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terça-feira, 13 de novembro de 2012

O cangaceiro Corisco e o lobisomem

Por: Francisco Carlos Jorge de Oliveira
Corisco
Caro leitor:

Em um vale castigado ao extremo pela cruel estiagem que castigava o sertão baiano, num ranchinho escondido ao lado de um quase escasso olho d'água, morava um velho vaqueiro solitário, que atendia pela alcunha de "Zezim Pebão".

Ninguém sabia o seu nome e todos o consideravam como o maior vaqueiro da região, pois seus aboios ecoavam nas caatingas e eram ouvidos à léguas de distância, e segundo os moradores do lugar, este homem perdera sua mulher em uma noite bem escura, quando juntos caçavam tatu, e ela foi picada por uma urutu cruzeira, serpente perigosíssima, a mais peçonhenta das jararacas.

Dizem que ele chorou e sofreu bastante com a perda da companheira, e logo após enterrá-la no cemitério da cidade, ele sumiu montado em seu cavalo ruano e ninguém mais ouviu falar dele.

Alguns caçadores dizem que quando se perdiam durante a noite, sua cantiga os conduziam ao rumo certo. Na quaresma de Março do ano de 1932, o cangaceiro 

Corisco e Dadá

Cristino Gomes da Silva Cleto o "Corisco", junto de Dadá, sua companheira, que na ocasião encontrava-se grávida, deixaram o bando de Lampião e em trajes comuns, atravessaram o sertão pernambucano, penetrando na inóspita região do Raso da Catarina, com destino á cidade de Salgado do Melão, no Estado baiano.

Corisco estava montado em um vistoso e ligeiro cavalo alazão, e a montaria de Dadá era uma mansa e linda mula de pelagem rosilha. 

Eles cavalgavam atentos, e com todo o cuidado, pois o estado de Dadá era totalmente delicado. Foi então que em um lugar longínquo, na região próxima ao Brejo do Burgo, ao cair à tarde, cansados da viagem, Corisco escolheu um recanto seguro, entre umas rochas rodeadas de mandacarus, e sob a sombra de um frondoso pé de jatobá, ali, ele apeou-se e ajudando Dadá a descer da mula, forrou uma coberta sobre a vegetação rasteira, acomodando carinhosamente seu cônjuge. E pegando as cabaças repletas de água, após saciarem a sede, deram água também aos animais, desarreando-os, deixando-os que pastassem amarrados ali perto deles.


Corisco e seus Cães

Corisco tinha uma cadela preta e branca, mestiça, da raça perdigueira, que gostava mais dele do que a própria Dadá, e era ela quem fazia a guarda deles. 

Corisco desembainhou seu facão collins c.o, e foi mais adiante cortar alguns galhos para fazer uma fogueira onde passariam a noite, e quando vinha vindo com o feixe de lenha nas costas, avistou uma cotia, que assustada, cruzou correndo sua frente. 

Corisco fez jus ao nome, e ágil como um raio, disparou um tiro com seu fuzil mauser cal.7 m., vindo a atingir o ouvido do pequeno roedor. 

O jantar já estava garantido. Após comerem, Corisco improvisando um leito e agasalhando sua companheira de maneira cômoda, acariciou seus cabelos, fazendo com que sua amada dormisse tranquila e aconchegante.

Corisco perdera o sono. Sentou-se em uma pedra ali ao lado, fez um cigarro de palha, e ficou observando a lua cheia, que morosamente surgia entre os mandacarus, parecia pressentir o que estava por vir. 

Corisco pensava em chegar logo até Salgado do Melão, pois Dadá estava próxima a entrar em trabalhos de parto, e isto lhe preocupava muito. Mas de repente sua cadela levantou-se e ficou de orelhas em pé.

O Diabo Loiro que não temia nada, vendo algum perigo ali rondar, de imediato acordou Dadá, deixando-a preparada para enfrentar o perigo oculto nas sombras da noite.

A cadela rosnou e ficou ao lado de Dadá. Os cavalos começaram a se agitar, um grunhido estranho e aterrorizante se ouviu à frente. E quando Dadá lumiou com um tição em chamas, pode-se ver de fronte a Corisco, a figura horripilante de um lobisomem.

A besta fera era bem maior que Corisco. Tinha orelhas grandes e eretas. Seus olhos eram vermelhos flamejantes, igual a duas jóias vindas do inferno. Dentro da bocarra espumante havia enormes dentes caninos e pontiagudos, entre eles escorria uma baba fétida, sórdida e gosmenta. As patas superiores apresentavam descomunais garras afiadíssimas e a pelagem negra, ajudavam-no a se ocultar dentro da escuridão da noite.

Corisco que já se encontrava de arma na mão, manobrou seu fuzil e efetuou três disparos em direção do monstro. Mas para sua surpresa, as balas só amorteciam no pelo dele e caiam fumegantes no chão. Corisco nem gastou mais munição. Puxou de seu punhal de prata e ficou na defensiva. O demônio saltou sobre o Diabo Loiro que se atracaram em uma luta mortal sobre a relva molhada de sereno. Num lapso, o punhal escapa das mãos do cangaceiro e caindo, se perde em meio a vegetação rasteira. Nisso, a fera agarra em seu pescoço e vai apertando gradativamente para matá-lo enforcado. 

O valente cangaceiro se esforça inutilmente, e quando vê os seus olhos já sendo coberto pelo véu cinzento da morte, numa derradeira tentativa ele passa a mão sobre a grama achando seu punhal de prata. E assim segurando-o com firmeza, reunindo as últimas energias do seu corpo, o Diabo Loiro serra os dentes e desfere um fatídico golpe que atinge violentamente o sovaco do lobisomem, causando-lhe uma lesão profunda e mortal. A besta solta um urro ensurdecedor, larga o cangaceiro e sai correndo e sangrando caatinga adentro, até desaparecer na escuridão da noite. 

Corisco segurando o punhal manchado pelo sangue da fera vai cambaleando até Dadá, que o abraça e banha com água sua cabeça para ajudá-lo a se recuperar mais rápido, e assim ambos adormecem. 

No alvorecer do dia seguinte Corisco assopra e ateia os tições quase extintos da fogueira, e faz um café. Após quebrar o jejum corisco deixa Dadá em um lugar seguro, e vai campear suas cavalgaduras, e caminhando por alguns minutos, ele localiza os animais a uns oitocentos metros do seu acampamento.

Corisco ao se aproximar, avista um ranchinho ao lado de um pé de aroeira, e  quando chega mais perto, vê pelas frestas de madeira um  velho deitado numa tarimba, gemendo de dor. Corisco pega seu parabelliun 9 m. e vai pra bem perto do cabra,  pergunta:

- Ei! môço, o quê ta se sucedendo com o sinhô?

E o moribundo responde:

- Ai!aaai! eu fui cortá lenha nu mato i trupiquei num cipó i na queda cai com u subacu im cima duma ferpa di pau, ai!ai! óia moço, pega sua muiê e suma daqui antes di iscurecê antis da lua saí.

Corisco perguntou novamente:

- Diga então veio, pelo menu seu nome?

E ele respondeu:

- É "Zezim Pebão".  Agora fais o que tô mandandu. Si arranca daqui cabra da mulestra!

Sem desconfiar de nada o cangaceiro pegou seus animais e se foi. Chegando ao acampamento Corisco arriou os animais e partiu rumo ao lugarejo chamado Salgado do Melão, e assim quase turvando o casal, chegou na supracitada cidade,

Corisco levou Dadá para casa e deixou a companheira aos cuidados dos parentes. E foi até uma venda comprar o que precisava, e lá, bebendo umas pingas e proseando com o povo ele perguntou:

 Arguém di oceis cunhece um tar "Zezim Pebão"?

Dai um sertanejo por nome Zé Osmídio respondeu que sim, e contou toda a verdade a Corisco, que cismado e surpreso, foi para junto de Dadá. No outro dia já estava viajando de volta para Pernambuco, com destino ao coito de seu compadre Lampião.

Pois é amigos, este é mais um fantástico caso do cangaço e de cangaceiros.

 Se é verídico cabe a você analisar.

Francisco Carlos Jorge de oliveira é da policia militar paranaense, e mais uma vez vem postar sua interessante história do cangaço neste blog.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

RENASCENÇA

(Celso da Silveira - Onildo Almeida)
Gonzaguinha e Gozagão

Sr(a)s da REVIVENDO, boa tarde.

Gostaríamos que a gravadora fizesse uma correção, por questão de direito, com relação a música RENASCENÇA, gravada no C- 9914 LUIZ GONZAGA Vol. 4 - RVCD 252, pois a mesma é uma parceria do Onildo Almeida (música) com letra do poeta e escritor potiguar Celso da Silveira; a mesma foi gravada por Luiz Gonzaga apenas em estúdio 
e saiu por este selo em cd.

Agradecemos a compreensão.
Kydelmir Dantas


(autor do livro LUIZ GONZAGA E O RIO GRANDE DO NORTE, 2012). 
(See attached file: Luiz Gonzaga e o RN_Kydelmir Dantas.jpg)

Mossoró-RN.

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Vem aí "O Cangaço em Itabaiana Grande"

 Por: Robério Santos

O meu quarto livro, "O Cangaço em Itabaiana Grande" está praticamente pronto para ser lançado ainda este ano. Teremos em torno de 350 páginas de pesquisa sobre a relação deste fenômeno com a cidade que amo e moro (Itabaiana-SE).

Muitas histórias, fotografias inéditas e descobertas. De brinde fiquem com um desenho de Volta Seca feito por Napoleon Potyguara Lazzarotto, conhecido simplesmente como Poty (Curitiba, 29 de março de 1924 — Curitiba, 8 de maio de 1998) que ilustra uma edição de 1982 de Capitães da Areia do mestre Jorge Amado que imortalizou o cangaceiro Criança. Se quiserem fazer alguma pergunta esta é a hora!

Robério Santos
cangaceirólogos/facebook

Faça uma visitinha ao blog "Fatos e Fotos" http://sednemmendes.blogspot.com, para você ler as crônicas e poesias dos escritores: Rangel Alves da Costa e Clerisvaldo B. Chagas.

Corisco - o Diabo Loiro


Corisco foi companheiro de Lampião por muito tempo. Separou-se de Lampião para formar seu bando. Dizia para Lampião que seu bando jamais importunaria o seu, e se preciso fosse lutaria ao lado de seu bando. 

Uma semana depois do massacre do bando de Lampião,Corisco (o diabo loiro) desfechou ataques fulminantes sobre cidades a margem do Rio São Francisco, como vingança da morte de seu amigo. 

Jurou matar todas as pessoas de sobrenome Bezerra. Enviou algumas cabeças cortadas ao prefeito do povoado de Piranhas, com um bilhete: 

"Se o negócio é cabeças, aí vai  em quantidade". 

Corisco, o Diabo Loiro foi assassinado pela volante do tenente Zé Rufino, no dia 25 de Maio de 1940. Com a morte do cangaceiro o cangaço foi enterrado com ele.

http://mariolopomo.zip.net

Lampião Contra o Mata Sete


Autor: Archimedes Marques

Preço: R$ 50,00
BANCO DO BRASIL
Agência: 3088-0
Conta: 33384.0
Em nome de Elane Lima
Marques (Minha esposa).
E-mail
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