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domingo, 19 de junho de 2016

CHAPÉU ESTRELADO VEM AÍ!

Autor Rostand Medeiros

NOVO DOCUMENTÁRIO SOBRE O ATAQUE DE LAMPIÃO E SEU BANDO DE CANGACEIROS AO RIO GRANDE DO NORTE ESTÁ EM FASE DE FINALIZAÇÃO NO RIO DE JANEIRO 


Trago a todos os amigos, leitores do nosso blog TOK DE HISTÓRIA e, principalmente, a todos aqueles que tornaram possível a realização deste maravilhoso sonho, a notícia que o em longa-metragem CHAPÉU ESTRELADO está em fase de finalização no Rio de Janeiro.


Filmado em abril de 2015 no sertão do Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará, o CHAPÉU ESTRELADO seguiu a mesma rota percorrida por Lampião e seu bando em junho de 1927, quando este buscou atacar a cidade de Mossoró.


Sílvio Coutinho, o diretor deste documentário, captou uma maravilhosa sucessão de imagens dos locais históricos, dos depoimentos das pessoas que guardam a memória daqueles dias intensos e apresenta o quanto esta história é importante para aqueles que vivem ao logo do caminho percorrido pelos cangaceiros.


A finalização do CHAPÉU ESTRELADO está sendo realizada com extremo esmero, visando aproveitar ao máximo a alta definição proporcionada pelo sistema de filmagem 4K. O documentário é uma produção da Locomotiva Cinema de Arte, do Rio de Janeiro.


O Diretor Silvio Coutinho está na expectativa que o documentário CHAPÉU ESTRELADO seja exibido em um circuito de festivais internacionais e nacionais de cinema e está sendo agendada uma pré-estreia em Natal, para acontecer no primeiro semestre de 2017. Vale ressaltar que em 2017 serão comemorados os 90 anos da invasão de Lampião e seu bando de cangaceiros ao Rio Grande do Norte e o famoso ataque a Mossoró.


CHAPÉU ESTRELADO é quase um “Road Movie” com muita poesia, muita ação, bem moderno, dinâmico e com muitas imagens dos locais e dos caminhos reais percorridos pelos cangaceiros de Lampião em 1927.

O filme contou também com um esclarecedor depoimento do historiador Sérgio Dantas, autor de quatro importantes livros sobre o Cangaço, um deles intitulado LAMPIÃO E O RIO GRANDE DO NORTE – A HISTÓRIA DA GRANDE JORNADA, que aborda o tema com grande profundidade e riqueza de detalhes.


Além do diretor Silvio Coutinho a equipe de produção do documentário CHAPÉU ESTRELADO contou com Valério Andrade na produção executiva, Iaperi Araújo como roteirista e Rostand Medeiros na pesquisa.

Silvio Coutinho – Diretor 
Valério Andrade – Produção Executiva 
Iaperi Araújo – Roteiro 
Rostand Medeiros – Pesquisa

O documentário CHAPÉU ESTRELADO também conta com o excelente trabalho do compositor carioca Mário Vivas na criação da trilha sonora original. Durante o Festival das Rádios MEC e Nacional Rio 450, Mário Vivas foi vencedor na categoria de melhor canção com a música intitulada “Quero Ver Amar Assim em Madureira”, cujo vídeo clip teve a direção de Silvio Coutinho.


CHAPÉU ESTRELADO trás para as telas uma memória que se mantém forte nos sertões.


– Veja mais o que foi publicado no TOK DE HISTÓRIA sobre este documentário



Alguns defensores de Mossoró.






Meu agradecimento especial aos amigos que ajudaram no desenvolvimento desta película 

José Tavares de Araújo Neto (Pombal-PB) 
Junto ao amigo José Cícero (Aurora – CE) 
Aqui com Sousa Neto (Barro – CE) 
Em meio a muitos amigos na Fazenda Aroeira, onde contamos com inestimável colaboração de Romualdo Antônio Carneiro Neto, o segundo da direita para esquerda (Marcelino Vieira-RN).
Com o amigo Rivanildo Alexandrino – Frutuoso Gomes (RN)
Jânio Barra (Felipe Guerra-RN)
Jonathan Halyson (Governador Dix-Sept Rosado-RN)

Extraído do blog Tok de História do historiógrafo e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros. Natal-RN.

http://tokdehistoria.com.br/2016/03/23/chapeu-estrelado-vem-ai/

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FOTOGRAFIAS RESTAURADAS DOS PAIS DE LAMPIÃO

Por José Mendes Pereira
Mãe de Virgulino Ferreira da Silva Maria Sulena da Purificação ou Maria Lopes

Amigos do grupo no facebook "O CANGAÇO", que mantém o estudo do cangaço informado através do administrador Geraldo Júnior, como os senhores sabem, que eu havia solicitado ao Diin Ladem, uma possível restauração nas fotos dos pais de Lampião. Vejam a foto acima da dona Maria Sulena da Purificação, redesenhada pelo artista Diin LademEstas são as únicas fotos dos pais de Lampião, não existem outras.

Eu acredito que o nome do artista que redesenhou as fotos dos pais dos Ferreiras não é Diin Ladem, suponho que é o seu nome artístico. Mas um dia ele me dirá o seu verdadeiro nome de batismo. 

José Ferreira da Silva e Maria Sulena

Ele já havia colaborado com a foto de José Ferreira da Silva, agora nos envia a foto da mãe de Lampião Maria Sulena da Purificação. 


Temos que agradecer ao profissional que nos presenteou com uma foto da matriarca dos Ferreiras. Obrigado Diin Ladem, lamento você não ter colocado na foto o seu nome verdadeiro, apenas a sua marca.

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O TEMÍVEL MANOEL NETO:


Antônio Mendes de Sá morava na beira do rio São Francisco quando, em 1865, viu-se envolvido na intriga que se chamou de questão do Sabiucá (Gomes de Sá,). Acabou sangrado, depois que foi arrancado para fora da prisão, pelos inimigos. Dos seus filhos, Ana (Aninha “Braba”) casou-se com Cazuzinha “do Roque” (MOM, B 9) e lhe deu a neta Maria. 

Maria casou-se com Gregório Nogueira do Nascimento, conhecido por Gregório Flor por ser filho de Florência Filismina de Sá (Flor) e de Manoel de Souza Ferraz (Manezinho). O casal deixou oito filhos: Auta, Amerina e Filomena; Alonso, Afonso, Ancilon, Arconso de Souza Ferraz e Manuel de Souza Neto.

Manuel de Souza Neto nasceu nas terras da antiga fazenda Algodões, município de Floresta, no dia 1º de novembro de 1901. Cresceu ao lado dos parentes, os “nazarezistas”. Ao lado deles, se engajaria numa luta ingrata, dura, heróica. Virgulino Ferreira da Silva - o futuro Lampião - ali chegara muito cedo, instalando-se com a família na fazenda Poço do Negro, nas imediações de Nazaré, e logo se indispôs com os filhos da terra, fazendo uma história já conhecida e que levou luto a muita gente da região.

Em 1921, o primeiro filho de Nazaré seguiu com destino ao Recife para ingressar na polícia: Arconso de Souza Ferraz deixou seu emprego em loja para se tornar militar. Outros seguiriam seus passos.

Diz Marilourdes Ferraz (O Canto do Acauã, p. 141) que, em 1922, “Manuel de Souza Neto partiu da casa do seu tio João Flor, ao lado do comerciante Adão Feitosa, para Rio Branco (atual Arcoverde), a fim de comercializar peles de bode. A viagem foi extenuante, feita a pé e parte a cavalo mas, ainda assim, por iniciativa própria, prolongou seu itinerário até a capital para efetuar alistamento, seguindo o exemplo do seu irmão Arconso.”

Estava destinado a ser um dos mais valorosos combatentes do cangaço. Com 21 anos de idade incompletos, engajava-se com coragem numa luta que duraria pelo menos 16 anos. E logo se destacaria por sua bravura.

Em janeiro de 1924, Manuel Neto foi um dos soldados que mais se fizeram notar, sob o comando do sargento Higino José Belarmino, nas lutas travadas contra o grupo de Lampião e em defesa de Clementino Quelé, que vira seu distrito de Santa Cruz, em Triunfo, ser atacado violentamente. No dia 5, o jovem soldado avançou correndo de Triunfo até aquele local, onde Virgulino procurava liquidar o antigo companheiro Quelé. Seis dias depois (dia 11), entrava novamente em choque com o grupo de bandidos, forçando-os a deixar o Estado de Pernambuco e fugir para a Paraíba.

Um ano depois (fevereiro), ao lado de uma força volante composta de civis, procurava descobrir o paradeiro de Lampião. Tomara conhecimento da presença do bando na região de Betânia. Encontrou a força sob o comando do sargento José Leal, seguindo todos na direção da Cachoeira dos Galdinos. Ali estavam os cangaceiros. A força se compunha de pouco mais de vinte homens; os bandidos, trinta e tantos. Avistados os cangaceiros, foram descobertos, iniciando-se o tiroteio. Batalha duríssima, com resistência tenaz. No auge da luta, o sargento José Leal e o soldado João Preto abandonaram o campo da luta. Manuel Neto assumiu, nessa ocasião, pela primeira vez - segundo João Gomes de Lira -, um comando na campanha contra o banditismo.

Ao seu lado, secundando-o, os primos Euclides e Manoel Flor. A luta durou cerca de três horas, terminando com a fuga dos bandidos que levaram um morto e três feridos. A força nada sofreu. Foi nesse ano de 1925 que Manuel Neto foi promovido a anspeçada. Junto com Manoel Teotônio, no lugar Malhada do Boi - entre Betânia e São Caetano (Navio) -, eliminara o cangaceiro Luiz Cazuza.

Em junho ou julho de 1925, o anspeçada, ao lado, entre outros, dos parentes David Gomes Jurubeba, Hercílio de Souza Nogueira, Antônio Capistrano de Souza e João Domingos Ferraz, sob o comando do tenente Higino, partiu em reforço à força paraibana que lutava, quase sem munição, contra o grupo de Lampião no lugar Tenório. Já se brigava havia várias horas. Com os tiros disparados pelos pernambucanos, os bandidos correram.

Diz Marilourdes Ferraz que aí tombou morto Levino Ferreira. Frederico Maciel (Lampião, seu tempo e seu reinado, v. II, p. 171), entretanto, diz que o irmão de Lampião morreu num tiroteio da véspera, na Baixa do Juá, atingido por um tiro do soldado José Inácio Morais.

O combate da Caraíba

Era o dia 4 de fevereiro de 1926. As forças sob o comando de Higino Belarmino seguiam a pista de Lampião que, da fazenda Volta, no Navio, município de Floresta, escrevera diversas cartas pedindo dinheiro a moradores da região. Daí seguiu e, na Caraíba, sabendo que a força vinha em sua perseguição, montou uma grande emboscada com seus 35 a 40 homens. Distribuiu estrategicamente os companheiros, conforme conta Manoel Flor (O Canto do Acauã, p. 213):

“Os cangaceiros estavam bem apoiados em lugares seguros e distribuídos vantajosamente, dispostos em três posições. O primeiro grupo de adversários estava à margem esquerda do riacho, num serrote; o segundo, à frente do primeiro, na margem oposta, apoiado na ribanceira do riacho; o terceiro, em barrancos e valetas naturais”. A posição permitia que a força fosse alvejada com três frentes de fogo e os bandidos, situados nos barrancos e ribanceiras, “apesar de estarem entre o fogo dos companheiros e da força, não eram atingidos pois sua posição os resguardava bem.”

A força de 34 ou 35 homens foi colhida de surpresa. Seguiu-se um dos mais ferozes combates travados em toda história do banditismo nordestino. Os mais traquejados, acostumados a liderar tropas, tomaram decisões individualmente. Manuel Neto seguiu pelo lado esquerdo, em busca dos cangaceiros entrincheirados no serrote. Aproximou-se de tal forma que teve o braço direito varado por uma bala dos bandidos. Escapou “quase milagrosamente com seus homens, apesar de servir como alvo para os bandidos do primeiro e do segundo grupos”. Foi retirado para Betânia pelos companheiros Pedro Tomás de Souza Nogueira, João Jurubeba de Sá Nogueira, soldado Jacobina e outros.

Vendo Manuel Neto ferido, os bandidos saltaram para fora das trincheiras dispostos a eliminar o inimigo. Foram várias vezes bravamente repelidos. Conta João Gomes de Lira (Lampião: Memórias de um soldado de volante, p. 249) que, em Betânia (então distrito de Floresta), “por não existir medicamento nem farmacêutico, foi Manuel Neto medicado pelo curandeiro Manoel Jerônimo. Contudo, Manuel Neto ainda criou bicho no ferimento. Ele mesmo puxava as filapas (sic) de osso do ferimento.”

Dias depois, foi transportado de Betânia para Flores, onde submeteu-se a rigoroso tratamento.

O combate da Caraíba durou cerca de 7 horas e a tropa enfrentou desesperada os bandidos. Conta Lira que Higino, já baleado e vendo a falta de ânimo da força, procurou retirar-se da linha de fogo. David Gomes Jurubeba, vendo isso, teria gritado:

- “Tenente Higino, não abandone a tropa. Seja homem que eu sou homem e só sou comandado por homem. Bota galão no ombro quem é homem. Não tente retirar-se da linha de frente. Se isto fizer, atiro-lhe pelas costas!”

Higino - um dos mais bravos oficiais que se engajaram na luta contra o banditismo -, mesmo ferido, teria respondido:

- “David, agora se morre até o último homem mas não se corre. Vamos agora morrer todos, como homens, no campo da luta!”

No cair da tarde, Lampião retirou-se. Perdera cinco homens; a força três: os soldados Aristides Panta da Silva, Benedito Bezerra de Vasconcelos e Antônio Benedito Mendes. Foram feridos, além do anspeçada Manuel Neto e tenente Higino, o rastejador Antônio Joaquim dos Santos (Batoque), com a perna fraturada, Altino Gomes de Sá (v. GS, Tn 196), João Pereira dos Santos, João Pinheiro Costa e João Cavalcanti (mais tarde morto no combate de Maranduba/SE).

Fonte: facebook
Link: https://www.facebook.com/virgulinoferreira.ferreira.5/posts/620528131437779

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FOTO DA SOLENIDADE DE ABERTURA DO PROJETO "INTEGRAÇÃO CULTURAL INTERESTADUAL FORTALEZA-MOSSORÓ"

Por Benedito Vasconcelos Mendes


Foto da solenidade de abertura do Projeto "Integração Cultural Interestadual Fortaleza-Mossoró", ocorrida no dia 17-6-2016 (sexta-feira ) no Memorial da Resistência ( Cafezal ), na Av. Rio Branco em Mossoró. No sábado, pela manhã, os participantes deste evento visitaram o Museu do Sertão da Fazenda Rancho Verde e à tarde, o Prof. Benedito Vasconcelos Mendes proferiu uma palestra sobre religiosidade sertaneja. Fizeram parte da organização deste importante evento cultural as escritoras cariocas Dyandreia Portugal, Juçara Valverde, as intelectuais mossoroenses Socorro Cavalcanti e Joana D'Arc Fernandes e as Academias de Letras de Fortaleza e Mossoró.

Enviado pelo professor e pesquisador do cangaço Benedito Vasconcelos Mendes

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ANTIGA CASA COMERCIAL DO CORONEL CORNÉLIO SOARES EM SERRA TALHADA - PE

O Coronel Cornélio Soares como chefe politico de Vila Bela, foi o responsável por um tratado de paz, no início dos conflitos entre Lampião e Zé Saturnino. O fato ocorreu quando a família Ferreira deixou o Sítio de Passagem das Pedras e foi morar na localidade de Poço do Negro, nas proximidades de Nazaré.

Certa vez, o Coronel Cornélio Soares dirigiu-se até a cadeia para pagar uma fiança e libertar humilde homem do campo que furtara caprinos de um criador. A mulher do preso alegou que ele praticara esse ato, com a finalidade de matar a fome dos numerosos filhos castigados pela seca.

Lá chegando, o coronel cumprimentou o delegado, dirigiu-se ao detido e disse: "quando sua família estiver com fome novamente, não furte os bodes dele, leve os meus que eu não mando lhe prender, mas só faça isso em caso de extrema necessidade." O delegado assistiu a tudo impressionado. Sorriu e liberou o afiançado.

Fonte: facebook
Página:  José João Souza
Grupo: O Cangaço
Link: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=885468448231767&set=gm.491615517714064&type=3&theater

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O CRÂNIO DE GAVIÃO - FAC SÍMILE O GLOBO 29/04/1930

Por Raul Meneleu Mascarenhas







http://meneleu.blogspot.com.br/2016/06/o-cranio-de-gaviao-fac-simile-o-globo.html

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