Por Kydelmir Dantas
Fonte: Jornal O Mossoroense - Redação
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com verbetes:
Por Kydelmir Dantas
Por Aderbal Nogueira
https://www.youtube.com/watch?v=pOxV91wIGgsCangaço - A morte de Neném por Arquimedes Marques Link desse vídeo: https://youtu.be/pOxV91wIGgs
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Por José Bezerra Lima Irmão
Amigos do Cariri Cangaço, quando se fala em João Gomes de Lira, é preciso dizer quem foi ele, para que os novos "internautas" fiquem sabendo quem foi essa extraordinária figura humana. No último dia do encontro do Cariri Cangaço Princesa 2015, liderado pelo nosso abnegado Manoel Severo , em março passado, a caravana de estudiosos do fenômeno do cangaço esteve na gloriosa vila de Nazaré e tirou fotos na fazenda Jenipapo, do legendário Antônio Gomes Jurubeba (Seu Gomes), pai de João Gomes de Lira. Registre-se bem: João Gomes de Lira, filho de Nazaré, ex-soldado de volante, é autor do livro "Lampião: Memórias de um Soldado de Volante", uma obra indispensável para quem estuda e leva a sério os assuntos do cangaço.
NOTA CARIRI
CANGAÇO: Nascido em 13 de julho de 1913 na Fazenda Jenipapo, distrito de Nazaré
do Pico – Município de Floresta/PE, viveu ali parte de sua vida. Ingressou
na Polícia Militar do Estado de Pernambuco em 16 de Julho de 1931. Com
dezessete anos de idade integrou na volante que tinha como comandante o Cel.
Manoel Neto que perseguia Virgolino Ferreira da Silva, o
"Lampião". Depois do fim da campanha contra o cangaço, foi
destacar nos municípios de: Afogados da Ingazeira, Iguaracy, Tabira, Carnaíba e
Flores todas cidades do interior pernambucano, onde foi delegado de polícia.
Foi várias vezes ouvido pela imprensa para contar relatos da luta dos seus
conterrâneos contra o bando de Lampião. Enquanto vereador de Carnaíba,
João Gomes de Lira escreveu sua Obra: "Memorias de um soldado de
volante", narrando sua vida e suas andanças em busca de
cangaceiros. João Gomes de Lira faleceu no dia 04 de Agosto de 2011, na
cidade do Recife, aos 98 anos.
E de 25 a 28
de Julho
Cariri Cangaço
Piranhas 2015
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Por Aderbal Nogueira
Sexta-feira no
YouTube, Dica de Leitura com o professor Ângelo Osmiro Barreto . Teremos também
um bate papo especial com o renomado fotógrafo Gentil
Barreira, contando como eram feitas e reveladas as fotos no tempo do
cangaço.
Clerisvaldo B. Chagas, 3 de maio de 2022
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.695
Fui me vacinar
contra a influenza, sob uma chuvarada que pode enganar, mas tem tudo para ser o
início da nossa época invernosa. É certo que o mês de maio é o início, mas
costuma ser do meio para o fim. Agora vem aguando a terra mesmo antes do final
de abril. Ao chegar ao Posto de Saúde São José, tem-se uma visão maravilhosa
dos arredores distantes; foi aí que pude ver as colinas que circundam Santana,
completamente tomadas de chuvas sobre os nossos belos campos ora dominado pelo
verde escuro. Nada teve diferente do inverno, a paisagem e a friezinha
conhecida nossa. Por isso não me contive e exclamei para o agente: “Tempo
rico!”. E de fato o tempo estava como o sertanejo gosta. Voltei com prazer sob
a garoa que ornava o espaço.
Água
escorrendo pela sarjeta, passarinhos encolhidos na fiação da rua, urubus
recolhidos aos montes e gatos na beira do fogão. Cenário de inverno que nos faz
refugar em algumas tarefas e pensar num agasalho, daqueles mais velhos que a
gente tem em casa. Um café pequeno vez em quando, um naco de bolo de macaxeira,
uma boa melodia cavernosa e um saudosismo dos melhores momentos da vida. A
chuva tamborilando no telhado, as plantas agradecendo no jardim, trazem uma
melancolia para matar na cama. E aquela espiada obrigatória para a rua deserta,
faz parte do ritual molhado que nos iguala aos passarinhos dos fios. Estendo a
vista pela crônica em acabamento e o Divino Espírito Santo cuida da devida
generosa inspiração.
O cenário rural é de limpar o mato, cortar terra, fazer roça. Pena que em pleno Século XXI, ainda se veja no Sertão o cenário arcaico dos nossos antepassados: O agricultor cortando terra com arado à antiga puxado por parelhas de garrotes. Em muitos casos, nem parelhas de garrotes, mas sim, parelhas de jumentos, outros, nem parelhas, mas com uso apenas de um jumento só. Estão aí os vídeos postados na Internet pelos próprios matutos, o que fazer? Faltam os cooperativismos quando todos podem usar máquinas modernas através das suas parcerias. Mesmo assim, contemplamos a alegria sertaneja no uso do ditado popular: “Quem não tem cão, caça com gato”, embora seja ainda um processo extenuante, traz ao homem do campo a sensação do dever cumprido e comprido. Deus nos dê coragem e um coração feliz.
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Por Valdir José Nogueira de Moura
Assim declarou o belmontense “Sinhozinho Alencar” durante entrevista que o
mesmo concedeu ao “Diário de Pernambuco”, e que foi publicada na edição de
número 00106, que circulou no Domingo, 10 de maio de 1959, pág. 31.
Nascido no dia 13 de março de 1892 na Fazenda Várzea, em São José do Belmonte,
o Coronel José Alencar de Carvalho Pires, tratado carinhosamente pelos seus
parentes e amigos como “Sinhozinho”, oficial reformado da Polícia Militar de
Pernambuco, durante dez anos, percorreu o interior nordestino, enfrentando o
cangaceiro Lampião, em combates violentos, arrojados e memoráveis.
Seu depoimento espontâneo, inédito e corajoso, é de um valor extraordinário
para quantos se debruçam nos estudos do polêmico tema “Cangaço”.
COM O DEDO NO GATILHO:
A volante comandada pelo sargento Alencar corta rios e caatingas, no rastro do
bandoleiro.
Lampião, segue para a Vila de Nazaré, distrito de Floresta. Vai assistir o
casamento de uma prima.
Terminada a cerimônia, ao ter início o baile de homenagem aos noivos, começa o
tiroteio. Os cabras avistaram os soldados.
Lampião oculta-se numa casa da vila, e dali, com gritos insultuosos, dirige à
reação. Portas e janelas se fecham e o fuzilar das balas é impressionante.
O sargento Alencar, avança debaixo do fogo, indo esconder-se no oitão do
casebre. Desafia Virgulino a lutar em campo aberto. Escuta então quando o
bandido grita:
- Vou pular pro meio da rua prá brigar, almofadinha, pras moças ver!
Acervo do autor
O sargento Alencar aguarda, com o dedo no gatilho. Vê Lampião como um gato,
pular a janela e cair em frente da casa. Exatamente atrás, o olho na pontaria
visa as costas de Virgulino. Vai atirar. Puxa o gatilho, e a arma nega fogo. O
cartucho falhou.
Lampião sente o perigo. Pula novamente para dentro da casa. E logo mais,
abrindo violentamente a porta dos fundos, precipita-se de rua afora. Corre a
toda velocidade. O cano do fuzil voltado para a retaguarda.
Atirando sem parar.
O sargento Alencar faz nova pontaria. A mira, nas costas do bandoleiro. Puxa o
gatilho mais uma vez. E a arma falha novamente.
- A vida de Lampião esteve nas minhas mãos. Mas o destino não quis que eu o
matasse.”
Herói do combate de Belmonte contra o bando de Lampião, Tiburtino Inácio e outros cangaceiros, na época em que chefiava volantes pelo interior de Pernambuco.
Adendo Lampião
Aceso.
O episódio
descrito acima se passa em 1º de agosto de 1923.
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