Seguidores

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Cronologia: 1912 - 1929

Da Origem à Iniciação Artística

Em 13 de dezembro de 1912, nasce o segundo filho de Januário José dos Santos e Ana Batista de Jesus, Santana, em casa de taipa na propriedade da Fazenda da Caiçara, no município do Exu, Pernambuco, pertencente a um membro da família Alencar, na fronteira com o Ceará, e ao pé da serra da Chapada do Araripe. O menino é batizado com o nome de Luiz Gonzaga do Nascimento, sugestão do próprio padre.

O pai do futuro Rei do Baião é então tocador e consertador de sanfona de oito baixos ou fole ou concertina ou pé de bode; e a mãe cantadeira de novena. Ambos são as influências primordiais do futuro sanfoneiro e cantador maior do Brasil.

Januário José dos Santos, o pai de Luiz Gonzaga, lavrador, tocador e consertador de fole. Ana Batista de Jesus, Santana, mãe de Luiz Gonzaga, lavradora, artesã e cantadeira de novena do povoado do Araripe.

O avô materno de Luiz Gonzaga, José Moreira, poeta e cantador de viola, é da família do romancista cearense José de Alencar. A avó dele, Luiz, Efigênia, cearense, sobrevivera a epidemia do cólera morbus, que matou milhares de nordestinos (século XX).

Os pais de Luiz Gonzaga, Januário e Santana, viviam da lavoura, cultivando feijão, milho, jeremum, melancia, melão. Assim como do artesanato do algodão e do sisal. Santana fazia coxim (forro de sela de tecido e cordão) e corda de sisal, para vender na feira do Exu. Com a pouca renda desses artesanatos, ela fazia a ferinha de casa, de carne, café, açúcar, rapadura, sal, farinha, roupa, alpercata pro menino.

Vista parcial do povoado do Araripe, no município do Exu (PE), onde Luiz Gonzaga viveu dos doze aos dezessete anos de idade, quando fugiu de casa para ingressar no Exército em Fortaleza (CE), em meados de 1930. O lugar seria fonte de inspiração perene da futura obra do Rei do Baião.


Padroeiro do povoado do Araripe, em cujas festas do mês de maio mariano, e nas festas juninas, o menino Luiz Gonzaga se iniciou publicamente na música tocando tambor, pife e até sanfona de oito baixos, em instrumento emprestado momentaneamente 

“Dei por mim já crescido, vendo meu pai mexer em velhas sanfonas, endireitando-as para ganhar dinheiro, nas horas que lhe sobrava das limpas e dos plantios de milho e feijão”. (Luiz Gonzaga) 
“Minha mãe também me influenciou, porque em casa se rezava o mês de Maria todinho, o mês de maio todinho. Trinta e uma novenas! Quando terminava a novena, os benditos, os zambumbeiros, tocadores de pife, entravam no salão para beijar o altar. E eu quase sempre era componente dessa banda. Uma hora tocava triângulo, outra hora tocava caixa, às vezes zabumba. Quando faltava um, pegava no pife também. Então era uma casa de música”. (Luiz Gonzaga)

Josefa (Nova), Ana Batista (Santana), a mãe Luiz Gonzaga, e Vicência, três das quatro filhas da cabocla Efigênia, cearense sobrevivente do cólera morbus (séc. XX), e José Moreira Franca de Alencar, poeta, cantador de viola, boêmio, “moço bonito, alto de cabelo louro e olhos verdes”, o avô materno de Luiz Gonzaga.

1917 - Aos cinco anos de idade, o menino Luiz Gonzaga começa a mexer na sanfona do pai Januário, e noutros instrumentos que este recebia para afinar ou consertar. Ausente o pai de casa, Luiz tocava para os irmãos, primos pinotarem (dançarem) no terreiro.
1920 - Aos 8 anos de idade já toca zabumba em bandinha de pife, na festa da igrejinha de São João do povoado Araripe, onde sua mãe Santana tirava as novenas do mês de maio.
1924 – Por causa da grande cheia do riacho da Brígida, a família do menino Luiz Gonzaga, aos doze anos de idade, é obrigada a se mudar da casa de taipa da Fazenda da Caiçara, onde ele nascera, para o povoado do Araripe. Aí o futuro Rei do Baião passa o restante da adolescência e início da juventude.
1926 - Luiz Gonzaga compra a sua primeira sanfona, aos catorze anos de idade, embora já tocasse desde os oito anos ou menos idade, com instrumento do pai ou de outros sanfoneiros. De todo modo, ele ingressa na vida artística nesse ano.
1927 - Luiz Gonzaga participa do movimento de escoteiros do Exu, onde recebe a primeira instrução escolar. Ele é iniciado sexualmente nesse tempo, quando contrai doença venérea.
1928 – 1929 – Luiz Gonzaga conhece e mantém namoro secreto e grande paixão por Nazarena, filha de um considerado cidadão exuense. O desfecho desse romance proibido definiria o destino do filho de Januário e Santana. 

Luiz Gonzaga Nordestino

Por: Guilherme Machado
[semp+020.jpg]

Luiz Gonzaga teve que quebrar barreiras na Rádio Nacional do Rio de Janeiro para cantar vestido de cangaceiro ou até mesmo de vaqueiro.

Luiz Lua Gonzaga

Foi em 1947 quando o Diretor da Emissora, Floriano Faissal, em berros, gritava "aqui não, na Rádio Nacional, não! Aqui não canta cangaceiro!" Obrigando ao recém chegado Luiz Lua Gonzaga, afilhado do ator  e locutor Paulo Gracindo, a se apresentar de terno e gravata nos auditórios da Rádio Nacional do Rio de Janeiro.

Gaucho Pedro Raimundo

Um belo dia chega Luiz Gonzaga de sanfona branca no peito para se apresentar em um programa da tarde e ai quando ver o colega, gaucho Pedro Raimundo,  cantando de chapéu de aba larga e bombacha, botas até os joelhos, esporas nos calcanhares e taça rebengue na mão, tipicamente a rigor, representante legal da região sul. O nordestino Luiz Gonzaga vendo aquela figura brilhando de Pedro Raimundo, parou e pensou, "é, o carioca usa camisa listrada, o baiano usa chapéu de palha e eu vou representar o nordeste..." 


Correu até os correios e imediatamente escreveu para


a dona Santana, sua mãe, lhe pedindo que  comprasse um belo chapéu de cangaceiro que lembrasse a figura de Lampião; dona Santana não gostou nada do pedido do filho, mesmo assim, atendeu o seu pedido e lhe comprou o chapéu de couro tipo "cangaceiro". O teimoso Luiz Gonzaga voltou ao estúdio da Nacional, desta vez, vestido de cangaceiro, foi quando alguém o tentou reprimir e aí sem hesitar ele disse: "Se Pedro Raimundo pode cantar e representar o seu povo, eu também posso, até o paulista Bob Nelson canta fantasiado de Roy Rogers, cowboi americano, eu sou nordestino e o símbolo do nordeste é o vaqueiro e o cangaceiro". E não é que seu Luiz viveu quase toda vida vestido de gibão e chapéu de couro.

Serrinha, Bahia
Guilherme Machado

Padre Marcelo diz que sua popularidade se aproxima a do Padre Cícero e já é chamado de Santo


"Vaidade é meu pecado predileto!" Al Pacino, interpretando o diabo no filme "O advogado do Diabo".
Padre Marcelo Rossi falou sobre o assédio dos fiéis, em entrevista à revista "Alfa" de novembro. Ele afirmou que, no Nordeste, sua popularidade se aproxima a de Padre Cícero e já é chamado de santo.
“Só falta arrancarem a minha batina, mas sempre digo: meu Deus, para, eu não sou santo. Sou corintiano, não me santifica não”.
O religioso falou sobre o santuário que vai inaugurar que comportará mais gente do que a Basílica de Aparecida. “Sempre quis ter um santuário, comprei o terreno há mais de dez anos com o dinheiro das vendas do meu primeiro CD. Nosso povo precisa de igreja grande, são lugares onde você sente a presença divina. Os evangélicos perceberam isso, mas nós, católicos, caímos na mentalidade dos padres da Teologia da Libertação, que gostam de igrejas pequenas. Penso diferente. Sei que as pessoas estão com sede de Deus e querem ser acolhidas, se emocionar”, afirmou.
Fonte: Quem Onli

17 de Novembro - Tratado de Petrópolis


Pressionados pelo advogado José Carvalho, os bolivianos foram forçados a abandonar a região. Para evitar a sua volta, o governador do Amazonas Ramalho Júnior organizou o ingresso no Acre de uma unidade de aventureiros comandadas pelo espanhol Luis Gálvez Rodríguez de Arias. Gálvez partiu de Manaus em 4 de junho de 1899 e chegou à localidade boliviana de Puerto Alonso, a qual teve seu nome mudado para Porto Acre, onde proclamou a República do Acre em 14 de julho de 1899. Apesar disso o governo brasileiro, com base no tratado internacional de Ayacucho assinado em 1867, considerava o Acre como território boliviano e enviou tropas que dissolveram a República do Acre em 15 de março de 1900.
Um motivo complementar para o interesse de Ramalho Júnior na ocupação do Acre foi o fato de Galvez ter descoberto a existência de um acordo diplomático entre a Bolívia e os Estados Unidos estabelecendo que haveria apoio militar norte-americano à Bolívia em caso de guerra com o Brasil.
Nessa época a Bolívia organizou uma pequena missão militar para ocupar a região. Ao chegar em Porto Acre ela foi impedida pelos seringueiros brasileiros de continuar o seu deslocamento. Os brasileiros receberam apoio do governador do Amazonas, Silvério Néri, que enviou uma nova expedição, a Expedição dos Poetas, sob o comando do jornalista Orlando Correa Lópes, que proclamou a Segunda República do Acre em novembro de 1900, tendo Rodrigo de Carvalho assumido o cargo de presidente. Um mês depois, em 24 de dezembro de 1900, os brasileiros foram derrotados pelos militares bolivianos e esta segunda república também foi dissolvida.
Apesar dos dois países negarem o acordo com os Estados Unidos citado anteriormente, em 1901 a Bolívia assinou um contrato de arrendamento do Acre com um sindicato de capitalistas norte-americanos e ingleses. Pelo contrato, o grupo, chamado de Bolivian Syndicate, assumiria total controle sobre a região, inclusive militar. Nessa ocasião governava a Bolívia o general José Manuel Pando.
Em 6 de agosto de 1902 um militar gaúcho chamado José Plácido de Castro foi enviado ao Acre pelo governador Silvério Néri e iniciou a então denominada Revolução Acreana. Os rebeldes imediatamente tomaram toda a região, exceto Porto Acre que somente se rendeu em 24 de janeiro de 1903. Três dias depois, 27 de janeiro, foi proclamada a Terceira República do Acre, agora com o apoio do presidente Rodrigues Alves e do seu Ministro do Exterior, o Barão do Rio Branco, que ordenou a ocupação do Acre e estabeleceu um governo militar sob o comando do general Olímpio da Silveira.
Na Bolívia, o general Pando enviou tropas para combater os invasores brasileiros. Entretanto, antes que acontecesse algum combate significativo, em conseqüência do excelente trabalho da diplomacia brasileira comandada pelo Barão do Rio Branco, os governos do Brasil e da Bolívia assinaram em 21 de março de 1903 um tratado preliminar, ratificado pelo Tratado de Petrópolis em 17 de novembro de 1903.
Pelo Tratado de Petrópolis, a Bolívia abria mão de todo o Acre em troca de territórios brasileiros do Estado de Mato Grosso mais a importância de 2 milhões de libras esterlinas e a construção da ferrovia Madeira-Mamoré, ligando os rios Mamoré (em Guajará-Mirim-RO, na fronteira Brasil-Bolívia) e o Madeira (afluente do rio Amazonas, que corta a cidade de Porto Velho, em Rondônia), com o objetivo de permitir o escoamento da produção regional, sobretudo de borracha. Joaquim Francisco de Assis Brasil participou ativamente das negociações com a Bolívia, tendo representado o governo brasileiro em sua assinatura.
O Tratado de Petrópolis, assinado em 1903 pelo Barão do Rio Branco e Assis Brasil, foi aprovado por lei federal de 25 de fevereiro de 1904, regulamentada por decreto presidencial de 7 de abril de 1904, incorporando o Acre como território brasileiro. Plácido de Castro, que faleceu em 11 de agosto de 1908, foi primeiro presidente do território do Rio Branco, elevado à condição de Estado do Acre em 15 de junho de 1962. Tanto Rio Branco como Assis Brasil e Plácido de Castro estão homenageados no Acre com os nomes de sua capital (Rio Branco) e de dois municípios (Assis Brasil e Plácido de Castro).
Fonte: Blog do Instituto São José

A primeira mulher a ser cacique no Brasil

Foto: Rui Faquini/Divulgação
A índia Creuza Umutina, mãe aos 12 anos, é a 1ª. mulher a ser cacique no Brasil e mudou a gestão de sua aldeia
A primeira cacique brasileira ganhou prestígio depois de conquistar o mais alto posto no pódio dos Jogos  Indígenas. Categoria: arco e flecha
A mãe ralhava com a menina que gostava de brincar de bola e treinar arco e flecha. Não eram diversões adequadas para indiazinhas que deveriam, desde cedo, aprender a cuidar dos homens da tribo. Creuza Umutina respeitava as broncas. Mas aproveitava o descuido materno para, em meio aos homens, treinar sua pontaria e o seu futebol.
Os disparos escondidos da família acertaram, anos mais tarde, um outro alvo na Aldeia Umutina, instalada no município Barra do Bugre, no Mato Grosso. O prestígio no arco e flecha levou Creuza para o posto mais alto do pódio dos Jogos Indígenas e também para entrar na história das conquistas femininas. Em 2004, graças à fama no esporte, foi eleita - por voto popular - a primeira cacique mulher do Brasil.
Em 2008, aos 42 de idade, repetiu o feito e mudou a gestão de Umutina. Mas até chegar em novembro de 2011 como candidata fortíssima a faturar o terceiro mandato aos 47 anos, Creuza precisou vencer outros desafios e quebrar outros paradigmas. Alcoolismo, educação e divórcio também compõem a biografia desta mulher.
Aos 12 anos, lembra, já estava grávida do marido, escolhido pelos pais. A infância foi curta. Aos 12 anos, lembra, já estava grávida do marido, escolhido pelos pais. “Daí não dava para escapulir e brincar”, diz. A boneca, de carne e osso gerada em seu ventre, exigia dedicação total. “Era uma criança cuidando de outra criança. Mas era a minha obrigação”, conta.
Foram cinco filhos paridos quase que em sequência. E, sem nunca ter provado um só trago de pinga, a índia conheceu, na vivência da maternidade, os males da bebida alcoólica. “Meu companheiro começou a beber demais logo quando meu segundo filho nasceu. Ficava violento, agressivo. Faltava coragem em dizer para ele que eu não estava feliz.” 
Se as meninas não brincavam de arco e flecha, as mais velhas (entenda casadas, já que muitas ainda eram adolescentes) não se divorciavam.
A mistura entre gravidez precoce e alcoolismo do parceiro, assim como fez com boa parte das mulheres de Umutina naquela década de 70, poderia ter definido o destino de Creuza. Mas ela tinha, como uma carta na manga, o talento “proibido” da meninice.
“Consegui o respeito da comunidade - e a reviravolta na minha vida - com o arco e flecha que minha mãe tanto detestava”, diz. Voltou a treinar a pontaria, relembrou o dom “que já nasceu comigo” e no ano 2004 foi campeã dos Jogos Indígenas na modalidade (desbancando inclusive o marido, que já havia sido promovido a “ex”).
Talento para atividade física é admirado pelos índios. O feito, acreditam, indica que a pessoa trilha o caminho do bem. A fama de vencedora e de guerreira se espalhou. “Naquele mesmo ano fui eleita cacique, a primeira mulher no posto”, diz.
Segundo o censo feito pela Funai (Fundação Nacional do Índio) hoje existem 220 povos indígenas diferentes, que somam mais de 800 mil pessoas, falantes de 180 línguas distintas. Mesmo em meio aos idiomas tão diversos, as vozes desta parcela da população brasileira reclamam de problemas semelhantes em todas as etnias do País.
Assim como o homem branco, o negro e o oriental, os índios também padecem do crescimento importante da obesidade, da dificuldade no acesso à educação e da devastação provocada pelo consumo abusivo de álcool.
Todas estas mazelas serviram de diretrizes para a cacique Creuza. Em seu povoado de cerca de 500 pessoas, ela traçou um plano de ação. Abriu a aldeia para escola, centros de saúde, programas para a dependência química, internet e também antenas de televisão.
Professores na aldeia, educação, programa contra o álcool, computadores e internet são as conquistas da cacique
Todos os feitos de Creuza são ligados a sua trajetória pessoal. Quando fala, com orgulho, da escola que conseguiu implantar dentro da Aldeia, ela cita que a sua gestação precoce a afastou dos estudos logo no início do Ensino Fundamental. “Os meninos daqui também quase morriam para chegar ao colégio, longe demais. Tinha de atravessar o rio e passar pela estrada para estudar. Então, trouxemos os professores para perto e ninguém sofre mais para ter educação.”
Ao pontuar o programa contra o álcool – com médicos, palestras e conversas divididas em quatro etapas com o índio que bebe demais (atualmente, segundo levantamento feito pela Secretaria Nacional Antidrogas 38% dos indígenas tentam, mas não conseguem, parar de beber) – Creuza usa o ex-marido como exemplo. “Ele melhorou, casou de novo e eu estou até amiga da nova esposa dele. O álcool é destruidor da família. Prejudica quem bebe e quem está ao lado”, fala.
Para as mulheres, ela fala da importância de cuidar da dieta fazendo mea-culpa, já que também está com quilinhos extras (a Fundação Nacional de Saúde Indígena mostrou que 46,5% delas estão com sobrepeso). Também defende a visita ao médico e passar por exames.
Desde setembro, técnicos têm visitado a Aldeia Umutina para tirar uma gotinha de sangue dos dedos dos índios. Começou nesta tribo a campanha do Ministério da Saúde a campanha de teste rápido da aids, uma novidade benvinda pela cacique.
Sobre a conexão dos 30 computadores à internet e às antenas de TV instaladas nas casas, Creuza fala que podem ajudar a mulher a buscar informação e autonomia, dois critérios fundamentais, avalia ela, para ter dado uma guinada na sua vida.
“E praticar esporte também é bom, né? Veja o meu caso...”, diz respirando fundo e voltando lá para o início da sua jornada. “Minha mãe morreu brava comigo por causa da minha adoração pelo arco e flecha. Mas acho que agora, onde ela estiver, deve estar com orgulho de tudo que eu consegui por causa dele.”

Quem matou Delmiro Gouveia? - Peça logo o seu antes que a edição se acabe

Por: Gilmar Teixeira

Livro: Quem Matou Delmiro Gouveia?
Autor: Gilmar Teixeira


Edição do autor: 152 págs.

Contato para aquisição
Valor: R$ 30,00 + R$ 5,00 (Frete simples)
Total R$ 35,00

Peça logo o seu livro, para você conhecer a excelente história da morte de Delmiro Gouveia.

Não demore! A edição poderá se acabar e você se arrependerá de não ter feito o pedido.

AGRADECIMENTOS

Por: José Mendes Pereira


Mais uma vez volto para agradecer a todos que participam deste blog. Claro que o total de visualizações na Internet Explorer (não sei o porquê, mas você pode conferir no google chrome),  não está aparecendo desde ontem, mas segundo a estatística do próprio blog, aparece com um total de 200 mil visitantes.

Total por países:

Brasil - 178.983
Portugal - 9.058
Estados Unidos - 3.633
Cingapura - 1.450
Alemanha - 1.434
Rússia - 749
Dinamarca - 729
França - 305
Reino Unido - 289
Itália - 203 visitantes.

Num total de: 196.833

O restante para completar o total de 200 mil, está distruído em outros países com menores visualizações.
Eu não sei bem, por não ser profundo conhecedor de blogs, mas no meu entender, este blog está sendo muito bem visitado. 

Mas nós devemos agradecer aos nossos escritores, pesquisadores historiadores pelos seus excelentes textos e comentários  que nos enviam; mais uma infinidade de conteúdos que trasladamos dos blogs:

Cariri Cangaço,

 

do amigo Manoel Severo.

Lampião Aceso,


do músico Kiko Monteiro.

Tok de História,


do historiógrafo Rostand Medeiros.

Blog Honório de Medeiros,


do professor Honório de Medeiros.

Blog do João de Sousa Lima

 

do escritor e pesquisador do cangaço João de Sousa Lima.

Cangaço na Bahia,

[Rubens+2.jpg]

do mestre em geologia Rubens Antonio.

Portal do Cangaço de Serrinha

[semp+020.jpg]

do amigo Guilherme Machado, além de outros e outros.

Como são vários blogs que fazem os seus excelentes trabalhos sobre a nossa cultura nordestina, os que não foram citados aqui, nos perdoem.

Obrigado pelas visitas.

José Mendes Pereira

DESCOBERTO MAIS UM SOLDADO DE VOLANTE

Por: João de Sousa Lima

Inácio Ferreira Lima reside em um dos povoados de Jeremoabo, Bahia. Participou do tiroteio que matou o cangaceiro Caxeado.
Ele foi soldado das volantes de Odilon Flor, tenente Santinho e Zé Soares.
Em breve teremos essa reportagem lançada em vídeo.

Artigo enviado pelo escritor e pesquisador do cangaço João de Sousa Lima.

O Auto da Liberdade, da Resistência e de alguma polêmica

Por: Aderbal Nogueira


Olá meu amigo, tudo bem? Olha, tem gente me chamando de polêmico. Pois vamos polemizar mais, ok? Esse vídeo que estou enviando para você em primeira mão, trata-se de um dos maiores espetáculos a céu aberto do Brasil. O "AUTO DA LIBERDADE", em Mossoró.

Memorial da Resistência, em Mossoró
 
 Essa apresentação foi gravada em 2001. Para se ter uma idéia, tinham cerca de 20.000 pessoas assistindo. São encenados 4 eventos importantes que aconteceram em Mossoró, entre os quais o ataque de Lampião à cidade, em 1926. Assim como esse, é realizado também o bonito "CHUVA DE BALA NO PAIS DE MOSSORÓ".

Além dessas peças belíssimas, a cidade também ergueu o "MEMORIAL DA RESISTÊNCIA", que presta uma homenagem aos heróis que defenderam a cidade do temível ataque de Lampião. Porém, veja como são as coisas. Escuto muitos pesquisadores desabonarem a cidade de Mossoró, alegando que outras cidades bem menores fizeram igual ou melhor. Eu então me pergunto: "- E daí ? Mossoró tem, sim, o seu valor. Se a cidade não fizesse nada em relação a isso, as pessoas iriam dizer - Não estão nem aí para a memória."

Alguns próprios colegas pesquisadores, inclusive da própria cidade, falam mal porque no Memorial tem algumas fotos erradas. Como se isso fosse desmerecer o bonito memorial que ali foi erguido, e hoje é fonte de visitação de turistas de todas as partes. Os erros são detalhes que podem ser corrigidos com o tempo. É muito raro eu ver as pessoas elogiarem. Sempre criticam primeiro. Esse espetáculo do Auto da Liberdade é muito bonito e mostra de uma maneira grandiosa o evento.Que ele sirva de exemplo para que outras cidades façam a mesma coisa.


Aderbal Nogueira
Diretor do GECC - Sócio da SBEC
Conselheiro Cariri Cangaço
http://cariricangaço.blogspot.com/
http://blogdomendesemendes.blogspot.com/

Vem "coisa boa...."

 Por: Ricardo Albuquerque
Lily, Ricardo Albuquerque e João de Sousa Lima, em noite Cariri Cangaço

Meu caro Severo,

Tenho a agradecer pelo carinho que sou recebido pela família Cariri Cangaço.
No momento estou ainda na correria do fechamento do livro, que está muito atrasado.

O lançamento agora ficará para janeiro.
Grande abraço
Ricardo Albuquerque

Nota Cariri Cangaço: Inegável que certamente já estamos ansiosos, Ricardo Albuquerque que é detentor da Exposição Cangaceiros, com as imortais imagens de Benjamim Abraão, já sinalisa que em Janeiro de 2012 teremos novidades, "coisa inédita e especial !!", então caro confrade e amigo Ricardo, já estamos no camarote: Aguardando.

A POLÍCIA CIDADÃ E A SOCIEDADE

Por: Archimedes Marques
Um dos problemas mais afligente do Brasil de hoje é sem sombras de dúvidas, a questão da Segurança Pública que deixa a desejar no seu preceito constitucional.
Durante muito tempo a problemática da Segurança Pública foi vista apenas como questão dos Estados, das Polícias. Pouca participação e interferência do Governo Federal e nenhuma participação da sociedade.
Agora que a “epidemia” da insegurança se alastrou por todo o Brasil a própria sociedade se mostra preocupada com o problema e até já comunga com o preceito constitucional de que a Segurança Publica é responsabilidade de todos, contudo, os conceitos antigos sobre a Polícia atrapalham e emperram essa interação entre os segmentos que se faz necessária.
Vários fatores contribuem para o aumento desenfreado da violência e criminalidade que traduz a crescente sensação de insegurança existente, contudo, o ponto nefrálgico de ataque em geral, é sempre a Polícia como se ela pudesse ser onipotente e onipresente para constantemente evitar crimes.
Vale registrar o que asseverou o colega Delegado de Policia do Distrito Federal, WILMAR COSTA BRAGA no seu artigo pertinente à Segurança Pública: “Parece ser a Polícia o único órgão responsável pela segurança, mas não é. Apenas tem a função mais árdua de todos os outros, porque atua na garimpagem de criminosos e na execução das Leis, a fim de torná-las efetivas ao exigir o cumprimento das regras sociais e solucionar os seus conflitos. Daí a preocupação que deve ter o dirigente de um órgão policial com o perfil, com a remuneração, com o preparo técnico e operacional, com a coibição dos desvios de conduta, em face da vulnerabilidade com a criminalidade e com o risco de vida.”
É comum ainda ouvirmos e constatarmos verdadeiros absurdos e acusações descabidas às Instituições Policiais por parte de diversos segmentos da Sociedade. Parece ser tradição enraizada do povo em generalizar que a Polícia é ineficiente, corrupta e corruptível, que todo Policial é ignorante, arbitrário e irresponsável, quando na verdade, de uma maneira geral, tais entendimentos não passam de pensamentos ilógicos, egocêntricos e insensatos, pois a Polícia também evoluiu com o tempo, não estagnou como continuam em teimar com tais concepções retrogradas.
Hoje existimos  com capazes e excelentes profissionais em todos os Órgãos Policiais do país. Temos - em grande maioria - componentes com boa qualidade cultural e nível intelectual adequado possuidores de cursos universitários ou pós-graduados nos diversos ramos da Segurança desempenhando suas funções a contento e trabalhando para o bem estar da coletividade fazendo cumprir as Leis e as obrigações inerentes aos seus cargos.
 As ações desastradas e violentas com crimes ou transgressões diversas ocorridos no passado e ainda no presente protagonizado por muitos componentes dos órgãos Policiais trouxeram conseqüências negativas e depreciativas para todos.   Tais atributos, com o passar dos tempos, fizeram com que a Polícia ganhasse a pecha de arbitrária e ignorante, enquanto que, falsos Policiais que se afastaram dos seus objetivos precípuos praticando ilícitos penais ou desvios de conduta  arrebanharam outros adjetivos pejorativos que infelizmente grudaram feito uma “sanguessuga” e acompanham as classes por gerações sem fim.
A questão da violência policial de outrora que ultrapassou todos os limites do direito do cidadão quando da Ditadura Militar que assolou o país por muito tempo, trouxe conseqüências marcantes e desagradáveis para a Polícia atual.
Nesse sentido há de se registrar o que disse o colega Delegado de Polícia e Professor de Direito, ANDRÉ LUIZ LUENGO, num dos seus artigos publicados: (...) “atingir o direito de liberdade da pessoa humana ficou marcado na época da Ditadura Militar, criando o estigma da expressão polícia-repressão. Repressão como sinônimo das atrocidades que ocorriam nos porões dos departamentos policiais, através das práticas de tortura e até desaparecimento de opositores ao regime do governo ditatorial. A polícia, naquele período, ao invés de ser o órgão de conservação e garantidor da paz e da tranqüilidade pública, na verdade era o braço humano utilizado nessas práticas covardes. (...)
Mesmo agora, vencida a ditadura e instalado o Estado Democrático de Direito, resta ainda às mazelas desta triste impressão que permanece incutida na sociedade. A ditadura não tratou o ser humano com dignidade.
As manchas sujaram toda a história e a estrada a ser palmilhada pelos agentes policiais visando extirpar essa infeliz fase dos anais policiais é árdua e difícil, mas passível de ser vencida. Um dos caminhos é trabalhar alicerçado na máxima: a dignidade do ser humano é direito essencial de todos.”
Ainda nesse mesmo sentido é de bom alvitre observar o entendimento do Advogado militante em Brasília e Mato Grosso, EDUARDO MAHON quando asseverou num dos seus artigos recentemente publicado: (...) “Essa dicotomia, espécie de tatuagem ideológica, nunca mais foi removida na mentalidade brasileira - o bem contra o mal. Minguada, humilhada, submetida, à polícia restaram todas as críticas, as denúncias, as desconfianças, despojos das duas décadas de golpe militar. Um “mal necessário”, cujo cidadão teme, desconhece e quer distancia.”
Com a Constituição de 1988 morreu a polícia ditatorial para nascer e crescer a Polícia cidadã. O instrumento principal que era usado pela polícia da Ditadura Militar, qual seja, a tortura, transformou-se em crime inafiançável e insuscetível de graça ou anistia. O método da tortura até então utilizado por aquela antiga polícia que era a imposição de dor física ou psicológica mediante crueldade para obtenção de confissão ou informação foi abolido do dicionário da Polícia cidadã - embora haja exceções à regra que deve haver punição na forma da lei para tais atos covardes e insanos quando ocorrer - para o bem da sociedade e para o próprio bem da Instituição.
Outro problema crônico que influencia diretamente a população brasileira para o continuísmo destas negatividades sobre a Polícia é também a questão apresentada em filmes nacionais, novelas ou seriados em que se mostram situações hilárias, grotescas ou bem aquém da realidade dos nossos profissionais. Policiais Civis ou Militares são apresentados naquelas tramas como se insanos fossem, ou mesmo, vemos também então a figura do Delegado de Polícia sempre ultrapassar todos os limites das Leis com suas ações impensadas e inconseqüentes.
 Na verdade os autores ou escritores dessas “estórias” cinematográficas ou televisivas, quase sempre são mal informados ou distorcem as coisas na tentativa de agradar ao público com cenas cômicas ou deseducadas mostrando o irreal da atualidade policial, incutindo em suas tramas que as nossas classes são compostas por pessoas inferiores de baixa cultura, arbitrárias, ignorantes e que sempre se corrompem no desenrolar dos textos apresentados.
Assim, várias culturas foram cultivadas através das eras com todas essas questões pejorativas em desfavor da Polícia. A sociedade teme a Policia ao invés de respeitá-la com aliada. A sociedade repudia a Polícia e dela quer distância.
Referente à cultura do medo bem entende o professor JOSE PASTORE quando assevera no seu artigo intitulado “MEDO DE POLÍCIA” publicado no Jornal da Tarde: “O cultivo e a implementação de medidas de respeito à lei depende muito de uma cooperação entre os cidadãos e a polícia. Na verdade, a eficiência do trabalho da polícia está intimamente ligada ao bom relacionamento entre cidadãos e policiais. Os estudiosos da sociologia criminal chamam essa interação da “co-produção dos serviços policiais”, querendo com isso chamar a atenção para a relação simbiótica que existe entre polícia e público. Essa interdependência pode ser melhor entendida quando se examinam alguns dados. Em quase todos os países, a grande maioria das intervenções policiais ocorre por chamadas das pessoas. Assim, cidadãos e policiais estão do mesmo lado. Um vê o outro como elemento de apoio. Os policiais dependem da iniciativa das pessoas e estas dependem da proteção dos policiais”.
Buscando dar um melhor entendimento ao objetivo do presente texto  que visa mudança de comportamento na sociedade, necessário se faz tecer algumas considerações sobre o nosso poderio , assim como, pelo que passamos ao sermos confundidos e mal interpretados no nosso labor. LUIZ MARCELO DA FONTOURA XAVIER, Professor e Delegado de Polícia do Estado do Rio de Janeiro num dos seus artigos publicados recentemente bem exemplifica conceito e fato, explanando que: “Poder de Polícia, em definição simplista, nada mais é que o poder do Estado de invadir e limitar certas garantias e direitos individuais quando o interesse público prevalecer sobre o interesse particular. Todavia vivemos a “cultura do abuso”, isto é, sempre que uma pessoa discorda de uma atuação policial estritamente legal afirma aos quatro cantos que “ISSO FOI ABUSO DE AUTORIDADE” e infelizmente a afirmação desta pessoa que é totalmente leiga juridicamente encontra espaço de mídia e ressonância nos sensacionalistas de plantão... essa cultura do abuso desencadearam outras posições errôneas, onde a polícia fica de “mãos atadas”, em alguns casos até receosa em atuar e mesmo assim é responsabilizada quando ocorre um fato criminoso”.
Por outro lado as Organizações não Governamentais que tratam dos DIREITOS HUMANOS do cidadão de quando em vez confunde seus objetivos tratando desiguais como iguais, ou seja, tratando até mesmo marginal perigoso, criminoso contumaz, reincidente e irrecuperável como se ele fosse igual às suas próprias vítimas, qual seja, igual ao cidadão de bem que vive trabalhando honestamente e que necessita da verdadeira Segurança Publica, esquecendo que o outro é quem traduz a insegurança, o trauma familiar e o crescente índice de criminalidade, ao passo que, no meio desses dois está a Polícia para cumprir a sua missão.
 Relacionado ao tema, quanto aos atos praticados pela Polícia atual, pela Polícia cidadã, bem entende o colega ANDRÉ LUIZ LUENGO: “Hoje a atuação policial deve se balizar nos princípios norteados pelos Direitos Humanos, os quais constam expressamente ou intrinsecamente na nossa normatização, ou seja, os Direitos Humanos refletindo na conduta policial.”
 Entretanto, em dicotomia, é mais do que comum vermos no cotidiano nossos agentes sendo vítimas de criminosos sem assim haver interferência de tais Organismos defensores dos Direitos Humanos em seu favor, diferentemente do que ocorre quando é o contrário, situação em que o Policial é mistificado e massacrado até mesmo pelo próprio Sistema.
 As ações despropositadas, abusivas e ilegais dos Policiais devem realmente ser combatidas, entretanto, vemos que o estrito cumprimento do dever legal, a auto defesa, a ação da reação à prisão, os atos da perseguição de marginais e até mesmo a legítima defesa própria ou de terceiros, são confundidos e veementemente criticados por muitos como se os agentes tivessem a praticar ilícitos penais ou transgressões administrativas.
É preciso que não se confundam os atos legais praticados pela Polícia com os seus excessos, para o próprio bem da Instituição e da sociedade.
O conjunto das regras que garante a segurança e a  ordem  que rege os atributos da Polícia se confundem com essas problemáticas citadas, enraíza e cria os preceitos verdadeiros de que vivemos  uma atividade desprezada, uma função incompreendida, uma trajetória ilógica, um labute controverso, uma vida atropelada dentro de uma classe  tão dispersa.
A árdua luta para preservar a ordem pública e a incolumidade das pessoas e do patrimônio, bem como a atribuição de auxiliar a Justiça, estando atenta aos seus próprios atos para evitar conseqüências desagradáveis são, portanto, algumas das regras básicas a serem observadas pela Polícia cidadã.
O pensamento popular referente à questão da Polícia ser ineficiente e irresponsável também é descabida, pois na verdade, conforme o explicitado, transformaram a nossa Polícia numa Polícia  vulnerável e sem garantias.  Receosos  dos eventuais abusos e punições  os policiais se sentem enfraquecidos.  De tão esvaziada, desprezada, desvalorizada, desmoralizada e humilhada que foi a Polícia esmoreceu, perdeu forças e aumentou as suas dificuldades para o enfrentamento do crime.
Polícia é instituição essencial, não um mal necessário com entendem muitos. É preciso que se repensem esses conceitos irracionais para o próprio bem estar da coletividade. Urge, portanto, de mudanças nessas concepções errôneas para que haja uma maior união e interatividade entre o povo e a sua Polícia. Para que haja confiança do cidadão nas ações da Polícia. Para que a sociedade tenha a Polícia como sua amiga, como sua aliada no combate ao crime e no cumprimento das Leis.
A Polícia é a guardiã da sociedade e da cidadania. No seu cotidiano o Policial investiga, protege o bem, combate o mal, gerencia crises, aconselha, dirime conflitos, evita o crime, faz a paz e regula as relações sociais.
O Policial é também o sustentáculo das Leis Penais e deve seguir sempre o princípio primordial de jamais colocar as conveniências da sua carreira acima da sua trajetória moral.
A sociedade atua sobre a Polícia cobrando a sua devida proteção, enquanto que a Polícia atua sobre a sociedade na medida em que é capaz de realizar os seus projetos funcionais inerentes sem ser confundida.
A Polícia cidadã é o elo de boas ações que estabelece um sincronismo entre o seu labor direcionado verdadeiramente a serviço da comunidade, ou seja, uma Polícia em defesa do cidadão e não ao combate do cidadão.
Aliado a esse conjunto de problemas ainda existe a falta de reconhecimento por parte dos Poderes públicos relacionado à questão salarial dos Policiais. Ao longo dos tempos os Governos Estatais vêm relegando a Polícia ao segundo plano. As políticas salariais não são diferenciadas das outras classes funcionais e com isso a Polícia está sempre trabalhando inferiorizada piorando ainda mais o seu desempenho e aumentando consideravelmente o índice de corrupção existente no seio das Instituições.
No tocante a esse item, observa-se também que no âmbito Federal nunca houve  uma política firme de incentivo ao trabalho dos Policiais dos Estados. Nunca houve um programa de complementação salarial geral para as classes dos valorosos Policiais.  
Entretanto, o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) já é uma realidade e uma demonstração de que o Governo Federal enfim começa a se preocupar com a problemática da insegurança e violência que assola a Nação, embora a questão salarial da Polícia que continua pouco atrativa devido a sua importância no contexto geral não tenha sido resgatada.
 O Programa marca uma iniciativa inédita no enfrentamento à criminalidade no país. O projeto articula políticas de segurança com ações sociais, prioriza a prevenção e busca atingir as causas que levam à violência sem abrir mão das estratégias de ordenamento social.
Relacionado ao incentivo do profissional da área existe bolsa de estudo para aqueles que participam de cursos específicos, assim como, há projeto habitacional que abrange certas classes Policiais de baixa renda.
 Remediando esses males questionados, com a ajuda e a conscientização de todos os segmentos, por certo a Polícia cidadã alcançará os seus objetivos com mais presença para oferecer uma conseqüente melhor Segurança para a sociedade.
Dr. Archimedes Marques é Delegado de Polícia Civil no Estado de Sergipe, Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Segurança Pública.

Eviado pelo autor: Dr. Archimedes Marques