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terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Charge sobre a desigualdade brasileira

Por Emanoel Amaral
Meus amigos e amigas, 

Durante o mês de dezembro eu substituí o chargista Brum, durante as suas férias, no jornal Tribuna do Norte. Entre as muitas charges que fiz neste período, esta foi muito comentada e elogiada. Foi motivo, inclusive, de artigo no caderno de Economia do Jornal Tribuna do Norte, que compartilho com você neste email.   

Abs e Feliz 2014 para todos vocês.



A desigualdade brasileira numa charge

Por Alcimar de Almeida Silva - advogado, economista, consultor fiscal e tributário 

Impossível é medir a extensão do espaço e do tempo utilizado pela mídia para se referir à desigualdade social e econômica brasileira. Da mesma forma não é possível obter o custo de tantas e tantas pesquisas realizadas por entidades públicas e privadas nacionais, estrangeiras e internacionais a respeito do assunto. Nenhum IBGE, ONU, PNUD, Banco Mundial e outros que tais será capaz de abordar de forma clara e objetiva o fenômeno, como o fez em espaço reduzido e de baixo custo Emanoel Amaral, em charge publicada na edição de 25 de dezembro último da Tribuna do Norte. Quem não teve a oportunidade de vê-la, recomendável é desenvolver esforços no sentido de obtê-la, em forma física ou virtual, porque vale a pena. 

A peça inclusive é digna de ser levada às salas de aula de todos os níveis de ensino, até mesmo dos cursos de pós-graduação nos quais há professores que primam mais pela recomendação de livros e leituras sofisticadas e de difícil localização. Enquanto isso desconhecem ou deixam de valorizar produção intelectual que se serve de tecnologia simples e de baixo custo. Pois na charge mencionada estão registrados de forma sintética o encontro e o diálogo entre os pobres, que são muitos e os ricos, que são muito poucos, que compõem a sociedade brasileira que persiste desigual. E isto apesar do Bolsa Família, do PAC, do Mais Médico e de outros produtos expostos na vitrine governamental, cujos resultados também são produto apenas das estatísticas oficiais. 

Pois bem, voltando à charge, o Brasil Rico não apenas exibe como declara ter ganhado – certamente de Papai Noel que se denuncia discriminatório – um tablet e um carro de controle remoto, enquanto o Brasil Pobre responde que ganhou meio tablete de chocolate – o que não deixa de ser tido até como privilégio – e uma carro de controle bem próximo. Este é puxado por um cordão e vê-se ter sido produzido artesanalmente com a utilização de uma embalagem de leite que – queira Deus, tenha sido consumido por aquela amostra do Brasil Pobre. Pelo menos, um exemplo bom é dado ao Brasil Rico, qual seja o fato de o Brasil Pobre – ainda que por força de sua inferioridade social e econômica – está demonstrando práticas ambiental e socialmente sustentáveis. 

Enquanto o Brasil Pobre se alimentou com o seu meio tablete de chocolate que ganhou, resultado da divisão com um dos seus muitos irmãos, conduz puxado no cordão o carro com o qual foi presenteado conseqüente da reciclagem da embalagem de leite, não constituindo agressão ao meio ambiente, estando se comportando em conformidade com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010). Por sua vez o Brasil Rico que não dependeu de presente de Papai Noel para se alimentar, pratica agressão ao meio ambiente, pela presença de pilhas, baterias, produtos eletrônicos e seus componentes contidos no tablete e no carro de controle remoto que ganhou de presente, sujeitos à chamada logística reversa preconizada naquela lei.

Outros aspectos da diferença entre o Brasil Rico e o Brasil Pobre estão presentes na charge, como o fato de que o primeiro está bem vestido e bem calçado, ao passo que o segundo está descalço e sem camisa. Somente por esta exteriorização de condições, pode-se concluir que o primeiro está menos propenso a contrair as doenças da infância, enquanto o segundo a elas está mais propenso. Por tudo isso, vale mencionar Edmar Bacha na fábula em que o Rei compreendendo que o PIB era uma espécie de Felicitômetro dos Ricos mandou demitir seu conselho-mor para finanças: “Desde esses acontecimentos o reino tem vivido dias mais felizes, pois, embora pobre, passou pelo menos a contar com medidas honestas de crescimento. Moral: Já não se fazem mais reis como antigamente”.


 Enviado pelo poeta, escritor e pesquisador do cangaço Kydelmir Dantas

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

ÁGUA BRANCA, MATA GRANDE E SANTA CRUZ DO DESERTO: O CANGAÇO EM SUAS TERRAS.

Por João de Sousa Lima

Engenho Cristo Rei, pertencente a família Torres.

A região alagoana de  Água Branca, Mata Grande e a região de Santa Cruz do Deserto tem muitas histórias relacionadas com o cangaço. O poderio econômico da família Torres ainda encontra-se evidenciada em vários prédios históricos e velhos engenhos. Um dos engenhos é o Cristo Rei, que fica na saída de Água Branca indo na direção de Santa Cruz do Deserto. O engenho é datado de 1937.

"Os Torres" foi uma das famílias que sofreu o ataque de  Lampião, quando em 1922 os cangaceiros atacaram o casarão  e saquearam a matriarca Joana Torres.


Ricardo Cajá e João dentro da Usina Cristo Rei

A estrada que liga Água Branca e Santa Cruz do Deserto
As casas que na estrada

Nícolas e João no engenho Cristo Rei


 Enviado pelo escritor e pesquisador do cangaço João de Sousa Lima

http://www.joaodesousalima.com/2014/01/agua-branca-mata-grande-e-santa-cruz-do.html
 
http://blogdomendesemendes.blogspot.com