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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

LUIZ GONZAGA E O RIO GRANDE DO NORTE


À venda nos seguintes locais 
Mossoró - RN:
Praça da Convivência - Corredor cultural - Centro
CAFÉ E ARTESANATO 
Natal - RN:
LIVRARIA NOBEL - Avenida Senador Salgado Filho, 1782. fone: (0xx) - 84 - 3613-2007 
Campina Grande - PB:
Vila do Artesão
FURLÃO ARTE EM COURO - Biagio Grisi
R$ 35,00
OBS: Para encomendas externas, há o acréscimo da taxa dos correios.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com 

Lançamento em cordel - A saga de Jesuíno Brilhante

Por Varneci Nascimento

Quando se fala em cangaço, o personagem mais lembrado é aquele considerado o maior deles, o primeiro sem segundo, o intrépido e temível Lampião. Todavia a história nos mostra que outros abriram o caminho para que ele passasse e reinasse praticamente incólume, sem que fosse abatido. Mas a história deixa as suas marcas e os historiadores poetas ou poetas historiadores estão sempre em busca destas para inovar sua arte, criar novas obras, encantar seus leitores. O cangaço de fato é um dos assuntos preferidos do cordel, mas não o único, pois a literatura é abrangente, está em busca dos mais simples aos mais complexos dramas humanos.

É o caso do cordelista natalense Nando Poeta radicado em São Paulo há cerca de cinco anos e que espalhou a sua poesia para o Brasil. Chegou tímido na Luzeiro buscando ler os clássicos dos cordéis brasileiros. Mas o seu apelido - Poeta, somado à sua história de vida que inclui engajamento nos movimentos sociais, aos poucos se tornaram um convite para lançar as redes em águas mais profundas no mar gigantesco do cordel. E ele seguiu um conselho interessante: “não tenha medo”. Corajoso, arriscou-se a escrevinhar as primeiras estrofes. De uma humildade singular, virtude nem sempre presente na maioria dos escritores, foi mostrando seus versos aos amigos que tem em boa parte do país. Os verdadeiros o incentivaram e corrigiram, os falsos elogiaram, os orgulhosos o mandaram parar e seguir no sindicato, os bondosos o abraçaram e o cordel mandou que ele seguisse lendo Leandro Gomes de Barros, José Camelo de Melo entre tantos outros gênios dessa arte secular.

O mundo vivia o auge da crise financeira e em pouco tempo estava pronto o primeiro trabalho de sua verve, A Turbulência Econômica. E começava bem, pela maior e mais importante editora de cordel do Brasil, a Luzeiro, sonho de todo poeta que conheceu o gênero através de suas publicações. Em poucos meses, graças ao  engajamento a edição se esgotara, pois os sindicatos acolheram sua obra e a partir dela promoveram importantes debates. Mas o potiguar ousado percebeu que havia uma lacuna a ser preenchida no meio de outras categorias; foi quando homenageou as mulheres em Mulheres em luta; depois os trabalhadores com O primeiro de maio, e em seguida, sonhou longe querendo  a construção de uma nova central sindical de luta publicando então, A arte de lutar.

O sociólogo Nando sabe da importância do estudo e por isso buscou conhecer mais e melhor a história do cordel, seus autores, suas influências, o meio em que viveram e as condições em que espalharam sua poesia. Partindo deles também espalhou a sua. Após a experiência acumulada lança agora um trabalho a respeito do Jesuíno Brilhante, um homem bem sucedido em sua época, mas que resolveu trilhar pelo cangaço, deixando que a vingança e a violência dominassem o seu coração. Depois de ler quase tudo que se referisse ao cangaceiro, é assim que Nando o apresenta:

Jesuíno Alves Brilhante,
Agricultor, fazendeiro,
Um homem bem-sucedido
Laçador e bom vaqueiro.
Mas querendo se vingar
Passou a ser cangaceiro.

Escrever sobre Jesuíno tornou-se um desafio, já que pouco se contou sobre ele. Mas o poeta cônscio de sua arte não o teme. É feito o garimpeiro que busca a pedra mais preciosa. Nestas estrofes encontraremos a intrepidez e a coragem de um cangaceiro que enxergava à frente do seu tempo. Homem que respeitava as mulheres, dando-lhes voz, vez, espaço e respeito.

Para entrar no seu bando,
Cumpriria o mandamento:
Não tocar no que é alheio,
Mulher, só no casamento.
Todos os membros que entrassem
Faziam esse juramento.

Roubar era de fato proibido ainda que fosse para servir ao bando. Mesmo entre os violentos existem regras a serem cumpridas. Mas viver à margem da lei e da ordem tem seu preço e com Jesuíno não fora diferente. A perseguição e a espada, a bala e o punhal estavam em seu encalço e por conta da sua rebeldia terminou tombando pelo poder constituído. O Estado só não tem força maior que o povo, pois este, caso queira, poderá desestruturá-lo. Todavia, no caso de Jesuíno era apenas ele o seu bando.

Aqui, Nando Poeta conduz o leitor a conhecer a saga de um dos mais importantes cangaceiros da história. Boa leitura.


www.varnecicordel.blogspot.com.br
http://lampiaoaceso.blogspot.com

Barro confirma presença forte no Cariri Cangaço 2013

Por: Manoel Severo
Matriz de Santo do Antônio do Barro

Uma das revelações da terceira edição do Cariri Cangaço: Barro, consolidou na manhã do último dia 26 de janeiro sua participação  como um dos principais anfitriões do Cariri Cangaço 2013.

Cenário dos mais importantes dentro da história do cangaço, sobretudo no que diz respeito ao inicio dos bandos cangaceiros de Sinhô Pereira e Virgulino Ferreira, Barro é o berço de uma das mais emblemáticas personalidades de toda essa Saga: Major José Inácio do Barro.

Manoel Severo e Sousa Neto: Barro confirmado como um dos anfitriões do Cariri Cangaço 2013


O Secretário de Cultura do município, pesquisador e escritor Sousa Neto, na ocasião representando o prefeito Neneca Tavares, assegurou a presença desse importante município na quarta edição do Cariri Cangaço 2013. Para Sousa Neto a presença de Barro no evento "é motivo de muita alegria e satisfação, uma vez que nossa cidade é um dos mais importantes cenários do cangaço do nordeste. Já estamos aqui nos preparando para acolher a todos os convidados do Cariri Cangaço 2013, para fazer uma grande festa nordestina".

Para Manoel Severo, curador do Cariri Cangaço "é impossível pensar em cangaço em nossa região e não ter o município de Barro entre os principais protagonistas desta história tão marcante para todo o nordeste. aqui em Barro temos o berço do bando de Sinhô Pereira, foi aqui em Barro que se ensaiou o primeiro bando de Lampião, foi aqui em Barro que fez história o Major José Inácio; então, trazer novamente o Cariri Cangaço até essas terras é motivo de muita alegria e a certeza de satisfação garantida a todos os pesquisadores, historiadores e escritores que vierem ao evento a partir do dia 17 de setembro".

Heldemar Garcia

http://cariricangaco.blogspot.com


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

17 a 22 de Setembro Cariri Cangaço 2013


Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha,
Missão Velha, Aurora, Barro e Porteiras

Cariri do Ceará - Brasil

http://cariricangaco.blogspot.com

Seu Pedro Leão e o alicate

Por: José Mendes Pereira

Apesar de ter sido um homem de boas condições financeiras Seu Pedro Leão não era arrogante, mas não dava chance a certas pessoas oportunistas. 

Foi um dos mais velhos comerciantes de Mossoró, período em que ela caminhava para o desenvolvimento. Seu Pedro Leão era um homenzarrão, de andar lento, conduzia sempre o seu paletó em um dos braços, não lhe faltava na boca um enorme charuto; tranqüilo quando alguém perdia a paciência com ele, igualmente quando chamava a atenção de alguém.

Em sua loja, no centro da cidade de Mossoró, no ramo de ferragens, vendia todos os tipos de ferramentas para marceneiros, pedreiros, agricultores, como por exemplo: pás, enxadas, alavancas, picaretas, lâminas serras, fechaduras, dobradiças, goma laca, alicates...

Certo dia, um sujeito fez-lhe uma compra em sua loja de um alicate de boa qualidade. Envolvido com um dos seus concorrentes, que no momento também fazia compras de outros utensílios, o sujeito esqueceu de examinar a ferramenta, isto é, se tinha algum defeito de fabricação. Pagou-a, recebeu-a juntamente com a nota de conferência, saindo da loja do seu Pedro Leão às pressas em busca da sua oficina.

Ao chegar, percebeu que as garras (boca) do alicate não casavam uma com a outra, e não querendo ficar com o prejuízo, sendo conhecedor dos direitos que o consumidor tem, resolveu voltar até a loja do seu Pedro, para lhe devolver o objeto defeituoso e receber outro sem aquele probleminha.

Logo que chegou à loja de ferragens seu Pedro estava ocupado com um freguês. Não querendo atrapalhar o atendimento do comerciante, resolveu esperar um pouco, até que ele despachasse o seu cliente.

Assim que seu Pedro liberou o freguês, disse-lhe que tinha voltado à sua loja, para fazer a troca de um alicate que havia comprado horas antes. E em seguida entregou-o acompanhado da nota de conferência, que era a verdadeira prova que tinha comprado lá.

Seu Pedro examinou o alicate, e vendo que estava defeituoso, mesmo assim disse-lhe que não o recebia.

O sujeito esbravejou dizendo-lhe que era sua obrigação, e não iria ficar com o prejuízo.

Usando a sua esperteza, Seu Pedro perguntou-lhe:

- Você não quer perder o alicate, não é?

- Quero não seu Pedro. Eu comprei ao senhor e é um direito seu fazer a troca da ferramenta.

- Troco não.

- Mas seu Pedro...

- Você que comprou só um não quer perder, imagine eu que vou perder esta ruma todinha aí! – disse ele apontado para a porção de alicates que estava na prateleira.

Seu Pedro não fez a troca, pois ele achava que todos os alicates que estavam no monte, estariam com o mesmo defeito de fábrica. Como ele iria perder todos os outros, não fazia mal o freguês perder só um.

Minhas simples histórias

Observação:

Até o momento não consegui a foto do seu Pedro Leão. Já estive no seu túmulo, mas não tem foto sua. Apenas a de seu Aluízio Leão, que era seu filho, proprietário de uma farmácia ao lado do Mercado Central. Já estive em sua casa, mas não consegui falar com a viúva do seu Aluízio. Como eu tenho na mente a pessoa de seu Pedro, se eu soubesse desenhar, o desenharia.

Clique no link ou o leve para o GOOGLE:


http://blogdomendesemendes.blogspot.com.br/2011/07/maria-dos-anjos.html

Reclus De Plá e José Peixoto Júnior no Cariri Cangaço 2013.

Por: Reclus De Pla e Sant'anna

Meu prezado companheiro e amigo Severo, saudações. 
Fiquei feliz com a informação sobre o Cronograma de Atividades para a construção do Cariri Cangaço 2013.  
Desejo que a construção seja coroada de êxito. Fiquei feliz também por ter merecido a sua honrosa atenção no sentido de me informar a respeito desse Evento que reputo de altíssima importância. 
Peço que desde já me considere desejoso de participar INCONDICIONALMENTE. Na época que for estabelecida apresentarei o meu pedido formal de inscrição.
Agradeço a sua consideração e peço que aceite o meu cordial abraço.

Reclus De Plá e Sant'anna
Rio de Janeiro

Por: José Peixoto Júnior

Amigo Severo.
Agradeço e retribuo a sua mensagem pela boa vinda de nosso Cariri Cangaço. 
Sejamos felizes, com saúde e paz. 
Estou entusiasmado com o Cariri Cangaço 2013. 
Um abraço.

José Peixoto Junior
Presidente da Associação Nacional dos Escritores
Brasília - DF

http://cariricangaço.blogspot.com

GECC à frente do Cariri Cangaço 2013 !


Caro amigo Severo, saudações.

Ficamos muito felizes com a alvissareira notícia.
O nosso GECC como sempre, está firme e forte no propósito de colaborar com a realização do IV Cariri Cangaço. A perspectiva de encontrar toda aquela turma já nos deixa ansiosos para que chegue rapidamente mais uma edição do maior encontro sobre cangaço do Brasil.
Um grande abraço e estamos as ordens.

Ângelo Osmiro Barreto
Presidente do GECC - Grupo de Estudos do Cangaço do Ceará
Fortaleza-CE

http://cariricangaco.blogspot.com