterra em 1711, com a bolsa recheada de 800 libras. Podia reiniciar a vida.
RETORNO INCÔMODO
Voltou ao lar paterno, na Escócia, mas não conseguiu se readaptar. Arrumou uma pequena gruta atrás da casa e passou a levar uma vida reclusa, tendo como única companhia os gatos que criava. Sem se misturar com os habitantes da aldeia, ele passava os dias no mar, pescando, ou a vagar pelo mato. Interrompeu a solidão voluntária no dia em que conheceu Sophia Bruce, com quem se casou. O casal foi morar em Londres, mas não tardou para que se espalhassem boatos de violência doméstica. Lá, em 1713, Selkirk conheceu o ensaísta Richard Steele, que narrou sua aventura no The Englishman. Selkirk teve um breve momento de celebridade. Mesmo porque o capitão Rogers também o havia mencionado em Uma navegação ao redor do mundo, publicado anteriormente.

Retrato de Daniel Defoe, gravura, autor desconhecido, 1870
A mesma história foi contada por Selkirk ao Cavalheiro Domingo na pensão Leão Vermelho de Bristol, pouco antes de retornar ao mar. Seria exatamente por suas mãos que ele ganhara notoriedade.
O cavalheiro misterioso também era uma figura à parte. Nascido 50 anos antes, filho de um chapeleiro de uma família de puritanos integristas – os dissenters, partidários de Oliver Cromwell –, foi educado para ser pastor. Mas, com o retorno da monarquia e o triunfo do anglicanismo, viu-se perseguido, malquisto na pátria britânica. Tendo retomado o negócio do pai e, posteriormente, montado uma perfumaria, percorreu toda a Inglaterra e viajou à Escócia, à Alemanha, à França, à Itália e à Espanha. Seus fracassos mercantis geraram tantas dívidas que nunca pôde pagá-las. Por isso, escondeu-se em Bristol e só saía aos domingos: os credores não podiam perseguir os devedores no Dia do Senhor.
Dez anos e muitas peripécias depois, inclusive uma passagem pela prisão, ele se inspirou livremente na aventura de Selkirk para produzir uma obra-prima da literatura mundial.

A vida real de Selkirk já inspirava escritores em 1835 - Fonte - http://en.wikipedia.org
Seu personagem já havia partido novamente para o mar e, algum tempo depois, faleceu, aos 44 anos. Antes, ele deserdou a infeliz Sophia Bruce, de quem não se separou oficialmente, em benefício de sua segunda esposa, Frances Candis. Ao relato do marinheiro, o Cavalheiro Domingo acrescentou a história do índio Will, ao qual deu o nome de Sexta-feira. Ele teria sido esquecido na ilha mais de 20 anos antes.

Robinson Crusoé desembarca em ilha deserta, litogravura, Karl Offter, século XIX, Berlim, Alemanha © AKG IMAGES/LATINSTOCK
O escritor transformou o desembarcado num náufrago. Adicionou antropófagos e situou a ilha no Atlântico, nas proximidades do litoral do Brasil, e não no Pacífico original. Por fim, rebatizou o escocês. Deu-lhe um primeiro nome muito comum na região natal de Selkirk e colocou um sobrenome similar ao de um colega de escola que se tornara ministro. Para a posteridade, Alexander Selkirk passou a ser Robinson Crusoé. O Cavalheiro Domingo se chamava Daniel.
UMA ILHA DESERTA MUITO FREQUENTADA
O primeiro Robinson do arquipélago de Juan Fernández foi um índio misquito, Will, esquecido por seu capitão em janeiro de 1681. Ele viveu lá até abril de 1684. O náufrago seguinte, cujo nome não se sabe, o sucedeu durante cinco anos.

Ilha Juan Fernandez - Fonte http://www.destination360.com
Quando Selkirk desembarcou em 1704, dois marinheiros do capitão Davis moravam lá havia sete meses. Em 1741, o almirante Anson permaneceu na ilha por três meses. Em seu relato, ele apresenta o local como um verdadeiro paraíso perdido. No século XVIII, o arquipélago serviu de prisão de criminosos perigosos, alojados em cavernas. Cem anos depois, durante a guerra de independência do Chile, foi utilizado como cadeia de presos políticos.

Cruzador alemão Dresden, afundado pela sua tripulação em Juan Fernandez em 1915 - Fonte - http://www.comunajuanfernandez.cl
A colonização iniciou-se em 1877, dirigida pelo barão suíço Alfred de Rodt, que levou seu papel tão a sério que um grande número dos 500 habitantes eram seus descendentes. A ilha ainda conheceria outro “Robinson”: Hugo Weber, marinheiro do Dresden, navio alemão que, em 1915, perseguido por quatro couraçados ingleses, preferiu ser posto a pique na baía a se entregar. Entre os que se salvaram estava Wilhelm Canaris, futuro chefe da contra-espionagem nazista. Quando os marinheiros retornaram à Europa, Weber optou por ficar na ilha, instalando-se nos montes. Recluso na solidão, viveu por 30 anos intrigando os habitantes, que o consideravam espião. Com esse pretexto, as autoridades chilenas o expulsaram em 1945.

Placa erguida pela Marinha britânica em homenagem a Selkirk no arquipélago Juan Fernández. Corajoso, o marujo ainda voltou ao mar após a experiência traumática - Fonte - BIBLIOTECA DO CONGRESSO, WASHINGTON
Atualmente, pela excepcional riqueza de sua fauna e flora, o arquipélago de Juan Fernández foi declarado parque natural pelo Estado chileno e reserva mundial da biosfera pela Unesco.
Yvan Matagon é diplomado em história medieval. Trabalhou no arquivo do castelo de Dourdan e atualmente é bibliotecário da cidade de Troyes, na França.

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