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domingo, 24 de setembro de 2017

LAMPIÃO E O FOGO NA SERRA GRANDE

Acervo do José João Souza
https://www.youtube.com/watch?v=CztMvro-1nI&feature=youtu.be

Um filme de Anildomá Willans de Souza. Direção de fotografia: Camilo Melo e Alvaro Severo. Fundação Cultural Cabras de Lampião.

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UM BARCO NO MEU OLHAR

*Rangel Alves da Costa

Ao meu lado, bem em cima da mesa onde escrevo agora, há um pequeno cacto, um filtro de aguardente e um carro-de-bois de enfeite. Todos esses objetos de feição sertaneja, e que servem tanto de adoração como inspiração, agora foram acrescidos de um pequeno barco.
O barco chegou-me ontem às mãos. Foi feito artesanalmente por um conhecido. Possui pouco menos de um metro de cumprimento e de largura estreita, afinando nas pontas, ou na proa e na popa, como dizem os ribeirinhos canoeiros. Os mastros são de madeira fina e os panos de um tecido grosso e parecendo envelhecido
Geralmente os barcos, mesmo os artesanais e de enfeite, possuem nomes nas laterais da madeira: Beiradeiro, São-Franciscano, Rei das Águas, Carranca, Moxotó, Vaporzinho. Mas esse não. Nas laterais pintadas nas cores azul e dourado não há nenhuma identificação. Talvez eu mesmo encontre um nome ajustado ao que o meu olhar avista: Porto Solidão.
Sim, pois Porto Solidão, mesmo sendo um nome um tanto melancólico, creio ser um nome bonito a uma embarcação, principalmente sendo um barco que doravante permanecerá solitário num porto entre quatro paredes, numa estrutura de ferro logo adiante da mesa onde escrevo agora.
Agora mesmo o meu olhar avista o Porto Solidão. Quieto, silencioso, impávido. Não se balança nas águas do cais, não se embalança pelas ondas do porto, não dança no festim das águas que chegam e que voltam. Seus panos também não tremulam, não são soprados por qualquer vento ou ventania. Tudo o que se tem é uma calmaria sem gaivotas.
Também um Porto Solidão que homenageia a grande música de Jessé: Se um veleiro repousasse na palma da minha mão, eu sopraria com sentimento e deixaria seguir sempre rumo ao meu coração. Meu coração a calma de um mar que guarda tamanhos segredos de versos naufragados e sem tempo. Rimas, de ventos e velas, vida que vem e que vai, a solidão que fica e entra me arremessando contra o cais...
Um barco que é veleiro, que é nau, que é escuna, que é canoa. Ele está perante o meu olhar, em cima de ferro ao invés de águas, então o transformo na embarcação que quiser. Igualmente imagine em qualquer rio, em qualquer mar, em qualquer leito d’água. Ele está ali, imóvel, parado, mas de repente eu posso subir nele e seguir ao porto que desejar.
As coisas da vida são assim. Não será sempre necessário que estejamos na materialidade das situações para que façamos do sonho ou da imaginação o que desejamos. Aqui ao lado um pequeno carro-de-bois que posso imaginar estar ouvindo o seu rangido, avistando a poeira da estrada, sentindo o mugido e o cansaço dos bois. Assim também com o meu Porto Solidão.
É um barco apenas de enfeite, mas é um barco que posso viajar no instante que desejar. Ora, se ao olhá-lo me vejo subindo no seu leito, se ao olhá-lo posso me avistar singrando as águas, se ao olhá-lo posso me sentir nas distâncias do porto, então é um barco que não está somente aqui, ali, perante o meu olhar, mas também nas águas de minha imaginação.
Talvez eu viaje mesmo. Fico imaginando uma distância azul e sem norte. Apenas seguindo e seguindo, rumando pelo destino das águas até um porto qualquer. Mas talvez jamais queira encontrar um porto, um cais, um pedaço de chão. Como seria viver tendo como norte os horizontes, sentido a presença das gaivotas, adormecendo e acordando na valsa das ondas, no bailado das calmarias.
Apenas um sonho. Não rio nem mar adiante. Apenas um barco. Ele está tão solitário quanto eu. Ele é um Porto Solidão. E eu sou eu na solidão. Por hoje não viajaremos, não seguiremos a lugar algum. Talvez amanhã ou quando seus panos soprarem a felicidade.

Escritor
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MEMÓRIAS DO TEN. JOÃO GOMES DE LIRA.

Por Charles Wagner V. Lira (matéria compartilhada)

Em 1951, o Sr. Coronel Pedro Holanda Cavalcante, Comandante do 3º Batalhão, recebeu do Comandante Geral da Polícia Militar do Estado, Sr. Coronel Roberto Pessoa, ordens para que à noite daquele dia Coronel Pedro de Holanda, mandasse realizar em seu carro, um serviço de patrulhamento na cidade do Recife por existir boatos de que os Comunistas iriam pinchar as ruas à noite.

João Gomes de Lira foi escalado juntamente com o soldado José Bezerra da Silva, filho natural de Triunfo.

O serviço foi realizado com roupa civil e o carro com chapa particular. A ordem dada pelo Coronel Holanda era que caso encontrasse alguém pinchando as ruas, derramasse o piche nos seus rostos. O itinerário, seguir era: Torre, Madalena, Estrada dos Remédios, Largo da Paz, Estância, Areias e Tejipió. Determinou que o serviço fosse iniciado às 21:00 h e fosse até às 04:00 h. No patrulhamento não houve anormalidade, e o Coronel Holanda, ficou muito satisfeito quando o seu motorista relatou todo desenrolar do serviço executado, por João Gomes de Lira e o soldado José Bezerra da Silva, onde na manhã seguinte foi ao gabinete avisou que um dia iria se encontrar.

Neste ano de 1951 iria haver eleições municipais em todo Estado. E por ter o Dr. Pedro Malta, juiz de Direito da Comarca de Inajá, inimigos na Mata Grande(AL), que juravam de morte, por precaução o mesmo afastou-se da Comarca tirando férias e licença Prêmio. Concluída a licença, apresentou-se no Tribunal onde recebeu ordens para seguir à sua Comarca. Lá deveria fazer os registros dos candidatos a prefeito e vereadores, pois o prazo estava esgotando-se. Dr. Malta, narrou sua história o Presidente do Tribunal mandou falar com o Governador do Estado, Dr. Agamenon Magalhães. Este após ouvir o juiz encaminhou-o para Arcoverde e, que lá ao chegando chamasse o escrivão do Cartório de Inajá, Luiz Soriano Lopes Ferraz, para que ele ali fizesse os registros dos candidatos. O juiz descordou do governador por Arcoverde ser muito distante de Inajá, só que ele precisava de garantia policial, como seja: 1 Cabo e dois soldados. O Governo concordou e pediu que o mesmo sugerisse o nome do Cabo. Ao sair do Palácio deparou -se na Rua do Imperador com os Políticos de Inajá, João Inocêncio, Coronel Leobaldo de Coronel Manoel Neto, este candidato Prefeito de Inajá, foi logo falando que o Governador havia pedido o nome de 1 Cabo e dois soldados para seguirem com ele para o sertão.

Os políticos indicaram o nome de João Gomes de Lira e dali mesmo o o Dr. Pedro Malta voltou para o Palácio para informar ao Governo que já tinha um nome do Cabo, imediatamente o Governo entrou em contato com o Comandante Geral da Polícia Militar, Roberto Pessoa, deixar o Cabo João Gomes de Lira a disposição do Sr. Dr. Juiz de Direito, juntamente do duas praças. Tudo resolvido o Dr. Malta seguiu para o sertão com o Cabo João Gomes de Lira e os soldados Manoel Heráclito da Silva (florestano) e Francisco Wilson Dourado, filho do município de Pedra. Viajaram de trem até Arcoverde, pernoitaram em Merim (hoje ibimirim). Na manhã seguinte falou para o Dr. Malta o melhor seguisse logo para Inajá. O mesmo não concordou por temer complicações. O cabo João Gomes de Lira continuou insistindo e o Dr. Pedro Malta terminou cedendo. Chegando em Inajá, fez os registros dos candidatos, ficando para eleição e apuração. Tudo resolvido voltaram para o Recife, onde o Dr. Pedro Malta mandou um ofício para o Coronel Holanda fazendo altos elogios aos policiais que o acompanharam em uma missão tão espinhosa. O ofício foi publicado em Boletim.

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ANIVERSARIANTES!

Por José Romero de Araújo Cardoso

Dia 28 de setembro estaremos fazendo aniversário juntos, no mesmo dia! Muito orgulho! Estarás fazendo 49 anos e eu 48 anos, com as graças de Deus! Te amo muito!


Prof. Msc. José Romero Araújo Cardoso - UERN/FAFIC/DGE

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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LITERATURA CANGACEIRA NOS ESTADOS UNIDOS

Por Junior Almeida

O professor capoeirense Expedito Leandro Silva, de 54 anos, é Professor Doutor em Antropologia, atuando na área das culturas populares. Docente da Universidade Santo Amaro e integrante do Grupo de Estudos de Práticas Culturais Contemporâneas PUC – Pontífice Universidade Católica de São Paulo, já está na cidade de Columbia nos Estados Unidos, onde ministrará uma palestra na área da música paraense, a dita “tecnobrega” na University of Missouri atendendo ao convite do Departamento de Estudos Culturais Brasileiro daquela instituição.

*Fotos do professor Expedito na universidade americana e das obras cangaceiras em sua biblioteca.


Em contato conosco no dia de hoje, Expedito Leandro, que tem trabalhos acadêmicos na área da cultura nordestina (forró e aboio) disse que a curiosidade de sua visita à “terra do Tio San”, é que pode observar que na biblioteca da instituição existem algumas obras de autores brasileiros, dentre elas algumas obras da temática cangaço, como “O Sertão Anárquico de Lampião”, de Luiz Serra e uma obra do “quase” brasileiro Billy Jaynnes Chandler, “The Bandit King Lampião Of Brazil”, que no Brasil foi publicado com o título de “Lampião o Rei dos Cangaceiros”.

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PARÓQUIA SÃO JOSÉ REALIZA PRIMEIRA CAMINHADA ECOLÓGICA RUMO AO SÍTIO HISTÓRICO DA PEDRA DO REINO:


O ser humano depende da natureza para sobreviver. É da terra que ele tira os alimentos que põe no prato, é dos rios que subtrai a água que abastece o copo, e é da atmosfera que provém o oxigênio para a respiração. A urgente e necessária conscientização ambiental, entretanto, ainda não alcançou a todos. Muitos homens e mulheres continuam valendo-se dos recursos naturais como se eles fossem infindáveis.

Para sensibilizar a comunidade belmontense sobre a importância da preservação da natureza, a Paróquia São José se São José do Belmonte-PE promove hoje a Primeira Caminhada Ecológica ao Sítio Histórico da Pedra do Reino. 

“A programação começará às 21 horas. O trajeto da caminhada é de aproximadamente 27 quilômetros, com saída de frente à Matriz de São José e chegada no Sítio Histórico. 5 paradas estão previstas durante o trajeto para que os peregrinos possam se reabastecer com as frutas e água, ocasião que será também rememorada a História do Sebastianismo da Pedra do Reino. A conclusão será com uma missa campal,” explica o idealizador do evento, Padre Wanderson Eduardo Moraes Leite.

A Caminhada Ecológica pretende reforçar no município os debates promovidos pela Campanha da Fraternidade, que teve como tema Fraternidade: biomas brasileiros e a defesa da vida. “A atividade envolverá contato com a natureza e a dimensão religiosa. Vamos aproveitar a peregrinação para refletir a realidade ecológica da nossa comunidade,” afirma.

Haverá transporte gratuito para os caminhantes na volta para a cidade de São José do Belmonte, com saída após a missa.

A Caminhada Ecológica é uma iniciativa da Paróquia São José com apoio da Prefeitura Municipal de São José do Belmonte, por meio das Secretarias Municipais de Transportes, de Obras, de Saúde, com apoio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, Secretária de Turismo, Diretoria de Cultura Municipal e Associação Cultural Pedra do Reino.

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37 CABEÇAS DE CANGACEIROS ESTÃO VALENDO 129:000$000 CONTOS DE RÉIS.

Por Joel Reis

- A Policia Baiana Organizou uma tabela de preços para as cabeças de Lampião e seus companheiros.

- O capitão João Facó, chefe de Policia, aprovou a tabela de preços organizada pelo tenente Campos Menezes, e já posta em vigor para quem trouxer as cabeças dos bandoleiros.

Tabela na próxima foto!

FAC-SIMILE* da Tabela - Respeitando a ortografia do documento.

*Fac-símile (do Latim fac simile = faz igual) é toda cópia ou reprodução de letra, gravura, desenho, composição tipográfica etc.

A referida tabela que "A Tarde" publica é a seguinte:

01 - Lampeão...............50:000$

02 - Curisco..................10:000$
03 - Cyrillo de Engracia..5:000$
04 - Luiz Pedro...............5:000$
05 - Mariano...................5:000$
06 - José Bahiano..........4:000$
07 - Gato........................4:000$
08 - Virginio....................4:000$
09 - Arvorêdo.................4:000$
10 - Labarêda.................4:000$
11 - Caliz.........................2:000$
12 - Jurema.....................2:000$
13 - Beija-flôr...................2:000$
14 - Massarico.................2:000$
15 - Medalha....................2:000$
16 - Suspeita....................2:000$
17 - Coqueiro...................2:000$
18 - Bemtevi Moreno........1:000$
19 - Jararaca....................1:000$
20 - Alecrim......................1:000$
21 - Bemtevi de Curisco...1:000$
22 - Moita Braba...............1:000$
23 - Pancada....................1:000$
24 - Creança.....................1:000$
25 - Portuguez..................1:000$
26 - Boi Manso..................1:000$
27 - Avião..........................1:000$
28 - Duca...........................1:000$
29 - Pae Velho...................1:000$
30 - Franqueza..................1:000$
31 - Pó Corante.................1:000$
32 - Nevoeiro.....................1:000$
33 - Balão..........................1:000$
34 - Bom Divéra.................1:000$
35 - Pedra D'Ave................1:000$
36 - Meia Noite (2º)............1:000$
37 - Jurema (2º).................1:000$



REFERÊNCIAS

BARATA, Júlio. Estão valendo 129 contos. Jornal A Batalha, Rio de Janeiro,ano IV, n. 1136, 10 nov. 1933. p. 1. Imagem 1. Disponível em: Hemeroteca Digital Brasileira da Biblioteca Nacional. Acesso em: 23 set. 2017.
______. Estão valendo 129 contos. Jornal A Batalha, Rio de Janeiro,ano IV, n. 1136, 10 nov. 1933. p. 2. Imagem 2. Disponível em: Hemeroteca Digital Brasileira da Biblioteca Nacional. Acesso em: 23 set. 2017.

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/

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97 ANOS DE NASCIMENTO DE JERÔNIMO VINGT-UN ROSADO MAIA

Por José Romero de Araújo Cardoso


Jerônimo Vingt-un Rosado Maia (Mossoró, 25 de setembro de 1920 - Mossoró, 21 de dezembro de 2005): O Céu e toda Corte Celestial em festa! Se vivo fosse, amanhã, dia 25 de setembro, o senhor estaria completando 97 anos! 





Meus parabéns, transmitidos daqui, deste plano terreno! Saudades, muitas saudades!

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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VEJA, OS DETALHES DA ÚLTIMA MISSA CELEBRADA EM 28-07-17, NA GROTA DO ANGICO-SE..

Acervo do pesquisador Voltaseca Volta
https://www.youtube.com/watch?v=3cVlg4J6ZyU&feature=share

Há vinte anos, uma missa é celebrada na Grota do Angico, para homenagear Lampião e o bando...

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E PARA ESTE DOMINGO TEMOS A REVISTA CULTURA.

Por Adauto Silva

E PARA ESTE DOMINGO TEMOS A REVISTA CULTURA.

Entre outros assuntos, ela faz comparações do Cangaço, com as atuais facções criminosas.






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KYDELMIR DANTAS LANÇA LIVRO SOBRE O "TRIO MOSSORÓ"


Foi um sucesso! O encontro com amig@s e o lançamento do TRIO MOSSORÓ: Uma Antologia. 

Estiveram lá José AugustoManoel Vieira GuimarãesMarieta CosmeAntonio Filemon RodriguesRoberto Brígido Brígido e Olga, Bergson, José Gonçalo da IMEPH, Jacinto de Vanda Maria Jacinto, Lauzita Miranda, Vanessa Menezes e Ana Laura, Gustavo LuzAngelica Maria Santos, Pacífico Medeiros e Beriozka, Albeci Lóia, Luiz Benicio e dona Edna, Dix-sept Rosado SobrinhoAsclepius Saraiva Cordeiro Saraiva Ana e filhos, Monalisa Martins e seu amado Antunes, Marcos Garcia, o poeta Concriz, a poeta e cordelista cearense Leila Freitas e muitos outros que passaram e nos abraçaram com carinho e amizades. 

Hoje estaremos no estande da Literatura de Cordel. Quem passar por lá, verá. Bom dia a tod@s.


























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