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segunda-feira, 4 de agosto de 2014

O dia que Nazaré colocou Lampião para correr de um casamento


Nesta sexta-feira (1), há exatos 91 anos, em 01/08/1923, o cangaceiro Lampião travava o épico combate dentro da vila de Nazaré do Pico, em Floresta (PE) contra a força volante do sargento José Alencar de Carvalho Pires, o Sinhorzinho Alencar. 

O combate se deu após o casamento do comerciante Enoque Menezes com Maria Licor Ferreira, prima legitima e primeiro amor de Lampião, que entrou no povoado na noite anterior com o intuito de acabar com o casamento, sendo repelido pelo padre José Kehrle, vigário de Serra Talhada (PE). 

Ainda na noite anterior (31), Lampião entrou no povoado acompanhado de 15 cangaceiros, e apesar de muito pedidos dos fazendeiros locais o cangaceiro preferiu não dá ouvidos e permanecer para desgosto dos habitantes locais, sobre liderança de Antônio Gomes Jurubeba (Gomes Jurubeba) e de João de Souza Nogueira (João Flôr). 

Com a chegada de padre José Kehrle, ao qual Lampião ouvia e respeitava, o mesmo foi aconselhado a sair do povoado indo ele dormir na casa do parente Chico Euzébio, na Fazenda Poço do Negro. Na saída do povoado, segundo relato de alguns historiadores do cangaço, Lampião levou a harmônica (sanfona) declarando que “essa noite ele sairia, mas também ninguém dançava no povoado”.

Fotografia do padre José Kehrle, que nasceu na Alemanha e chegou com a família ao sertão pernambucano, onde foi vigário de Arcoverde, Floresta, Buíque e Serra Talhada. Mantinha um relacionamento de confiança com o cangaceiro Lampião, ao qual escutava e obedecia seus pedidos. Um dos seus famosos pedidos foi quando o mesmo pediu ao cangaceiro para ir embora após invadir o povoado de Nazaré do Pico para acabar com o casamento de Enoque Menezes e Licor Ferreira, prima e amor de infância de Lampião, que acatou o pedido, porém, na saída travou um épico combate com os nazarenos.

No início da manhã seguinte (1), o cangaceiro apareceu no povoado na hora da missa do casamento ao qual foi respeitada até o momento final. Sabendo que o cangaceiro estava no povoado para o casamento, o sargento Sinhorzinho Alencar, reuniu uma guarnição policial e foi ao encontro do bando. 

Mesmo vendo que a policia entrava pelo lado norte do povoado, Lampião, saiu calmamente de uma bodega com duas cervejas nas mãos sem destemor ao ataque da policia, que teve o reforço dos civis João Flor, Euclides Flor, Manoel Flor, Davi Gomes Jurubeba, Pedro Gomes de Lira e Zé Saturnino, seu maior inimigo. 

Depois de curto combate e vendo que não tinha como resistir aos nazarenos, os cangaceiros saíram em debandada, mais ficou na memória do povo o épico e habilidoso estilo do cangaceiro Lampião de atirar no meio da praça contra a força policial. 

Após o combate, o força volante do sargento Sinhorzinho Alencar, que já havia confrontado Lampião há cerca de 1 anos atrás na famosa morte de Luiz Gonzaga Lopes Ferraz, em São José do Belmonte (PE), o bando rumou para as zonas do município de Betânia (PE), onde a força volante perdeu o destino do bando.

Fotografia do sargento José Alencar de Carvalho Pires, o Sinhorzinho Alencar, que foi o comandante da força policial que entrou no povoado de Nazaré do Pico, recebendo o reforço dos civis nazarenos em defesa da invasão dos cangaceiros de Lampião ao povoado. Seria ele, Sinhorzinho, anos depois já como coronel reformado, nomeado prefeito de Serra Talhada (PE), em 1946.

O sargento Sinhorzinho Alencar, seria anos depois, em 1946, já reformado como coronel, nomeado prefeito de Serra Talhada (PE), cargo que também já havia assumido em São José do Belmonte (PE). 

Já o padre José Kehrle, seria um fiel conselheiro de Lampião, inclusive, certa vez quando o mesmo estava ferido declarou, apedido do padre, que se entregaria a polícia, porém, depois mudou de ideia. 

Depois desse ocorrido, João Flor e Gomes Jurubeba conseguiram alistar a suas famílias na Força Volante de Combate ao Banditismo de Pernambuco por influência aos irmãos Pessoa de Queiroz, deputados estaduais da época. Tinha início aí “Força de Nazaré”, a mais ferrenha perseguidora de Lampião.

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A famosa Serra do Catolé, esconderijo de cangaceiros

* Rostand Medeiros, pesquisador

Os fatos relacionados ao fenômeno do cangaceirismo possuem em suas variadas narrativas, locais que são referências pelos acontecimentos ali ocorridos. Pontos que se tornaram conhecidos por batalhas, ataques a cidades, assaltos e outros episódios, quase sempre associados ao sangue derramado, a valentia apresentada ou a derrota sofrida. Na área onde as fronteiras entre os Estados de Pernambuco, da Paraíba e do Ceará se encontram, existem no lado pernambucano um destes locais. Trata-se de uma elevação natural, com altitudes que chegam a mais de 1.000 metros e conhecida como Serra do Catolé. Este ponto geográfico, localizado na divisa dos municípios pernambucanos de Serra Talhada e São José de Belmonte, se tornou conhecido dentro do chamado “Ciclo do Cangaço”, por ser apontado por consagrados autores, como o local onde existiam grutas que serviam de esconderijos a cangaceiros famosos, como os de Sinhô Pereira e Luís Padre, além do “aluno” do primeiro, Virgulino Ferreira da Silva, o famoso Lampião. Sabendo disto, o pesquisador potiguar Rostand Mederios, junto com os amigos Sólon Rodrigues Almeida Netto e Alex Gomes visitaram essa região em busca de informações sobre a Serra do Catolé. Vejamos abaixo o texto publicado em 14 de março de 2011, há exatos 3 anos, no site do pesquisador.

Partimos da cidade paraibana de Manaíra, na fronteira com Pernambuco, seguimos acompanhados do amigo Antônio Antas, que estava nos ajudando na função de guia na região. Conhecedor das histórias dos cangaceiros e dos inúmeros confrontos na região do Pajeú pernambucano, além de privilegiada fonte de informações, Seu Antonio é um homem da conversa franca, aberta e prazerosa. Seguimos pela bela cidade serrana de Triunfo, em direção a Serra Talhada, depois pela BR-232, até o entroncamento em direção a São José de Belmonte, percorrendo mais de 50 quilômetros de boas estradas de asfalto. A partir de São José de Belmonte o caminho para a Serra do Catolé segue por 25 quilômetros de estradas de barro, até o distrito do Carmo. Neste aglomerado urbano, soubemos da existência do sr. Francisco Maciel da Silva que poderia nos dar boas informações.

A famosa Serra do Catolé, divisa dos municipios de Serra Talhada e Belmonte. Em suas grutas se escondiam cangaceiros do bando de Sinhô Pereira, Luis Padre e Lampião.

Vivendo em uma casa simples do lugarejo, idoso, mas lúcido, o Senhor Maciel é um homem de pequena estatura, lento nos gestos e que utiliza um par de óculos com grossas lentes para poder enxergar. Apesar disto, a firmeza da sua voz, a lucidez e o forte aperto de mão, não deixam transparecer que ele possui 97 anos de idade. E comentou que durante anos viveu no alto da Serra do Catolé e que na sua propriedade existe uma gruta que foi utilizada como esconderijos de cangaceiros. Já sua filha Maria do Carmo Rodrigues da Silva, de 66 anos, informou que quando ainda moravam no alto da serra, muitas vezes seus filhos traziam desta cavidade, cascas de balas de fuzis detonadas ou ainda intactas e em uma ocasião, um deles achou uma espécie de chave de fendas, aparentemente utilizada para manutenção rifles. Dona Maria nos informa que estes fatos não se restringiram apenas a pequenos objetos. Em anos passados, ela não recorda quando, em outro sítio existente na região da serra, em uma ocasião em que trabalhadores capinavam próximos a uma pequena gruta, foram encontrados dentro desta, segundo suas palavras; “um mundo de rifles socados nas furnas”. Devido à idade, o Senhor Maciel não pode nos acompanhar, mas informou que um amigo por nome de Luiz Severino dos Santos, morador do Sítio Catolé, saberia muita coisa sobre estes esconderijos.

Fotografia de Sinhô Pereira e Luis Padre. Com a morte em 1907 do ex-prefeito Padre Pereira (pai de Luis Padre) e do sobrinho Né Pereira (irmão de Sinhô Pereira) em 1914, esses dois entraram no cangaço por vingança e se tornando cangaceiros famosos na região.

Seguimos então para a serra por uma estrada de péssima qualidade. No trajeto percebemos a pequena quantidade de habitações existentes ao longo do caminho, onde a maioria delas se encontra com as portas fechadas, sendo difícil acharmos pessoas quem possa nos dar alguma informação. Vimos pequenas estradas vicinais, seguindo para pontos ignorados, onde mesmo com a ajuda do GPS, acabamos nos perdendo em algumas ocasiões. Ao buscarmos informações com as poucas pessoas que encontramos, estes se mostraram arredios, desconfiados com quatro homens em um jipe EcoSport. Este comportamento estranho, bastante diferente do que estamos acostumados a encontrar nas nossas andanças pelo sertão nordestino, se explica pelo isolamento do local e a proximidade de três fronteiras estaduais, por onde “passa todo tipo de gente e bicho” como nos disse um lavrador local. Se hoje é assim, imaginemos então no tempo do cangaço. Apesar dos percalços, cada vez mais a serra surgia imponente.

O pesquisador Rostand Medeiros entrevistando o sr. Luiz Severino do Santos (neto de Luis Padre), na Serra do Catolé, em março de 2011.

A Serra do Catolé possui características interessantes; além de elevada, extensa, é coberta com uma imensa quantidade de palmeiras conhecidas como coqueiro catolé (Syagus cromosa). Esta árvore, característica dos cerrados, é igualmente vista em praticamente toda a região Nordeste do Brasil, principalmente em locais com maior altitude, chega a ter em media 7 metros de altura e fornece uma amêndoa que se produz um fino óleo que é utilizado na culinária nordestina. Da sua polpa, principalmente no Ceará, se produz uma bebida chamada aluá e antigamente o sertanejo encontrava nesta caridosa árvore um palmito de gosto amargo, utilizado para temperar carne. Entre esta verdadeira floresta de coqueiros catolé, vemos uma grande concentração de enormes blocos de granito, sendo esta outra característica desta interessante serra. Foi devido à ação da erosão, ao longo de milênios, que estes blocos rolaram ao longo dos declives da serra, e, ao se juntarem a outros blocos, formaram as cavidades naturais que os valentes cangaceiros do bando de Sinhô Pereira utilizaram em meio as suas lutas.

Gruta de Dé Araújo, na Serra do Catolé. Foi neste local que o cangaceiro Manoel Cavalcanti de Araújo se recuperou do combate da Fazenda Piranhas, em 1917. Anos depois, Dé Araújo deixou o cangaço e se tornou oficial da Policia Militar em São Paulo.

Em meio a tantas pessoas com o semblante desconfiado, foi uma benção encontrar o riso aberto do Senhor Luiz Severino dos Santos. Homem tranqüilo, forte para seus 66 anos, comenta que nasceu na serra e de lá, no máximo só saiu até Serra Talhada. Para nossa surpresa, no começo do nosso diálogo, ao ser perguntado sobre estes esconderijos, ele confirma a existência das grutas e comenta que elas foram esconderijos usados pelo bando do seu avô, o próprio Luis Padre. Surpresos diante desta declaração, passamos a conversar e buscar novas informações. Segundo o Senhor Severino, a família de Luís Padre era proprietária do Sítio Catolé antes mesmo do inicio das “brigadas” contra os Carvalhos. Entre uma pausa e outra da luta, Luis Padre, Sinhô Pereira e o bando seguiam para a Serra do Catolé, onde se refaziam para novos combates. Aparentemente, entre estas pausas, Luís Padre iniciou um relacionamento com a sertaneja Ana Maria de Jesus. Logo deste encontro nasceram duas filhas do célebre cangaceiro, Emilia e Agostinha Pereira da Silva, a última foi a genitora do nosso informante, sendo ela quem narrou as peripécias e as andanças do seu pai no cangaço. As características de isolamento e as dificuldades naturais de acesso a serra, proporcionaram aos cangaceiros um verdadeiro local de descanso e apoio, mas por medo da polícia descobrir estes locais, o Senhor Severino informou que a permanência do grupo era sempre rápida e controlada. Todos os acessos eram vigiados, ninguém entrava ou saia da serra sem que Luis Padre e Sinhô Pereira soubessem. Percebemos a importância estratégica da serra e do Sítio Catolé, pois estamos a somente 18 quilômetros da fronteira cearense e a 3 da Paraíba, mostrando que a partir deste local estas fronteiras poderiam ser ultrapassadas e outros locais de apoios e de combate poderiam ser alcançados.

Gruta da Casa de Pedra, localizada na Fazenda Boa Esperança, na Serra do Catolé. Foi nessa gruta que o cangaceiro Lampião se recuperou de um ferimento de um combate próximo contra a volante do major Theophanes Ferraz Torres, em 1924.

Em relação às cavidades, Seu Severino comenta que existem várias na região, que o grupo se escondia nelas quando havia notícias das proximidades da polícia, ou quando algum dos cangaceiros estava ferido. Devido ao nosso tempo curto, pedimos para conhecer a mais representativa em sua opinião. Ele escolhe para uma que sua mãe lhe contou ter ido a este local, ainda criança, levada pelo pai cangaceiro, para ver um dos seus companheiros de luta que se recuperava de um balaço recebido. Ela lhe contou que o cangaceiro se chamava “Dé Araújo”, que havia sido ferido no combate da Fazenda Piranhas, em Serra Talhada, sendo trazido nas costas dos companheiros, onde foi tratado com raízes e produtos naturais. Na medicina destes cangaceiros, eles utilizavam um cipó facilmente encontrado na serra, que chamavam “cipó de baleado”, onde o mesmo era pilado, colocado sobre a ferida da bala, que cicatrizava o ferimento. A cavidade passou a ser conhecida na região como “Gruta da Pedra de Dé Araújo”, sendo formada por um matacão granítico rolado e internamente, no centro da cavidade existe uma área arenosa, plana, onde sua mãe lhe dizia ser o “leito” do cangaceiro “Dé Araújo”, que se recuperou plenamente e voltou a luta.

A Pedra do Reino Encantado, nas proximidades da Serra do Catolé. Essa região foi inicialmente habitada pelos vaqueiros do tenente-coronel Simplício Pereira da Silva, da Fazenda Cachoeira, ficando esta pedra famosa pela hecatombe ocorrida em 1838.

Em 1919, com o endurecimento da luta, onde a vitória total era impossível, mas a honra da família estava mantida, o conflito entra em um impasse. Neste momento surge a figura do famoso Padre Cícero, da cidade de Juazeiro, Ceará. O sacerdote pede aos Pereiras que deixem a região, que sigam para “o Goiás em busca de paz”. Eles acatam o pedido do religioso e decidem partir separadamente, levando cada um deles, um número reduzido de homens, os de maior confiança. Luís Padre consegue chegar a Goiás, mas Sinhô Pereira entra em combate no Piauí e, sem conseguir ir adiante, retorna para o violento Pajeú. Tempos depois, em 1920, um pequeno grupo de seis cangaceiros, comandado pelo caçula dos três irmãos Ferreira, de nome Virgulino, entra no bando de Sinhô Pereira. Eles buscam vingança contra um vizinho de propriedade e de um tenente da polícia alagoana que havia matado seu pai. Durante dois anos Virgulino Ferreira da Silva, seria tornaria braço direito de Sinhô Pereira e aprenderia muito com o chefe, inclusive os esconderijos da Serra do Catolé. Em agosto de 1922, atendendo a outro pedido do Padre Cícero e acometido de problemas reumáticos, Sinhô Pereira deixa o Nordeste em direção a Goiás, onde reencontra o primo e juntos vão participar de outras lutas.

Fonte: www.tokdehistoria.wordpress.com
http://www.blogdeserratalhada.com.br/a-famosa-serra-do-catole-escoderijo-de-cangaceiros-2/

Blog Tok de História do historiógrafo e pesquisador do cançao Rostand Medeiros

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Nota de falecimento!


Faleceu em Goiânia-GO, Antonio Araújo Póvoa um dos quatro filhos de José Araújo e Silva (LUIZ PADRE) o Sepultamento aconteceu há poucos minutos.

O pesquisador do cangaço Manoel Severo do "Cangaceiros Cariri" disse:


Em nome da família CARIRI CANGAÇO quero oferecer a nossa solidariedade a toda a família nesse momento de dor e saudade. A sua filha Maria Celi que nos deu a honra de sua presença em Barro na edição do Cariri Cangaço 2013, a nossa corrente de fé e intercessão pela a sua alma. Que Jesus salvador o acolha no seu reino de glória. Amém!

Em nome de toda a Família Cariri Cangaço externamos o nosso pesar pela partida de seu Antônio, e enviamos o nosso abraço de conforto a toda família Araujo Póvoa, especialmente a dona Maria Celi, que tivemos o prazer de receber em Barro no Cariri Cangaço 2013.

O pesquisador do cangaço "Jair Tavares" disse:


Em nome do Grupo Paraibano de Estudos do Cangaço-GPEC quero também registar o nosso sentimento de pesar pelo falecimento de seu Antônio Araújo Póvoa. Que seu Antônio assuma seu lugar nos reinos dos céus com toda a humildade e a grandeza espiritual com que viveu entre nós aqui na terra. Jair Tavares.

Adendo: - http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Sinhô Pereira sentado e Luiz Padre em pé. 

Suponho que José Araújo e Silva, o Luiz Padre, que é o pai do falecido, como diz na mensagem, é o primo de Sebastião Pereira da Silva, o ex-cangaceiro Sinhô Pereira, lá de Serra Talhada, no Estado de Pernambuco, e ex-patrão de Virgolino Ferreira da Silva, o perverso e sanguinário Lampião.

Fonte: facebook

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Vinte e Cinco Anos de Saudades Por Onaldo Queiroga

Comentário do Kydelmir Dantas

http://blogdomendesemendes.blogspot.com.br/2014/08/vinte-e-cinco-anos-de-saudades.html?showComment=1407158679846#c7722036800573961740

Neste domingo (03/08) fizemos uma participação especial no programa DIFUSORA NO CAMPO, do radialista Everton Leite, com o apoio do sonoplasta Eijane Oliveira, e as músicas foram apresentadas de acordo com este texto do Dr. Onaldo Queiroga.


Além da citação dos autores/compositores potiguares que foram gravados por LUIZ GONZAGA, como Chico Elion (Ranchinho de Paia), Severino Ramos (Ovo de Codorna), Celso da Silveira (Renascença) e Frei Marcelino (Meu Padrim).


Ainda teve as participações dos poetas Luiz Benício e Neto Rapadura.

Foi uma belezura!

Kydelmir Dantas
Mossoró - RN

Kydelmir Dantas é poeta, escritor, pesquisador do cangaço e gonzagueana.

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Velório de Maria Ferreira - Dona Mocinha, irmão de Lampião


Velório de Maria Ferreira Queiroz (Mocinha), última irmã de Virgolino Ferreira da Silva, o cangaceiro Lampião. Ela faleceu na capital paulista, Estado de São Paulo, no dia 11 de Fevereiro de 2012, a qual contava com 100 anos de idade.

Foto cortesia: I. R. de A. Bonfim

Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta

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Dona Mocinha e um tataraneto

Sobre a idade de Maria Ferreira Queiroz (dona Mocinha) que era irmã de Virgolino Ferreira da Silva, o cangaceiro Lampião, em alguns sites não batem com a realidade.


http://www.correio24horas.com.br/detalhe/noticia/dona-mocinha-irma-de-lampiao-morre-em-sp-aos-101-anos/
http://www.maispatos.com/entretenimento/morre-do-mocinha-a1729.html
http://180graus.com/noticias/aos-101-anosmorre-dona-mocinha-irma-do-cangaceiro-lampiao-veja-496031.html
http://www.vermelho.org.br/noticia/175455-1  


Funcionários do Museu do Cangaço, localizado em Serra Talhada, no período da sua morte, Sertão pernambucano, informaram que Maria Ferreira morava em Santana, Zona Norte da capital paulista, com os filhos. Assim como Lampião, Dona Mocinha nasceu em Serra Talhada, mas não chegou a atuar no bando do cangaceiro porque era muito pequena na época. Apesar disso, estudiosos do cangaço afirmaram que, por ser irmã de Virgolino, ela virou referência histórica. Em nota divulgada ontem aos meios de comunicação de Pernambuco, o Museu do Cangaço informou que Dona Mocinha tinha 104 anos. Mas sempre houve uma polêmica em relação à idade dela, pois o seu documento de identidade afirmava que havia nascido em 1906, no entanto ela possuía outro documento, comprovando que tinha nascido em 1910. O corpo de Maria Ferreira Queiroz será velado no Velório Salete, localizado no mesmo bairro onde ela morava. Já o sepultamento será realizado ao meio dia, no Cemitério Chora Menino, em São Paulo. 

Postado por Adryanna Karlla Paiva Pereira Freitas
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O SONHO DO PADRE CÍCERO -

Por Clerisvaldo B. Chagas, 5 de agosto de 2014 - Crônica Nº 1.232

Após a sua ordenação, o novo padre permaneceu no Crato, aguardando o seu destino. Convidado para visitar um lugarejo chamado Juazeiro, pelo professor Simeão Correia de Macedo, o padre celebrou ali a missa do galo no Natal de 1871. 


Os habitantes dos ermos do Cariri ficaram impressionados com aquele jovem de 28 anos, olhos azuis, cabelos louros e voz melodiosa. A empatia também atingiu Cícero que, poucos meses depois, em 11 de abril de 1872, estava de volta com família e bagagem disposto a fixar residência no lugar.


Naquele lugarejo o padre, certa feita, fora descansar após um dia inteiro de confissões. O descanso fora num quarto contíguo à sala de aulas da escolinha onde improvisaram seu alojamento. Ao pegar no sono, Cícero teria tido uma visão que, depois, contada por ele, passou a fazer parte de vários livros a seu respeito. Viu Jesus Cristo e os doze apóstolos na mesma disposição da pintura “A Última Ceia” de Leonardo da Vinci. “De repente entra uma multidão carregando suas trouxas como os retirantes nordestinos. Cristo vira-se para aquele povo e fala sobre sua decepção com a humanidade, mas disse estar disposto ainda a fazer um último sacrifício para salvar o mundo. Porém, se os homens não se arrependessem depressa, Ele acabaria com tudo de uma vez. Naquele momento, Ele apontou para os pobres e, voltando-se inesperadamente ordenou: ─ E você, padre Cícero, tome conta deles!” Alguns livros falam que foi por essa razão que o padre resolvera fixar-se por ali.

O minúsculo arraial de casas de taipa tinha uma pequena capela erigida em honra a Nossa Senhora das Dores, padroeira do lugar, pelo primeiro capelão, padre Pedro Ribeiro de Carvalho. Cícero, com a cooperação geral, procurou melhorar o aspecto daquele templo.

O padre soube conquistar o povo com visitas, conselhos e pregações além de moralizar os costumes acabando com excesso de bebedeiras e com a prostituição.

Após essas iniciativas nunca vistas antes, muita gente vinha das redondezas para conhecer o novo capelão e ficavam morando por ali.
Cícero convocou, então, mulheres solteiras e viúvas e organizou uma irmandade leiga formada por beatas.

Ainda não havia acontecido o célebre milagre da hóstia.

O padre nascera em 24 de março de 1844 e se ordenara em 30 de novembro de 1870.

* Continua amanhã.


http://clerisvaldobchagas.blogspot.com.br/2014/08/o-sonho-da-padre-cicero.html

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Sílvio Bulhões e família


Meu avô, filho dos cangaceiros Corisco e Dadá, foi um dos melhores professores de matemática do Estado de Alagoas, entre outras honrarias. Em síntese: um orgulho para família!

Minha avó Lourdes, a mulher mais amorosa, sensata e do bem que já conheci. A viga - mestra da família!

E minha irmã, meu exemplo de coragem e inspiração. Uma super vencedora!

Fonte: Facebook Página: Emily Bulhões

Biografia do cangaceiro Corisco

Corisco era o apelido do cangaceiro Cristino Gomes da Silva Cleto (10 de agosto de 1907Água Branca - Alagoas25 de maio de 1940Jeremoabo - Bahia). Foi casado com Sérgia Ribeiro da Silvaalcunha de "Dadá". Corisco era também conhecido como Diabo Louro.

Em 1924, Corisco foi convocado pelo Exército Brasileiro para cumprir o serviço militar. Em uma briga de rua Corisco matou um homem ,no ano de 1926, e tomou a decisão de aliar-se ao bando do cangaceiro Virgulino Ferreira da Silva, apelidado Lampião. Corisco era conhecido por sua beleza, seu porte físico atlético e cabelos longos deixavam-o com uma aparência agradável, além da força física muito grande, por estes motivos foi apelidado de Diabo Louro quando entrou no bando de Lampião.

Corisco sequestrou Sérgia Ribeiro da Silva, a Dadá, quando ela tinha apenas treze anos e mais tarde o ódio passou a ser um grande afeto. Corisco ensinou Dadá a ler, escrever e usar armas. Corisco permaneceu com ela até no dia de sua morte. Os dois tiveram sete filhos, mas apenas três deles sobreviveram.1

Desentendimentos com o chefe Lampião levaram Corisco a separar-se do bando e a formar seu próprio grupo de cangaceiros, mas isso não afetou muito o relacionamento amigável entre ambos.

Em meados do ano de 1938 a polícia alagoana matou e degolou onze cangaceiros que se encontravam acampados na fazenda Angico, no estado de Sergipe; entre eles encontravam-se Lampião e Maria Bonita. Corisco, ao receber essa notícia, vingou-se furiosamente.

Em 1940 o governo Vargas promulgou uma lei concedendo anistia aos cangaceiros que se rendessem. Corisco e sua mulher Dadá decidiram se entregar mas, antes que isso acontecesse, foram baleados. O cerco contra o cangaceiro e seu bando foi no estado da Bahia, na cidade de Miguel Calmon, em um povoado denominado Fazenda Pacheco. Corisco e seu bando repousavam em uma casa de farinha no momento do combate após almoçarem. O ataque foi comandado pela volante do zé Rufino, juntamente com o Ten. José Otávio de Sena. Dadá precisou amputar a perna direita e Corisco veio a falecer naquele mesmo ano. Com as mortes de Lampião e Corisco, o cangaço nordestino enfraqueceu-se e acabou se extinguindo.

Corisco foi enterrado, no cemitério da consolação em Miguel Calmon, na Bahia. Depois de alguns dias sua sepultura foi violada, e seu corpo exumado. Seus restos mortais ficaram expostos durante 30 anos no Museu Nina Rodrigues ao lado das cabeças de Lampião e Maria Bonita.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Corisco

Postado por Adryanna Karlla Paiva Pereira

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