Acervo do Jaozin Jaaozinn
Joaquim
Bezerra de Sousa, conhecido como Mestre Quincas, é casado, tendo cerca de 53
anos de idade, residente da cidade de Pão de Açúcar/AL, e jangadeiro de
profissão. Por seus trabalhos de navegação pelas águas do rio, foi o guia do
Navio de Patrulha Piraju, da Marinha, durante as missões que tinham como
objetivo atender aos pedidos das populações ribeirinhas.
Dentre as
histórias que Quincas carrega, a mais famosa é de seu encontro com o maior
cangaceiro que conhecemos, perseguido por sete estados do Nordeste e com sua
cabeça valendo mais de 40 contos de réis, Virgulino Ferreira da Silva, o
Lampião.
O episódio
ocorreu em 1936, quando tinha 22 anos de idade, onde trabalhava como ajudante
na canoa Teresa Góis do Mestre Moisés Francisco dos Santos. Segundo o seu
Mestre, iriam pegar um bom frete em lugarejo perto. Enquanto estavam no
caminho, Moisés acabou informando que iriam, na verdade, pegar uma "família"
que se encontrava em Ângico. Esperaram horas, até às 22hrs, quando os membros
desta família chegaram. Era o bando de Lampião, composto por homens e mulheres,
pele morena, cabelos compridos, armados até os dentes, mulheres com chapéu de
massa fina e homens de chapéu de couro com a aba quebrada, totalmente
detalhados a ouro.
Quincas
reconheceu Virgulino na hora e, claro, ficou totalmente perplexo, fazendo todo
e qualquer esforço para não encostar nos passageiros, mesmo tendo um cangaceiro
que fora amigo seu na infância (diz ser Zé Moreno, mas pode ser Mané Moreno ou
Moreno II). Depois da viagem inesperada por ele, chegam no destino dos
bandoleiros, Fazenda Borda da Mata, pertencente a Antônio Ferreira de Carvalho,
o Antônio Caixeiro, pai do então Governador Eronildes de Carvalho, Sergipe.
Essa foi o
último trabalho que Joaquim prestou para a canoa Teresa Góis.
𝐹𝑂𝑁𝑇𝐸:
𝐷𝑖𝑎́𝑟𝑖𝑜
𝑑𝑒
𝑃𝑒𝑟𝑛𝑎𝑚𝑏𝑢𝑐𝑜
- 1967.
.𝑪𝑨𝑵𝑮𝑨𝑪̧𝑶
𝑩𝑹𝑨𝑺𝑰𝑳𝑬𝑰𝑹𝑶.
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