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quarta-feira, 3 de setembro de 2014

AS SANDÁLIAS DE CABECINHA

Por Clerisvaldo B. Chagas, 3 de setembro de 2014 - Crônica Nº 1.253

Em Santana do Ipanema, Alagoas, você pode chamá-lo Brito, Menininho ou Cabecinha, ele atende do mesmo modo. Homem folclórico que sempre acompanha as caminhadas cíclicas de um grupo santanense. Quando bebe, haja paciência para tolerá-lo. Mas Cabecinha é pacato cidadão e diverte bastante os companheiros das longas caminhadas.


Entre as suas narrat ivas de vantagens e desvantagens, Cabecinha aprendera não sei com quem a arte de sapateiro. Considerava-se então o ás da sola e do couro quando estava na tenda que o caracterizava. Mas, certa feita o tempo não estava para pescaria e Menininho resolveu espiar as nuvens, em busca dos seus caminhos. Tanto é que soube que em Paulo Afonso, cidade baiana, havia um sapateiro mor que estava contratando à vontade. Menininho resolveu não pensar duas vezes e partiu para a Bahia cheio de esperanças levando os picuás.

O disposto Cabecinha não falou se foi contemplar as cachoeiras famosas da cidade, mas que meteu os nós dos dedos na porta de madeira do homem procurado. Até que fora bem recebido ao apresentar-se como sapateiro. Sem perda de tempo, o talvez futuro patrão, mostrou-lhe um tipo de sandália, forneceu-lhe o material necessário e pediu para que ele confeccionasse uma sandália igual ao do protótipo. Enquanto isso iria resolver uns problemas mais adiante e voltaria logo. Cabecinha viu a grande oportunidade de mostrar-se o bamba de Alagoas. Danou o martelinho para cima e dentro de pouco tempo estava completamente pronta à sandália do homem.

Quando o dono do negócio chegou Cabecinha mostrou-lhe o artefato. O sujeito pegou a sandália, apertou aqui acolá, deu-lhe trancos e repuxos e indagou a Cabecinha com toda malícia acumulada na profissão: “O senhor garante fazer todas que eu mandar iguais a esta?” E Menininho, mais ancho de que pinto no lixo, respondeu com orgulho empregatício: “Garanto sim senhor”. Foi então que recebeu a amarga resposta: “Está despachado, isso não presta nem para brinquedo com bonecas”. E Cabecinha voltou ao seu estado mais triste do que urubu no inverno.

Sei não, compadre, mas as promessas políticas de campanha que se vê na televisão, não passam no teste das SANDÁLIAS DE CABECINHA.

CLERISVALDO B. CHAGAS – AUTOBIOGRAFIA
ROMANCISTA – CRONISTA – HISTORIADOR - POETA

Clerisvaldo Braga das Chagas nasceu no dia 2 de dezembro de 1946, à Rua Benedito Melo ( Rua Nova) s/n, em Santana do Ipanema, Alagoas. Logo cedo se mudou para a Rua do Sebo (depois Cleto Campelo) e atual Antonio Tavares, nº 238, onde passou toda a sua vida de solteiro. Filho do comerciante Manoel Celestino das Chagas e da professora Helena Braga das Chagas, foi o segundo de uma plêiade de mais nove irmãos (eram cinco homens e cinco mulheres). Clerisvaldo fez o Fundamental menor (antigo Primário), no Grupo Escolar Padre Francisco Correia e, o Fundamental maior (antigo Ginasial), no Ginásio Santana, encerrando essa fase em 1966.Prosseguindo seus estudos, Chagas mudou-se para Maceió onde estudou o Curso Médio, então, Científico, no Colégio Guido de Fontgalland, terminando os dois últimos anos no Colégio Moreira e Silva, ambos no Farol Concluído o Curso Médio, Clerisvaldo retornou a Santana do Ipanema e foi tentar a vida na capital paulista. Retornou novamente a sua terra onde foi pesquisador do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Casou em 30 de março de 1974 com a professora Irene Ferreira da Costa, tendo nascido dessa união, duas filhas: Clerine e Clerise. Chagas iniciou o curso de Geografia na Faculdade de Formação de Professores de Arapiraca e concluiu sua Licenciatura Plena na AESA - Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde, em Pernambuco (1991). Fez Especialização em Geo-História pelo CESMAC – Centro de Estudos Superiores de Maceió (2003). Nesse período de estudos, além do IBGE, lecionou Ciências e Geografia no Ginásio Santana, Colégio Santo Tomaz de Aquino e Colégio Instituto Sagrada Família. Aprovado em 1º lugar em concurso público, deixou o IBGE e passou a lecionar no, então, Colégio Estadual Deraldo Campos (atual Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva). Clerisvaldo ainda voltou a ser aprovado também em mais dois concursos públicos em 1º e 2º lugares. Lecionou em várias escolas tendo a Geografia como base. Também ensinou História, Sociologia, Filosofia, Biologia, Arte e Ciências. Contribuiu com o seu saber em vários outros estabelecimentos de ensino, além dos mencionados acima como as escolas: Ormindo Barros, Lions, Aloísio Ernande Brandão, Helena Braga das Chagas, São Cristóvão e Ismael Fernandes de Oliveira. Na cidade de Ouro Branco lecionou na Escola Rui Palmeira — onde foi vice-diretor e membro fundador — e ainda na cidade de Olho d’Água das Flores, no Colégio Mestre e Rei. 
  Sua vida social tem sido intensa e fecunda. Foi membro fundador do 4º  teatro de Santana (Teatro de Amadores Augusto Almeida); membro fundador de escolas em Santana, Carneiros, Dois Riachos e Ouro Branco. Foi cronista da Rádio Correio do Sertão (Crônica do Meio-Dia); Venerável por duas vezes da Loja Maçônica Amor à Verdade; 1º presidente regional do SINTEAL (antiga APAL), núcleo da região de Santana; membro fundador da ACALA - Academia Arapiraquense de Letras e Artes; criador do programa na Rádio Cidade: Santana, Terra da Gente; redator do diário Jornal do Sertão(encarte do Jornal de Alagoas); 1º diretor eleito da Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva; membro fundador da Academia Interiorana de Letras de Alagoas – ACILAL.
Em sua trajetória, Clerisvaldo Braga das Chagas, adotou o nome artístico Clerisvaldo B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios, Alagoas, Luís B. Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seu trabalho. Pela ordem, são obras do autor que se caracteriza como romancista: Ribeira do Panema (romance - 1977); Geografia de Santana do Ipanema (didático – 1978); Carnaval do Lobisomem (conto – 1979); Defunto Perfumado (romance – 1982); O Coice do Bode (humor maçônico – 1983); Floro Novais, Herói ou Bandido? (documentário romanceado – 1985); A Igrejinha das Tocaias (episódio histórico em versos – 1992); Sertão Brabo CD (10 poemas engraçados).


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LIBERDADE DE EXPRESSÃO: É PERMITIDA, MAS É PROIBIDA

Por Rangel Alves da Costa*

Num reino distante, muito distante, de nome sugestivo de Reino Odrusba, apregoava-se o apogeu da democracia, das liberdades e do respeito às leis. Foi lá que floresceu o conceito de Estado Democrático de Direito, expressão para indicar que ali prevalecia o respeito aos direitos humanos e às garantias fundamentais do cidadão, tudo na conformidade do constitucionalmente previsto. Qualquer afronta às liberdades civis e logo se invocava a Constituição vigente.

Contudo, os representantes estrangeiros não conseguiam compreender - nem mesmo a maioria de seus habitantes - o porquê de um reino que tanto se arvorava de fiel defensor da democracia, do respeito aos direitos dos cidadãos e das instituições, bem como da livre expressão, deixar que prevalecesse uma prática absurda: É permitido, mas é proibido. Noutras palavras, tudo era permitido na conformidade da lei constitucional, mas ao mesmo tempo era proibido acaso o permitido fosse praticado contra determinadas pessoas e entidades. Entretanto, o que mais causava espanto e indignação era que tudo se invertia segundo a conveniência; ou seja, o proibido podia ser permitido segundo a pessoa.

Esse permitido, mas proibido se arraigou de tal modo que mais parecia preceito constitucional. Nascido do costume, do jeitinho próprio de proteger uns em detrimento de outros, também existente no reino, acabou tendo tanta validade quanto à lei escrita, codificada. Como nem os governos nem os poderes podem ignorar as práticas que proliferam segundo o direito costumeiro, o Reino Odrusba se viu num dilema: Era preciso acabar de vez com aquela prática de privilégios, mas o problema era que os principais beneficiários eram as pessoas influentes do reino.

A solução encontrada, depois de dezenas de reuniões às escondidas, na calada da noite, foi criar um órgão que funcionaria como controlador da venda de azeite de dendê perante a opinião pública, mas que na verdade seria o departamento de censura do reino. E tinha de ser assim porque não ecoaria bem na opinião internacional que um reino garantidor da democracia plena e das liberdades dos cidadãos e das instituições, de repente começasse a censurar a liberdade de expressão. Mas ou se censurava ou a informação seria ilimitada, espalhando o pleno conhecimento perante todos os cidadãos. E isso não era bom para o reino, pois determinados assuntos eram melindrosos demais para ter vida além da soleira.


E foi assim que surgiu o Departamento de Controle de Venda de Azeite de Dendê, com a estranha sigla de DVD. Mas jamais se falou em dendê no tal departamento, pois tudo que dizia respeito à censura era encaminhada pra lá. Talvez para disfarçar, na entrada havia a imagem de um pêndulo balançando entre um dendê e um dendezeiro. Contudo, o mais estranho é que nas laterais eram avistados murais com textos exaltando a liberdade de manifestação e de pensamento, e até abominando qualquer meio ou forma de censura. Lá estava escrito, por exemplo:

“A censura prévia, a interferência ou pressão direta ou indireta sobre qualquer expressão, opinião ou informação através de qualquer meio de comunicação oral, escrita, artística, visual ou eletrônica, deve ser proibida por lei. As restrições à livre circulação de idéias e opiniões, assim como a imposição arbitrária de informação e a  criação de obstáculos ao livre fluxo de informação, violam o direito à liberdade de expressão” (Princípio 5 da Declaração de Princípios Sobre Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos). 

Contudo, o mais interessante eram os despachos proferidos pelos censores do departamento, pois tudo se resumindo a dizer que é permitido, mas é proibido, seguindo-se de uma breve fundamentação. Eis as pérolas elaboradas pelos agentes do Reino Odrusba, apenas algumas:

Informar sobre as pessoas é permitido, mas proibido segundo a pessoa sobre a qual se deveria informar. Assim porque existem pessoas que são mais pessoas que outras, e estas outras estão proibidas de ser informadas acerca daquelas pessoas.

Divulgar fatos sobre as pessoas é permitido, mas também proibido. Sobre determinadas pessoas, somente os fatos conhecidos são permitidos de serem divulgados, mas proibidos se ainda não estiverem amplamente revelados.

É permitido informar, sobre tudo e todos, indistintamente, mas proibido se a informação repassada, ainda que verdadeira, casualmente possa macular a honra de determinadas pessoas ou causar-lhe prejuízos no meio em que representam. E tem-se por determinadas pessoas todas aquelas que assim são reconhecidas por outras determinadas pessoas.

Um dia alguém perguntou a um censor porque não se proibia ou se permitia logo tudo de uma vez. E o da censura respondeu que tudo já era permitido, segundo as normas constitucionais e as leis vigentes no Reino de Odrusba, mas muito era também proibido porque pessoas e instituições existem que se arvoram do direito de serem maiores que as leis. E as leis se submetem, se subjugam e se escravizam diante destes.

Poeta e cronista
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Pistola automática lugger: modelo parabellum do ano de 1906 (Alemanha)

Por Guilherme Machado

Pistola automática lugger: modelo parabellum do ano de 1906 (Alemanha) 

Achada entre os pertences, do bandido Zé Baiano, na Lagoa Nova, no Povoado de Alagadiços, Poço Redondo, no Estado de Sergipe. Lugar onde mataram e esquartejaram o bandido Zé Baiano. A pistola hoje se encontra no Museu do Cangaço em Poço Redondo - Sergipe.

Fonte: facebook
Página: Guilherme Machado

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Sensacional vídeo -mulher nova, bonita e carinhosa

Por: Ivanildo Alves Silveira
Manoel Severo, Dr Napoleão Neves e Ivanildo Alves Silveira

Numa composição de Zé Ramalho e o violeiro Otacílio Batista, assistam o vídeo abaixo, a  música "mulher nova, bonita e carinhosa faz o homem gemer sem sentir dor"... na interpretação da cantora Amelinha.

Filme - Você sabia que a minissérie Lampião e Maria Bonita de 1982, foi a primeira a ser produzida pela Rede Globo? 

Durante a apresentação do vídeo, temos cenas dos filmes:  Tróia;  Alexandre, o grande; a conquista do paraíso  e Lampião, o rei do cangaço... confira...!


http://www.youtube.com/watch?v=cq-VuCr1Q5k&feature=related

ABRAÇO A TODOS

IVANILDO ALVES  SILVEIRA
Colecionador e pesquisador do cangaço
Natal - Rio Grande do Norte

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COISAS DE VIRGULINO FERREIRA DA SILVA O CAPITÃO LAMPIÃO


"Calma! Se os macacos vir, nós briga, se não vir, nós vamos é comer, não vamos sair e deixar a comida pra eles"

Lampião dizendo aos cabras em pleno coito no sertão da Bahia, quando os cabras pegaram as armas, cartucheiras, bornais para fuga. Tinha uma grande panela com bastante carne no fogo para comerem. Chegando um vaqueiro da fazenda às pressas, avisando da chegada de uma grande força volante em direção ao coito.


“Bote o dinheiro pra fora, se não quizer ir montado na besta fera, ver o chefe da casa grande (satanás). Cabra safado cotó do seu jeito, é pra morrer enforcado mesmo".

Lampião com um fazendeiro dentro da sua casa (fazenda), revirando tudo atrás de dinheiro. O homem cotó (tinha só uma mão), passava sérios apertos na sala com uma corda no pescoço, e os cabras puxando a corda que passava por uma grande linha que tinha no meio da sala.

Clementino José Furtado, o Clementino Quelé. - tokdehistoria.com.br

"Minha vida desgraçada de bandido, eu agradeço a dois  José. (Zé Saturnino e Zé Lucena). Se eu morrer e não matá-los, eu sei que vou para o inferno".

Zé lucena e Zé Saturnino - http://lampiaoaceso.blogspot.com

Lampião dizendo ao senhor Quelé, numa fazenda na fuga do grande fogo da Serra grande, em 26 de Novembro de 1926.


"Não tenho nada a ver com arenga de ninguém. Já tenho muita gente com quem brigar".

Lampião quando um cangaceiro o chamou para socorrer o fazendeiro Chico Chicote, suspeito de coiteiro, que estava sendo atacado por uma numerosa volante em sua fazenda Guaribas, Lampião passando um pouco distante com seus cabras, chegando a ouvir os tiros.


"Deixe de acelero, (alvoroço) madrinha! Já vi que não era seu filho (Zé Saturnino), por que ele não briga, corre".

Escombros da Fazenda Pedreira

Lampião com dona Xanda, mãe de Zé Saturnino. Dona Xanda gritou da janela, que Lampião não incendiasse a fazenda, que a questão era com o filho. A fazenda não tinha nada com isso, que seu filho não estava em casa. Quem estava sustentando o tiroteio era Moureirinha, cunhado de Zé Saturnino. Dona Xanda era madrinha de Antonio Ferreira da Silva, o irmão mais velho de Lampião. Isto aconteceu em 19 de Agosto de 1923.

Fonte: facebook

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"Quá seu vigario, o governo não me deixa assocegá!"


"Quá seu vigario, o governo não me deixa assocegá, mais tenho certeza de que os macacos não me matam porque eu sô um pé de dinheiro. Hoje em dia, a vida só é boa pra sordado e pra bandido”. - Lampião dizendo ao padre Emílio de Moura quando este pede ao facínora para abandonar o cangaço. 

Fonte: facebook - 

NAS TRILHAS DO CANGAÇO: O LOCAL ONDE LAMPIÃO ASSISTIU A PRIMEIRA MISSA NA BAHIA

Por João de Sousa Lima

Em 1928 quando Lampião atravessou pro Estado da Bahia a região que fica dentro do Raso da Catarina foi muito explorada pelos cangaceiros. A primeira missa que os cangaceiros assistiram no Estado baiano foi ministrada pelo  Monsenhor Emílio de Moura Ferreira Santos. O padre era o pároco de Santo Antônio da Glória, a antiga Curral  dos Bois.

O povoado São José, em Chorrochó foi uma das localidades que os cangaceiros também assistiram missa. Mais a primeira que foi celebrada pelo Monsenhor Emílio aconteceu entre a fazenda Paus Pretos, que pertencia ao coronel Petro e a roça Baixa do Boi. A missa foi na casa de Júlia de Subaco, na fazenda Poço Comprido.

Clique neste link para você ver todas as fotos.

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"Hoje aqui, não chora ninguém, quem chorar eu acalento"


"Hoje aqui, não chora ninguém, quem chorar eu acalento" 

Igreja em Nazaré

Lampião ao lado dos nazarenos João Flor, Euclides Flor, Gomes Jurubeba, entre outros, defendendo Nazaré, quando foram ao encontro do cangaceiro Cindairo das Piranhas, que tinha chegado com seus cabras à Nazaré. Lampião ainda Virgulino, defendeu Nazaré juntos aos bravos nazarenos. no ano de 1918.

Fonte: facebook

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Lastro e a Festa do Cariri Cangaço Parahyba 2014

Por Manoel Severo
Visita do Cariri Cangaço à Fazenda Custódia em Lastro, Paraíba

O terceiro dia de Cariri Cangaço Parahyba 2014 teve como cenário o município de Lastro, à 32 km de Sousa, no sertão paraibano. A Caravana Cariri Cangaço foi recebida na manha do dia 24 de agosto pelo prefeito municipal Emanuel Wilmeson, vereadores, autoridades municipais, além de professores, alunos, escritores e os promotores do evento: Guerhansberger Tayllor, Wescley Rodrigues, César Nóbrega e Iris Mendes.

O começo da festa ficou a cargo do espetacular Grupo de Xaxado Mirim da escola Adauto de Andrade, da cidade de Santa Cruz, que proporcionou um espetáculo extraordinário com suas belas e talentosas crianças; já a abertura da solenidade coube ao Curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo, que falou da "alegria do Cariri Cangaço chegar a Lastro; realizando uma espetacular intercâmbio cultural e proporcionando principalmente aos jovens conhecerem mais de perto sua própria história, hoje é um dia muito especial para o Cariri Cangaço". Ângelo Osmiro, presidente do GECC confirma:"o Cariri Cangaço está ao lado dos grupos de estudo do cangaço, como é o caso de nosso GECC, a SBEC e o GPEC, plantando uma espetacular semente que sem dúvidas esperamos que possam dá bons frutos para as próximas gerações".

Arte e Beleza na Abertura do Cariri Cangaço Parahyba 2014 em Lastro
Wescley Rodrigues entrega Diploma do Cariri Cangaço a Guerhansberger Tayllor

O momento alto da manha ficou por conta da Conferência-Debate sob a responsabilidade do pesquisador Guerhansberger Tayllor que versou sobre o tema:A articulação da defesa contra os cangaceiros que invadiram Sousa; trazendo os bastidores das ligações do coronel Manuel Gonçalves, de Lastro, com a oligarquia dos Gomes de Sá e dos Mariz, da cidade de Sousa, protagonistas dos episódios que marcaram a morte de João Pereira, a entrada de Chico Pereira no cangaço e o posterior ataque a Sousa em julho de 1924. A mesa contou ainda com a coordenação do Professor Pereira e teve ainda os presidentes do GECC, Ângelo Osmiro, do GPEC, Narciso Dias, do escritor José Abrantes Gadelha e do pesquisador Otávio Maia, entre os debatedores.

 Mesa de abertura do Cariri Cangaço Parahyba 2014 em Lastro
Prefeito Emanuel Wilmeson

"Sem dúvidas a trama política que acabou ocasionando o ataque a Sousa, pelo bando de Lampião passou também por Lastro, a partir das ligações do Coronel Manuel Gonçalves com a família de Otávio Mariz e Gomes de Sá" provocou Guerhansberger Tayllor, que discorreu de forma magistral as ligações fortes entre os coronéis de Sousa, da família Mariz e de Lastro, tendo como principal representante o coronel Manuel Gonçalves da fazenda Concórdia."Realmente vivíamos como nunca, o que chamamos uma 'política de compromissos' entre os coronéis locais, que mantinham seu poder e sua influência não só aqui em Lastro, mas em toda região" completa Guerhansberg Tayllor. 

Guerhansberg Tayllor
Professor Pereira coordena a Mesa de Conferência e Debate
José Otávio Maia
Guerhansberger Tayllor e Narciso Dias
José Otávio Maia, João de Sousa Lima e César Nóbrega
José de Abrantes Gadelha

No contraponto oportuno do debate, Otávio Maia, descendente da família de Otávio Mariz; um dos principais protagonistas deste controverso episódio do ataque do grupo de Lampião a Sousa; reafirmou: "Na verdade Otávio Mariz nunca aceitou a denuncia que lhe caíra sobre ter sido mandante da morte de João Pereira e aquilo tudo acabou como um caso pessoal", reacendendo a chama da polêmica e do contraditório."Otávio Mariz era um homem mau humorado sempre... nunca sorria! No dia do ataque de Lampião a Sousa, Otávio Mariz estava aqui em Lastro ao lado do coronel Manuel Gonçalves, quando voltou a Sousa, tudo estava sacramentado" Completa Otávio Maia. Narciso Dias, presidente do GPEC ressaltou "o debate inteligente e respeitoso que vimos na manha de hoje aqui em Lastro, depois de uma maravilhosa exposição de Guerhansberger ainda tivemos as oportunas manifestações do pesquisador Otávio Maia e do escritor Gadelhinha, um dia realmente memorável".

Já o escritor José Abrantes Gadelha, o Gadelhinha, autor do livro, Sangue Terra e Pó, falou de sua emoção: "Estou muito emocionado, nossa terra não poderia ficar de fora desse movimento do Cariri Cangaço, temos muita história, inclusive foi daqui que Lampião sequestrou dona Maria Lopes, esposa de José Lopes, quando de sua pretensa invasão a Mossoró em 27".

 Ezequias Aguiar, Paulo Gastão, Manoel Severo e Ângelo Osmiro
 Paulo Gastão e Prefeito Emanuel Wilmeson
 Arquimedes Marques, José Cícero e Professor Pereira
Elane Marques e João de Sousa Lima
Manoel Severo, Iris Mendes e César Nóbrega
Mesa de Lançamento de Livros com Elane Marques, Paulo Gastão, Wescley Rodrigues, João de Sousa, Ângelo Osmiro e Archimedes Marques 
Elane Marques e Padre Agostinho

Ao final da conferência os convidados do Cariri Cangaço foram, acompanhados pelo prefeito Emanuel Wilmeson e demais auxiliares a uma visita ao lendário casarão da fazenda Concórdia, de propriedade do coronel Manuel Gonçalves e em seguida foi servido um almoço festivo para todos os presentes. Ao evento estiveram presentes os Conselheiros Cariri Cangaço, Archimedes Marques, José Cícero Silva, João de Sousa Lima e Paulo Gastão, além de Jorge Remigio, Jair Tavares, Joaquim Furtado, Padre Agostinho, Elane Marques, Heldemar Garcia, Tomaz Cisne, Ezequias Aguiar, dentre muitos outros pesquisadores da temática.

Manoel Severo - Curador
Cariri Cangaço Parahyba 2014
Lastro, PB

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CANGACEIRO ANDAVA A PÉ, MAS, TAMBÉM, USAVA CAVALOS..


ACIMA, CÓPIA DE UMA FOTO ORIGINAL, quando Lampião e seu grupo pousaram para as lentes de Eronides de Carvalho (ex-interventor do Estado de Sergipe), em sua Fazenda Jaramataia-SE, em 1929.

Eronides de Carvalho

Observe, que são raras, as FOTOS em que cangaceiros estão montados a cavalo.

Foto: Cortesia do Dr. Sérgio Dantas (autor de 3 livros sobre o cangaço).

Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta.

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Relíquia


Este objeto abaixo mostrado, para mim é uma relíquia. Quando em junho deste ano, estivemos, o jornalista Marcos Brito e eu, visitando a fazenda Patos de Irerê, no município de São José de Princesa- Pb, deparamo-nos com 'ele' no povoado de Irerê. Há uma 'bodega', pequena mercearia, ao lado da casa de Marcolino esposo de Xandu, nela, por trás do balcão encostado à prateleira, em pé, impassível, rústico e sem se importar com o passar do tampo um cofre, que segundo os senhores que na casa moram, é secular. Até aí tudo bem, nada demais em um cofre ter mais de 100 anos. Só que senhores (as) as informações por eles passada é que foi construído neste mesmo local e lugar, sem nunca terem o removido do 'canto'. Tentei empurrá-lo e não consegui, pesa muito. E, pasmem, sua matéria prima é madeira. Não estou enganado. Foi feito de madeira no mesmo lugar onde hoje se encontra. Achamos por bem registrarmos o cofre, através da imagem, que, com certeza, tanto Marcolino como Xandu, ou mesmo o coronel José Pereira tenha manuseado sua tranca.



Fonte: facebook
Página: Sálvio Siqueira

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RELAÇÃO DE LIVROS À VENDA - ATUALIZADA - SETEMBRO/2014


RELAÇÃO DE LIVROS À VENDA ATUALIZADA - SETEMBRO/2014

Para adquirir os livros entrar em contato com o Francisco Pereira Lima através dos E-mails:

franpelima@bol.com.br
fplima1956@gmail.com ou pelos Telefones:
(83) 9911 8286 (TIM) ou (83) 8706- 2819 (OI).

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O cangaço - O fogo de Maranduba...

Foto: Juliana Pereira

A volante policial comandada por Mané Neto estava nessa "pia" natural (foto) enchendo seus cantis, quando ouviram os cangaceiros de Lampião conversando, dando início ao combate.

Coronel Mané Neto de Sousa

Combate esse que ficaria marcado para sempre na história como um dos maiores realizados entre o bando de lampião e a volante do destemido Mané Neto comandante da força de Nazaré (nazarenos).

Fonte: facebook

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