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Conheçam o passo a passo sobre a investigação realizada pelo jornalista e
escritor Humberto Mesquita e a historiadora Maria Christina Russi da Mata
Machado, que resultou na localização do ex-cangaceiro Criança III no ano de
1968, trinta anos após a morte de Lampião e o início do fim do cangaço.
Assistam e ao final deixem seus comentários, críticas e sugestões.
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Forte
abraço... Cabroeira! Atenciosamente: Geraldo Antônio de Souza Júnior - Criador
e administrador dos canais Cangaçologia e Arquivo Nordeste.
Essa é uma
daquelas histórias que quando a conhecemos passamos a ver o fenômeno cangaço
com outros olhos. Que nos mostra a realidade dos fatos, sem fantasias ou
romances, que nos deixa claro que o período do cangaço foi um período violento,
onde roubos, sequestros, assassinatos e toda sorte de crimes estarrecedores
eram cometidos e que não trouxe nenhum benefício ao sertão e muito menos ao
pobre sertanejo. Nesse documentário vocês conhecerão a história da morte de
Aureliano Sabino de Sá, morto e esquartejado por Lampião e seus comandados no
ano de 1930, e que teve sua cabeça decepada, lançada e devorada por porcos. Um
crime bárbaro e cruel que marcou e manchou ainda mais de sangue a história
cangaceira nordestina.
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Na esquina da
atual Praça da Matriz com Rua Deoclides Lucas estava situada esta imponente
moradia. Acima da porta, a insígnia com as iniciais do proprietário: “TA”.
Tratava-se Teotônio Alves, ou Teotônio Alves China, ou ainda China do Poço,
esposo de Marieta Alves de Sá, ou a tão recordada Mãeta. Eram meus avôs
maternos.
Foi nesta moradia que em 1929, na primeira vez que pisou em Poço
Redondo, que Virgulino Lampião repousou em sua passagem sertões adentro. No seu
interior se deu o lendário encontro com o Padre Arthur Passos. Para vexame dos
proprietários, era o inesperado encontro da cruz e da espada, da religiosidade
e do cangaceirismo. Inicialmente, o padre mostrou-se enraivecido perante a
presença de Lampião, dizendo que era uma afronta um homem de Deus ser acordado
por um cangaceiro batendo à porta, mas tudo acabou em brinde com vinho de
jurubeba. Na mesa grande o vigário e o cangaceiro dividiram buchada de bode e
outras paneladas sertanejas. Em seguida, naquele 19 de abril de 1929, a missa
celebrada na igrejinha logo adiante e a presença da cangaceirama perante o
sagrado altar. Atualmente, a igreja, completamente reformada, é a matriz de
Poço Redondo, e a casa grande de China não existe mais. Infelizmente.
Louvada a ideia de ressuscitar a Maria Fumaça, em Maceió. Os anais marcam a história dos trens em Alagoas, como uma das mais belas da nossa terra e que hoje implanta saudade dos áureos tempos que buscavam com denodo o progresso para todos. Os trens de Alagoas que nos primórdios competiam com o caminhão, transporte cargueiro de extrema valia numa época de burros, cavalos e carros de boi, também rodavam pelos sertões onde a Maria Fumaça ainda não chegara. Trem de Viçosa a Quebrangulo, de Quebrangulo a Palmeira dos Índios, de Palmeira dos Índios para o Agreste de Arapiraca rumo ao rio São Francisco na presença de Porto Real de Colégio. Uma saga impagável que entrou em romance de Graciliano Ramos, de Adalberon Cavalcante Lins e de Clerisvaldo B. Chagas (Deuses de Mandacaru e Fazenda Lajeado).
Fazer a velha máquina da Maria Fumaça rodar novamente em Maceió, pode atrair milhares de turistas, gente da história e curiosos em geral. Pelo menos em parte os episódios épicos poderão ser mostrados num simples passeio pela capital, sítios e usinas, antigos engenhos transformados. O que temos atualmente são as imagens de antigas estações acabadas pelo abandono ou transformadas e trilhos semienterrados no solo coberto de capinzal. Interessante é o vai-e-vem das coisas, acabaram com as ferrovias em troca pelo pneu e agora querem o “mói de ferro novamente no Brasil.
Sobre Alagoas, na época em que o trem de ferro descia de Quebrangulo para Palmeira dos Índios, houve um projeto para que a linha férrea chegasse até o Sertão de Santana do Ipanema, registro do escritor conterrâneo Oscar Silva. Suponhamos que o desinteresse político sertanejo, tenha dado asas a outras lideranças que conduziram a Maria Fumaça para o agreste de Arapiraca e ao baixo São Francisco com Porto Real de Colégio. Em Santana do Ipanema e Sertão, nem o cheiro de fumaça da Maria! Para que o trem em Santana, meu Deus! Para ser extinto em pouco tempo como o de Palmeira dos Índios que mantém a máquina em museu da cidade.
Em Santana do Ipanema, bastava as mungangas de um doido que havia nos tempos de Oscar. Ganhava uns trocados para imitar o trem, enchia o peito de ar, batia as “asas” e soltava um apito alto e forte da gota serena! Estava ali o trem sertanejo
Pesquisando e escrevendo o livro “Repensando a Geografia de Alagoas”, fomos parar no Alto Sertão alagoano no município de Delmiro Gouveia buscando o ponto extremo Oeste, hoje coberto pelas águas de grande barragem. Atravessamos para Pernambuco e fomos almoçar no lugar Volta do Moxotó. Tiramos belíssimas fotos dos municípios de Maravilha, Canapi, Delmiro Gouveia e mesmo do Alto Sertão de Pernambuco. O livro de alto nível encontra-se pronto, porém, engavetado. Não houve da nossa parte nenhuma tentativa de publicá-lo uma vez que não temos mais a matéria específica nos currículos escolares. Caso haja interesse do município ou do estado, basta alguns retoques e estará à disposição de Alagoas.
Uma das coisas que nos chamou atenção e que fizemos questão de visitar, foi um trecho sertanejo por onde passa o famigerado Canal do Sertão. Como a tal obra não comtempla o município de Santana do Ipanema, deslocamo-nos em direção a Olho d’Água do Casado e o encontramos ainda em território delmirense. No lugar onde estávamos, não havia uma só residência pelos arredores. Somente Natureza, secura e solidão. Sem ninguém para informar alguma coisa, aproximamo-nos do canal em um ponto interessante e testemunhamos com a nossa própria máquina, a pujança da obra e a inteligência da engenharia.
Fomos após continuar a nossa jornada de retorno a Santana do Ipanema contemplado e registrando a paisagem das planuras de Delmiro Gouveia, as muralhas montanhosas da região serrana e a hidrografia representada pelo rio Capiá, o mais importante da região onde nós estávamos. Porém, o Canal do Sertão continuou por muitos dias povoando a nossa mente, não somente pela sua estrutura física, mas pelas dúvidas da sua verdadeira utilidade para o amanhã.
Achamos as divulgações longe uma das outras e insipientes. Não sabemos se foi a pandemia que arrefeceu os motivos da Imprensa e dos políticos ou porque a obra que ainda não ultrapassou a fronteira com o agreste deixou de ser novidade.
Acorda, Sertão!
TRECHO DO CANAL DO SERTÃO EM DELMIRO GOUVEIA (FOTO: AGÊNCIA ALAGOAS).
Dulce Menezes
dos Santos foi uma das muitas mulheres que tiveram suas vidas interferidas pelo
bando de Virgulino Ferreira, mais conhecido como Lampião. Hoje, vivendo em Campinas,
SP, aos 98 anos, ela passou a integrar ao cangaço após ter sido retirada de sua
família e violentada por um dos integrantes do grupo.
Essa fase da
vida de Dulce sempre foi escondida pela família, o que fez com que a idosa
passasse a evitar visitas. "Infelizmente isso aconteceu contra minha
vontade. Não fui porque quis ir”, deixou claro em entrevista ao Estado de
Minas.
O trágico
encontro entre Dulce e os mais famosos bandidos do Brasil ocorreu quando ela
vivia com a irmã em Alagoas. Antes, morava na fazenda de algodão da família em
Porto da Folha, Sergipe, mas ambos os pais morreram quando ela era criança.
Acontece que o
rancho alagoano em que passou a morar era recinto de descanso dos cangaceiros
que adentravam ao sertão. Lá, Dulce se deparou com aqueles estranhos homens
adornados em couro, quando um dos cangaceiros, João Alves da Silva, vulgo
Criança, notou a presença menina e pediu para compra-la de seu tio João Felix,
que a trocou por joias.
Em negociação,
Criança falou a João que levaria Dulce a uma festa organizada por Zé Sereno
numa fazenda vizinha. Ao cangaceiro foi permitido acompanhar a criança,
enquanto João e a esposa Julia assistiam de longe. Dulce afirmou que desde cedo
já se sentiu assustada com a situação.
Criança então
pegou a menina pelo braço e a obrigou a sair do salão onde estavam. Gritando de
medo, ela ouvia o cangaceiro berrar: "Cala a boca, se não te sangro
agorinha mesmo." Foi jogada no chão, em meio às pedras e cactos, e lá foi
estuprada, com o assustador silêncio dos outros convidados.
No resto da
noite, Dulce foi observada pelo cangaceiro, que a tratava como mercadoria. João
Felix se sentia arrependido, mas também acuado pelo bandido armado.
"Fui a
pulso, arrastada, se não morria. O apelido dele era Criança. Deus queria que eu
estivesse aqui agora, conversando com vocês", afirmou Menezes. "[ele
estava] com parabélum na mão. E [eu] com medo de morrer, acompanhei." Na
época com 13 anos, ela era apaixonada por Pedro Vaqueiro, um rapa de Piranhas
que, ao descobrir a violência, saiu com um desespero aterrador e desapareceu no
sertão.
Acontece que
Criança pertencia a um dos subgrupos comandados pelo capitão Lampião que, em
1938, convocou seus homens para uma reunião na Gruta do Angico, Sergipe. Lá,
Dulce conheceu Maria Bonita, a quem ela descreveu como “boa pessoa”.
Presenciou a
cena por pouco tempo, afinal, aqueles grupos articulados por Virgulino agiam
separadamente: “Se vivesse tudo junto, a polícia descobria pelo rastro. Agora,
nesse dia estava todo mundo junto. Tinha de acontecer, graças a Deus”.
Naquela noite,
conseguiu descontrair as tensões do sequestro ao encontrar Maria bonita e Sila
numa conversa em que caminhavam pela escuridão da caatinga reconhecendo
vagalumes. Pela primeira vez em muito tempo, conseguiu dormir tranquila.
Porém, a hora
de acordar foi completamente conturbada. Não porque os cangaceiros voltariam a
violentá-la, mas ao contrário: dessa vez era Criança que levava os tiros e
corria desesperado, pois um grupo volante do Estado havia invadido a Gruta numa
emboscada contra o bando de Lampião. Esse foi o famoso momento em que
finalmente o Rei do cangaço fora capturado e executado.
Criança
conseguiu escapar, mas Maria Bonita e Lampião morreram no local. Enedina
também, e o tiro que abateu sua cabeça fez respingar miolos em cima de Dulce.
"Era tiro demais. Gente caindo, entrando pelas pernas, passando em cima de
cabeças. Escapou quem tinha de escapar, porque nunca vi tanto tiro na vida, meu
filho."
Quando a
noticia chegou a Piranhas, a família foi checar se a cabeça da moça estava
entre os troféus da volante. O grupo então se embrenhou no mato e fugiu, mas
decidiram se entregar à polícia em troca de uma anistia concedida pelo ditador
Getúlio Vargas. Com dois filhos, Criança e Dulce passaram a trabalhar numa
fazenda do Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais. Para ajudar Dulce, o dono da
fazenda tornou o ex-cangaceiro o novo tropeiro do lugar, obrigando-o a se
afastar da garota.
Dulce se casou
com Jacó, o dono da fazenda, e com ele teve 18 filhos. Ela relata que esse
momento de sua vida foi muito melhor do que a época em que estava sequestrada
pelo bando de Lampião: "Foi o tempo que fui feliz. [...] Agora essa turma
do Lampião, meu Deus do céu, quando queria pegar mulher, se não fosse, eles
matavam”.
Adendo: Certa vez uma das sobrinha do Jacó, abusadamente, me falou que dona Dulce nunca foi casada com ele. http://blogdomendesemendes.blogspot.com
Quando Jacó
morreu, Dulce decidiu mudar-se para o Estado de São Paulo com a filha Martha,
passando a residir em Campinas, onde não encontrou a maior felicidade: teve
filhos e netos assassinados em meio à violência da cidade.
FONTE DO
TEXTO: Site "Aventuras na História", (Uol).
Cangaço - A
morte de Zé Baiano em Alagadiço O pesquisador Antônio Porfírio fala um pouco da
morte do cangaceiro Zé Baiano. Link desse vídeo: https://youtu.be/aGbSbr4Yq8Q
Nas costas de Corisco ficou
acusações de crueldades sem limites
O cangaço era o reflexo de
um estado violento da época e esses justiceiros variavam entre ajudar os
pobres,se aliar com coronéis e/ou vingar situações que passaram
O "Diabo
Loiro", como ficou conhecido Corisco, morreu, em uma emboscada, na tarde
do dia 25 de maio de 1940
Cristino Gomes
da Silva Cleto, conhecido como "Corisco", o último chefe do Cangaço,
considerado por Lampião como um dos mais valentes cangaceiros e apontado pelos
historiadores como um dos mais ferozes e cruéis "bandidos" que
fizeram parte do grupo de Virgulino Ferreira. Com a morte do chamado
"Diabo Louro", na tarde do dia 25 de maio de 1940, na Fazenda
Cavacos, em Brotas de Macaúbas, Oeste da Bahia, estava decretado o fim do
Cangaço.
O médico e
historiador Magérbio Lucena, autor do livro "Lampião e o Estado Maior do
Cangaço", descreve que, na verdade, não houve combate. Corisco e sua
mulher, Sérgia Ribeiro da Silva, conhecida como Dadá, tinha acabado de almoçar,
quando foram surpreendidos com a volante comandada pelo tenente João Bezerra.
Corisco e Dadá estavam desarmados, quando foram metralhados.
Corisco havia
cortado o longo cabelo loiro e não andava mais em bando desde a morte do amigo
Lampião, dois anos antes. Magérbio descreve que, ao se aproximar do cangaceiro,
o coronel José Rufino perguntou: "É Corisco?, o cangaceiro respondeu: É
Corisco veio! O militar questionou: por que não se entregou? E Corisco
retrucou: Sou homi para morrer, não para se entregar".
Assassinato
Depois deste diálogo,
o cangaceiro foi atingido na barriga por uma rajada de metralhadora. Ficando
com os intestinos à mostra, conseguiu sobreviver durante dez horas. Naquele
mesmo conflito, Dadá foi atingida na perna e, não obstante ter passado por
várias intervenções cirúrgicas, precisou amputar o pé direito. Em relação ao
confronto final, ela declarou que os policiais vieram decididos a roubá-los e a
matá-los, e que seu companheiro era deficiente físico e não teve chance alguma
de se defender.
Em maio de
1968, a revista Realidade colocou frente a frente Dadá e o coronel José Rufino,
responsável pela morte de Corisco. Ele, velho e doente, chorou ao vê-la. Dadá,
forte e altiva, o perdoou, no entanto, desmentiu o algoz. Ele não matara seu
marido em combate, afirmou. "Foi emboscada". Do cangaço, Dadá levou
lembranças, três filhos com Corisco e nenhum dinheiro. Morreu em fevereiro de
1994, aos 78 anos, na periferia de Salvador.
Magérbio
lembra que o objetivo dos policiais não era defender a Lei. Na verdade, segundo
o escritor, o que mais interessava aos policias eram os 300 contos de réis e os
dois quilos de ouro que os dois fugitivos carregavam. De acordo com o escritor,
Corisco não tinha condições de reagir. Em 1939, ele caiu numa emboscada, na
Fazenda Lagoa da Serra, em Sergipe. Corisco sofreu fraturas gravíssimas no
braço esquerdo e no antebraço direito. O casal já tinha tomada a decisão de
deixar o cangaço, quando foi localizado pela Polícia.
Uma vida de
crimes
O médico
Magébio Lucena relata que Cristino Gomes da Silva Cleto nasceu na cidade de
Matinha de Água Branca, Alagoas. Aos 17 anos, matou um protegido do coronel da
cidade e fugiu. Sem rumo certo, optou de vez pela "criminalidade" e
entrou para o bando de Lampião, o lendário cangaceiro. Forte, corajoso e
ligeiro, logo passou a ser chamado de Corisco. Conquistou poder e, com a
divisão do grupo (parte da estratégia para fugir à perseguição policial),
ganhou seu próprio bando.
Com a morte de
Lampião, em julho de 1938, conforme o escritor, Corisco tornou-se o único chefe
cangaceiro. Antes de encontrar seu fim, ainda tentou vingar a morte do amigo.
Matou a família do fazendeiro acusado de delatar o bando à Polícia. Acabou
cometendo uma de suas maiores atrocidades: assassinou as pessoas erradas. Nessa
época, Corisco já era conhecido como "Diabo Loiro", pela cabeleira e,
claro, pelo espírito. Ninguém sabe dizer ao certo quando ele nasceu. Sabe-se
que em 1928, no início da vida adulta, apaixonou-se por Sérgia Ribeiro da
Silva, a Dadá, e não teve dúvidas: raptou e estuprou a menina de 13 anos. Uma
cultura da época. Corisco ensinou Dadá a ler e escrever. Com o tempo, ela
aceitou o destino imposto por ele. Dadá virou a costureira do grupo e passou a
fazer as roupas que aparecem em todas as fotos dos cangaceiros.
O cangaço
continua
O bando de
Lampião aterrorizou o sertão nordestino por quase 20 anos. Especula-se que a
origem do Cangaço remonte ao século XVIII, quando fazendeiros recrutavam
sertanejos para exterminar índios. Mais tarde, os colonos teriam sido obrigados
a participarem das lutas entre famílias ricas que disputavam terras com
políticos. Por fim, esses bandos tornaram-se independentes, criando leis
próprias e subornando fazendeiros e comandantes da Polícia em troca de
proteção. Seus métodos bárbaros incluíam tortura, estupro e morte.
Segundo essa
tese, o surgimento desses andarilhos coincide com o declínio das culturas de
cana-de-açúcar e algodão. O café, no Sudeste, passou a ser o motor da economia
brasileira gerando fome, desemprego e falta de perspectivas no agreste. Assim,
o Cangaço era uma opção de vida atraente para sertanejos jovens que não tinham
trabalho e rendiam-se à promessa de fama e dinheiro fácil.
Essa era a
situação social e política da primeira fase da República.