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quarta-feira, 12 de junho de 2013

O grande rei do cangaço

Por: João Reis
Lampião e o cangaceiro Juriti - http://xiquexiquense.blogspot.com.br

Amigo José Mendes,

Só passei para lhe dar os parabéns pelo blog, que DEUS o abençoe e o proteja. 

Amigo  Mendes penso que o Brasil é muito falho para com a cultura de seu povo. Se este homem, Lampião, tivesse nascido nos Estados Unidos, seria a maior lenda de todas. Maior até que Alexandre, o grande, maior que César do império romano.

Não digo que Lampião foi um herói, pois heróis não ceifa a vida de inocentes, mas fiquei impressionado com os feitos de bravura do mesmo. Difícil de acreditar como um simples homem de carne e osso consegue lutar contra a polícia de 6  Estados, furando cercos na bala, na ponta do punhal; desafiando todos os bravos da época.

Tenente Zé Rufino

Até o coronel José Rufino disse nas suas entrevistas, que nenhum homem era mais valente que Lampião. Fico com muita pena das pessoas que Lampião julgou e condenou com sua perversidade, pessoas que experimentaram o aço frio e longo de sua arma branca, onde muitos morreram até com fome, visto que naquela época a miséria e a fome fazia parte do cotidiano do povo nordestino.

Porém dizer que tal personagem era apenas um bandido, quando até mesmo seus inimigos mais ferrenhos o admiravam, é o mesmo que dizer que as personagens históricas mencionadas por mim anteriormente, não passavam de bandidos perversos e sanguinários.

Dá a César o que é de César e a Lampião o que é de Lampião, ou seja, o devido respeito que ambos merecem.

Observação: Não interpretar este trocadilho com o mencionado por Jesus Cristo, uma vez que sou católico e muito religioso, digo isso, pois tenho medo de que alguém se sinta ofendido com meu trocadilho.


Abraços a todos! E que JESUS guarde a todos que postam em seu blog.

João Reis

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Lampião no mundo das celebridades

Por Ancelmo Gois(*)

Octavio Iani (1926/2004), considerado um dos fundadores da sociologia no Brasil, tem um belo estudo sobre tipos e mitos do pensamento brasileiro. Para ele, o Brasil pode ser visto ainda como um país, uma sociedade nacional, uma nação ou um Estado-não nação em busca de um conceito. É neste processo de buscar uma cara que florescem as figuras e as figurações, os mitos e as mitificações de "Lampião", "Padre Cícero", "Antonio Conselheiro", "Tiradentes", "Zumbi" e outros, reais e imaginários.

No caso de Tiradentes, nosso herói maior, a propaganda republicana, na ausência de um retrato feito por alguém que realmente o tivesse conhecido pessoalmente, o pintou como Cristo. Aquelas barbas podem ser pura imaginação do retratista, já que naquela época, como em alguns lugares hoje, preso não podia deixar crescer barba ou cabelo por causa dos piolhos.


Com Lampião, o processo de mitificação  é interminável. Afinal, ele é  filho famoso de uma terra de cantadores de feira e de cordelistas, onde a imaginação, e não só talento, também corre solta. Tanto que nas últimas décadas  muitos tentaram promover a transposição da imagem de Lampião de "facínora"  para uma espécie de versão tupiniquim do "Bandido Giuliano", o fora da lei que virou  herói siciliano na primeira metade do  século XX e que foi retrato nas telas no clássico de  Francesco Rosi.

Acho ainda que Lampião, como ocorre com muitos outros personagens da nossa história, está sendo redescoberto pela ótica do culto da invasão da privacidade, uma das marcas dos tempos atuais. Em suas covas, mesmo enterrados  há 50, 100, 200 anos, eles não conseguiram escapar de um mundo que se transformou numa  Big Brother. Viraram "Celebridades", e portanto sujeitos a bisbilhotices, ou fofocas mesmo, sobre seus afetos, romances e até opção sexual. Talvez seja por isso que surgem agora  questionamentos sobre a sexualidade de "Zumbi" e mais recentemente de "Lampião" com o livro LAMPIÃO O MATA SETE.


No livro opositor, LAMPIÃO CONTRA O MATA SETE, o autor Archimedes Marques procura desmontar, pedra por pedra, o mito do Lampião gay. Vale a pena conferir.

(*)Colunista do Jornal O GLOBO


Nota: para adquirir o livro LAMPIÃO CONTRA O MATA SETE basta entrar em contato com o escritor através do e-mail: archimedes-marques@bol.com.br

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O CASAMENTO DE CORISCO E DADÁ

Por: Clerisvaldo B. Chagas, 12 de junho de 2013 - Crônica Nº 1033

O padre Bulhões, pai adotivo de Silvio, mandou recado para Corisco e Dadá aconselhando-os a se casarem. Alegava o padre, vigário da Paróquia de Senhora Santa Ana, em Santana do Ipanema, AL que se acontecesse alguma coisa grave aos pais de Silvio, mais tarde, quando o menino crescesse, ninguém o iria respeitar chamando-o filho de uma puta. É que só era considerada casada, a pessoa que tivesse o sacramento da Igreja.

Os cangaceiros Corisco e Dadá

Corisco e Dadá resolveram, então, mandar chamar o padre Bruno na cidade ribeirinha e sergipana de Gararu. Um rapaz foi encarregado de convidar o padre para realizar a extrema-unção na irmã enferma em uma fazenda à meia hora daquela cidade. O vigário preparou os objetos necessários mais o livro das orações e água benta. Saíram os dois a cavalo. 

O economista Sílvio Bulhões - filho de Dadá e Corisco

Depois de muito galoparem, o padre Bruno, já impaciente, indagava do rapaz que fazenda tão longe era aquela. O rapaz respondeu que faltavam apenas uns quinze minutos de galopada. Mais à frente, porém, freou o cavalo e resolveu contar a verdade. O padre se exasperou e quis voltar. O rapaz alegou que eles haviam passados por seis cangaceiros escondidos. Caso viessem soldados com eles, os bandidos teriam atirado. Aconselhou ao padre a não retornar sem ordem, para não ser morto. 

Corisco e Dadá - primeiros da esquerda

No mesmo momento saíram do mato Corisco e Dadá (bem novinha), alegres e educadamente, cumprimentaram o vigário, estendendo a mão. O padre Bruno tremia muito e foi preciso que Dadá catasse a sua mão para o aperto. Dadá se divertia brincalhona, e Corisco passava-lhe o rabo do olho recriminando as brincadeiras.

Após as devidas declarações e o casamento, o padre estava de alma nova. Confessou que pela fama de Corisco, preferia ver o cão à sua frente. E achando o casal cortês e educado, prometeu jamais tremer diante do desconhecido. Disse Dadá que ”chegara um homem tremendo e saíra um homem de verdade”. Era o dia dezesseis de fevereiro de 1940.

Extraído do livro “Lampião em Alagoas”, pág. 448-449.

Autobiografia

CLERISVALDO B. CHAGAS – AUTOBIOGRAFIA
ROMANCISTA – CRONISTA – HISTORIADOR - POETA

Clerisvaldo Braga das Chagas nasceu no dia 2 de dezembro de 1946, à Rua Benedito Melo ( Rua Nova) s/n, em Santana do Ipanema, Alagoas. Logo cedo se mudou para a Rua do Sebo (depois Cleto Campelo) e atual Antonio Tavares, nº 238, onde passou toda a sua vida de solteiro. Filho do comerciante Manoel Celestino das Chagas e da professora Helena Braga das Chagas, foi o segundo de uma plêiade de mais nove irmãos (eram cinco homens e cinco mulheres). Clerisvaldo fez o Fundamental menor (antigo Primário), no Grupo Escolar Padre Francisco Correia e, o Fundamental maior (antigo Ginasial), no Ginásio Santana, encerrando essa fase em 1966.Prosseguindo seus estudos, Chagas mudou-se para Maceió onde estudou o Curso Médio, então, Científico, no Colégio Guido de Fontgalland, terminando os dois últimos anos no Colégio Moreira e Silva, ambos no Farol Concluído o Curso Médio, Clerisvaldo retornou a Santana do Ipanema e foi tentar a vida na capital paulista. Retornou novamente a sua terra onde foi pesquisador do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Casou em 30 de março de 1974 com a professora Irene Ferreira da Costa, tendo nascido dessa união, duas filhas: Clerine e Clerise. Chagas iniciou o curso de Geografia na Faculdade de Formação de Professores de Arapiraca e concluiu sua Licenciatura Plena na AESA - Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde, em Pernambuco (1991). Fez Especialização em Geo-História pelo CESMAC – Centro de Estudos Superiores de Maceió (2003). Nesse período de estudos, além do IBGE, lecionou Ciências e Geografia no Ginásio Santana, Colégio Santo Tomaz de Aquino e Colégio Instituto Sagrada Família. Aprovado em 1º lugar em concurso público, deixou o IBGE e passou a lecionar no, então, Colégio Estadual Deraldo Campos (atual Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva). Clerisvaldo ainda voltou a ser aprovado também em mais dois concursos públicos em 1º e 2º lugares. Lecionou em várias escolas tendo a Geografia como base. Também ensinou História, Sociologia, Filosofia, Biologia, Arte e Ciências. Contribuiu com o seu saber em vários outros estabelecimentos de ensino, além dos mencionados acima como as escolas: Ormindo Barros, Lions, Aloísio Ernande Brandão, Helena Braga das Chagas, São Cristóvão e Ismael Fernandes de Oliveira. Na cidade de Ouro Branco lecionou na Escola Rui Palmeira — onde foi vice-diretor e membro fundador — e ainda na cidade de Olho d’Água das Flores, no Colégio Mestre e Rei.

Sua vida social tem sido intensa e fecunda. Foi membro fundador do 4º  teatro de Santana (Teatro de Amadores Augusto Almeida); membro fundador de escolas em Santana, Carneiros, Dois Riachos e Ouro Branco. Foi cronista da Rádio Correio do Sertão (Crônica do Meio-Dia); Venerável por duas vezes da Loja Maçônica Amor à Verdade; 1º presidente regional do SINTEAL (antiga APAL), núcleo da região de Santana; membro fundador da ACALA - Academia Arapiraquense de Letras e Artes; criador do programa na Rádio Cidade: Santana, Terra da Gente; redator do diário Jornal do Sertão (encarte do Jornal de Alagoas); 1º diretor eleito da Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva; membro fundador da Academia Interiorana de Letras de Alagoas – ACILAL.

Em sua trajetória, Clerisvaldo Braga das Chagas, adotou o nome artístico Clerisvaldo B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios, Alagoas, Luís B. Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seu trabalho. Pela ordem, são obras do autor que se caracteriza como romancista: Ribeira do Panema (romance - 1977); Geografia de Santana do Ipanema (didático – 1978); Carnaval do Lobisomem (conto – 1979); Defunto Perfumado (romance – 1982); O Coice do Bode (humor maçônico – 1983); Floro Novais, Herói ou Bandido? (documentário romanceado – 1985); A Igrejinha das Tocaias (episódio histórico em versos – 1992); Sertão Brabo CD (10 poemas engraçados).


Até setembro de 2009, o autor tentava publicar as seguintes obras inéditas: Ipanema, um Rio Macho (paradidático);Deuses de Mandacaru (romance); Fazenda Lajeado(romance); O Boi, a Bota e a Batina, História Completa de Santana do Ipanema (história); Colibris do Camoxinga - poesia selvagem (poesia).

Atualmente (2009), o escritor romancista Clerisvaldo B. Chagas também escreve crônicas diariamente para o seu Blog no portal sertanejo Santana Oxente, onde estão detalhes biográficos e apresentações do seu trabalho.
  
(Clerisvaldo B. Chagas – Autobiografia)

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Novo livro na praça - Lampião, cangaço e cordel


Já está à venda o novo trabalho do escritor Rubervânio Rubinho Lima.


Este livro traz a representação do fenômeno do cangaço e de Lampião como elementos que caminham atrelados à história do cordel e da Xilogravura, em um paralelo ao processo de modernização da Literatura de Cordel, nos dias atuais, através do advento da internet, dos e-books e também dos sites de relacionamentos, sem perder a vitalidade das formas tradicionais de criação do cordel.

Além disso, há uma tentativa de apontar a xilogravura como um elemento que, desde o seu surgimento até os dias atuais, além de engradecer os folhetos de cordel, tem assumido um lugar significativo no painel artístico mundial. 

Serviço

Titulo: Lampião, Cangaço e Cordel (teoria) 
Autor: Rubervânio Rubinho Lima             
Editora: EGBA
Ano: 2013
Peso: 450g
120 páginas, ilustrado.
Quanto? R$ 20,00 
Frete: R$ 6,00
Total: R$ 26,00
Forma de pagamento: Depósito Bradesco
Peça pelo e-mail:rubinholim@hotmail.com  
ou ligue: (75) 8807 3930 / 9188 8181

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Isaias Arruda chega ao Cariri Cangaço 2013!

Por: Bosco André
Bosco André e Manoel Severo

"Meu caro amigo Severo, é com muita alegria que confirmamos a presença de cerca de vinte familiares do Cel Isaías Arruda por ocasião do Cariri Cangaço 2013, em Setembro. Uma dessas presenças ilustres será de Dona Orlandina, filha de Isaías."

Bosco André

Isaías Arruda

O Cariri Cangaço 2013 acontecerá entre os dias 17 e 22 de Setembro, nos municípios de Crato, Juazeiro, Barbalha, Missão Velha, Aurora, Porteiras e Barro. No dia 20 de Setembro, Missão Velha promove seu dia de Cariri Cangaço com uma programação vasta e significativa. 


Logo pela manhã estaremos visitando a Casa e os Porões de Isaías Arruda, além do prédio da prefeitura, construídos por ele, ainda na década de 20 do século passado, ali, o senhor prefeito municipal e convidados do Cariri Cangaço, juntamente com a família do Cel. Isaías Arruda iremos participar da aposição oficial da foto do Cel. Isaías no pavilhão de ex-prefeitos de Missão Velha.

Jagunços de Isaías Arruda sob o comando de Zé Gonçalves

Da prefeitura de Missão Velha, partiremos para as terras do Cel. Santana, nas cercanias da famosa Serra do Mato da Gameleira de São Sebastião, em Jamacaru, no alto da Chapada do Araripe teremos Conferências e Debates; é Missão Velha, a porta de entrada de nosso Cariri, brilhando mais uma vez no Cariri Cangaço.

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Mensagem dedicada a José Edilson de Albuquerque Guimarães Segundo

Por: Andréia Hirakawa

Meu amor, meu companheiro de todas as horas, tantas dificuldades passamos e superamos juntos! Nosso amor nasceu de uma grande e linda amizade, onde aprendemos o verdadeiro significado do sentimento AMOR! 


Hoje posso dizer que sou feliz e realizada, formamos uma família linda, temos nossa filhinha, fruto do nosso amor que só veio pra completar ainda mais nossa felicidade!

Muito obrigada por ser um marido maravilhoso, meu melhor amigo de todas as horas e o melhor Pai do mundo pra nossa filhinha!



Feliz Dia dos Namorados, você é meu eterno namorado e meu grande e verdadeiro amor!

TE AMO MUITO!!!

José Edilson Segundo é mossoroense e pesquisador do cangaço

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Lançamento de livro!

 
O professor, escritor, pesquisador e fundador da SBEC - Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço lançará neste mês deste ano de 2013, o seu mais novo trabalho, com o título: 

SÍTIO DOS NUNES DE FLORES VIVE SAGA DO CANGAÇO

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A Origem da Festa Junina no Brasil - 03 de Junho de 2013

Por: Geraldo Maia do Nascimento
Geraldo Maia e Vingt-un Rosado

É só chegar o mês de junho que as cidades, na extensão do Ceará à Bahia, se enfeitam de balões, bandeirolas de papel colorido, além de montar suas tradicionais fogueiras, para comemorar as chamadas “Festas Juninas”.

As Festas Juninas, historicamente, está relacionada com a festa pagã do solstício de verão, que era celebrada no dia 24 de junho, segundo o calendário juliano (pré-gregoriano) e cristianizada na Idade Média como \"festa de São João\" ou festa “Joanina”. O nome joanina teve origem, segundo alguns historiadores, nos países europeus católicos no século IV. Quando chegou ao Brasil foi modificado para junina.
               
Na Europa antiga, durante o solstício de verão - dia mais curto com noite mais longa do ano - era comemorado o início da colheita. Nessas festas eram oferecidas comidas, bebidas e animais ao deus Juno, da fertilidade, além da fogueira, para espantar os maus espíritos e as danças características da época. O costume vinha de datas imemoráveis e servia para celebrar o ponto alto do verão, até a festa ter ganhado caráter religioso. Então a igreja escolheu exatamente o dia 24 de junho em memória de São João Batista, para banir os velhos costumes pagãos praticados na mesma data. As primeiras referências às festas de São João no Brasil datam de 1603. As festas de Santo Antônio e de São Pedro só vieram mais tarde, mas como aconteciam no mesmo mês, foram incluídas nas chamadas festas juninas.


Essa tradição chegou ao Brasil através dos jesuítas portugueses. Mas antes, os índios já realizavam rituais também relacionados à agricultura, que aconteciam no mesmo período, para que a colheita fosse boa. Dessa mistura das comemorações dos índios com a dos jesuítas portugueses, as festas juninas foram ganhando forma e incorporando o famoso jeitinho brasileiro. E esse jeitinho pode ser percebido principalmente na alimentação, quando foram introduzidas as comidas de milho, o jenipapo, o leite de coco e também nos costumes como no forró e no bumba-meu-boi. A quadrilha, que era a dança da nobreza européia, foi adaptada aos festejos juninos. Já os fogos de artifício, que tanto embelezam a festa, foram trazidos pelos chineses. Os fogos eram utilizados na celebração para despertar São João e chamá-lo para a comemoração do seu aniversário. Outra finalidade dos fogos era que o barulho de bombas e rojões podia espantar os maus espíritos. O costume de soltar balões surgiu da idéia de que eles levariam os pedidos dos devotos aos céus e a São João. Essa prática foi proibida devido ao alto risco de os balões provocarem incêndios. A cerimônia de levantamento de mastro de São João é chamada de “puxada do mastro”. Além da bandeira de São João, o mastro pode ter a de Santo Antônio e São Pedro.
               
Para os católicos, a fogueira, que é maior símbolo das comemorações juninas, tem suas raízes em um trato feito pelas primas Isabel e Maria. Para avisar Maria sobre o nascimento de São João Batista e assim ter seu auxílio após o parto, Isabel acendeu uma fogueira sobre o monte.
                
No Nordeste, em épocas passadas, existia uma tradição que mandava que os festeiros visitassem em grupos todas as casas da comunidade, levando alegria. Os donos das casas, em contrapartida, mantinham sempre uma mesa farta de bebidas e comidas típicas para servir os grupos. Os festeiros acreditavam que o costume era uma maneira de integrar as pessoas da cidade. Essa tradição tem sido substituída por uma grande festa que reúne toda a comunidade em volta dos palcos onde prevalecem os estilos tradicionais e mecânicos do forró.
               
O Brasil é um país muito rico em acervo cultural, mas é de fundamental importância conhecê-lo, para que possamos compor a identidade de nosso povo. É através destas manifestações folclóricas, que mantêm vivas as tradições e costumes de um povo, preservando deste modo, sua identidade para futuras gerações.

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Autor:
Jornalista Geraldo Maia do Nascimento

Fontes:
http://www.blogdogemaia.com/#

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