Por: Frederico Pernambucano de Melo
Em 1907 preso em Bom Jardim o cangaceiro Barra Nova. A vila paraibana de Barra de São Miguel é tomada e saqueada. Um velho inimigo de Silvino é assassinado a punhal. Dois outros igualmente esfaqueados em Serra Verde, no mesmo Estado, pouco dias depois. Tempestade passa a chefiar grupo próprio, sob controle mediato de Silvino.
A 27 de Maio, é preso em Limoeiro, Pernambuco, o cangaceiro Serra Branca, pelo civil Manuel Cláudio Ferreira. A pedido da Great Western, o Exército manda 100 soldados para as áreas de atuação de Silvino, na Paraíba, em duas colunas ao comando dos capitães Formel e Rego Barros, e sob a supervisão do general Rocha Calado.
Após escaramuça em Queimadas, Paraíba, Silvino trata de evitar o Exército. Consta que os ingleses teriam promovido uma acomodação com o bandido por 15 contos de reis.
Em dezembro, noticia-se a morte do cangaceiro Cocada, em Serrinha, Paraíba. Desde quando se separa de Silvino, atuava com Rio Preto, Relâmpago, Nevoeiro, Barra Nova e Pinica-pau. Suas orelhas são apresentadas ao chefe de Polícia de Pernambuco, Dr. Manuel dos Santos Moreira.
Em 1908, sai o folheto jocoso A morte de Cocada e a prisão de suas orelhas, de Francisco das Chagas Batista. Em Março, invade o povoado Poço Comprido, de Timbaúba, Pernambuco, saqueia e sequestra a resgate de 1 conto de reis o conselheiro municipal Joaquim Tavares. Atacado pelo sargento José Pedro da Silva no engenho Maçaranduba, abandona o preso.
A 8 de Abril, "A Folha do Povo", de Limoeiro, declara que os cangaceiros de Silvino "há 10 anos infestam o interior do nosso Estado, cometendo as maiores cenas de vandalismo". A 25 de Abril, toma Sapé, Paraíba, e de lá telegrafa ao governador do Estado com deboche.
A imprensa celebra, ao fim de Abril, a junção de esforços policiais acertada entre os Estados de Pernambuco e Paraíba, por seus governadores, Herculano Bandeira de Melo e Walfredo Leal.
O capitão Zacarias Neves, de Alagoa do Monteiro, Paraíba, é comissionado delegado volante em Pernambuco e organiza uma força especial com 21 paisanos selecionados para a ação contra Silvino.
A 13 de Maio, Zacarias alcança Silvino na fazenda Arara, de São João do Cariri, Paraíba, e mata o cangaceiro Bicheiro após tiroteio violento, apossando-se de troféus de valor.
Silvino, ferido, escapa embolando pelo chão. Morre o cangaceiro Pedro Brasilino no alto sertão da Paraíba. Descem presos para a Detenção, no Recife, os cangaceiros Jaçanã e Reboliço.
Em Julho, a imprensa dá conta de que o Exército tinha por finda a sua intervenção na campanha, cujos resultados ficam aquém do que a opinião pública esperava.
CONTINUA...
Fonte:
Diário Oficial
Estado de
Pernambuco
Ano IX
Julho de 1995
Material
cedido pelo escritor, poeta e pesquisador do cangaço:
Kydelmir
Dantas
http://blogdomendesemendes.blogspot.com