Eu de tanto ouvir
falar
Dos danos que a fome faz,
Um dia eu sai atrás
Da casa que ela mora.
Passei mais de uma hora
Rodando numa favela
Por gueto, beco e viela,
Mas voltei desanimado,
Aborrecido e cansado.
Sem ter visto o rosto dela.
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terça-feira, 16 de maio de 2023
POESIA DO GRANDE POETA ANTÔNIO FRANCISCO DE MOSSORÓ- A CASA QUE A FOME MORA
MÃE SANTA!
Por Hélio Xaxá
MÃE É UM GRÃO QUE PRODUZ...
O VERDADEIRO ASSASSINO DE LAMPIÃO E OUTRAS DESCOBERTAS
Uma das maiores autoridades em assuntos de cangaço, o historiador Frederico Pernambucano de Mello foi pego de surpresa ao ouvir a voz grave no telefone: “Frederico, há muito tempo que você tenta falar comigo. Estou indo a Pedra Velha, em Delmiro Gouveia [Alagoas], me despedir da família. Estarei à disposição. Tenho fatos que nunca contei a ninguém e que não quero levar para o túmulo”. Era dezembro de 2003. O historiador foi ao encontro do sujeito em Pedra Velha e gravou horas e horas de entrevista. No mês seguinte o sujeito morre. Havia sido diagnosticado com aneurisma inoperável. Seu nome é Sebastião Vieira Sandes, o verdadeiro assassino de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião.
“Lampião não morreu em combate. E quem atirou nele não foi o Honorato, como
divulgaram os jornais da época. Foi o Sandes, com apenas um tiro que acertou a
região umbilical. Depois desse disparo que o confronto de 20 minutos entre os
cangaceiros e a Força Volante de Alagoas começa”, conta Frederico em entrevista
ao VIVER. “Quem também corta a cabeça de Lampião é o Sandes. Ele encontra o
corpo com as vísceras de fora. A bala triscou o punhal da cintura e rasgou o
abdômen de Lampião. Com base no relato do Sandes fui atrás de um perito que
analisou o punhal de Lampião e pudemos comprovar as informações”.
Frederico é o autor de “Apagando Lampião - Vida e Morte do Rei do Cangaço”
(Global Editora), biografia lançada no início de dezembro, 80 anos depois da
morte de Virgulino. A obra, que renova a historiografia do cangaço ao desatar
vários nós da trajetória daquele que é um dos personagens mais emblemáticos da
história do país, já caminha para uma segunda tiragem, o que demonstra que o
tema ainda desperta a curiosidade da população.
Em sua pesquisa que durou décadas, Frederico reuniu raro material de documentos
escritos, fotos inéditas e entrevistas orais, tudo para trazer detalhes,
resgatar personagens até então pouco abordados, comprovar fatos, contextualizar
situações. Segundo o autor, a biografia não propôs a reproduzir o que já foi
dito. Nesse caso, o livro inova em quatro questões: a origem da intriga da
família de Lampião com a de Saturnino Pereira, a fuga para Bahia, a ida para
Minas Gerais e as circunstâncias da morte de Virgulino.
“O cangaço é a mitologia mais forte que o Brasil possui. Tem uma base real,
concreta, e é recente, está quase ao alcance da mão. É das manifestações que
forma uma cultura, com dança, vestimenta, técnicas de batalha. Tem a força do
faroeste americano”, comenta o historiador, autor, dentre outros livros, de
“Guerreiros do Sol - violência e banditismo no Nordeste do Brasil”, “Estrelas
de couro - a estética do cangaço” e “A guerra total de Canudos”.
Sobre o Sebastião Vieira Sandes, personagem dessa história, Frederico o
descreve como uma figura curiosa. “Coiteiro, ficou muito próximo de Lampião e
Maria Bonita, que o tinham quase como afilhado e o chamavam de ‘Galeguinho’.
Mas em 1937 ele acabou preso. Normalmente os coiteiros capturados acabavam
mortos. Mas um fazendeiro interviu na situação. Para continuar vivo, Sandes se
viu obrigado a ajudar a Força Volante. Foi amarrado com a tropa até onde o bando
estava escondido. E chegando lá, recebeu a ordem para atirar.”
Nesta entrevista, o autor detalha a construção dessa história:
Por que a identidade do verdadeiro assassino levou tanto tempo para ser revelada?
Sandes tinha 22 anos quando matou Lampião. Ouviu o conselho dos mais
experientes de não cair na besteira de dizer que foi ele e assim ficou calado.
Se sabia que haveria vingança. O Honorato, que afirmou para os jornais que de
fato foi ele o autor do disparo em Lampião, depois acabou morto, em 1962. Então
o Sandes preferiu se preservar. Nas minhas entrevistas com coronéis, coiteiros,
cheguei a informação de que talvez o Honorato não tenha sido o autor do
disparo. Descobrir que além do Honorato tinham outros homens na função de
guarda-costas do aspirante Francisco Ferreira de Melo. Soube do paradeiro do
Sebastião em 1978, em Maceió. Tentei vários anos uma conversa com ele. Mas os
parentes sempre diziam que ele não quer falar sobre o assunto, porque era
sobrinho da baronesa de Água Branca e que era por isso era melhor ter esquecido
a história do cangaço. Depois Sandes foi pra São Paulo. Tentei novamente falar
com ele. O que me disseram é que ela mandou avisar que se um dia vier a tocar
no assunto, eu seria a pessoa a quem ele revelaria tudo que sabe. Em 2003 veio
o telefonema.
Que outra novidade o livro apresenta sobre a história de Lampião?
A relação de Lampião com Minas Gerais. Lampião era profundamente cerebral. Não
andava à toa. investiga seus percursos, cheguei a fatos de Minas. Passei um mês
lá ouvindo pessoas de muita idade. Descobri o motivo de sua ida a Minas. Um
coronel que havia perdido o poder para outra família, estava querendo recuperar
o prestígio, então entrou em contato com Lampião. Atraiu ele pra cidade para
desgastar seu oponente político. Ia fechar os olhos para as atrocidades do
bando. E Lampião estava interessado no ouro. Ele queria conseguir mais
armamentos.
Como o bando de Lampião conseguiu durar tanto tempo?
O bando de Lampião movimentou muito dinheiro. Tinha ouro até na coleira dos
cachorros. Era uma figura muito inteligente, estratégica, política, desenvolveu
técnicas de ataque. A gente brinca que o Lampião criou o Cangaço S.A. Existiam
pelo nordeste 10 subgrupos subordinados a Lampião, mas com relativa autonomia.
Era o que podemos chamar de franquias.
A que se deve o surgimento do cangaço?
O cangaço nasceu com a colonização. A origem do cangaço está nos levantes
indígenas, nos quilombos e nas revoltas sociais, como Canudos. O cangaço é
irmão desses três levantes, mas com arma na mão. Infelizmente o tema sempre foi
pouco explorado pela academia. Quando comecei a pesquisar o cangaço os
professores consideravam um tema de página policial. Enquanto isso, entre 1951
e 1958, Portinari pintava sua famosa série “Cangaceiros”. Essas pinturas estão
espalhadas pelo mundo. Pra você ter ideia, o filme mais premiado fora do Brasil
é o “Cangaceiros”, de 1963, do Lima Barreto. O tema foi muito discutido na
Europa, foi interpretado de modo ideologizado Aparece no filme “Deus e o Diabo
na Terra do Som”, de Glauber Rocha. Aparece também na literatura, em livros de
José Lins do Rêgo, Graciliano Ramos, Jorge Amado e Rachel de Queiroz.
Coloborou Cinthia Lopes (editora do Viver).
http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/o-verdadeiro-assassino-de-lampia-o-e-outras-descobertas/434014
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A MORTE DE LAMPIÃO DISSECADA POR FREDERICO PERNAMBUCANO DE MELLO
Em 'Apagando o Lampião', o historiador traz dados novos sobre quem teria matado o mais famoso cangaceiro
Em alguns de
seus campos, a história pode se parecer bastante com uma investigação. Desde
1970, o historiador Frederico Pernambucano de Mello tentava arranjar meios de
averiguar uma informação que tinha chegado até ele – a de que Antônio Honorato
da Silva, o Honoratinho, não era o verdadeiro responsável por matar o
cangaceiro Lampião durante um tiroteio em 1938. O autor do disparo fatal,
segundo testemunhas, teria sido um outro guarda-costa do aspirante Francisco
Ferreira da Silva, que teria ficado oculto. Então, a partir de 1978, Frederico
começou a tentar entrevistar um companheiro dele, Sebastião Vieira Sandes, o
Santo, que se recusava a falar sobre o assunto.
Quando
visitava Alagoas, o historiador deixava sempre um recado, com esperança de uma
resposta. O máximo que recebeu, através de um parente de Sandes, foi uma recusa
educada e uma garantia de que, se um dia o ex-soldado aceitasse falar sobre o
assunto, o procuraria. Esse dia só veio 25 anos depois, quando Frederico já
quase não alimentava expectativas. A paciência, ainda mais na história, é muita
vezes recompensadora, e a conversa com Sandes gerou uma das principais
revelações do novo livro do autor, Apagando o Lampião: Vida e Morte do Rei do
Cangaço (Global), que vai ser apresentado na próxima segunda (26), com uma
palestra, às 15h, e o lançamento do livro, às 17h, na Academia Pernambucana de
Letras.
Uma das principais autoridades no cangaço no Brasil, Frederico é autor de títulos como Guerreiros do Sol e A Estética do Cangaço. Em Apagando o Lampião, o foco é na morte do principal líder do banditismo no Nordeste, que, na prática, começou a decretar o fim definitivo do cangaço na região. Mais do que analisar e narrar o assassinato de Virgulino Ferreira da Silva, o historiador traz novas hipóteses e dados, defendendo que foi outro o autor do disparo fatal que vitimou o companheiro de Maria Bonita.
Quando recebeu
uma ligação de São Paulo, em 2003, com um homem com voz grossa dizendo que se
chamava Sebastião Vieira Sandes, Frederico tinha a certeza que se tratava de um
trote feito por um amigo que conhecia a sua busca. Não era. “Ele dizia que
tinha um aneurisma inoperável, que ia para Alagoas se despedir de parte da sua
família e que estava finalmente disponível para falar. Fui encontrá-lo e gravei
com ele de 8 a 12 de dezembro”, conta o autor.
Na conversa,
Sandes confirmou que, quando tinha 22 anos, foi o responsável por desferir o
tiro que matou Lampião. Não assumiu a responsabilidade por ordem de seu
superior, que sabia dos amigos poderosos do cangaceiro e do risco de vinganças
e não queria um rapaz novo na mira de assassinos. O temor era real:
Honoratinho, que assumiu o feito e chegou a dar entrevistas anos depois sobre o
assunto, terminou assassinado em 1968 quando saía de casa.
Se a conversa
com Sandes aconteceu em 2003, porque o livro só é publicado agora? Frederico
explica: “Sou um historiador muito cauteloso. Tiro até o relógio para
trabalhar, porque não gosto da pressão do tempo. Tento investigar tudo. Para o
historiador, como para a polícia, a confissão não é tudo. Esperei para escrever
porque fui atrás de outros elementos – só concluí o livro quando pude
escrevê-lo com toda segurança”, afirma o autor.
Um dos
elementos foi uma perícia balística. Segundo o relato de Honoratinho, o tiro
que matou Lampião teria vindo de baixo para cima. No testemunho de Sandes,
colhido por Frederico, o disparo havia sido feito no sentido oposto,
descendente. Para comparar as versões, o historiador mandou as fotos do punhal
do cangaceiro, que foi atingido pelo tiro, para o perito Eduardo Makoto Sato,
da Polícia Federal. “Ele aplicou o escaner digital que eles têm e chegou à
conclusão que o tiro foi dado em sentido descendente entre 30 e 38 graus de
inclinação”, revela. A avaliação ajudava a comprovar o relato de Sandes.
Outros
elementos também foram investigados, ajudando Frederico a formar sua convicção
de que a narrativa do guarda-costa mais novo. O historiador conta que, desde a
publicação do livro, surgiram alguns textos que discordam da sua conclusão.
“Mas não houve uma confrontação direta dos dados, porque o estudo é muito
denso”, pondera. “O trabalho do historiador não difere muito do de um delegado
de polícia: se há algo incoerente, você não avança. Avancei porque não havia.
Se alguém quiser impugnar mais adiante, será preciso apresentar também fatos.”
INÍCIO E FIM
Apagando o
Lampião também traz outros avanços relevantes para quem estuda o cangaço.
Frederico aborda, por exemplo, o fato que teria levado Lampião a abraçar o
banditismo, também alvo de controvérsia. “Em 1970, eu gravei em Serra Talhada
com o indivíduo que era declarado por Lampião como seu maior inimigo, José
Saturnino. Eu tive que me cercar de pessoas conhecidas dele, porque ele já
havia mandado muitos pesquisadores voltarem. Ele me revelou que foi a partir do
seu primeiro conflito com Lampião e os irmãos que a aventura de Virgulino com o
cangaço começou. O irmão saiu baleado nas nádegas do encontro. Outros
pesquisadores apontam outros fatos inaugurais que levaram Lampião para esse
caminho, mas as versões não coincidem com o relato de Saturnino”, indica.
O livro também
revela ainda mais sobre a relação de Lampião com o estado e os poderosos. “A
razão, secreta até hoje, para a ida de Lampião para a Bahia, atravessando o São
Francisco, foi um acordo feito com a polícia pernambucana através de um primo
legítimo seu”, aponta Frederico. Chefe de polícia local, Eurico de Souza Leão
mandou pelo parente do cangaceiro o recado para que ele se rendesse ou
atravessasse a fronteira e não voltasse. Após uma derrota mais grave em
Mossoró, Lampião resolveu ganhar uma sobrevida no banditismo partindo para
Bahia em 1928, levando todo dinheiro e ouro que acumulou ao longo de anos.
Outro dado que o livro – também recheado da poesia popular e da cantoria, fonte importante sobre os eventos do período – atesta é o plano de Virgulino de partir para Minas Gerais. O projeto, não realizado, havia surgido de um convite de Farnese Dias Maciel, irmão do então governador do estado, que queria que o cangaceiro combatesse a família Borges, sua inimiga. “Ao morrer, ele morre sonhando com Minas Gerais”, conta Frederico.
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BAIXA DO JUÁ LOCALIZADA NO SÍTIO TENÓRIO NO MUNICÍPIO PERNAMBUCANO DE FLORES.
Por Geraldo Júnior
Nas
proximidades desse local Lampião sofreu uma de suas maiores derrotas de sua
história, afinal foi onde perdeu seu irmão Livino Ferreira o vulgo Vassoura e
teve seu olho direito, que anteriormente era acometido por um leucoma,
perfurado por um fragmento de um quipá (Espécie de palma), que ao ser atingido
por um tiro estilhaçou e acertou o olho do chefe maior do cangaço. Segundo
consta o tiro que acertou o quipá teria sido disparado pelo Nazareno David
Jurubeba da Força Volante de Nazaré (Floresta/PE). Fato ocorrido em 1925.
Antigos
moradores da região afirmam que o corpo de Livino Ferreira, sem a cabeça, está
sepultado embaixo desse antigo Juazeiro que aparece nas fotografias. Lembrando
que a cabeça de Livino Ferreira foi decepada e levada pelos cangaceiros a mando
de Lampião para ser sepultada em outro local e dificultar para os Volantes o reconhecimento
e o escárnio do corpo do irmão pelos soldados.
Me
acompanharam nessa pesquisa campal os amigos Luiz Ferraz Filho (Serra
Talhada/PE), Fabiano Ferreira e mestre João José Da Cruz Neto Cruz (Flores/PE)
e o nosso anfitrião e guia Luiz Polícia morador do Sítio Tenório. Da esquerda
para a direita: Mestre João
José Da Cruz Neto Cruz, Luiz Policia, eu e Fabiano Ferreira da Silva.
Registrando a imagem está o assecla Luiz Ferraz.
A todos deixo
o meu agradecimento.
Geraldo
Antônio De Souza Júnior
https://www.facebook.com/groups/179428208932798/user/100049853542052/
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"ESTEJE PRESO, VIRGOLINO!"
Por Geraldo Antônio de Souza Júnior
Tenho certeza
de que muitos oficiais disseram essa frase ao dar de cara com Lampião ao se
depararem com ele e com seus comandados nas quebradas dos sertões do Nordeste.
Fato é que nenhum conseguiu colocar as mãos ou capturá-lo com vida para levá-lo
preso. Tendo Virgolino terminado seus dias de vida através das balas (Projéteis)
que tanto utilizou contra seus inimigos e vítimas durante sua tenebrosa
carreira no cangaço, tendo sido atingido quando se encontrava em pé e dando
ordens aos seus cabras na fatídica manhã de 28 de julho de 1938 na Grota do
Angico (Sergipe). Até o dia de sua morte foram mais de vinte anos espalhando a
insegurança e o terror às populações de sete estados do Nordeste, tendo ficado
livres de sua atuação apenas os estados do Piauí e Maranhão, para a sorte de
suas populações.
As fotografias
que ilustram essa matéria foram registradas durante visita (Pesquisa de campo)
realizada no Sítio Passagem das Pedras no município pernambucano de Serra
Talhada, terras onde nasceu aquele que se tornaria anos mais tarde o rei do
cangaço nordestino e que escreveria o seu nome na história cangaceira e
nordestina como o mais brutal e sanguinário cangaceiro de todo o ciclo do
cangaço. Essa é a verdade.
A respeito do
local exato de nascimento existem duas versões. Alguns apontam que Virgolino
Ferreira teria nascido na casa da avó Jacoza Vieira da Soledade, cuja réplica
da casa se encontra ao fundo das imagens, que fica no município de Serra
Talhada, enquanto outros apontam como local de nascimento a casa dos pais de
Virgolino que ficava do outro lado do Riacho São Domingos em área pertencente
ao município de Floresta, ambos municípios pernambucanos. Independente dessa
questão o fato é que foi nessas terras que Virgolino e seus irmãos Antônio e
Livino Ferreira cresceram e deram os primeiros passos rumo ao cangaço, de onde
jamais sairiam com vida.
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ANANIAS DE OLIVEIRA, IRMÃO DE MARIA BONITA OU FILHO??
Por Francimary Oliveira
Pesquisa histórica
A dúvida sobre a real identidade de Ananias foi relatada em um livro pelo pesquisador e historiador João de Souza Lima, de Paulo Afonso (BA). Na publicação, ele cita que Ananias e Arlindo eram fisicamente diferentes.
O historiador
Antônio Amaury Correia também descobriu o relato feito pelo major reformado do
Exército, José Mutti, no livro “Reminiscências de um ex-combatente de Volante”.
O militar diz, na publicação, que a mãe da Maria Bonita, Dona Déa, lhe havia
confidenciado que Ananias era filho de Lampião.
A busca pela
identidade de Ananias foi registrada no documentário "Sangue de
Cangaceiro", que está em fase de edição e finalização pela Ludo Filmes.
Fonte: G1
https://www.facebook.com/photo?fbid=756255316046246&set=gm.2191326747742924&idorvanity=179428208932798
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ZÉ GATO: DIZEM QUE ELE TINHA ESSE NOME PÔR TER SIDO CAÇADOR DE GATO DO MATO .
O COLÉGIO ESTADUAL
Clerisvaldo B. Chagas, 15 de maio de 2023
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.884
O riacho
Camoxinga, há milhares de ano entulhou as imediações da sua foz, recuou o seu
leito procurando novo caminho para chegar e despejar no rio Ipanema. Escorre
atualmente por trás do casario das ruas, Prof. Aloísio Ernande Brandão e Gilmar
Pereira de Queiroz, novo roteiro para chegar ao desaguadouro. Na área
entulhada, foi implantada a sede da fazenda do antigo intendente, Frederico
Rocha. O exército comprou a área e construiu ali o seu quartel. Meses depois, a
unidade foi embora, deixando o enorme prédio ocioso. O prédio foi aproveitado
para a implantação da primeira escola pública com Curso Médio, em Santana,
recebendo o nome de Colégio Estadual Deraldo Campos. Depois foram construídas
mais duas grandes escolas na mesma área entulhada do riacho Camoxinga,
abandonada pelo exército.
Em uma
chuvarada, caiu parte do muro de trás que cercava a área das três escolas. Anos
e anos se passaram com o enorme rombo da murada. Pois bem, com uma grande
investida do riacho Camoxinga no início do ano, as águas invadiram tudo e mais
extensões da murada foram abaixo. Não faz tanto tempo do alerta que demos aqui
sobre esse tema. Agora o estado está recuperando a murada que segundo
informações de professores, será uma recuperação total. Pude sim, apreciar o
bom trabalho que está sendo realizado, diferente de murada “meia-sola”
acontecida numa outra unidade cujo trabalho foi feito por empreiteira. Mas isso
já passou e a escola do estado voltou a ser municipal. Tudo isso para não perdermos
o fio da meada.
Ficamos
felizes pela recuperação da murada completa do Complexo Educacional do estado
em Santana do Ipanema. Boa proteção ao patrimônio público físico e a
integridade dos que fazem educação nos três colégios. E por falar nisso,
estaremos no próximo dia 18 ministrando palestra na Escola Estadual Prof.
Mileno Ferreira da Silva, onde parte da história de Santana será contada com
testemunho de fotos de época. Atualmente a unidade encontra-se sob a
direção do professor e escritor Fábio Campos.
Velha estrada
do Estadual! Caminho dos primeiros povoadores da serra do Poço. Lugar de
produção das frutas doces e de qualidade como a laranja, a jaca, a banana e
ainda o feijão e café andu.
Serra do Poço, serra do Poço, onde foram parar os seus pomares?!
CASA DE SEU ANTÔNIO DA PIÇARRA, QUE FOI COITEIRO DE LAMPIÃO.
Por José Cícero Silva
O roteiro da
nossa viagem para Paulo Afonso começou por aqui: Casa de Seu Antonio da
Piçarra, com Zé Cicero, Escritor Jack de Whit e Vilson Santana (neto de Antonio
da Piçarra), nesta casa Lampião descansou muitas vezes com o seu bando.
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