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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

LIVRO - A OUTRA FACE DO CANGAÇO - VIDA E MORTE DE UM PRAÇA


Autor: Antonio Vilela de Souza



PARA AQUISIÇÃO DO EXCELENTE LIVRO:

A presente obra custa R$ 20,00 (Vinte reais) + frete a consultar. Tem 102 páginas, fotos inéditas e está sendo comercializado exclusivamente pelo autor

Via e-mail:

incrivelmundo@hotmail.com
ou telefones: (87) 3763 - 5947 / 8811 - 1499/ 9944 - 8888 (Tim)

Ivanildo Alves da Silveira
Natal-Rn

http://blogdomendesemendes.blogspot.com 

LAMPIÃO CONTRA O MATA SETE


Autor: Archimedes Marques


Preço: R$ 50,00
BANCO DO BRASIL
Agência: 3088-0
Conta: 33384.0

Em nome de Elane Lima
Marques (Minha esposa).
E-mail

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Relançado um clássico da HQ


Aventuras no cangaço n.1 traz de volta antigo personagem de Gedeone Malagola

A cooperativa de Quadrinhos Júpiter II tem como uma de suas propostas resgatar estilos e personagens das Histórias-em-Quadrinhos do passado, alegrando os velhos fãs e apresentando o personagem a jovens e novos leitores, tornando-o mais conhecido – ou menos desconhecido – do público brasileiro. 

 

Por isso este lançamento que relembra uma temática muito corriqueira no passado: na literatura, no cinema, nas HQs, as histórias tendo o cangaço como pano de fundo, histórias por vezes realistas, por vezes aventurescas – não que ainda não seja um tema apreciado por muitos artistas e historiadores, mas muito menos do que era nas décadas passadas.


Aventuras No Cangaço n.1 (no formato 21 cm x 15 cm, capa couchê colorida – autoria de Edu Manzano – com 24 páginas preto & branco) começa mostrando em seu primeiro número um personagem criado por Gedeone Malagola na década de 50 do século passado: Milton Ribeiro, baseado no ator, mais precisamente num personagem interpretado por este ator no filme "O Cangaceiro", de Lima Barreto.

Mais informações sobre este personagem: AQUI

São reapresentadas nesta edição duas HQs lançadas originalmente na revista Vida Juvenil, editada por Mário Hora Júnior no ano de 1957. E aguardem mais surpresas nos próximos números! Personagens memoráveis a caminho! Pedidos para smeditora@yahoo.com.br (JS)

João Mossoró: o cantor que vai de Luiz Gonzaga à música portuguesa


No próximo dia 22 de Setembro de 2012, o cantor João Mossoró fará o lançamento  do seu novo CD, Conexão Nordeste e casa de show Estudantina, na Praça Tiradentes, na cidade do Rio de Janeiro.
Local:  Estudantina - RJ - Centro

Horário:

A partir das 21;00 horas

Diversos artistas participarão do lançamento do CD do cantor João Mossoró.

Aguardem!

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Faça uma visitinha ao blog: 

"FATOS E FOTOS".

http://sednemmendes.blogspot.com.br, 
para você ler as crônicas e poesias dos escritores:
Clerisvaldo B. Chagas e Rangel Alves da Costa

Ele é filho do blog do Mendes e Mendes 

As trincheiras de Rodolfo, em 1927: VIII - A trincheira do Telégrafo

Imagem 01 - A trincheira do Télegrafo, 1927

Rua do Triunfo, 99, paralela à Praça Vigário Antonio Joaquim, zona central, Mossoró-RN. Neste número, em 13/06/1927, estava situado o sobrado do Telégrafo Nacional, que tornou-se em mais uma trincheira de defesa ao assalto de Lampião, (1900-1938), à cidade de Mossoró. Esta edificação, naquela data, foi o Quartel General da Polícia. Mirabeau Melo, chefe da Estação Telegráfica e o Tenente Laurentino de Morais, segundo informa Raul Fernandes, não pregaram olhos durante a noite anterior ao assalto, comunicando-se com Natal e organizando defesas.

Os funcionários que permaneceram no trabalho - Moacir da Cunha Melo, Mário Vilar de Melo e Alcides Magalhães. Estavam armados - Mirabeau Melo, com um rifle e quinze balas, o dentista José Furtado de Castro, o advogado Gilberto Stuart Gurgel, os oficiais Laurentino de Morais, Abdon Nundes de Carvalho, João Antunes e o Soldado João Arcanjo de Oliveira.

Estavam desarmados - os Padres Luiz Mota, (1897-1966),  Ulisses Maranhão e o Cônego Amâncio Ramalho. Outros civis que fizeram parte desta trincheira, na categoria de desarmados, foram: Cornélio Mendes, José Gomes, Antônio Araújo, Júlio Ramalho, técnico da Usina Força e Luz, o comerciante João Fernandes de Queiroz, o chofer contratado da Polícia, Homero Couto, Manoel Leandro Bezerra, guarda do telégrafo, Francisco P. de Souza, mensageiro, e, Cícero Leandro.

A imagem 01, esta foto foi realizada, no dia seguinte, ao após o ataque, pelo fotógrafo José Octávio Pereira Lima, proprietário do Foto Octávio, da cidade de Mossoró-RN. Embora a imagem não esteja nítida, mas é possível detectar, no centro da mesma, as figuras dos clérigos Padre Mota e o Cônego Amâncio Ramalho.
Telégrapho Nacional - Mossoró - 1927
(este prédio fica ao lado da Mesa de Rendas, hoje Secretaria de Tributação Estadual)

Citarmos as fontes é respeitar quem pesquisou e dar credibilidade ao que escrevemos. Télescope.Fontes: FERNANDES, Raul. ( 09-09-1908-1998). A Marcha de Lampião, Assalto a Mossoró. 7a. edição, Coleção Mossoroense, Volume 1550,  Fundação Vingt-un Rosado, outubro de 2009; Provável autor da fotografia 01: Foto José Octávio, Mossoró-RN;  Índice das Matérias Publicadas em Memória Fotográfica.


Próxima Trincheira a ser postada: IX
Escrito por Copyright@Télescope 

João de Sousa Lima Realizará Palestras Sobre o Cangaço.

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As palestras acontecerão nas cidades de Juazeiro do Norte, Ceará, Serra Talhada, Pernambuco, Água Branca, Alagoas, Paulo Afonso, Bahia, Porto da Folha, Sergipe e Aracaju, Sergipe. 

A realização das palestras é da Cintilante Produções. Participem, divulguem, apoiem a cultura nordestina.








O ATAQUE DE LAMPIÃO A MOSSORÓ: PRIMEIRA TEORIA ACERCA DA INVASÃO, SEGUNDA PARTE

Por: Honório de Medeiros
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OS MISTÉRIOS DO ATAQUE DE LAMPIÃO A MOSSORÓ: PRIMEIRA TEORIA ACERCA DA INVASÃO (Segunda Parte):

Leiam, anteriores a este texto, em

1) O ATAQUE DE LAMPIÃO A MOSSORÓ: UM MISTÉRIO QUASE CENTENÁRIO; 2) O ATAQUE DE LAMPIÃO A MOSSORÓ: COMO ERA A CIDADE NA ÉPOCA DA INVASÃO; 3) O ATAQUE DE LAMPIÃO A MOSSORÓ: PRIMEIRA TEORIA ACERCA DA INVASÃO (Primeira Parte).

TEORIA: O ataque a Mossoró resultou da ganância do Coronel Isaías Arruda e Lampião, no que foram secundados por Massilon 

Que o Coronel Isaías Arruda foi o maior responsável por induzir Lampião a atacar Mossoró, quanto a isso não há dúvidas. Sem esse assédio, não teria havido o ataque. Com a mentalidade rapace da qual era possuidor Isaías Arruda, quando lhe propuseram essa idéia, percebeu de imediato que sua concretização lhe permitiria ganhar algo de qualquer forma: planejar a empreitada, convencer Lampião, fornecer armas e munição, nada tinha ele a perder se pusesse mãos à obra e o atraísse para esse projeto.

Se tudo desse certo, raciocinou o Coronel, ganharia sua parte - uma verdadeira fortuna[1], levando-se em consideração o valor do exigido, dias após, por Lampião ao Coronel Rodolpho Fernandes, para que houvesse a invasão da cidade -, como acontecera antes, quando Massilon voltara com o dinheiro arrancado de Apodi.

Se nada desse certo obteria um lucro especial vendendo, ao cangaceiro, como de fato vendeu, as armas necessárias ao ataque; além do mais, se por obra e graça das circunstâncias, Lampião morresse no Rio Grande do Norte, ele, o Coronel, ver-se-ia livre das pressões que estava sofrendo, oriundas de Fortaleza, do Governo do Estado, e, até mesmo, do Governo Federal, por suas ligações com o líder cangaceiro, e que o levaram, segundo alguns historiadores, a trai-lo, tentando envenená-lo e queima-lo vivo, ou, segundo outros, a encenar essas duas tentativas de comum acordo com o Rei do Cangaço.

Entretanto a idéia de atacar Mossoró não nasceu no Coronel Isaías Arruda.

Isso por vários motivos, dois deles bastantes simples: em primeiro lugar, ele não chamou Lampião ao Cariri, como já sabemos, e sem Lampião, não haveria condições para realizar o ataque a Mossoró; em segundo lugar por que se a questão fosse meramente financeira, outras cidades, mais próximas e bem menos perigosas, no Ceará, na Paraíba, ou mesmo no Rio Grande do Norte, poderiam ser invadidas e render um grande lucro, sem a possibilidade de fracasso que uma cidade do porte e da distância[2] de Mossoró representava.


Capela de São Vicente, Mossoró, final dos anos 20, começo dos anos 30, por Francisco Soares de Lima

É em Sérgio Dantas, no “LAMPIÃO E O RIO GRANDE DO NORTE[3]”, que encontramos subsídio para essa conclusão:

O cangaceiro “Mormaço”, em diferentes interrogatórios prestados à Polícia (Martins, Pau dos Ferros, Mossoró e Crato), deixou claro que Lampião desejava chegar ao Ceará para refugiar-se e municiar o bando. Também acrescentou, em diversas oportunidades, que Arruda intermediava, invariavelmente, tais compras de munição.

Por outro lado, Mossoró não teria entrado no campo das elucubrações criminosas do Coronel Isaías Arruda, se não tivesse acontecido o seguinte fato, esse muito significativo, também relatado por Sérgio Dantas[4]:

Em dias de abril daquele ano[5], o sinistro caudilho[6] recebera importante solicitação. Décio Holanda[7] – destacado fazendeiro do município de Pereiro, no Ceará – pediu-lhe que colocasse a “cabroeira” particular a seu serviço, posto que planejava tomar de assalto a cidade de Apodi, no Estado vizinho.

(...)

Viajou[8] até Serra do Diamante, em Aurora, e foi ter com Arruda. Descreveu-lhe o imbróglio. Através do confrade – mestre na intriga política – empresariou o bandoleiro Antônio Leite, o Massilon.

O plano sinistro, em um primeiro momento, previa a conquista de Apodi. Sugeria, em seguida, o aprisionamento de Francisco Pinto e principais agregados políticos do intendente. Por fim, prescrevia extorsões, roubos, incêndios, homicídios.

Ainda:

Aurora, Ceará. Há dois dias Massilon já retornara ao esconderijo. Ao mentor Isaías Arruda, prestou contas do assalto. O apurado foi dividido meio a meio, como anteriormente combinado entre cangaceiro e Coronel (O CEARÁ, 1928).

Antônio Leite estava eufórico. Descrevia detalhada e reiteradamente a sucessão de assaltos. Gabava-se do feito heróico:

- Disseram que eu não sabia brigar, e eu volto com quarenta contos de réis!


Casa do Coronel Isaías Arruda em Aurora, Ceará. Nela há um subterrâneo onde o Coronel estocava armas.

Ou seja, em assim sendo, Mossoró foi conseqüência de Apodi e de uma circunstância inesperada: a chegada de Lampião em Aurora, no Ceará, terras do Coronel Isaías Arruda. Apodi, por sua vez, foi conseqüência das brigas entre coronéis norte-rio-grandenses e paraibanos disputando o poder[9].

E a idéia do ataque a Mossoró, da qual resultou o planejamento de Isaías Arruda e a execução de Lampião, com certeza não foi de nenhum dos dois, mas, sim, proposta de Massilon, à qual aderiu de pronto, pelas razões elencadas acima, o Coronel, e, com extrema relutância, o maior dos cangaceiros.

Portanto tudo leva a crer que Massilon, ou alguém ou alguns que ele representava, idealizou, Isaías planejou, e Lampião executou.

A pergunta que se faz agora, é se a idéia de Massilon atacar Mossoró foi algo estritamente seu ou de alguém ou alguns mais, do qual ou dos quais ele seria mero marionete.

CONTINUA QUARTA-FEIRA DA PRÓXIMA SEMANA COM A SEGUNDA TEORIA ACERCA DA INVASÃO DE MOSSORÓ POR LAMPIÃO.

[1] Cinqüenta por cento do butim.

[2] Perto de quinhentos quilômetros, de Aurora a Mossoró, área praticamente descampada, sem a proteção natural como serrotes, mata fechada ou pedreiras, ante um cerco militar, sem as quais o cangaceiro não passava.

[3] Cartgraf Gráfica Editora; 2005; 1ª edição; Natal, RN.

[4] “LAMPIÃO E O RIO GRANDE DO NORTE”; Cartgraf Gráfica Editora; 2005; 1ª edição; Natal, RN.

[5] 1927.

[6] Isaías Arruda.

[7] Décio Sebastião de Albuquerque Holanda era seu nome completo. “Genro de Tilon Gurgel do Amaral, casado que foi com sua filha Francisca Brito Gurgel (Chicuta). Décio morou vários anos no RN, transferindo-se depois para o Ceará” (“NAS GARRAS DE LAMPIÃO”; GURGEL, Antônio; BRITO, Raimundo Soares de; Coleção Mossoroense; Série “C”; v. 1.513; 2ª edição; Mossoró).

[8] Décio Holanda.

[9] Mais adiante será esmiuçada essa afirmação.

Extraído do blog do escritor, professor, advogado e pesquisador do cangaço: 
Dr. Honório de Medeiros