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sexta-feira, 19 de setembro de 2014

"LAMPEÃO" - Um Depoimento Curioso

Por Raul Meneleu Mascarenhas

O Globo de 26 de julho de 1926 página seis traz esse curioso artigo, que é um comentário de um leitor chamado José Gomes, da cidade de Conceição, na Paraíba feito em 18 de junho de 1926 em carta.


http://meneleu.blogspot.com.br/2014/09/lampeao-um-depoimento-curioso.html

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SANTA SOFIA E AGRIPA: AS PALESTRA DA NOITES

Por Clerisvaldo B. Chagas, 19 de setembro de 2014. - Crônica Nº 1.263
Cem alunos lotaram o pátio da Escola (Foto: Agripa/Assessoria).

Novamente os Guardiões do Rio Ipanema ficaram honrados com mais um convite oficial da cidade. Trata-se da Escola Municipal de Educação Básica Santa Sofia, parte alta do Bairro Camoxinga. Fundada em 12 de junho de 1995, para atender a grande demanda estudantil da região, a escola tem fama de eficiência e dinamismo dos que fazem a unidade.

Fala o diretor Manoel. (Foto: Agripa).

Trabalhando com o projeto Lagoa Viva e esbanjando compromisso com a Natureza, a Escola Santa Sofia recebeu representantes da Associação Guardiões do Rio Ipanema ─ AGRIPA e o diretor municipal do meio ambiente, Manoel Messias F. dos Santos, para duas palestras consecutivas sobre a organização da AGRIPA e sobre resíduos sólidos, por parte da Secretaria de Agricultura.

Diante de uma plateia de cerca de cem alunos lotando o pequeno pátio escolar, procuravam dar os últimos retoques, a coordenadora pedagógica Evaneide Ricardo Medeiros Alécio, as diretoras Gilcélia Gomes e Evaneide Camilo e várias professoras.

Representaram a AGRIPA os guardiões Clerisvaldo Braga das Chagas (presidente), Ariselmo de Melo (vice-presidente) e Cícero Ferreira Barbosa (secretário).

A palestra teve início com belas palavras de recepção por parte da coordenadora pedagógica, Evaneide Medeiros. Em seguida, o guardião Cícero Ferreira, o Ferreirinha que também é cantor e compositor, abriu a jornada com uma belíssima página musical em forma de seresta. O guardião Clerisvaldo Braga das Chagas apresentou a equipe, agradeceu a recepção e indicou o guardião Ariselmo para ministrar a palestra. Prosseguindo, o guardião, 

Simpatia refletida da Escola. (Foto: Agripa/Assessoria).

professor e escritor Clerisvaldo, distribuiu gratuitamente livros para a plateia, “Conhecimento Gerais de Santana do Ipanema”, da sua autoria.

Manoel Messias, diretor do meio ambiente, também usando o recurso de slides, ministrou sua palestra sobre resíduos sólidos. Por coincidência Manoel Messias também é guardião (atual orador da AGRIPA) além de compositor e cantor plenamente conhecido em Alagoas como “MM o Imperador do Forró”.

Encerramento chave de ouro. (Foto: Agripa/Assessoria).

A palestra foi encerrada, como a AGRIPA costuma fazer, isto é, com um espetáculo à parte com os dois cantores animando o evento, fazendo a plateia cantar e acompanhar com palmas o ritmo dos artistas alagoanos.

Registramos a presença de alunas da UNEAL que prestigiaram as palestras e se engajaram na recepção impecável e carinhosa de todos os que fazem a Escola Santa Sofia, notadamente a anfitriã Evaneide Medeiros.



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SESMARIAS, ERÉUS E LATIFÚNDIOS

Por Rangel Alves da Costa*

Sem poder de profetizar o que mais tarde seria conhecida como questão fundiária, direito de propriedade, posse e desapossamento, reforma agrária e uma série de conceitos que envolvem a terra, mesmo assim alguns sertanejos de priscas eras trouxeram para si o poder da imensidão e do latifúndio sem jamais suar para ter um pedaço de chão. E um destes foi Tertulino Bonome, ainda hoje lembrado pelo seu sugestivo apelido: Terto Tudo Meu.

E os mais velhos diziam que tal apelido surgiu porque o homem chegava na malhada, colocava a mão acima dos olhos para refrear o sol, mirava adiante, nas lonjuras sem fim, e dizia “Tudo meu”. E também porque acaso perguntassem a quem pertenciam aquelas terras beirando o rio ou aquelas outras fronteiriças, ele simplesmente respondia “Tudo meu”. Daí que às escondidas o chamavam também de Terto Tudo Dele. Logicamente que todas as terras da região não pertenciam a ele, mas grande parte sim. A outra parte estava dividida entre poucos.

Mas há um longo percurso a ser conhecido. A maioria das capitanias hereditárias não frutificou, os antigos donatários não existiam mais, as terras se perdiam de vista sem que o governo pudesse dar uma destinação produtiva. Surgiram então as sesmarias, ou propriedades entregues a colonos, cujas cartas registradas nas paróquias garantiam título de propriedade aos trabalhadores. Mas como havia exigência de trabalhar e produzir na terra, poucos conseguiam dar cumprimento e acabavam repassando seus lotes para outras pessoas, que se tornavam como donas, porém sem qualquer título.


Em 1822, o governo resolveu dar uma basta nessa festa de repasse de terras e acabou com as concessões de sesmarias. A partir de então, quem tinha documento paroquial continuava como proprietário, mas quem não comprovasse teria de ficar de mãos abanando. Então começou um problema. O posseiro, mesmo produzindo na antiga terra do sesmeiro, não tinha título que comprovasse sua propriedade. Quer dizer, tinha a posse, mas não o título. Então não tinha nada. E foi quando a política logo cuidou de resolver a situação, mas logicamente em desfavor do pobre trabalhador.

É a partir daí que começa o poderio latifundiarista de Terto Tudo Meu e outros bem-aventurados pelas governanças. Eis que antes de 1822, quando nos bastidores do poder colonial já se falava na proibição da concessão de sesmarias e na garantia da propriedade somente àqueles que já estivessem com o documento paroquial, políticos influentes logo cuidaram de presentear seus amigos. E enviaram missivas dizendo mais ou menos assim: “Vá até a paróquia e registre como de sua propriedade a quantidade de terras que puder delimitar, e mesmo que não conheça os limites exatos. Do resto cuido eu”.

Recado enviado, providência tomada. Também já tendo conhecimento da ordem superior, o responsável pela escrituração não fazia qualquer exigência, bastando que o protegido do político dissesse onde suas terras se estendiam que logo as informações se tornavam legalizadas. E daí surgirem escrituras cujos limites citavam locais que nem mesmo os novos latifundiários sabiam existentes ou com aquelas reais dimensões. E assim que a lei saiu da gaveta estes se tornaram donos de quase todo o sertão, e dentre eles Terto Tudo Meu.

E os posseiros que trabalhavam naquelas terras agora com novos donos? Ora, perderam de vez todo e qualquer direito sobre elas. Tantos e mais tantos foram expulsos, deixando para trás os seus sonhos e levando somente a família e os frangalhos, e tantos outros tiveram de se submeter aos novos proprietários, tornando-se assemelhados a escravos. Mas geralmente preferiam ir tentar a sorte noutro lugar a se submeter aos mandos e desmandos do coronel de patente de barro. E por isso mesmo a imensidão de latifúndios sem nada plantar ou colher, tomados de mataria, sem serventia produtiva alguma, a não ser para o criatório de rebanhos soltos.

Desse modo, as terras do sertão foram divididas entre alguns escolhidos e se formaram os imensos e tantas vezes improdutivos latifúndios. Os antigos posseiros que continuavam achando ter algum direito sobre seus pedaços de chão, logo eram surpreendidos com a ordem de urgente desocupação, pois ali tinha dono. O próprio Terto mandou expulsar mais de vinte famílias de propriedades que nem sabia existentes. Como as escrituras não delimitavam corretamente, então a velha raposa estendia o ardiloso documento diante do pobre e analfabeto e dava um prazo de um dia para pegar a estrada. Ou ali continuar como seu servo.


Os latifúndios eram tão extensos que nem sempre os seus donos se preocupavam em fazer cercamento. Não raro, o latifundiário só sabia onde terminavam suas terras pelo início das terras do outro, ainda assim de forma imprecisa, tantas vezes gerando graves conflitos, verdadeiras batalhas sangrentas. E foi assim também que muitos aumentaram seus domínios. Havia luta pela questão do limite, mas nem sempre o objetivo era a delimitação, mas a tomada da própria terra do outro, e sempre após terríveis confrontos entre os jagunços.

Portanto, os grandes latifúndios sertanejos surgiram das denominadas terras de eréu, ou terras herdadas das forjadas cartas de sesmarias. Imensas propriedades adquiridas do conluio entre o poder e as autoridades paroquiais onde se registravam as terras indivisas, tendo como grandes beneficiários apenas alguns escolhidos. E assim perdurou por muito tempo e ainda há vestígios de existência dessa imensidão de terras em mãos de herdeiros de pessoas como Terto Tudo Meu. Até que os sem-terra invadam tudo.

Mas Terto Tudo Meu se deu mal. E por isso também é lembrado. Lançou o olho gordo em duas tarefas de Miguelim e lá chegou se apresentando como verdadeiro dono, roçando o documento encardido nas fuças do homem. No dia seguinte Miguelim deixou a terra, mas também deixou o dono de tudo debaixo de sete palmos de chão.

Poeta e cronista
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Livro: Nas Veredas do Cangaço e outros temas afins - Honorio de Medeiros



Fonte: facebook

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Começa Hoje o IV Movimento Cultural de Floresta !

Manoel Severo, Nina Ferraz e Paulo Gastão

O tradicional município de Floresta, no alto sertão pernambucano, abre na noite de hoje, a partir das 19 horas, na Câmara Municipal o IV Movimento Cultural de Floresta, evento que reúne as mais variadas manifestações culturais da cidade é uma realização dos cidadãos florestanos e conta com o apoio da iniciativa privada, da FACESF e CESVASF e ainda da prefeitura municipal. O evento tem como uma das principais organizadoras a escritora Nina Maniçoba Ferraz.

Programação Completa

Quinta - Feira
Dia 18 de Setembro - Câmara Municipal de Floresta
Mesa de abertura
Apresentação dos escritores e performance
Poeta Manuca Almeida
Palestras:
Um Novo Olhar sobre o Cangaço
Manoel Severo - Curador do Cangaço
Angico e a Morte de Lampião
Paulo Medeiros Gastão - Vice Presidente da SBEC
Coquetel e Lançamento de Livros de autores florestanos


Sexta-Feira
Dia 19 de Setembro - Patamar da Igreja em frente à prefeitura, 21h Apresentação Cultural
Instituto Cultural Raízes
Apresentações dos Festivais de Música e Dança
Premiações Professor e Aluno Destaque, Pintura e Redação

Sábado
Dia 20 de Setembro - Patamar da Igreja em frente à prefeitura, 21h Apresentação do Grupo Caruá
Apresentações dos Festivais de Música e Dança
Premiações Música, Dança, Escola Cidadã e Professor Incentivador
2ª Exposição Letras e Cores Florestanas no Espaço Cultural

IV Movimento Cultural de Floresta

http://cariricangaco.blogspot.com.br/2014/09/comeca-hoje-o-iv-movimento-cultural-de.html

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O Pedro e suas paixões

O Pedro

Vídeo da Carla Motta

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Chico Santeiro combateu Lampião em Mossoró


Minha mãe contava-nos que antes do ataque de Lampião à cidade de Mossoró, a população fugira da cidade por orientação das autoridades. 


Ela era menina, e ajudando sua mãe, cuidava dos irmãos menores na fuga. Atravessaram o rio Mossoró e foram em rumo do sertão para esconderem-se nos matos e em casas de sertanejos na periferia de Mossoró.


Meu avô ficara para combater Lampião como foi feito pela maioria dos homens da cidade. Ele era chamado de Chico Santeiro, pois dedicava-se à arte sacra e em muitas casas de Mossoró tinha um Santo ou Santa esculpido por ele. 

Tem Igrejas da cidade com esculturas dele. Esse São Joaquim da foto, acervo do Procurador do Município de Fortaleza, advogado José Geraldo Duarte, foi esculpido por ele. Minha mãe o presenteou. A outra imagem é de combatentes da cidade.



Minha avó por parte de pai, Dona Leonísia, a quem chamávamos de "Vovó Santa" contava-nos que moravam próximo da Cadeia Pública de Mossoró e quando Jararaca foi preso as mocinhas iam visitar o bandido.


Certa noitinha ouvindo barulhos vindos da rua, espreitou por baixo da janela e viu Jararaca sendo levado pelos soldados para ser morto por traz do cemitério da cidade. A cova foi cavada fora. 

Túmulo do cangaceiro Jararaca

Hoje está dentro do cemitério por expansão do mesmo. Eu e meus irmãos ouvíamos esses relatos com bastante atenção, arrodeados aos pé dela, sentada na sala de nossa casa.

http://meneleu.blogspot.com.br/2014/09/chico-santeiro-combateu-lampiao-em.html

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O Coronel e o LENÇO.


Sempre observei essa foto, e, durante anos, a via, mas não enxergava tudo o que ela exprimia. (Foto: Frederico Pernambucano de Melo, pg 318 - ABRAÃO).

Confrontando fotos, e, cruzando informações, concluí que o LENÇO que o coronel João Bezerra da Silva estava usando nesse momento (após morte de Lampião), pertenceu ao REI DO CANGAÇO, sendo o mesmo que ele estava usando, por ocasião do combate.

Grupo de cangaceiros do rei Lampião

Segundo relatos, o mesmo, ainda, estava com algumas manchas de sangue.

Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta‎

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EXUMAÇÃO DE VÍTIMAS DE LAMPIÃO EM QUEIMADAS


A exumação de uma das vítimas de Lampião em Queimadas. Foto raríssima. Que fato foi este em Queimadas? 23 de abril de 1932. Revista "O CRUZEIRO".

Acervo: Robério Santos.

Fonte: facebook

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Ezequiel Ferreira da Silvairmão de Lampião morreu ou não em 1931?


"No mínimo interessante... seria mesmo este senhor o Ezequiel, dado como morto em 1931? Parabéns Ogait Odachma pela postagem" Fonte: facebook - página: Robério Santos

Comentário do pesquisador Voltaseca Volta 

ESCLARECIMENTOS

Quando esse senhor apareceu lá por Serra Talhada-PE, se dizendo ser o EZEQUIEL, irmão de Lampião, isso causou um reboliço no estudo do cangaço.

José Bezerra Lima Irmão e João de Sousa Lima

O escritor João de sousa Lima em suas incansáveis pesquisas, tem uma entrevista com o Senhor, que enterrou EZEQUIEL (foi morto na Lagoa do Mel, pelo Tenente Arsênio). Depois, os ossos de Ezequiel, conforme falou a Sra. Sofia, foram levados para Salvador, e, foi apresentado o crânio do mesmo à imprensa.

Hilário Lucetti escreveu livros com Sabino bassetti

Para dirimir, ainda, as dúvidas, o grande pesquisador cearense, Dr. HILÁRIO LUCETTI, foi à Serra Talhada, e fez uma ENTREVISTA com o suposto EZEQUIEL. Ficou decepcionado com a maioria das respostas dada, pois o cabra, não sabia, OS NOMES DOS IRMÃOS; DOS PAIS...ETC.

Ezequiel Ferreira da Silva

O famoso pesquisador, voltou de sua viagem ao CRATO, altamente decepcionado, pois, escreveu para alguns estudiosos, que perdeu a viagem, e, o cara, apesar de saber muitos fatos do cangaço, era um impostor, muito embora, tivesse semelhança física (fisionomia ), com o verdadeiro EZEQUIEL. Até uns dias atrás, eu tinha uma CÓPIA DA CARTA desse escritor, explicando o fato (agora não sei onde está). 

Frederico pernambucano de Melo

Ainda sobre esse assunto, o grande pesquisador FREDERICO PERNAMBUCANO DE MELO estudou o assunto, e, emitiu o seu veredicto, também, chegando à conclusão de que se tratava de um impostor.

Alguns estudiosos (poucos), também acreditam que o cabra, é de fato o EZEQUIEL, o que nos discordamos, peremptoriamente, mas respeitando as opiniões contrárias, pois, ninguém é o dono da verdade. E só DEUS, é quem não erra!.

Por tais fatos, o nosso opinamento, é no sentido de que NÃO SE TRATA DE EZEQUIEL FERREIRA DA SILVA, irmão de Lampião.

Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta

Ilustrado por José Mendes Pereira
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