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sábado, 2 de março de 2019

O PUTO E A PONTE

Clerisvaldo B. Chagas, 10 de março de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.070

Dependendo da seriedade política, o mês de março abre sua agenda com notícia auspiciosa. A dimensão da importância sobre o tema, atinge em cheio não somente a região penedense, Alagoas e Sergipe, mas também o Nordeste inteiro e o eixo rodoviário Sudeste – Nordeste. Trata-se de possível construção da ponte sobre o rio São Francisco, entre Penedo (AL) e Neópolis (SE). Essa reinvindicação tem muito mais de cinquenta anos de esperança demagógica furadora das décadas apresentadas. A travessia do rio São Francisco naquele trecho, ainda depende do uso tradicional das balsas. No tempo em que uma ponte foi construída entre Alagoas e Sergipe (Porto Real de Colégio e Propriá), Penedo sofreu um grande abalo na sua economia e no seu status de primeira povoação fundada em Alagoas.

PENEDO. (FOTO: MINISTÉRIO DO TURISMO/DIVULGAÇÃO).

          Não questionamos o valor da obra em Porto Real, mas não entendemos porque Penedo, diante de tanto prestígio, não tenha erguido o seu liame. Ainda na época de aluno, conversamos em Maceió com um colega penedense sobre a ponte. Ele dizia: “Com as promessas não cumpridas, o povo está puto e eu puto igual ao povo”.  Será que o nosso amigo continua “puto” ainda em 2019? Agora os jornais comentam as mais recentes intensões dos governantes dos dois estados, construir a nova ponte em parceria e outros “babados”. Assim como o asfalto Carié – Inajá saiu depois dos cinquenta anos de mentiras, pode ser que saia agora também a ponte de Penedo. Um dia cessa a contagem regressiva para qualquer obra relevante, nem que leve século para sua realização.
          Penedo comanda o turismo na região sanfranciscana, mesmo com assa atividade sendo despertada muito acima, nos cânions de outros municípios. Não temos medo de errar ao dizer que o Penedo é a cidade mais limpa das Alagoas. Suas igrejas, convento, casario, ainda continuam cativando os seus visitantes, cultos ou não, mas que sabem distinguir a beleza do lugar. E nessa época, a cidade acrescenta além da carne de jacaré, um carnaval que vêm sendo escrito e divulgado pela tradição. Quer conhecer Penedo? Aproveite o agora, antes da ponte, porque a danada pode mesmo aparecer de um momento para outro. Serão dois cenários importantes na história.
          Não fique “puto” sem a ponte.

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CASARÃO DE BONSUCESSO: A HISTÓRIA DE PORTAS FECHADAS

*Rangel Alves da Costa

A pedido, o presente texto foi acrescido para uma nova publicação e deleite da história desse impressionante e hoje inacessível casarão. Pois bem. No alto do monte, como num pedestal ribeirinho, às margens do Velho Chico, levanta-se e se impõe o velho casarão. Construído no século XIX, por volta do ano de 1887, o Casarão de Bonsucesso, povoação são-franciscana no município sertanejo de Poço Redondo, guarda em si não só a grandiosidade arquitetônica como uma pujante, e até dolorosa, história.
Mesmo ao longe, os olhos logo se espantam de admiração. Uma beleza inigualável que vai ficando ainda portentosa perante a aproximação. Eleva-se no monte como uma relíquia sagrada. Defronte ao rio, com sua grande e esplendorosa arquitetura, iguala-se a um templo guardião de todas as vidas e todas as histórias. Contudo, desde o seu surgimento, num percurso muito menos dignificante que o seu esplendor.
Erguido pelas mãos negras, escravas de senzala e açoite, diz-se que o seu sangue está espargido pelas paredes, na mistura da pedra e do barro, no ligamento do tijolo e da massa. E dizem também que os ecos das agonias ainda ecoam nos sopros molhados que vão sumindo nas curvas do rio. Vozes negras, gritos negros, ecos escravos em gemidos roucos e lancinantes gritos. Mas apenas histórias que vão surgindo e povoando o casarão e arredores.


Que engenharia foi levada a efeito, com exigências verdadeiramente extravagantes! O senhor não desejava apenas a fortaleza para morar, mas também nos cercados e muralhas circundando a residência. Então ordenou também a construção de cercas (ou muros) de pedras. E pedra sobre pedra, numa junção arquitetônica ao modo da exatidão no encaixe das antigas civilizações. E não trabalho para durar meses ou anos, mas séculos, como depois se confirmaria.
Assim, não só nas paredes do casarão (de cerca de um metro de largura) como nas antigas cercas de pedras que corriam aos fundos e nas laterais, tudo erguido pela mão negra, pela mão escrava, tendo como a ordem o açoite e a obediência pelo lanho de sangue jorrando pelos lombos e pelas mãos. E há de se imaginar aquelas mãos em tão árduo ofício e de repente ainda tendo de suportar chibatadas em busca da perfeição.
Daí se dizer que as paredes e as cercas do Casarão, ainda que na pedra talhada, foram todas cimentadas pelo sangue negro. E por isso também a eterna presença escrava nesta indescritível riqueza histórica: o Casarão de Bonsucesso. Hoje ainda tão belo e suntuoso, mas ainda hoje também de tão triste memória pela sua dolorosa história. E uma história para também ser sentida na alma de hoje.
Sentida na alma de hoje e também compartilhada pelos ribeirinhos e todos aqueles que achegam ao local. Mas não é assim que vem acontecendo desde que seu atual proprietário deu ordens expressas ao cuidador para que não deixasse ninguém adentrar nas suas portas. Quer dizer, a não ser por conveniência do dono, ninguém pode ir até lá em busca de conhecimento de sua própria história.
Sim, logicamente que o Casarão de Bonsucesso está em propriedade particular, possui dono e, como consequência, o seu proprietário pode fazer o uso que quiser e como quiser. Sem o seu consentimento, nenhuma visita poderá sequer ser feita. Pode acrescer, destruir, fechar suas portas, relegá-lo ao abandono.
Contudo, não se trata de uma construção comum, de um bem qualquer onde o seu proprietário simplesmente negue acesso aos próprios moradores de Bonsucesso, interessados, visitantes ocasionais e turistas. Até mesmo porque o domínio do particular sobre bens é apenas relativo. Quer dizer, a qualquer instante - por iniciativa do Estado - ele pode perder sua posse.
No caso do Casarão de Bonsucesso, o seu tombamento já deveria ter se concretizado há anos. O tombamento, que é uma das formas de intervenção do Estado no domínio da propriedade privada para o fim de preservá-la segundo o seu interesse histórico, artístico, paisagístico, cultural e estético. O tombamento, portanto, é uma medida de preservação do patrimônio.


Entretanto, fator negativo diz respeito à manutenção do proprietário na posse do bem tombado, o que poderia gerar os mesmos problemas que estão ocorrendo, inclusive dificultando o acesso de pessoas. O que fazer, então? Resta a desapropriação por utilidade pública. De competência do poder público municipal, seria o meio mais viável de retirar o bem do particular, a partir do pagamento de um preço justo, e colocá-lo à disposição da municipalidade. E, após isso, proporcionar mecanismos não só de preservação como de acesso aos interessados.
Não duvidemos, contudo, que nada melhor que a sensibilidade de seu proprietário. Bastaria que o mesmo reconhecesse o valor histórico daquela edificação, bem como sua importância para a vida ribeirinha e todo o sertão, e assim permitisse o acesso - ainda que guiado ou monitorado - às suas dependências. O mundo do conhecimento ficaria mais que agradecido.

Escritor
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O ATAQUE DE LAMPIÃO À SOUSA

Por José Romero de Araújo Cardoso
No mapa: Sousa, cenário de um dos ataques de maior repercussão do bando de Lampião

Distante de princesa, a cidade de Sousa vivia clima de ebulição. Disputas políticas resultaram em tragédias, como a que envolveu o embate no barracão do “Coronel” João Pereira, em Nazarezinho, então distrito sousense. Filho do “Coronel” João Pereira, de nome Francisco Pereira Dantas, sentiu o peso da moral sertaneja, desprezando conselhos do pai, o qual faleceu exigindo que não se vingassem. Assassinou o único sobrevivente dos que atacaram o velho patriarca em seu estabelecimento comercial.

Conversas a boca miúda diziam que os mandantes da morte do “Coronel” João Pereira eram pessoas importantes da sociedade sousense, como o destacado e influente cidadão de nome Otávio Mariz.Em um dia de feira em Sousa, Otávio Mariz notou animada conversa entre um bodegueiro de Nazarezinho, de nome Chico Lopes, e um cabra da inteira confiança de Chico Pereira, de nome Chico Américo. A duração da conversa despertou a desconfiança de Otávio Mariz. Nas bancas da feira procurou uma chibata para comprar, indo ao encontro dos dois palestrantes. Encontrou apenas Chico Lopes. Aplicou-lhe uma surra magistral e pediu-lhe para ir à fazenda Jacu, reduto dos Pereira Dantas em Nazarezinho, avisar a Chico Pereira que tinha outra prometida para ele.

Romero Cardoso

No Jacu, Chico Lopes detalhou todo acontecido. A família do “Coronel” assassinado perguntou-lhe o que ia fazer, tendo Chico Lopes respondido estar decidido ir até Princesa, conversar com Lampião sobre o melindroso e humilhante assunto. Havia um irmão de Chico Lopes que integrava o bando de Lampião há alguns anos. Isso facilitou a decisão do chefe supremo do cangaço em enviar dezessete homens de sua confiança para Nazarezinho. Antônio e Levino Ferreira, bem como Meia-Noite e Sabino Gório, também integravam o grupo que iria se responsabilizar pela mais aviltante ação cangaceira no Estado da Paraíba.

Notícias corriam céleres, dando conta dda aproximação do grupo cangaceiro. Em Sousa alguns aventavam a hipótese de organizar defesa, mas como não acreditaram na possibilidade de tamanha ousadia, relaxaram completamente. Ao chegar ao Jacu, os dezessete homens foram recepcionados efusivamente. O número final de bandidos prontos a atacar Sousa, aumentado com muitos da região, somava oitenta e quatro quadrilheiros dispostos.

Ângelo Osmiro, Jorge Remígio e Narciso Dias, na visita do Cariri Cangaço ao Jacu, fazenda do cel. João Pereira e seu filho; Chico Pereira.

Antes do amanhecer do dia 27 de julho de 1924, os bandidos cortaram a linha do telégrafo e invadiram Sousa, cuja maioria da população foi pega totalmente desprevenida. Pequena resistência partiu da residência de Otávio Mariz, principal alvo dos atacantes. Experiente e tarimbado sertanejo, Otávio Mariz escapuliu quando viu que não poderia resistir ao implacável ataque.

Tudo em Sousa virou alvo de saque, os cangaceiros roubaram o comércio, residências, tudo, prejuízo incalculável que marcou indelevelmente a história sousense.Feras endiabradas davam vazão a todos os instintos selvagens possíveis e imagináveis. O destacamento local, comandado pelo então Tenente Salgado, não conseguiu realizar qualquer ação de defesa em Sousa, verdadeiro suicídio se tivesse havido consumação.

Grupo composto de quase duas dezenas de bandidos, liderados por cangaceiro conhecido por “Paizinho”, teve como alvo principal a residência do juiz local, de nome Dr. Archimedes Soutto Mayor. “Paizinho” tinha queixas pessoais contra o magistrado, a quem acusava de tê-lo condenando injustamente. Retirado ainda com roupas de dormir, o Juiz foi submetido a todo tipo de suplicia e humilhação, sendo forçado a andar de cangalha e em posição vexatória pelas ruas de Sousa. O ato final seria o assassinato do magistrado, mas Chico Pereira interveio e evitou a consumação do ato extremo.

Mesa de abertura do Cariri Cangaço em Sousa, junho de 2013
Manoel Severo, Bismarck Oliveira e Jorge Remígio em Sousa

O magistrado, depois de tudo, no ensejo dos desdobramentos do audacioso ataque cangaceiro à cidade de Sousa, assumiu a responsabilidade de fazer merecida justiça contra àquelas feras que o atacaram.

A rede de informações montada por Lampião era impecável e precisa. Logo ele ficou sabendo dos estragos em Sousa e, principalmente, do que fizeram com o juiz. Rodopiava nos calcanhares, ainda sentindo dores terríveis, empunhando Parabellum e raciocinando sobre o futuro dali para frente. Homem de raciocínio rápido, Lampião sabia que em breve enfrentariam duras batalhas contra as forças volantes paraibanas, extremamente tolerantes devido ao respeito ao “Coronel” José Pereira Lima e a Marcolino Pereira Diniz.

Marcolino Diniz

Lampião estava certo. A providência inicial do recém instalado governo de João Suassuna foi a instalação do segundo batalhão da Polícia Militar Paraibana na cidade de Patos das Espinharas, com absoluto aval para dar caça ininterrupta aos cangaceiros. A responsabilidade pela iniciativa maior de efetivar a campanha paraibana contra o cangaço liderado por Lampião coube, naturalmente, ao “Coronel” José Pereira Lima.

Não obstante a proteção que Lampião desfrutou em Princesa, seria inadmissível que o chefe político das terras da lagoa da perdição tolerasse tamanha afronta, principalmente em razão da forma como o magistrado sousense foi humilhado pelos cangaceiros.

Lampião e Antônio Ferreira no ano de 1926

No ensejo da caçada movida contra os bandoleiros, há fato digno de registro, referente à resistência efetivada pelo cangaceiro Meia-Noite em uma casa de farinha no sítio Tataíra, fronteira entre os estados da Paraíba e de Pernambuco. Na companhia da esposa, Meia-Noite, embora a mulher não tenha participado do combate, enfrentou combinado de volantes, comandados pelo então Tenente Manuel Benício, e tropa de cachimbos (civis em armas) contratada pelo “Coronel” José Pereira. Meia-Noite lutou contra oitenta e dois homens, ferindo dezoito. Escapuliu do tiroteio, mas a esposa ficou no local em que se entrincheirara, sendo depois conduzida à cadeia de Princesa. No local, conforme Érico de Almeida, primeiro biógrafo de Lampião, autor do livro “Lampeão, sua história” (1926(1ª ed.), 1996( 2ª ed.), 1998(3ª ed) ), foram encontradas quatrocentas e noventa e duas balas de fuzil mauser DWN, modelo 1912.

Em seguida, devido às volantes paraibanas estarem assanhadas com a ordem capital de darem combates violentos aos cangaceiros, inúmeros enfrentamentos foram registrados, como a batalha do Tenório, no ano de 1925, quando Levino Ferreira foi assassinado pelo volante Belarmino Morais, comandado pelo então cabo José Guedes. Como forma de se vingar do “Coronel” José Pereira, a quem culpava pela morte do irmão, Lampião e seu bando invadiram humildes propriedades em princesa, como a do Caboré, assassinando diversas pessoas, incluindo entre essas um ancião de provecta idade de noventa e dois anos e um garoto de apenas doze anos.

Cel Zé Pereira de Princesa

O governo paraibano invocou o convênio anti-banditismo, firmado no ano de 1922 em Recife (PE), obtendo permissão para que suas forças de segurança pública em perseguição aos bandoleiros adentrassem os territórios de outros estados nordestinos. O grupo cangaceiro, em certa ocasião no ano de 1925, foi localizado na região de Serrote Preto. Desprezando as mais elementares táticas militares, os volantes paraibanos atacaram irresponsavelmente o valhacouto de Lampião. As estratégias guerrilheiras foram implementadas impecavelmente pelos cangaceiros, resultando em horrível carnificina, na qual pereceram os comandantes Tenentes Joaquim Adauto e Francisco de Oliveira, além de mais de uma dezena de soldados.

Abalado com a perseguição tenaz que as volantes paraibanas realizavam, Lampião evitou a Paraíba, pois seus antigos protetores não estavam mais propensos a desafiar as ordens do governo paraibano, bem como a decisão irredutível do “Coronel” José Pereira Lima em buscar erradicar o cangaço liderado por Lampião, pelo menos em terras paraibanas.

Chico Pereira

Para Chico Pereira não houve outra saída, em razão da gravidade dos fatos ocorridos em Sousa, a não ser acompanhar o grupo de Lampião pelas adustas plagas sertanejas. Travou combate em Areias do Pelo Sinal, entre Princesa e o distrito de Alagoa Nova (Hoje Manaíra), depois, vítima de picada de cascavel, em território pernambucano, amargou provações inenarráveis.

O extenso processo elaborado pelo Dr. Archimedes Soutto Mayor mostrou-se simpático a Chico Pereira, eximindo-o de algumas culpas e louvando diversas interferências realizadas quando do ataque cangaceiro do dia 27 de julho de 1924 à cidade de Sousa.

Perseguido, embora tolerado discretamente, Chico Pereira era, no entanto, alvo de olhares vingativos, sobretudo em razão de suas práticas donjuanescas. Sedutor, Chico Pereira desafiava importante elemento da moral sertaneja. Ao que tudo indica, houve a sedução de uma sobrinha do governador norte-riograndense Juvenal Lamartine, em Serra Negra (RN).

Wescley Rodrigues na abertura do Cariri Cangaço em Sousa

Provavelmente houve um conluio entre Juvenal Lamartine e seu colega João Suassuna para eliminar Chico Pereira. João Suassuna, através de irmão de nome Antônio, empenhou a palavra sobre a total liberdade do homem que foi obrigado a se tornar cangaceiro devido à morte do pai, motivada pela política acirrada dos turbulentos anos da década de vinte do século passado.

Na festa da padroeira de Cajazeiras, no ano de 1928, Chico Pereira foi detido por oficiais da polícia militar paraibana. Manuel Arruda de Assis foi o responsável pela prisão. Conduzido a Pombal, onde tinha praticado crime, quando do cerco ao velho casarão de Antônio Mamede no sítio Pau Ferrado, Chico Pereira ia ser transferido para Princesa, onde havia assassinado soldado de nome Pierre. A escolta que o conduzia rumou em direção a Santa Luzia. Havia um crime atribuído a ele em Acari (RN), referente a um roubo praticado contra o velho “Coronel” Quincó da Ramada. Era parte do esquema estruturado por Juvenal Lamartine para liquidá-lo. Joaquim de Moura, famanaz executor de bandoleiros, foi o responsável pela morte de Chico Pereira.

O ataque do bando de Lampião à cidade de Sousa foi um dos mais ousado ato praticado pelos bandoleiros das caatingas, cuja marca indelével permaneceu por tempos e ainda resiste na memória de poucos que tiveram a infelicidade de presenciar a verdadeira baderna que os cangaceiros fizeram na simpática cidade sorriso no longínquo dia 27 de julho de 1924.

José Romero Araújo Cardoso
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José Romero Araújo Cardoso. Geógrafo. Professor Adjunto do Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. Especialista em Geografia e Gestão Territorial (UFPB) e em Organização de Arquivos (UFPB). Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA – UERN). Contato: romerocardoso@uol.com.br

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CASA DA CULTURA DE PERNAMBUCO - ANTIGA CASA DE DETENÇÃO DO RECIFE


Por José João Sousa

A Casa da Cultura de Pernambuco é um dos maiores polos de comercialização de artesanato do Recife e um dos cartões postais do estado. O imponente prédio onde está instalada foi construído para abrigar a antiga Casa de Detenção do Recife, que permaneceu por mais de um século como a mais importante penitenciária de Pernambuco, e lá foi preso o assassino de João Pessoa, João Dantas, que foi assassinado, mas disseram que foi suicídio. O presidio também abrigou diversos cangaceiros, entre eles Antônio Silvino, conhecido como o Rifle de Ouro. Hoje, as antigas celas são ocupadas por lojas, associações culturais e lanchonetes. A Casa conta ainda com teatro e anfiteatro que acolhem ações formativas e espetáculos de teatro, música e dança promovidas ou apoiadas pelo Governo do Estado através da Fundarpe.


Inaugurada no dia 25 de abril de 1855, a antiga Casa de Detenção do Recife é uma das maiores edificações do século XIX, localizada próximo a duas expressivas obras desse século: a Estação Ferroviária do Recife e a Ponte 6 de Março (mais conhecida como a Ponte Velha). O projeto original é de autoria do engenheiro e urbanista José Mamede Alves Ferreira, responsável por outras obras importantes na cidade, como o Hospital Pedro II e o Ginásio Pernambucano. A construção de Mamede segue o modelo “panopticon”, obedecendo aos padrões tradicionais de segurança das penitenciárias da época.

Após funcionar 118 anos como presídio, em 1973 o então governador Eraldo Gueiros Leite determinou o fechamento da Casa de Detenção do Recife. No mesmo ano, um plano de restauração do edifício foi elaborado e a partir de 14 de abril de 1976 o prédio se tornou a Casa da Cultura de Pernambuco. Essa mudança de penitenciária para centro cultural havia sido idealizada e planejada cerca de dez anos antes, pelo artista plástico Francisco Brennand, na época em que era o chefe da Casa Civil do Governo do Estado. Convidados por Brennand, a arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi e o arquiteto Jorge Martins Júnior foram os responsáveis pela elaboração do projeto de renovação e adequação do edifício.

A Casa da Cultura abriga dois painéis do pintor pernambucano Cícero Dias, que representam a Revoluções Pernambucanas de 1817 e 1824. Além do Teatro Clênio Wanderley, do Palco Nelson Ferreira e mais de 110 lojas de arte e artesanato, a Casa é endereço da sede de movimentos, associações e sindicatos como o Movimento Negro Unificado, Anistiados Políticos, Sindicato de Artesãos da Região Metropolitana do Recife e de Pernambuco.

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INDICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA - LAMPIÃO E SUA FALSA PATENTE DE CAPITÃO




Autor: Daniel Walker

Neste livro trato da questão da entrega da falsa patente de Capitão do Batalhão Patriótico a Lampião, defendendo a versão do memorialista Raimundo Gomes de Figueiredo, segundo a qual foi Benjamin Abrahão quem articulou a entrega da famigerada patente, e não Padre Cícero como está nos livros.

O livro trata dos seguintes assuntos: Padre Cícero não foi amigo nem padrinho nem protetor de Lampião; Quem fez o convite para Lampião vir a Juazeiro; Como foi a chegada de Lampião a Juazeiro; Como foi o encontro de Lampião com o Padre Cícero; Como foi a entrega da falsa patente; Como foi a saída de Lampião de Juazeiro; Quais as consequências do extinto Batalhão Patriótico para o Padre Cícero e qual a ligação de Padre Cícero com a Coluna Prestes.

São todos temas bastante polêmicos e que merecem ser estudados com total isenção.

( Resenha escrita pelo autor)

Preço 55,00 como frete incluso. Para adquirir: franpelima@bol.com.br ou Whatsapp 83 9 9911 8286.

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SILA FALA DE TRAIÇÃO, DO NOME DOS CANGACEIROS E O QUE ACONTECIA QUANDO ELES MORRIAM

Por Aderbal Nogueira
https://www.youtube.com/watch?v=utQ1ElrUyDU&fbclid=IwAR27-8TMTR9FC5Hz1SnTA0hxUCkNpxwNnUqu0oKwUS2fyll_gn26_B258Ec

Vejam outras considerações ponderadas de Sila. Comparem ela falando com jornais escritos, revistas e alguns livros..., será que foi ela mesma que escreveu no papel?


Publicado em 2 de mar de 2019

Mais um depoimento de Sila. Será que ela mentia que ela mentia tanto como dizem?
Categoria

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NA POSSE DA DIRETORIA DA ACJUS.

Por Susana Goretti

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FIQUE POR DENTRO - CORPO DE ARTHUR LULA DA SILVA, NETO DO EX-PRESIDENTE LULA, É VELADO EM SP

Por Glauco Araújo, G1 — São Paulo

Ele morreu nesta sexta (1º) vítima de meningite meningocócica. Cerimônia ocorre no cemitério Jardim das Colinas, em São Bernardo do Campo. Ex-presidente foi liberado pela Justiça para participar do velório.

O corpo de Arthur Lula da Silva, de sete anos, neto do ex-presidente Lula, é velado na noite desta sexta-feira (1°) no Cemitério Jardim das Colinas, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.

Parentes e amigos acompanham a cerimônia, que teve início por volta das 22h. Arthur morreu nesta sexta vítima de meningite meningocócica.


Leia toda repostagem clicando aqui:

https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2019/03/01/corpo-de-arthur-lula-da-silva-neto-do-ex-presidente-lula-e-velado-em-sp.ghtml

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FALECEU EM MOSSORÓ O EX-VEREADOR DE AREIA BRANCA CLEODON BEZERRA. NOSSOS PÊSAMES


Nossos sinceros sentimentos!

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AMIGOS ARTISTAS MIRINS DO MEU FACEBOOK.


Por Antonio José de Oliveira
Três grandes pesquisador do cangaço Antonio José de Oliveira, Dr. Archimedes Marques e Guilherme Machado

Caro Professor e pesquisador das Terras de Mossoró, JOSÉ MENDES PEREIRA, com a minha saudação segue uma lista de bons amigos do FACE para você adicioná-los logo que a minha MARCHA vai entrando em lentidão.

Do total de 715 amigos, cento e noventa e seis são cantores mirins, modelos, atores e poetas. Contudo, só irei enviar os nomes dos que (eles ou os pais, às vezes) entram em contato comigo. Os demais poderei enviá-los na continuação. São jovens talentos de confiança, que merecem os nossos incentivos através da divulgação dos seus trabalhos. Alguns deles você já conhece.

Pedro Motta Popoff, pesquisador do cangaço, ator e cantor. Menino das Terras de Bauru que admira a cultura nordestina.
Renan Bertoldi Guarçoni Costalonga (Renan Rico). Excelente cantor sertanejo raiz que segue o estilo José Rico. Jovem de Cachoeiro de Itapemirim-ES.
Kayke Rhyan, jovem cantor de Passos das Minas Gerais. Excelente cantor e gente amiga.
Gustavo Kunst (Gugu Gaiteiro), Excelente acordeonista das Terras gaúchas de São Paulo das Missões.
David Miranda, cantor paulista, filho do músico Fredy Miranda. Bom artista e muito bom amigo.
Rafael Henrique, garoto cantor da Cidade de Votuporanga-SP. Meu amigo há muito.
Pietro Rios, cantor das Terras de Tiradentes-MG
André Candioto, talentoso garoto das Terras de Sarandi, Estado do Paraná.
Francine Maria, acordeonista da Cidade de Ibiapina-Ce.
Álvaro Lima, cantor da Cidade de Olindina-Ba. Cantor descoberto por uma emissora de TV;
Rafael Lemos, acordeonista e cantor das Terras paulistas de Franca-SP;
Luan Gabriel, cantor do litoral paulista - cidade de Peruíbe. Filho de músico.
Matheus Santos Freitas, cantor, ator e modelo da cidade de Peixoto de Azevedo-Mato Grosso.
Marco Souzza, cantor sertanejo e ator das Terras mineiras. Filho do cantor Lindomar Antonio.
Dupla Cristian e Sebastian, meninos da cidade de Parnaíba-PI.
Bruno Barros, cantor e ator em Peruíbe-SP.
Cauã Carvalho, jovem cantor do Rio de Janeiro.
Ailsinho e Alex Novaes, cantores paulistas de Campínas-SP. Filhos do cantor Ailson Silva.
Gian Henrique e Giovani, dupla das Terras de Silveiras-MG.
Luis Arthur Seidel, excelente cantor das Terras gaúchas.
Isaque Barbosa, cantor e acordeonista de Caxias do Sul-RS.
Gabriel Fagan Lins, cantor do Rio Grande do Sul. Conheço-o desde criança quando cantava no programa do Raul Gil.
Dupla Gustavo Silva e Gabriel, cantores em São Roque-SP.
Lucas Hernandes, cantor gaúcho da cidade de Santo Cristo-RS.
Murilo Nascimento, excelente amigo e ótimo cantor das Terras de Capão da Canoa-RS.
Vinícius Germano, cantor gaúcho da cidade Capão da Canoa-RS.
Davi Campolongo, ator e pianista em São Paulo.
Cecília do acordeon, acordeonista em Redenção-CE.
Luis Felipe, talentoso cantor em Sapucaia do Sul-RS.
Marya Eduarda e Jessé, excelente dupla da cidade de Oliveira-MG.
Gêmeos Lucas e Gabriel, , dupla da cidade de Boa Vista do Buricá-RS. Filhos do músico Jair Gomes.
Alysson Gabriel, cantor e violonista na cidade de Jacutinga-MG.
João Pedro, acordeonista da cidade de Santo Ângelo-RS.
Júlio Olivieri, jovem cantor em São Paulo.
Dupla Pedro Henrique Borges e João Victor, cidade de Sorriso-MT.
Guilherme Martinez, modelo, ator e cantor, filho do músico Israel, da cidade de Caraguatatuba-SP.
Gustavo Carneiro, músico em Bento Gonçalves-RS.
Eric Weng, cantor e acordeonista em São Bento do Sul-RS.
Ciro Marra, cantor em Nápolis na Itália.
Wellington Paris, cantor em Indaial-SC.
Matheus Henrique e Samuel, dupla gaúcha de Luzerna-SC.
Guilherme Bevilaqua, exímio cantor e acordeonista da cidade de Xanxerê-SC.
Edywaz e Fogaça, dupla de Florianópolis-SC.
João Vitor Kindel, ator, modelo e cantor da cidade de Taió-SC.
Ricardo Rusch, cantor e acordeonista da cidade de Pomerode-SC.
Jayne Priscila, atriz e cantora da cidade de Pomerode-SC. Filha de professor de música.
Tiaguinho Sepka, cantor e acordeonista da cidade de Ibirama-SC. Menino filho de uma família musical.
Pablo Paludo, cantor e acordeonista da cidade de Guatambu-SC.
Antony David, modelo.
Nathan Augusto, modelo e dançarino.
Arthur Franco, modelo.
Felipe Loureiro, modelo e ator.
Pedro Ricardo, modelo.
Monique Guedes, modelo.
Igor Nascimento, cantor.
Matheus Coutinho, modelo e ator.
Ângelo Duarte, modelo.
Ricardo Prado, modelo.
Felipe Boehner Junior, modelo.
Cauã Morrone, modelo.
João Levy, modelo.
Eike Almeida, modelo.
Nyck Pafoni, modelo.
Edinho Violeiro, cantor em Mogiguaçu-SP.
Jean Panisson, músico da cidade de Dois Vizinhos_PR.
Nícolas Gabriel Alves, cantor em Campos Gerais-MG.
Ricardo Cintra, cantor em Barretos-SP.
Kaio Fernandes, cantor em Governador Valadares-MG.
Murielzinho, cantor e declamador de Camaquâ-RS.
Jean Michel, cantor e ator no Rio de Janeiro.
Luiz Gustavo, cantor em Limeira-SP.
Durin Tonson, guitarrista em Murnal, Alemanha.
Dudu Campeiro, acordeonista em Santa Rosa-RS;
Gabriel Castilhos, acordeonista em Caxias do Sul-RS.
Gustavo Albino, cantor e acordeonista .
Adelar Felipe, acordeonista em Sapucaia do Sul-RS.
Mauricio Alexandre, cantor na capital paulista.
Juan Sebastian Laverde, cantor em Bogotá.
Delvio Carlos, modelo e músico na capital paulista.
Denner Henrique Burkowski, cantor em Nova Europa-SP.
Samya Abreu, poetisa em Maranguape-CE.
Bernardo Araújo, desportista na capital do Rio de Janeiro.
Matheus Tavares, músico em Maringá-PR.
Raphael Sperandio. cantor na capital paulista.
Matheus Felipe, cantor em Barretos-SP.
Marlon Breno, cantor na cidade de Serra-ES.
Samuel Machado - o menino da gaita, cantor em Campo Bom-RS.
Arthur e Alessandra, dupla em Campinas.
Nikolas Tomasini, ator e cantor em Nova Trento-SC.
Matheus Leandro, ator no Rio de Janeiro, capital.
Gabriel Vieira, cantor em Curitiba-PR,
Nicolas e Olavo, dupla de Palmital-PR.
Clara Bezerra, poetisa em Carnaúba dos Dantas-RN.
Matheus Anholeto, modelo e ator em Curitiba-PR.
Ravel Marques, músico em Porto Xavier-RS.
Mauricio dos Santos, acordeonista em Manoel Viana-RS.
Sebastian Bouscheidt, ator e modelo em Nova Petrópolis-RS.
Kayke Mendes, cantor em Barretos-SP.
Renan Rousado, músico em Viamão.
Well Costa, cantor em Mata Verde-MG.
Guilherme Mendes, músico em Belo Horizonte.
Thales Gabrig, cantor em Petrópolis.
Victor Cesar Oliveira, ator do grupo Humoristas da SErraria-RN.
Thyago Camilo, poeta e apresentador no Rio Grande do NOrte, cidade de Currais Novos.
Filipe Borges, poeta em Mipibu-RN.

Grato amigo Mendes. Caso você queira postar esta lista, não poste fotos, logo que não temos condições de colocar todas.
Antonio José de Oliveira - 01.03.2019.


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