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segunda-feira, 20 de novembro de 2017

CONSCIÊNCIA NEGRA

CLERISVALDO B. CHAGAS, 15 DE NOVEMBRO DE 2017

ESCRITOR SÍMBOLO DE SERTÃO ALAGOANO

CRÔNICA 1.784

 

HOJE É O DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA. ELE FOI INSTITUÍDO NO DIA 9 DE JANEIRO DE 2013 PELO PROJETO LEI N.010.639, MAS SOMENTE EM 2011 A LEI FOI SANCIONADA (LEI 12.519/2011) PELA PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF. O DIA É COMEMORADO EM TODO O TERRITÓRIO NACIONAL E FOI ESCOLHIDO POR TER SIDO O DIA DA MORTE DO LÍDER NEGRO ZUMBI QUE LUTOU CONTRA A ESCRAVIDÃO NO BRASIL. ESTA CELEBRAÇÃO RELEMBRA A IMPORTÂNCIA DE REFLETIR SOBRE A POSIÇÃO DOS NEGROS NA SOCIEDADE. OS INÚMEROS EVENTOS SOBRE O TEMA ESPALHADOS PELO PAÍS, SÃO IMPORTANTES PARA A REFLEXÃO DOS DIAS ATUAIS NESSA MARCHA INEXORÁVEL PARA O PORVIR. ESSE É UM PERÍODO DE DIVERSAS ATIVIDADES E PROJETOS REALIZADOS NAS ESCOLAS PARA COMEMORAR A LUTA DOS AFRODESCENDENTES.

DESDE 1532 COMEÇOU A ENTRAR NEGROS ESCRAVOS NO BRASIL, ATÉ QUE ACONTECEU A LEI EUSÉBIO DE QUEIROZ, EM 1850, QUE PROIBIA O TRÁFICO NEGREIRO. MESMO COM A ABOLIÇÃO FORMAL DA ESCRAVIDÃO, EM 13 DE MAIO DE 1888, ESSA BUSCA PELA VERDADEIRA INDEPENDÊNCIA E IGUALDADE, JAMAIS CESSOU. A CONSCIÊNCIA NEGRA REFLETE SOBRE A DISCRIMINAÇÃO E AS CONQUISTAS NA SOCIEDADE, NO MERCADO DE TRABALHO. SENDO FERIADO EM ALGUNS ESTADOS E PONTO FACULTATIVO EM OUTROS, O QUE IMPORTA É A DISCUSSÃO EM DIVERSAS ENTIDADES, EM PRAÇA PÚBLICA, EM LUGARES ESPECIAIS QUE LEVEM A HUMANIDADE INTEIRA A REFLETIR SOBRE A IGUALDADE, DIREITO DE TODOS NO PLANETA.

EM ALAGOAS A GRANDE CONCENTRAÇÃO DOS FESTEJOS, ACONTECE NO MUNICÍPIO DE UNIÃO DOS PALMARES, A 72 KM DA CAPITAL, MACEIÓ. O CIMO DA SERRA DA BARRIGA QUE OUTRORA ABRIGOU O QUILOMBO DOS PALMARES E SEUS COMBATES CONTRA OS BRANCOS RECEBE PESSOAS DO PAÍS INTEIRO E REPRESENTANTES DE DIVERSAS PARTES DO MUNDO. NESSA OCASIÃO, MUITAS ESCOLAS LEVAM OS SEUS ALUNOS PARA PASSEIO E PESQUISA SOBRE OS EPISÓDIOS QUE ACONTECERAM NA SERRA E SUAS IMEDIAÇÕES. A DATA ENCHE DE ORGULHO O PEITO DO ALAGOANO E A VAIDADE DE TER TIDO UM LÍDER NO NAIPE DE ZUMBI.

                                                                                              


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COISAS QUE A GENTE FAZ (E VOU REVELAR)

*Rangel Alves da Costa

A intimidade entre dois só cabe aos dois, isso é verdade. A ninguém é dado o direito de conhecer o que se passa na íntima privacidade de dois.
Contudo, vou revelar. E vou revelar por que não acho nada demais que os outros saibam o que se passa ou o que fazemos enquanto estamos juntinhos.
Vou revelar por que não é nada além da normalidade daquilo que os casais ou enamorados fazem quando estão juntinhos em dois, e somente em dois.
E vou revelar ainda por que não há mesmo nada a esconder. Certamente de que não são instantes tão esdrúxulos e absurdos que não possam ser conhecidos pelos demais.
Pois bem. Não se assuste nem se espante. Não avermelhe nem se tome de calores antes de ler o que vai escrito. Mas, como dito, são apenas revelações de uma intimidade.
A gente faz o que todo mundo faz: silenciar. Mas é um silêncio tão voz e tão palavra, tão verbo e tão pronúncia, que surge até grito. Mas é neste silêncio que tudo começa a acontecer.
A gente, silenciosamente, olha no olho um do outro. A gente namora pelo olhar, a gente se encanta avistando um ao outro, a gente se apaixona assim. Tudo silenciosamente e belo.
Mas de repente o silêncio irrompe e chama a palavra. Ora, não poderia ser diferente. De tanto se mirar e se encantar, de tanto se avistar e se querer, a gente passa a ter vontade de traduzir tudo isso em palavras.
Então a gente faz o que todo casal faz (ou deveria fazer): conversar. Mas nada sobre o aumento da gasolina ou do botijão de gás, nada de falar sobre o preço do remédio, da conta de luz ou do absurdo que está a feira. Não.
E não por que não é momento - entre dois, num quarto fechado, juntinhos na cama - de se falar sobre problemas, indignações ou absurdos. O momento chama, pede e até exige outro tipo de diálogo.


Então imaginem. Qual a palavra que chega após avistar aquele olhar, após se encantar com a beleza, após ter dentro de si toda a imensa felicidade por poder partilhar da presença e do amor do outro?
E não seria uma palavra qualquer. Mas antes de qualquer dizer, a leve aproximação, o toque, o carinho, o afeto, o afago. E como é bom sentir o pelo, a pele, a flor do corpo, a maciez da presença, o cheiro, o calor, o queimor.
O que dizer, então, após sentir o outro como se dentro do próprio corpo, do próprio coração. “Meu amor, como eu te amo!”. “Meu amor, amor como eu te amo!”. “Meu amor, como eu te amo”. “E amo e amo...”.
E numa boca ou noutra, numa voz que é apenas sussurro, continuar falando: “Eu te tenho e tens a mim. Somos dois em apenas um. E amo-te cada vez mais como um desejo de adolescente apaixonado. E que assim continuemos como dois que procuram o primeiro beijo. Então me beije!...”.
E então a gente faz o que todo apaixonado faz: beijar. Mas não qualquer beijo. Ora, beijar é uma arte, é um ofício da alma, é quase um dom espiritual. Beijar não é sugar. Beijar é sentir, é fruir, é trazer do outro lábio a asa que falta para o imenso voo.
As bocas se aproximam, mas os lábios ainda não. Na hora do beijo, os lábios nunca precisam ter pressa. Apenas chegar tão lentamente que a respiração ofegante vai chamando o outro lábio. Então se aproxima um pouco mais, levemente se toca, suavemente se roça, docemente diz: estou aqui, sou teu.
E depois do beijo talvez não haja mais consciência para qualquer revelação. Tudo fome, tudo desejo, tudo vontade. Uma avidez desmedida pelo querer. Mas ainda assim apenas amor na sua perfeição de amar.
O restante me esqueci. Estou solteiro e não quero nem lembrar.


Escritor
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ANTONIO MATILDE TIO DOS FERREIRAS O BIGODE DE ARAME

Por José Mendes Pereira
O famoso seguidor de Luiz Gonzaga o Pedro Motta Popoff cordelista e cantor

José Bezerra Lima Irmão escritor e pesquisador do cangaço diz em seu livro "Lampião a Raposa das Caatingas" que Antonio Ferreira Lima, pai de José Ferreira, sendo este último pai de Virgolino Ferreira da Silva depois de se casar com dona Maria Chaga que residia na região de Medeia atual Jatiúca, resolveu ir morar próximo à vila de São Francisco.

Em um dia de feira, por destino ou outra coisa semelhante, Antonio Ferreira conheceu uma moça de olhos azuis e de madeixas ruivas, com nome de mulher guerreira Matilde. Esta jovem era filha de um fazendeiro chamado Ambrósio, que residia na região do Poço do Negro. 

Os dois, possivelmente, apaixonaram-se, e deram início a um namoro, e através dos aconchegos, Antonio Ferreira não quis deixar quieto a maçã da Matilde que guardava debaixo da saia, engravidando-a, e meses depois, ela pariu um filho a quem deu-lhe o nome de Antonio José Ferreira, mas ele viveu toda a sua vida conhecido como Antonio de Matilde ou Antonio Matilde. Mesmo sendo filho bastardo, era considerado por todos os seus familiares (Ferreira) como filho legítimo. 

Sua mãe fazia parte da família do fora-da-lei Cassimiro Honório grande chefe de jagunços lá pela região do Navio, e era parente também do coronel Ângelo da Jia e com José de Sousa duas pessoas famosas daquelas paragens.

Quando garoto Antonio de Matilde foi criado por um senhor de nome Manoel Pereira de Sá Maranhão conhecido na região por Neco Maranhão, da famosa e poderosa família Pereira.

O Antonio Matilde teve sorte, tornou-se proprietário por herança, de parte da Fazenda Barreiros, lá na região do Poço do Negro. Fez matrimônio com uma jovem de nome Antonia Marinho, e do casal, nasceu um filho chamado Cícero.

O mais importante é que Antonio Matilde tornou-se autoridade por ser austero e integro, foi nomeado inspetor do quarteirão pelo juiz de Floresta. 

Segundo o escritor José Bezerra Lima Irmão Antonio Matilde era sarará e de um metro e setenta. Diz que os malfeitores temiam-no muito esta autoridade, e ganhou o apelido de Bigode de Arame.

Amigo leitor, se você ainda não conseguiu adquirir o "Raposa das Caatingas" entre em contato com Francisco Pereira Lima lá da cidade de Cajazeiras no Estado da Paraíba através deste e-mail: franpelima@bol.com.br

Uma obra completa sobre cangaço, principalmente sobre Maria Bonita, Lampião e seus familiares.

Fonte de Pesquisa: "Lampião a Raposa das Caatingas"
Pagina: 87
Autor: José Bezerra Lima Irmão
Ano de publicação: 2014
Salvador - Bahia.

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GREVE POR DIGNIDADE. Por: Diretoria da ADUERN



A decisão da categoria docente da UERN de entrar em greve a partir do dia 10 de novembro de 2017 não pode ser festejada, tampouco ser tratada com indiferença ou simplesmente na retórica, respeitada. Essa greve representa a indignação da categoria frente ao descaso e desrespeito com que o governo do estado do Rio Grande do Norte tem tratado os servidores públicos e, em especial, os/as professores/as da UERN. Há 20 meses os/as trabalhadores/as do estado vivenciam uma situação de incerteza em relação ao pagamento dos salários e uma condição de precarização do serviço público que afeta grande parte da população do Rio Grande do Norte.

A greve, deliberada por ampla maioria da categoria docente da UERN, é resultado de uma política econômica desastrosa que condiciona os/as trabalhadores/as do Estado a carregarem os serviços públicos nas costas. Saúde, educação, segurança e os demais serviços só funcionam porque os/as trabalhadores/as assumem o compromisso de todos os dias exercerem o seu trabalho com responsabilidade. É resultado, também, dos ataques recentes que têm sofrido a Universidade e a categoria docente: retirada dos aposentados da folha de pagamento da UERN; ameaça de suspensão do plano de saúde por falta de repasse do governo; rebaixamento do valor do auxílio saúde, bem como a exclusão dos aposentados a esse auxílio. Tudo isso se soma ao insustentável quadro de atrasos salariais e cinco anos sem qualquer reposição. 

Mediante essa conjuntura, o governo não tem cumprido o dever de fazer com que o Estado funcione; não tem respeito aos trabalhadores/as; não considera importante as famílias de todos e todas que dedicam suas vidas e seu trabalho ao serviço público. Por isso, os/as professores/as da UERN se somam aos milhares de trabalhadores/as do estado do Rio Grande do Norte em nome da nossa dignidade, da nossa condição de sobrevivência e em respeito aos serviços públicos e a toda população potiguar.

A história particular da UERN revela que há muito tempo estamos em luta para garantir a manutenção da instituição como universidade pública, gratuita e de qualidade. Compreendemos que a UERN é um dos maiores patrimônios do estado do Rio Grande do Norte por impulsionar o desenvolvimento econômico e social e, principalmente, por possibilitar que os filhos e filhas dos trabalhadores pobres tenham acesso ao ensino superior; por estar presente em todas as regiões do estado cumprindo a interiorização e formando a maioria dos/as profissionais do Rio Grande do Norte. É impossível pensar no crescimento de um estado sem uma Universidade. Para os que divulgam falaciosamente o endogenismo da categoria docente indicamos que investiguem quem sempre lutou em defesa da UERN; quem esteve em confronto com o judiciário e executivo mediante o anúncio da privatização da nossa universidade.

A nossa Greve é por Dignidade sim! Exigimos salários em dia; Exigimos a retirada da mensagem à assembleia que aumenta a alíquota previdenciária; Exigimos condições melhores de trabalho; Exigimos a permanência dos aposentados na folha de pagamento da UERN; Exigimos respeito ao nosso trabalho, ao nosso suor, ao nosso saber, a nossa vida. Exigimos a existência da UERN como Universidade Pública, Gratuita e de Qualidade. É o nosso compromisso! 

A Diretoria da ADUERN

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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UM É O TENENTE JOÃO BEZERRA, E OS OUTROS?

A imagem pode conter: uma ou mais pessoas

Sexta-feira 29 de julho de 1938 jornal A Noite do RN.
Um é o tenente João Bezerra. mais os outros,
quem são?

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LAMPIÃO EM 1926


“Tenho cometido violências e depredações vingando-me dos que me perseguem e em represália aos inimigos. Costumo, porém, respeitar as famílias, por mais humildes que sejam, e quando sucede algum do meu grupo desrespeitar uma mulher, castigo severamente”.

Lampião em entrevista - 1926

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A GRANDE ATRIZ LEILA DINIZ E, A EX-CANGACEIRA " DADÁ " .

Por Voltaseca Volta
Foto: pescada da Internet

Filme: Corisco - O diabo loiro (1969) - Onde grande parte dos figurinos foram confeccionados por Dadá, que era uma exímia costureira, embora, só possuísse uma perna, uma vez que a outra fora amputada na altura da coxa, em face de um disparo desfechado pela volante do Ten. Zé Rufino, quando da captura e morte de CORISCO, o diabo loiro, seu companheiro. Ao ser ferida na perna, sobreveio a doença "gangrena" e, Dadá passou por diversas amputações.

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