Por José Mendes Pereira
Seguidores
quinta-feira, 8 de abril de 2021
PEÇA LOGO ESTES TRÊS LIVROS PARA VOCÊ NÃO FICAR SEM ELES. LIVROS SOBRE CANGAÇO SÃO ARREBATADOS PELOS COLECIONADORES.
LIVRO CORISCO A SOMBRA DE LAMPIÃO
Por Francisco Pereira Lima
SANTANA PERDE
Clerisvaldo B. Chagas, 8 de abril de 2021
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.507
Com a morte do santanense Romildo Pacífico, vem a lembrança do senhor Benedito Pacífico contando como fazia na época de adolescente para estudar. Dizia que morava no sítio Batatal que fica à margem direita do riacho João Gomes e vinha estudar no centro da cidade de Santana do Ipanema. Como a estrada era longa, ele e Romildo cortavam caminho, justamente por uma antiga trilha bicentenária, a da Igrejinha das Tocaias. Desciam a ribanceira em direção ao riacho, atravessavam o João Gomes seco e entravam pela trilha que saía no Bairro Floresta. Quando não saiam juntos, quem chegasse primeiro numa bifurcação, deixava um sinal que já havia passado para a escola. Seu Biu, não me falava de assombrações ao passar pela cruz de beira de estrada ou se já era transformada em igrejinha.
Há muitos relatos sobre assombrações no lugar, inclusive registradas por saudoso escritor da terra da família Monteiro. Terno de zabumba invisível tocando em pleno meio-dia, botou muita gente para correr.
Conheci de longe Romildo Pacífico trabalhando na padaria do senhor Álvaro Granja, defronte a escolinha da Professora Helena Oliveira, na Ponte do Padre, onde fiz Admissão ao Ginásio. A conversa sobre ele, na época, era que o rapaz gostava muito de estudar e na padaria, ficava dividido entre o livro e o cliente. Nunca tive maior aproximação até porque ele era adulto e eu ainda criança. Sua trajetória na vida é muito conhecida do povo santanense. Infelizmente a pandemia não escolhe qualidade.
Nunca ouvi falar no sítio Alto Bonito, onde ele morou, mas com certeza era vizinho ao Batatal do seu primo Benedito Pacífico. Certa feita o Biu convidou-me para conhecer o seu lugar de nascimento. Fomos a pé pela mesma trilha da Igrejinha das Tocaias por onde suas pernas tanto caminharam. A casa no sítio estava fechada, precisando de reparos. Lembro-me da beleza do lugar e de um imbuzeiro em que Seu Biu colhia imbus e matava a saudade da zona rural. Quanto ao irmão de Romildo, Benildo Pacífico, estudamos juntos na 50 série do Ginásio Santana. Como era difícil estudar na cidade morando no sítio!
Existem muitas estradas boas e confortáveis, porém, continuamos – simbolicamente – em nossas vidas, usando veredas e mais veredas tais quais a dos primos Romildo e Benedito.
ROMILDO PACÍFICO (FOTO: REDES SOCIAIS).
http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2021/04/santana-perde-clerisvaldo-b.htmlBELA ESTROFE
Por José Di Rosa Maria
Eu nunca ganhei dinheiro
Cantando história geral;
Se conteúdo de livro
Se transformasse em real,
Ivanildo já teria
Comprado o Banco Central.
https://www.facebook.com/photo?fbid=1546206472242620&set=a.125013001028648
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
RAUL FERNANDES E O LIVRO “A MARCHA DE LAMPIÃO – ASSALTO EM MOSSORÓ”
Reprodução do jornal natalense O Poti, edição de 12 de março de 1978.
O Governo do Estado e a Universidade federal do Rio Grande do Norte (UFRN) deverão editar até o final do mês o livro “Marcha de Lampião – Assalto a Mossoró”, de Raul Fernandes. Filho de Rodolfo Fernandes, prefeito de Mossoró quando da invasão da cidade, Raul Fernandes demonstra além do conhecimento de longos anos de pesquisa, a experiência de quem teve a casa assaltada pelos cangaceiros.
Formado em Direito e Medicina (especializado em otorrinolaringologia que ensina na UFRN), Raul Fernandes diz não ter escrito antes o livro, porque isso o afastaria dos clientes, que passariam a vê-lo como um escritor, um literário e não um médico. Aos quase setenta anos de idade e pensando na aposentadoria, ele diz ter sido criado com um rifle nas costas, servindo ao Exército Americano na época da guerra e com alguns anos de est5udos nos Estados Unidos e na Alemanha.
Como que querendo justificar-se pelo lançamento do livro, quase vinte anos depois que resolveu escreve-lo, explica que “todos que assistiram à luta sempre me assediaram para que eu escrevesse”. O próprio José Lins do Rego solicitou sua ajuda quando se dispôs a escrever seu último livro, “O Cangaceiro”. Além do mais afirma “não existiam livros sobre o assalto a Mossoró, apenas depoimentos”, o que tornou difícil a execução do trabalho.
NOTA DO TOK DE HISTÓRIA – É de estranhar essa declaração de Raul Fernandes, pois em 1955 foi lançado o livro “Lampião em Mossoró”, de Raimundo Nonato, pela Editora Pongetti, do Rio de Janeiro. No ano seguinte foi impressa uma segunda edição.
NÃO ACREDITAVAM
Muito à vontade, enriquecendo o assunto com suas próprias experiências, ele fala sobre a tarde em que Lampião entrou em Mossoró, acompanhado de onze reféns, “hoje gente importante do Estado”. Seu pai é, na verdade o foco principal do livro, “o que me coloca numa situação delicada, pois podem dizer que escrevi o livro apenas porque o centro da resistência era meu pai. Mas não foi assim, eu realmente vi tudo muito de perto”.
Nascido em Mossoró, Raul Fernandes estudava na Bahia. “Vindo de férias encontrei minha casa protegida pelas trincheiras. Minha casa foi a única que se preparou a resistência, porque meu pai estava avisado. Mas a cidade de Mossoró não acreditava no ataque”.
Mossoró era um dos centros mais importantes do Nordeste e tinha comércio maior que Natal.
ERA UM CANGACEIRO INTELIGENTE
Preocupado em esclarecer pontos um tanto desconhecidos, Raul Fernandes lembra que o ataque a Mossoró não foi feito apenas pelo grupo de Lampião, mas pelos cinco grupos existentes na época (1927) liderados por João Marcelino, Jararaca, Sabino Gomes e Massilon.
A decisão de atacar Mossoró teria partido exatamente de Massilon, que não era propriamente um cangaceiro, mas um tropeiro. Massilon teria assassinado um soldado e precisava fugir do Nordeste. Vindo da Paraíba, ele idealizou o assalto para fazer reféns para conseguir dinheiro para sua fuga.
Juntou-se aos demais grupos, e segundo as pesquisas do professor Raul, Lampião teria relutado muito em concordar. “Ele mal sabia ler e escrever, era um homem rude, grosseiro, mas um cangaceiro muito inteligente”. Por ordem do prefeito, a cidade foi evacuada na noite anterior ao assalto (Rodolfo havia sido avisado por amigos da Paraíba que o grupo marchava para Mossoró). Conseguindo no comércio um pouco de armamento e o auxílio de vinte soldados de polícia. Os homens armados (quem não possuía armas foi obrigado a deixar a cidade) conseguiram repelir o ataque.
Aqui, o professor Raul faz uma homenagem à Paraíba: “Bandido nenhum ataca de dia (os cangaceiros atacaram entre 16 e 17 horas), mas Lampião vinha sendo perseguido por duas volantes da Paraíba e se demorassem no assalto acabariam nas mãos dos perseguidores”.
GRANDE EXPERIÊNCIA
Raul Fernandes confessa que essa foi uma experiência incrível: Ver de perto os terríveis bandidos e entrevistar várias vezes o famoso Jararaca aprisionado em Mossoró, e lamenta estar desarmado na época. Com dezenove anos foi obrigado a levar sua família para fora da cidade em lugar protegido, sem participar ativamente da resistência.
Hoje ele fala do assunto com uma certa emoção, lembrando os tempos em que o Nordeste era dominado pelo cangaço, que por um longo tempo sofreu pouca repressão.
“Em 1935 eu vi um assalto ao Banco do Brasil, aqui em Natal e ninguém pôde fazer nada”. Depois da Revolução de 1930, conta, os governos se uniram para acabar com o cangaço. O cangaceiro que era preso era imediatamente fuzilado.
“Foi o único meio de reprimir o cangaço que tanto assustava o Nordeste”.
Extraído do blog Tok de História do historiógrafo Rostand medeiros
https://tokdehistoria.com.br/2021/04/07/raul-fernandes-e-o-livro-a-marcha-de-lampiao-assalto-em-mossoro/
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
RAIMUNDO NONATO DA SILVA, UM DOS MAIORES PESQUISADORES DA CIDADE DE MOSSORÓ
Por Relembrando Mossoró
https://www.facebook.com/photo/?fbid=129688182465566&set=gm.3728241653925904
Por Sérgio Trindade
Nascido em Martins, oeste do Rio Grande do Norte, no dia 18 de agosto de 1907, graduado em Direito, em 1955, Raimundo Nonato da Silva foi folclorista, memorialista, romancista, pesquisador, professor, magistrado, jornalista, técnico em assuntos educacionais, membro da União Brasileira de Escritores – seção RN, da Casa Euclides da Cunha, do Instituto Genealógico Brasileiro, da Academia Norte-rio-grandense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, do Cenáculo Brasileiro de Letras e Artes e da Sociedade dos Homens de Letras do Brasil, um dos mais eminentes e profícuos intelectuais e um dos mais conceituados e requisitados historiadores do Rio Grande do Norte, tendo publicado vários livros, ensaios e artigos em revistas especializadas e jornais.
Mesmo tendo um volume significativo de pesquisa na área de História, Raimundo Nonato é mais conhecido como memorialista e não como historiador. E ele não foi, de fato, um historiador de academia.
Adquiriu na observação acurada de sertanejo e na disciplina espartana de pesquisador o estofo de um arquiteto do tempo passado. Conviveu com a elite letrada de sua época e com o homem simples do campo; travou relações com cultos e analfabetos, de quem ele dizia saber mais do que muitos homens de livros. Essa convivência, a leitura bem orientada e a férrea disciplina de pesquisador e de escritor nos legou algumas das mais importantes obras intelectuais do estado.
Raimundo Nonato fez-se grande pela grandiosidade do que pretendeu e do que conseguiu fazer no campo do conhecimento e do saber. Buscou conhecer e conheceu o Rio Grande do Norte, dedicando-lhe importantes páginas de seus estudos. Suas obras retratavam personagens do povo e da elite do seu tempo, e muitas sobre o seu estado natal.
Para o professor Tarcísio Gurgel, pesquisador e maior autoridade em literatura norte-rio-grandense, Raimundo Nonato foi um escritor obstinado, perspicaz, “a quem tudo aguça a curiosidade logo transformada em literatura.” Como nunca parou de produzir, “escrevendo indistintamente, compulsivamente, acabou constituindo obra irregular”, mas de grande importância para a cultura da região oeste e do estado do Rio Grande do Norte.
Foram quarenta anos de estudo e de produção, com uma obra que abrange as áreas de Etnografia, Folclore, Ficção, História e Memorialística, em trabalhos como Figuras e tradições do Nordeste, Histórias de lobisomem, Visões e abusões nordestinos, Termos populares do Rio Grande do Norte, Jesuíno Brilhante, o cangaceiro romântico e Presença Norte-rio-grandense na Alçada Pernambucana, entre outras.
Raimundo Nonato conheceu profundamente o seu estado e, principalmente, a região onde nasceu, o oeste potiguar. Dedicou quase toda a sua vida a um trabalho de recuperação do passado que viveu ou que ouviu contar. Ajudou a construir um acervo espiritual e coletivo a que chamamos memória. Foi este o seu maior legado. E por isso, no campo da Memória coladinho ao da História, Raimundo Nonato fez-se grande. Saber o que contavam os mais velhos, com referências marcantes, quase míticas, sobre fatos passados, foi, para Raimundo Nonato, como se esbarrasse nos insondáveis labirintos da história mais distante, com personagens que fizeram e que escreveram o mundo no qual vivia.
Mesmo “não revelando a unidade e o estilo de um Octacílio Alecrim ou de uma Madalena Antunes”, o seu texto memorialístico desperta grande interesse, afirma Tarcísio Gurgel.
Fazem parte do seu veio memorialístico obras de peso como Os revoltosos de São Miguel, Lampião em Mossoró e Memórias de um Retirante.
Um historiador potiguar lembra “que uma das melhores maneiras de reconstituirmos o passado é ouvir. Ouvir mais e melhor, pois só assim poderemos definir os desvãos de um período particularmente conturbado, em que as paixões e os ressentimentos turvam a verdade, apresentada em fragmentadas versões. Apreender a versão – se possível um número significativo de versões – significa encontrar aproximações múltiplas da verdade buscada. A memória é matéria-prima para os que trabalham com a História, e é nessa condição e não como produto final que deve ser trabalhada. É como espécies de slides que preservam as imagens de uma realidade que já não existe. Ao projetarmos os slides temos sempre as mesmas imagens, as mesmas figuras, mas as interpretações sobre elas serão diferentes, visto que a ação do tempo esmaece o passado, diluindo-o, principalmente quando remete há muitos anos.” E acrescenta “que existe ainda a possibilidade de acontecer distorções ocasionadas, como diz Paul Thompson, (A voz do passado), ‘pelas sucessivas mudanças de valores e normas que podem, talvez, inconscientemente, alterar as percepções’. A memória é um experimento que transforma o lembrado em lembrança, algo intrínseco ao ser que lembra e não mais objeto a ser lembrado. É através da memória que o discurso do sujeito se torna possível.”
Raimundo Nonato, nascido em Martins, sertanejo, retirante e memorialista, faleceu na cidade do Rio de Janeiro no dia 22 de agosto de 1993, aos 86 anos de idade, deixando um obra viva que faz viver o passado do estado no qual nasceu.
http://historianosdetalhes.com.br/historia-do-rn/raimundo-nonato-entre-memoria-e-historia/
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
ARQUEOLOGIA MÚMIA DE 2 MIL ANOS COM LÍNGUA DE OURO É ENCONTRADA EM ALEXANDRIA
Expedição arqueológica no Templo Taposiris Magna revelou essa e outras 15 múmias que também foram sepultadas com objetos, como pergaminhos e máscaras mortuárias #ValeAPenaLerDeNovo
https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Arqueologia/noticia/2021/02/mumia-de-2-mil-anos-com-lingua-de-ouro-e-encontrada-em-alexandria.html?fbclid=IwAR0w3Ipz_aAGR-7vYTB9P6SoygigEi_5JGe-xI_9ioKKNhK9-FHUEejpDBQ
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
OS INIMIGOS NÃO VINGADOS - @CONTOS DO CANGAÇO - CANGACEIRO LAMPIÃO
Por Contos do Cangaço
https://www.youtube.com/watch?v=R3OAPv3RxWM&ab_channel=ContosdoCanga%C3%A7ohttp://blogdomendesemendes.blogspot.com
HOMENAGEM DO FILHO DORIAN JORGE FREIRE FILHO AO PAI DORIAN JORGE FREIRE
Por Dorian Jorge Freire Filho
No dia do jornalista, aproveito para homenagear meu pai. Aqui em fotos entrevistando Jânio Quadros, Juscelino Kubitschek e com Brizola. Baita saudades...
VENDE-SE
Por Nathalia Oliveira
Estou vendendo estes livros e outros em pdf em prol de arrecadar fundos pra comprar uma máquina de costura pra uma pessoa muito querida no meio do Cangaco