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terça-feira, 3 de abril de 2018

LAMPIÃO FALOU

https://www.youtube.com/watch?v=d1OAj8TBYDQ


Publicado em 18 de mar de 2012

Música Lampião Falou com Luiz Gonzaga.

FAZENDO RIQUEZAS NATURAIS

Clerisvaldo B. Chagas, 3 de abril de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.871

AMETISTAS BRUTAS. (YOUTUBE).
Como a Natureza produz pedras preciosas:
DiamanteFeito somente de carbono, o diamante é uma das poucas pedras preciosas que não costumam se formar na crosta terrestre, e sim no manto, um oceano subterrâneo de magma. A pressão e a temperatura do manto, capazes de liquefazer rochas, também comprimem e fundem o carbono na forma de diamantes, que são carregados à superfície pelo magma, misturados a rochas ígneas. Em raros casos, a pressão que forma rochas metamórficas na crosta terrestre também forma diamantes.
Esmeralda. Formada pela combinação dos elementos berílio, alumínio, silício e oxigênio em uma solução aquosa, a esmeralda costuma ocorrer em veios de água quente (hidrotermais) derivada do magma nas profundezas da crosta terrestre. Quando essa solução aquosa com esses quatro elementos se resfria, a esmeralda se solidifica.
Rubi e safira. Quando magma contendo alumínio e crômio encontra bolsões de ar na crosta terrestre que contêm oxigênio, esses três elementos se combinam e formam rubis. O crômio, um elemento raro, é o que dá a cor vermelha ao rubi. Se ele não estiver presente na brincadeira, a gema formada é a safira, que costuma ser azul.
TurquesaParecida com a esmeralda, a turquesa vem da combinação de elementos (fósforo, cobre e alumínio) em uma solução aquosa. A diferença é que essa solução não deriva do magma do manto, e sim do infiltramento de água da superfície na crosta terrestre. Quando o infiltramento se aprofunda o suficiente para o calor evaporar a água, a turquesa se forma.
Quartzo. É formado pela evaporação de uma solução aquosa contendo átomos de silício, o que ocorre tanto em veios de água de superfície na crosta terrestre quanto em veios hidrotermais. Com a presença de certas impurezas (com o ferro) durante sua formação, o quartzo pode ficar da cor violeta, também conhecido como ametista.
Fonte: (Petrobrás e outras).
Em Santana do Ipanema tem uma mina desativada de ametistas. Detalhes no livro inédito: “O Boi, a Bota e a Batina; história completa de Santana do Ipanema”.


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O PREFEITO JÚNIOR CHAGAS E O TOTAL APOIO AO CARIRI CANGAÇO POÇO REDONDO 2018

*Rangel Alves da Costa

Trazer o Cariri Cangaço a Poço Redondo foi uma luta. E ainda se desenrola uma batalha incessante para que tudo dê certo. E assim por que o Cariri Cangaço é evento de tamanha grandiosidade que não cabe sequer imaginar sua realização sem um longo e cuidadoso planejamento. Não é possível receber, de hora pra outra, mais de duzentos participantes, entre estudiosos, pesquisadores e escritores. E quantos turistas, entre brasileiros e estrangeiros, estarão em Poço Redondo de 14 a 17 de junho?
Os bons amigos sempre merecem a melhor acolhida. Os bons amigos do Cariri Cangaço e os demais interessados, dentre aqueles que já eram amigos de Alcino e outros que ao sertão acorrerão pelo amor à história, à cultura e as tradições, merecem a melhor acolhida. Não só o acolhimento como as janelas e portas abertas para tudo de belo e grandioso que Poço Redondo possa oferecer. E será este nosso empenho e nosso esforço maior, de modo que se sintam confortável e prazerosamente acolhidos, como mais tarde possam retornar pela saudade que certamente ficará.
E como se faz um evento assim, como possibilitar que tudo dê certo conforme o planejado ou ao menos se aproximar do que foi planificado? Somente com organização e tenacidade, mas também por um fator fundamental: o apoio da administração municipal, do prefeito, do gestor. A Comissão Organizadora elabora as diretrizes, traça todo o delineamento do evento, mas a sua efetiva concretização somente é possível com o apoio da prefeitura municipal.
Ora, sem que o prefeito chame para si também essa responsabilidade não há que se falar em possibilidade alguma de realização, até mesmo por que os patrocínios de entidades e pessoas estão mais escassos do que se imagina. Até o presente momento a Comissão Organizadora não recebeu sequer um centavo, nem mesmo dos estabelecimentos comerciais do município. E com relação ao gestor de Poço Redondo, o que se tem, na verdade, é um empenho pessoal do prefeito Júnior Chagas.
Significa dizer que o apoio pessoal do prefeito vai além do que a própria administração municipal possa oferecer. A prefeitura possui uma estrutura de serviços, de obras e de pessoal, que já está trabalhando para o sucesso do evento. Contudo, a relevância maior está no comprometimento do prefeito e no seu interesse que tudo dê certo, ainda que para tal ele mesmo disponibilize recursos.


Diga-se ainda que não é apoio de momento ou apenas pela iminência de sucesso do evento, pois o prefeito Júnior Chagas já desde muito que tem compromisso firmado com a direção do Cariri Cangaço, através de seu curador Manoel Severo e demais membros do Conselho Consultivo Alcino Alves Costa. Esteve pessoalmente acompanhando o Cariri Cangaço Exu e o Cariri Cangaço Floresta, e estará no Cariri Cangaço Fortaleza, entre os dias 26 e 29 deste mês. E no ano passado recebeu uma Comitiva Cariri Cangaço na sede da prefeitura e em seguida acompanhou a visita feita a Curralinho. E não permitiu que nada faltasse aos participantes.
Ainda no final do ano passado o prefeito Júnior Chagas autorizou a realização das obras necessárias na Estrada Histórica Antônio Conselheiro (Estrada do Curralinho), conforme solicitação da Comissão Organizadora. E já está tudo definido e logo as obras serão iniciadas. Quer dizer, a todo instante o que se tem o engajamento cada vez maior do prefeito perante o evento. Até o presente momento, jamais negou qualquer solicitação da Comissão Organizadora e assim faz por conhecer a importância do evento e por saber a seriedade como está sendo elaborado.
No último sábado, por exemplo, mais uma demonstração desse comprometimento, que mais corretamente se traduz em total apoio, pessoal e administrativo, do prefeito Júnior Chagas. Esteve presente na reunião realizada no Memorial Alcino Alves Costa e pela manhã inteira dialogou com todos sobre as ações em andamento e os planejamentos futuros. Desde o roteiro a artistas, desde a acolhida a demais eventos, tudo foi debatido e conduzido pessoalmente pelo prefeito.
O que dizer, então? Somente agradecer. Obrigado, prefeito Júnior Chagas, percebe-se facilmente que seu compromisso se traduz em ação. Por isso mesmo que teremos em Poço Redondo o maior e melhor Cariri Cangaço de todos os tempos. Avante!

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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AGRADECIMENTO!

Por José Mendes Pereira
Agradeço ao professor Pereira lá de Cajazeiras no Estado da Paraíba, pelos excelentes livros que eu recebi. 

VINGANÇA, NÃO DEPOIMENTO SOBRE CHICO PEREIRA E CANGACEIROS DO NORDESTE 

O FOGO DA JUREMA, CONCEIÇÃO E IBIRA

CAMINHOS DO PAJEÚ 

NAS REDES DAS MEMÓRIAS 
AS MÚLTIPLAS FACES DO CANGACEIRO CHICO PEREIRA



O primeiro "CAMINHOS DE PAJEÚ" eu já concluí a leitura, um excelente trabalho feito pelo escritor Luiz Cristovão dos Santos.

 O leitor deve adquiri-los o quanto antes para não ficar sem eles. Este é o e-mail do professor Pereira para você adquirir o seu ou os seus livros sobre cangaço:

franpelima@bol.com.br


Muito obrigado, professor Pereira, fico sempre ao seu inteiro dispor, e veja que eu já tenho vários livros na minha estante presenteados pelo mestre.

Fico grato!

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JULIANA, MINHA IRMÃ EM FESTA


Por Rangel Alves da Costa

Aqui ao meu lado, minha irmã Juliana Pereira, aniversariante de hoje. Irmã por que assim Alcino um dia abraçou-lhe a paternidade. Irmã por que a irmandade é feita no espírito, na alma e no coração, e não apenas pela linhagem sanguínea. Irmã por que sou irmão de quem me acolhe com afeto familiar. E irmão de uma irmã tão querida que somente os segredos sagrados para nos unir tão fraternalmente em nome do mesmo pai. Toda a felicidade do mundo, minha querida. Você merece toda a felicidade do mundo, minha doce Juliana!

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A MORTE DE PEDRO DE CÂNDIDO


Por José Mendes Pereira

Os escritores Clerisvaldo B. Chagas e Marcello Faustino contam no Livro “Lampião em Alagoas” páginas 450 e 451, publicado no ano de 2012, que o amigo estudado por nós, o famoso coiteiro do rei Lampião Pedro de Cândido, após a hecatombe de Angico, quando houve festas e promoções policiais no Estado de Alagoas, felizmente o tenente Zé Lucena (responsável pela morte do patriarca da família Ferreira, apesar de ter sido feita pelo seu comandado Benedito Caiçara) lembrou desta figura, e, o indicou ao comando da polícia para incluí-lo no efetivo da Força Policial, como recompensa, dando-lhe a patente de cabo, ficando destacado lá mesmo na cidade de Piranhas no Estado de Alagoas.


Três anos após a morte do rei Lampião e sua rainha Maria Bonita uma notícia tomou conta da cidade de Piranhas que um lobisomem estava tirando a tranquilidade da população daquela região, no local chamado Piranha de Baixo.

Nessa noite do dia 23 de agosto de 1941, um jovem de nome Sabino José Vieira passa no Bar de um senhor de nome Pedro Chico, sendo que este ambiente era muito frequentado pela população, e ali, a conversa sobre o lobisomem está sendo espalhada no recinto. Naquele tempo, as luzes da cidade tinham um controle, e eram apagadas às 23 horas (talvez, não sei, para economia de óleo diesel, já que naquele tempo a maior parte das cidades dos Estados Brasileiros era movido por motores explosões, assim eram chamados).

Como morava um pouco distante de onde se encontrava, e inevitavelmente tinha que passar por Piranhas de Baixo, Sabino põe a sua peixeira na mão, e seguiu viagem para sua residência. Em uma das curvas na estrada, ouviu um tropel, seguido de um ronco. Assustado, mas preparado, enfiou a sua peixeira no peito do suposto Lobisomem, ouvindo um gemido e a queda do corpo no chão. Às carreiras, Sabino José Vieira saiu em gritos, afirmando ter assassinado o lobisomem, que até então, para ele, era o suposto lobisomem.

“ - Eu matei o lobisomem”! “ - Eu matei o lobisomem! ”

O Sabino José caiu desmaiado em uma calçada. De repente, apareceu uma porção de gente do lugar, e cuidou dele, que mesmo no chão, continuava gritando, afirmando ter assassinado o lobisomem. Assim que se acalmou, Sabino contou como foi que assassinou o lobisomem.

Mas o Sabino José Vieira não havia assassinado um lobisomem, e sim o famoso ex-coiteiro do rei do cangaço Lampião, o Pedro filho da dona Guilhermina e seu Cândido lá de Piranhas, conhecido por Pedro de Cândido, que ali se encontrava envolvido num lençol de sangue.

Um dos participantes do reconhecimento do corpo de Pedro de Cândido com uma candeia, pôs a mão no peito da vítima para saber se ainda existia vida, mas findou dizendo: “- Acabou-se o homem”.

Fonte de pesquisa:
Livro: “Lampião em Alagoas”.
Páginas: 450 e 451.
Ano de publicação: 2012
Autores: Clerisvaldo B. Chagas e Marcello Faustino.

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OS SONHOS E REVELAÇÕES MÍSTICAS NO CANGAÇO


Por Junior Almeida

Para alguns a definição de sonho é que se trata de uma experiência que possui significados distintos se for ampliado um debate que envolva religião, ciência e cultura. Já para a ciência, é uma experiência de imaginação do inconsciente durante nosso período de sono. Desde os tempos remotos sonhos são citados na história como uma espécie de guia, de conteúdos reveladores para a salvação. Por exemplo, a Bíblia narra os famosos sonhos de José do Egito.

Segundo as Escrituras, o filho de Jacó, antes mesmo de ser vendido como escravo por seus invejosos irmãos e no futuro se tornar pessoa de confiança do faraó, já interpretava sonhos. Em uma de suas primeiras revelações José disse aos seus irmãos que tinha sonhado que “estavam no campo amarrando feixes de trigo e de repente, o seu feixe ficou de pé, e os feixes dos irmãos se colocaram em volta do seu e se curvavam diante dele”. Conta à história que os irmãos, que já não gostavam de José, aumentaram mais ainda seu ódio por ele.


Ainda vivendo em seu lar José sonhou e revelou aos seus irmãos outro sonho que teve, sendo entendidos esses sonhos como prenúncio da sua futura grandeza. Na “revelação” o filho preferido de Jacó via o sol, a lua e onze estrelas se curvaram diante dele. Seria o que as pessoas fariam no futuro, quando esse depois de algum tempo preso injustamente interpretou o sonho do faraó, onde previa sete anos de fartura e sete anos de seca no Egito, quando o faraó via em seu sonho sete vacas magras devorando a mesma quantidade de vistosas vacas no Rio Nilo.

O Livro Sagrado também fala que o anjo Azael visitou em sonho por algumas vezes outro José, esse descendente do Rei David e pai adotivo de Jesus. O objetivo de tais aparições em sonho do enviado de Deus seria para guiar a Sagrada Família em sua jornada e livrar-lhes dos perigos, bem como revelar ao casticismo esposo de Nossa Senhora o que se passava com sua companheira. Deus teria falado tanto em sonho com São José, que existe até uma imagem do santo denominada “São José Dormindo”, onde o santo carpinteiro aparece deitado,dormindo, esperando as instruções do anjo.

Na história bem mais recente, alguns episódios do cangaço também tiveram como pano de fundo o misticismo e os sonhos. Por tantas vezes se falou sobre as superstições que guiavam Lampião, ou em revelações nas rezas e sonhos. Na minissérie da Rede Globo, de 1982, “Lampião e Maria Bonita”, que teve Nelson Xavier interpretando o rei do cangaço e Tânia Alves como sua companheira, mostra a mulher de Virgulino sendo avisada em sonho que iam morrer numa emboscada. Claro que o sonho da “Santinha” de Lampião no seriado está no campo da liberdade artística do diretor, não se tendo comprovação de que realmente tenha acontecido, mas em outros casos da história do cangaço, sonhos guiaram pessoas e revelaram salvação bem como tragédias.

No episódio da chacina dos Gilos, no Sítio Tapera, em Floresta, Pernambuco, no ano de 1926, por exemplo, o misticismo se fez presente, quando uma rezadeira teria dito a Manoel de Gilo o paradeiro de seus burros roubados por Horácio Grande. A mística mulher teria alertado que esse deixasse os animais pra lá, pois em suas orações “via” que se fosse atrás dos animais, uma grande tragédia cairia sobre sua família, fato esse que aconteceu em 28 de agosto de 1926, onde quase toda família Gilo foi dizimada pelas calúnias de Horácio Grande e fúria de Lampião, nesse caso usado como arma de vingança.

No ano seguinte, durante o fracassado ataque a Mossoró, onde morreram alguns cabras de Lampião, e o Rei Vesgo sofreu uma de suas maiores derrotas de sua carreira de bandoleiro, outro episódio “do outro mundo” no mínimo inusitado apareceu na história. Conta Aglae Lima de oliveira em seu “Lampião, Cangaço e Nordeste” que já depois de morto, o pernambucano José Leite de Santana, vulgo Jararaca, apareceu em sonho para uma mulher de nome Joaninha Rosário para lhe mostrar onde estava enterrado o seu tesouro, a chamada botija. Segundo a autora, o casal Chico e Joaninha Rosário viviam de matar bodes e eram muito pobres.

Moravam a aproximadamente um quilômetro da casa de um italiano em que o cangaceiro ferido tinha ido pedir socorro. No sonho um aflito Jararaca teria dito que a sua alma estava nas trevas, penando muito por ter enterrado seu dinheiro, e portanto daria a botija a Joaninha em troca da liberdade da sua alma. No sonho o cangaceiro teria revelado o local exato de onde estava o tesouro, que era nas proximidades da casa do casal de “bodeiros” em baixo de três oiticicas e sinalizado com uma medalhinha “Deus te Guie”. O casal seguiu todos os rituais místicos dos arrancadores de botijas e se deram bem. Pra quem não tinha nada na vida, poderam levantar as mãos pro céu e rezar para agradecer a Jararaca, pois com parte do dinheiro da botija, 80 contos de réis, o casal comprou uma fazenda.

Só para ter uma noção do valor da botija de Jararaca, o dinheiro exigido por Lampião para não atacar Mossoró era 400 contos de réis. Dia 26 de março de 2018 o membro do grupo Lampião, Cangaço e Nordeste na rede social Face Book, Rivanildo Alexandrino, postou o que dava para comprar com a quantia que o Rei do Cangaço queria em terras potiguares. Seguindo o mesmo raciocínio do internauta, vemos que só com o dinheiro usado para comprar a citada fazenda o casal Chico e Joaninha poderia comprar 16 carros populares, que em dias atuais seriam necessários mais de 600 mil reais. Se Jararaca é santo ou não isso é outra história, mas aparecer em sonho e tirar um pobre casal da miséria já pode ser considerado por Chico e Joana Rosário como um verdadeiro milagre.

Outro fato da história do cangaço em que aparece a citação de um sonho foi em Serrinha do Catimbau, onde em julho de 1935 o bando de Lampião atacou a então vila de Garanhuns, atualmente município de Paranatama em Pernambuco. Assim como em Mossoró no rio Grande do Norte, a súcia se deu mal em Serrinha, tendo sido nesse fogo baleada nada mais nada menos do que Maria Bonita, a rainha do cangaço. Antes do ataque à vila, porém, os bandoleiros passaram no Sítio Azevém, onde saquearam a residência e comércio do casal Zé Basílio e Maria Gracinda, a Branca.

É certo que o casal ficou sem nada, pois os cangaceiros levaram tudo que o casal possuía, mas poderia ter sido pior. Dona Branca, a agricultora vítima do bando de Lampião, faleceu em 2017 com 103 anos de idade, e agradecia a um sonho que tivera dias antes da invasão de sua casa pelo bando de Lampião. Segundo ela no momento da agonia de ser ameaçada, lembrou-se de um sonho que tivera dias antes.

Ela sonhou que chegava uma mulher em sua casa e perguntava se ela tinha medo de Lampião. Branca no sonho respondeu que sim, pois sabia que os cangaceiros cortavam as orelhas das mulheres para tirar os brincos e os dedos para tirar os anéis. Então a mulher do sonho disse que não era assim. Que ela própria tirasse os anéis e desabotoasse os brincos, e entregasse aos cangaceiros que eles não buliam com ninguém. Que quando eles procurassem dinheiro, ela mesma fosse mostrar onde tinha, que eles não buliam com ela de jeito nenhum. Foi o que Branca fez durante o assalto e isso a deixava de certa forma confiante de nada de mais grave acontecer com ela e sua família.

*Foto: 1- Dona Branca, vítima do bando de Lampião em 1935 no dia do seu aniversário de 103 anos; 2- família Cariri Cangaço sobre os escombros da casa dos Gilos, no Sítio Tapera, Floresta, PE, maio de 2016; 3- cangaceiro Jararaca, preso e assassinado em Mossoró, RN, em maio de 1927.

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Por História Digital

No dia 02 de abril de 1982, no contexto da GUERRA DAS MALVINAS, a Argentina invade a ilha tomada pela Inglaterra 150 anos antes.

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EX-CANGACEIRA " DADÁ" e, os OSSOS de " CORISCO ".,.!


Por Voltaseca Volta

Fotos: Revista O Cruzeiro/Google


Era setembro de 1972, DADÁ se deslocou de Salvador para a cidade de Miguel Calmon-BA, onde estavam enterrados os ossos do seu amado, o ex-cangaceiro CORISCO. (Vide foto, abaixo).


A cabeça e o braço direito de Corisco que se encontravam em exposição pública no Museu Nina Rodrigues/Salvador, já haviam sido enterrados, após forte pressão popular e dos familiares dos cangaceiros.

No cemitério da aludida cidade é localizada a sepultura. Os OSSOS são desenterrados. Sentada em uma cadeira, DADÁ pega um a um, examina-os, e, guarda-os, com muito carinho.

Após recolher todos os ossos do seu ente-querido, DADÁ se recolhe ao seu quartinho de hotel (pensão), e, durante grande parte da noite, passa a mesma, chorando e, numa pequena bacia com água, lava os OSSOS , daquele que foi o seu amado, o cangaceiro CORISCO. Quando acabou a tarefa e, com os ossos limpos, colocou sobre os mesmos, um litro de álcool e deixou secar. Após, colocou tudo dentro de um saco plástico e, em seguida, numa urna envernizada, inclusive, contendo chave e, trouxe para sua residência, em Salvador.

Passaram-se 5 anos com a citada urna guardada em cima de um guarda-roupa, mas com medo que a roubassem, DADÁ resolveu colocá-la na cabeceira da cama, cobrindo-a com um lençol. E, sempre dizia aos netos. “ Não bulam ai “. 

Segundo narrativa da própria DADÁ, a mesma chegou a falar com o governador da Bahia e com o escritor Jorge Amado, para que CORISCO tivesse um enterro decente.

No dia do enterro, no cemitério Quinta dos Lázaros/Salvador, na hora que colocaram os OSSOS, junto da CABEÇA E O BRAÇO direito de Corisco, a emoção foi sem igual. Todo mundo ficou olhando para DADÁ, e, a maioria caiu no choro, inclusive, Jorge Amado chorava que dava dó. Assim, DADÁ cumpriu com sua promessa de juntar e, sepultar todos os OSSOS de CORISCO, em um só local.

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MERCADO PÚBLICO DE POMBAL

Por Verneck Abrantes

Em 1919, com o crescimento econômico e populacional da cidade, o então prefeito municipal, coronel João Vieira Queiroga, pensou em construir um Mercado Público, que oferecesse mais organização e conforto para a população local. O projeto foi artisticamente elaborado em modelo moderno para os padrões da época, não constava, no entanto, à parte elétrica, banheiros nem instalações hidráulicas, naturalmente, porque não existia estrutura para isso. A obra deveria ser iniciada com recursos da prefeitura e colaboração de fazendeiros abastados da região, visto as dificuldades do governo Estadual e Federal em repassar recursos financeiros para os municípios. 

A oportunidade, no entanto, foi frustrada, porque no ano de 1919 as chuvas de inverno não aconteceram, caracterizando-se uma grande seca na região. Com os recursos escassos, e não tendo outra opção, o prefeito fez um empréstimo de vinte contos de réis à municipalidade. Para efeito de comparação, naquele ano os cofres públicos renderam doze contos de réis e fração a Prefeitura, as rendas municipais eram, realmente, insignificantes. Em meio à seca estabelecida, os trabalhos do Mercado Público foram iniciados com a mão de obra ociosa dos trabalhadores rurais emergenciados, chamados de “casacos”, e parou quando os recursos terminaram. Depois de um longo período com as obras paralisadas, em 1926, no governo municipal de Odilon José de Assim, foi o trabalho retomado e, logo depois, por falta de recursos, novamente paralisado. Em 1932, o ano foi marcado por mais um período de escassez de chuvas, diante da situação, o então prefeito municipal, Dr. Janduhy Carneiro, aproveitando as verbas de emergência concedida pelo Governo Federal para sanar a calamidade pública local, realizou novos melhoramentos no Mercado Público, fazendo a cobertura de um dos pavilhões, incluindo-se a madeira respectiva. Em seguida, surge mais um longo período de paralisação, e novos melhoramentos só foram ocorrer na gestão do prefeito Francisco de Sá Cavalcanti, em 1940, mas a conclusão da obra ainda ficou pendente. Finalmente, assumi como Interventor Federal do Governo da Paraíba, o pombalense Dr. Ruy Carneiro, conhecedor da morosidade da obra, repassa recursos para o prefeito municipal, Dr. José Gregório Medeiros, que não medindo esforços, concluiu a tão sonhada obra em 1942, depois de 23 anos de impedimentos administrativos.


O Mercado Público está localizado em uma grande área do centro mercantil de Pombal, estrategicamente dividindo outros prédios com exclusividade comercial. Antigamente esses prédios tinham formas padronizadas em arte decorativa, uma influência que lembrava o modernismo da arquitetura de alguns prédios construídos na Europa. 

O Mercado Público no seu acabamento final estava composto dos pavilhões sombreados, destacando-se oito torres divididas por quatros portões de entradas, em madeiras de lei, com a inserção de grades e ferros fundidos. Na rusticidade de suas paredes construídas com tijolos prensados, sobressaia o frontispício, a modernização dos desenhos em alto relevo se harmonizava com arquitetura projetada, destacando-se também às clarabóias – que serviam para ventilação e entrada de luz.
O Mercado abria aos sábados, dia estabelecido por Lei Municipal para ocorrência da feira. A comercialização acontecia em sua na parte interna, quando se ofereciam os produtos básicos da produção agropecuária regional: arroz, feijão, milho, farinha de mandioca, batata doce, mel de abelha, rapadura, queijo, manteiga, fumo de rolo, banana, manga, pinha, cajá, cajarana, goiaba, caju, melão, melancia, coentro, cebola, cebolinha, alho etc. A falta de outro local mais apropriado, o Mercado ainda serviu para festas dançantes, na base de candeeiros, ao som da sanfona, triangulo e zabumba. Também, ali se brincou o carnaval. Nos anos de 1970, sem nenhum critério de preservação, o poder público municipal concedeu o direito de algumas modificações na estrutura do prédio. Em suas laterais foram abertos diversos pontos comerciais para parte externa, quebrando a beleza da sua originalidade. Na parte interna, suas dependências foram modificadas, a cobertura e os velhos portões alterados, indevidamente. Hoje, resta o conjunto estrutural do empreendimento e a lembrança de um espaço que foi orgulho dos pombalenses, um prédio majestoso, erguido na gestão de cinco prefeitos, fortalecendo os laços urbanos e rurais do nosso município. 

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso


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