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terça-feira, 8 de novembro de 2016

CASA DE TAIPA, CASEBRE E VIDA

*Rangel Alves da Costa

As casas de taipa ainda são avistadas por todo lugar, principalmente nas regiões mais remotas e empobrecidas. Quando a pessoa ou família não tem condições de levantar casa de alvenaria, então vai juntando pedaços, retalhos, sobras da natureza, e então remenda tudo e depois chama de moradia.

Pensar em casa de taipa é avistar uma casinhola levantada no barro amarrado em cipó. Estende-se ripa, amarra-se cipó, e o barro vai sendo colocado entre os entrelaçados. Barro molhado, visguento, tanto se prende na mão como entre as sustentações. Depois de seca, a argila firma-se até que o menino comece a escavacar pelas beiradas.

No barro novo, cheio de sustentação, é até bonito, parecendo aconchegante. Mas sem cimento, pedra, viga de ferro, areia e brita, não tem força suficiente para suportar as chuvaradas, o sol e a ventania. E por isso mesmo envelhece e se fragiliza já com pouco tempo de habitação, ainda que algumas se mantenham ilusoriamente imponentes.
Nas distâncias nordestinas, em áreas sertanejas desvalidas de tudo, as casas de taipa são encontradas de passo a passo. Algumas muito antigas, parecendo feitas de barro cimentado, mas nada que suporte uma aproximação para se constatar a deterioração por todo lugar. Raramente vai além de ser apenas uma velha casinhola caindo aos pedaços. 

A casa de taipa é o mesmo casebre, a mesma tapera. Tudo a mesma coisa. Ou o mesmo nada. Pequena e rústica casa, pobre e tosca, sem conforto ou acomodações dignas para os próprios habitantes. Tantas são avistadas em escombros e com viventes entre os seus restos. Pois lá nas distâncias do mundo há um povo vivendo assim, na desvalia.

Tapera, casebre, o mesmo sofrimento só de avistar. Apenas um abrigo empobrecido, frágil e sem qualquer segurança. Um chão batido com parede forjada no barro, segurando em cipó, caindo aos pedaços. Além de gente, também mora o besouro, o barbeiro, o grilo, o piolho de cobra, o bicho feio. E lá nas distâncias um povo sofrendo assim.

E vem a ventania e faz a curva para não deixar a pobreza em abandono ainda maior, lançada ao meio do tempo. E vem a tempestade e a trovoada e tudo cai mais devagar por cima da cobertura mista de papelão, telha velha, palha seca e folha de madeira apodrecida. E assim o casebre vai se mantendo em pé, até que a ilusão do barro passe a não mais suportar a força do tempo.


Erguido no barro, na ripa e no cipó, o casebre tem o mesmo porte do seu morador: magro, carcomido, esquelético, entristecido, em tempo de desabar. E se afeiçoa muito mais: barro caído que vai mostrando costelas finas de ripas e cipós já carcomidos, tudo esfarelando. Não seria o mesmo sertanejo no seu sofrimento e na sua magrez de fome?

Um dia surgido num meio não muito diferente de sua feição, pois numa terra ressequida de tudo, de chão espinhento e pedra pontuda, ladeado por catingueiras nuas e tocos de pau. Talvez um retrato onde nada possa ser descartado de seu lugar: cor do casebre e cor da terra, secura no barro e secura na terra, gravetos e tufos de mato ao redor e um resto de nada por dentro. Tudo igual.

Desde que foi levantado, mesmo quando ainda novos o cipó, o barro e a ripa, já demonstrava possuir a mesma aparência de seu habitante: triste, desolado, sofrido. E a cada dia o aumento mais acentuado das cicatrizes, eis que o casebre reflete o instante de seu dono, transparece tanto a tristeza como a alegria, passa pela mesma necessidade e sente a mesma fé.

Afirma-se de seu morador, de seu habitante, mas podendo traduzir numa família inteira. Ali amanhecem e anoitecem o pai, a mãe, a mãe desta, e mais três filhos, sendo dois meninos e uma menina. E também a doença desconhecida, a enfermidade sem cura, a verminose, os males no barro caindo e os males por falta de remédio, de alimento, de água boa, de qualquer tipo de proteção.

Seis pessoas no aperto de um casebre de sala, cozinha e dois quartos. Talvez João, Maria, Zefinha, Sebastiana, Pedro, Tonho, Raimundo. Ou Maik, Mary, John, Louise, pois no sertão também se inventa coisas assim. E cada dependência não tendo mais que poucos metros. Como não há porta que separe uma dependência de outra, é como se toda a casa fosse da sala à cozinha.

Uma porta, apenas. Não há janelas à frente nem nas laterais. Uma porta de entrada e outra de cozinha, mas nenhuma com madeira, com tranca ou fechadura. Num tempo, o papelão, noutro tempo uma lona desgastada, e ainda noutro qualquer arrumação de madeirite. Por falta de móveis, sofás e utensílios modernos, a ventania entra, varre tudo e pouco encontrar para soprar.

À frente do casebre, na malhada antes da estrada que passa adiante, um velho umbuzeiro de copa larga, quase rastejando pelo chão, um carro de boi destroçado pela velhice, um tronco de pau que serve de tamborete e uma solidão melancólica. Talvez um jegue, uma galinha velha ciscando ao redor, um cachorro magro. E o sol de todo dia e a lua de toda noite. E só. Assim a vida, assim em vidas.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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ATAQUE DE LAMPIÃO À MOSSORÓ-RN 13 DE JUNHO DE 1927

https://www.youtube.com/watch?v=Ge-wsMy2j5Q

Conheça os detalhes desse ataque e seus locais.
Mais um vídeo com o selo de Aderbal Nogueira e Paulo Gastão.
VALE A PENA ASSISTIR.
Publicado em 6 de setembro de 2011
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https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/553748364834112/?notif_t=group_activity&notif_id=1478567239865323
Página: Voltaseca Volta

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ATAQUE DE LAMPIÃO A MOSSORÓ-RN 13 DE JUNHO DE 1927

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LOCAL DO SEGUNDO MAIOR COMBATE ENTRE AS FORÇAS VOLANTES DA BAHIA E CANGACEIROS DE LAMPIÃO

Por Sálvio Siqueira

No dia 6 de julho de 2015, nós, o doutor/ professor/pesquisador Gilmar Leite e eu, sentados na pedra de uma das pias, tanque, caldeirão, da Fazenda Maranduba. Local tido como palco do segundo maior combate entre as forças volantes da Bahia e de Pernambuco, e o bando de cangaceiros de Lampião. Quem realizou a captura, nessa oportunidade, foi nosso confrade Edinaldo Leite.

Segundo escritores em várias literaturas, as armas dos que combatiam esquentavam em demasia, devido o arrocho do embate, e eles usavam as águas desses 'tanques' naturais para resfriarem as mesmas.

https://www.facebook.com/groups/545584095605711/?fref=ts

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LANÇAMENTO DO LIVRO A PARAYBA NOS TEMPOS DO CANGAÇO


Hoje o escritor Ruberval Sousa fará o lançamento do seu livro "A Parayba nos Tempos do Cangaço" na Indústria do Conhecimento no SESI. Um livro que reúne em um só volume a história do cangaço no Estado da Paraíba. 


Não existe uma obra igual a esta na literatura do cangaço. É a história passada a limpo em uma resumo de fatos com rico teor histórico. De mais de mil obras sobre o tema já publicadas, desta vez, a Paraíba aparece em um trabalho feito com muito amor e carinho

Adquira logo o seu: 
Entre em contato com o professor Pereira através deste e-mail: 
franpelima@bol.com.br

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NOVO LIVRO DO ESCRITOR SABINO BASSETTI - LAMPIÃO O CANGAÇO E SEUS SEGREDOS


Através deste e-mail sabinobassetti@hotmail.com você irá adquirir o  mais recente trabalho do escritor e pesquisador do cangaço José Sabino Bassetti intitulado "Lampião - O Cangaço e seus Segredos".

O Livro custa apenas R$ 40,00 (Quarenta reais) com frente já incluído, e será enviado devidamente autografado pelo autor, para qualquer lugar do país.
Não perca tempo e não deixe para depois, pois saiba que livros sobre "Cangaço" são arrebatados pelos colecionadores, e você poderá ficar sem este. Adquira já o seu.

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"O PATRIARCA: CRISPIM PEREIRA DE ARAÚJO, IOIÔ MAROTO".


O livro "O Patriarca: Crispim Pereira de Araújo, Ioiô Maroto" de Venício Feitosa Neves será lançado em no próximo dia 4 de setembro as 20h durante o Encontro da Família Pereira em Serra Talhada.


A obra traz um conteúdo bem fundamentado de Genealogia da família Pereira do Pajeú e parte da família Feitosa dos Inhamuns.

Mas vem também, recheado de informações de Cangaço, Coronelismo, História local dos municípios de Serra Talhada, São José do Belmonte, São Francisco, Bom Nome, entre outros) e a tão badalada rixa entre Pereira e Carvalho, no vale do Pajeú.


O livro tem 710 páginas. Você já pode adquiri este lançamento com o Professor Pereira ao preço de R$ 85,00 (com frete incluso) 
Contato: franpelima@bol.com.br

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LAMPIÃO, O CANGACEIRO! NOVO LIVRO DE JOÃO DE SOUSA LIMA. (2ª TIRAGEM)


LAMPIÃO, O CANGACEIRO! Sua ligação com os coronéis baiano, Raso da Catarina e outras histórias.

Esse é o mais novo lançamento do historiador e escritor João de Sousa Lima que tem sua 2ª tiragem agora dia 29 de fevereiro de 2016.

O livro faz um breve relato sobre quem foi Lampião; Traça sua ligação com os dois mais famosos coronéis da Bahia, o coronel Petronilio de Alcântara Reis e o coronel João Sá; Nos remete as histórias acontecidas dentro do Raso da Catarina e cita várias histórias colhidas pelo autor e que foram vinculadas no blog: www.joaodesousalima.blogspot.com.

O livro tem 232 páginas e dezenas de fotografias incluindo muitas inéditas sobre o cangaço.

Está sendo lançado no valor de R$ 40,00 e pode ser adquirido diretamente com o autor;

O livro já com o frete para todo Brasil fica por R$ 45,00 e é só depositar na conta:

  João de Sousa Lima
Banco: Banco do Brasil
Agência: 0621-1
Conta Corrente: - 25293-X 

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RUÍNAS DA FAZENDA POÇO DO NEGRO, ÚLTIMA MORADA DOS FERREIRAS


Ruínas da fazenda Poço do Negro, próximo a Nazaré do Pico, última morada " dos Ferreiras " em Pernambuco. Saíram da Serra Vermelha em questão com Zé Saturnino, morando nessa casa, logo pegaram questão com os " Nazarenos ", que fizeram de tudo para não entrar em questão com Virgolino e os irmãos. Daí se mudaram para Alagoas, lá perderam os pais. E se debandaram definitivamente para a vida cangaceira.

ADENDO - http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Para quem ainda não sabe o pequeno texto fala na última morada dos Ferreiras, que é a de Virgolino Ferreira da Silva o afamado e sanguinário Lampião. 

Fonte: facebook
https://www.facebook.com/virgulinoferreira.ferreira.5?fref=ts

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LIVRO: O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO.


Serviço

“O Sertão Anárquico de Lampião” (de Luiz Serra, Outubro Edições, 385 páginas, Brasil, 2016)
Valor do livro: R$ 50,00 (Frete fixo: R$ 5,00)

Através do e-mail anarquicolampiao@gmail.com
Informações: Luiz Serra – (61) 99995-8402 luizserra@yahoo.com.br
Assessoria de imprensa: Leidiane Silveira – (61) 98212-9563leidisilveira@gmail.com
Fontes:

https://tokdehistoria.com.br/2016/08/17/na-capital-federal-lancamento-do-livro-o-sertao-anarquico-de-lampiao-de-luiz-serra/

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HISTÓRIA DA RESISTÊNCIA PARTE2

https://www.youtube.com/watch?v=QdFLPGIUcP0

Publicado em 25 de junho de 2012

Contamos um pouco sobre a história da Resistência do povo de Mossoró ao Bando de Lampião. Mossoró foi a única cidade que o bando de Lampião não conseguiu invadir.
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PRIVATIZAÇÃO DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO NORTE?

Por Maria do Socorro Cavalcanti

Como uma das primeiras professoras da URRN, atual UERN, que ao lado do primeiro Reitor, João Batista Cascudo Rodrigues e tantos outros abnegados nós entregamos à luta pela edificação dessa Universidade, lamento a descabida proposta de privatização da nossa UERN.

1º Reitor da URRN -  João Batista Cascudo

Quem assim pensa e deseja não tem a dimensão da sua grandiosidade, quanto custou, o que vale e representa e pode fazer pelo estudante pobre e rico, pela comunidade de Mossoró e de toda a Zona Oeste Potiguar.

Quem assim deseja não sabe o mal que pode advir, principalmente, aos que não dispõem de recursos financeiros para assegurar sua permanência e garantir a realização dos seus sonhos, como profissional, em favor de um futuro promissor para se, seus familiares e sua comunidade!

Atual Reitor da UERN - Pedro Fernandes Ribeiro Neto

Que haja por parte de todos, o honrado compromisso voltado para o caminho certeiro, o fortalecimento da nossa UERN, como uma unidade estadual para que ela continue operando progressivamente, em toda nossa região.

Maria do Socorro Cavalcanti
Ex professora de 3 unidades da URRN e Diretora da Faculdade de Serviço Social 

Fortaleza, 06 de novembro de 2016


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CORONEL DELMIRO GOUVEIA ....FILME COMPLETO.

Acervo Volta Seca
https://www.youtube.com/watch?v=ZMsyOSwK3zc

Em fins do século passado, Delmiro Gouveia, rico comerciante e exportador do Recife, capital do Estado de Pernambuco, Brasil, sofre perseguições políticas. Seu estilo arrojado e aventureiro lança contra ele muitos inimigos, inclusive o Governador do Estado que manda incendiar o grande mercado Derby, recém - construído por Delmiro Gouveia. Falido e perseguido pela polícia do Governador, Delmiro refugia-se no sertão, sob a proteção do Coronel Ulisses, levando consigo uma enteada do Governador. No sertão, ele recomeça sua atividade de exportador de couros e monta uma fábrica de linhas de costura, aproveitando a energia elétrica de uma usina que constrói na cachoeira de Paulo Afonso e o algodão herbáceo nativo da região. A Grande Guerra de 1914, impedindo a chegada dos produtos ingleses à América do Sul, garante a Delmiro a conquista desse mercado, sobretudo brasileiro. Os ingleses da Machine Cottons, ex-senhores absolutos do mercado, enviam emissários para negociar a situação assim criada. Delmiro nega-se a vender ou associar-se. É assassinado em 10 de outubro de 1917. Alguns anos mais tarde, 1929, a fábrica é adquirida pelos ingleses, destruída e lançada nas águas da Cahoeira Paulo Afonso. (Press-release)

Prêmios Melhor Roteiro e Melhor Trilha Sonora no Festival de Brasília, 11, 1978, Brasília - DF. Grande Prêmio Coral no Festival de Havana, 1979 - CU.. Prêmio São Saruê - Federação de Cineclubes do Estado do Rio de Janeiro, 1979. Melhor Diretor - Troféu Golfinho de Ouro, 1979 - Governo do Estado do Rio de Janeiro.

Elenco:
Falco, Rubens de (Coronel Delmiro Gouveia)

Parente, Nildo (Lionello Lona)
Soares, Jofre (Coronel Ulisses Luna)
Berdichevsky, Sura (Eulina)
Dumont, José (Zé Pó)
Graça, Magalhães (Gal. Dantas Barreto)
Sena, Conceição (Mulher de Zé Pó)
Freire, Álvaro (Tenente Isidoro)
Déda, Harildo (Coronel Zé Rodrigues)
Adélia, Maria (Dona Augusta)
Bourke, Denis (Mister Hallam)
Alves, Maria (Jove)
Almeida, Henrique (Oswaldo)
Gama, João (Chefe da estação)
Wilson, Carlos
Ribeiro, Sue
Guerra, Hélio (Sertanejo)

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/?fref=ts

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