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domingo, 23 de outubro de 2011

UM POUCO SOBRE RAIMUNDO SOARES DE BRITO

Por: José Mendes Pereira


Raimundo Soares de Brito, o Raibrito, como é conhecido no meio dos escritores e pesquisadores, nasceu na cidade de Caraúbas, no Estado do Rio Grande do Norte, no dia 23 de Abril de 1920. Na sua cidade natal, trabalhou como comerciante, e posteriormente passou a ser funcionário público.  

Escreveu 50 títulos e ocupa a cadeira de número 4 da Academia Mossoroense de Letras (AMOL), da qual foi presidente.
Ao longo dos anos o escritor Raimundo Soares de Brito, colecionou recortes de jornais e documentos históricos; Também através do tempo, adquiriu o hábito de catalogar e guardar documentos. É um pesquisador autodidata, criando a maior hemeroteca do Estado do Rio Grande do Norte, o acervo virtual Raibrito, com o apoio da Petrobras e do Instituto Cultural do Oeste Potiguar (ICOP). 
É sócio-fundador da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço. Sócio-efetivo do Instituto Cultural do Oeste Potiguar (ICOP). Sócio-efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte (IHGRN).
De suas pesquisas nasceu um dos mais importantes registros sobre as ruas da cidade, o livro Ruas e Patronos de Mossoró. Em 1995 foi homenageado com o título Doutor Honoris Causa da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, e em 1997, com o diploma amigo da cultura.
No  mês de Abril deste ano, Raimundo Soares de Brito comemorou 91 anos de vida. Por toda contribuição a história e a cultura local, Raibrito é um historiador que merece muitas  homenagens, principalmente feitas pela Prefeitura Municipal de Mossoró. Mas essas homenagens talvez só serão feitas depois de sua partida para junto de Deus.  Eu estou errado?!

Fonte de pesquisas:

O DIABO EM FORMA DE CANGACEIRO:


ZÉ BAIANO, O SÁDICO FERRADOR DO
BANDO DE LAMPIÃO...,
QUEM COM FERRO FERE, COM FERRO SERÁ FERIDO!

José Baiano nasceu em Chorrochó, no Estado da Bahia. Era filho do cangaceiro Faustino - "Mão de Onça", e irmão da Lídia, mãe do cangaceiro  Zé Sereno. Tinha uma cor negra,, bastante alto e feioso, tendo a cabeça deformada, olhos tortos, boca rasgada horribilante; talvez por não ter sido um homem bonito, frustrado, caiu no mundo do crime como protesto contra a natureza.  

Diz que a revolta de Zé Baiano surgiu quando um oficial de volante, por nome de Vicente Marques, surrou a sua mãe, deixando uma enorme cicatriz no seu rosto. A partir daí, o negro mandou fazer um ferro de ferrar com as iniciais "JB", e a sua  primeira vítima  foi


a dona de casa Maria Marques, sendo esta  irmã do soldado Vicente Marques.

  

A jovem Balbina  da Silva só foi ferrada porque mandou uma carta desaforada para Lampião, dizendo o seguinte:   "O cabelo é meu e eu  uso do jeito que eu quero". Zé Baiano odiava mulher com o cabelo curto, e  a chamava de "mulher homem ou Diabo". Uma das vítimas do endiabrado foi a sua mulher Lídia, que o traiu como o cangaceiro Bem-Te-Vi. Pedindo Permissão a Lampião, Zé Baiano matou Lídia.

Zé Baiano foi assassinado no ano de 1936,  por um dos seus melhores amigos.


o coiteiro Antonio de Chiquinho e mais cinco comparsas. 

Já fazia dias que ele e seus comparsas já vinham planejando como seria o ataque aos facínoras. Tudo certo, partiram para fazer a chacina. Lá no coito, depois que comeram uma buchada de bode, e já sentindo que os cangaceiros estavam bêbados, partiram para exterminá-los sem piedade. E deu certo. 

Fonte de pesquisas:

REVENDO - DIÁRIO DE VIAGEM

Por: Honório de Medeiros


Diário de Viagem Por: Honório de Medeiros

Imagens da bela serra de Martins-RN

De volta à Mossoró, após irmos a Uiraúna e Martins.

O projeto de visita a São Miguel foi trocado por um convite de Etelânio Figueirêdo e Catarina para conhecermos a Casa Grande da Fazenda Canadá, em Uiraúna, aquela mesma invadida por


Lampião


e que Massilon não deixou depredar, porque conhecia seus proprietários.
Teodoro Figuerêdo e sua esposa, seus tios, nos receberam com aquela gentileza que caracteriza o sertanejo. Nos mostraram tudo. A Casa Grande começou a ser construída nos Séc. XVIII, no ciclo do couro. O sobrado, mais recente, é de 1900, início do Séc. XX. Tudo tão interessante, tão belo, que eu fiquei de voltar com Bárbara Lima para fazermos um ensaio fotográfico.

De lá, um almoço e a fidalguia de Seu Bosco e Dna. Socorro, pais de Catarina, no Curupaity, nos aguardava. Comida farta e da melhor qualidade, uma tradição que há de ser mantida, se Deus quiser. Depois da conversa na varanda, o cafezinho, os agradecimentos, pegamos a estrada no rumo de Martins.

Na "bela serra" encontramos, eu e Carlos Santos, Raimunda e sua família. O pato, a ser degustado no dia seguinte, domingo, foi logo garantido. Fomos aos mirantes. Terminamos no Jacu, maravilhados com as luzes das cidades se recortando contra o negro da noite, lá embaixo, no vale. Como Martins é especial...

Aderbal, Carlos Santos, Honório de Medeiros e Severo

Hoje, já em Mossoró, visita à Fundação "Coleção Mossoroense", do grande Vingt-Un Rosado.


Ciceroneados por Caio Cezar Muniz, o curador da coleção, poeta aclamado, autor de "E Na Solidão Escrevi", 1996, "Notívago", 1998, a educação em pessoa, eu e


Kidelmyr Dantas, que anda preparando um livro acerca de Luis Gonzaga, tivemos acesso ao trabalho de "recolocar o bonde nos trilhos" que Vingt- un concebera e criara. Fomos presenteados com algumas publicações da coleção: dentre elas, preciosidades de


Raimundo Soares de Brito, a tanto tempo tão silencioso. Terá sido acometido da Síndrome de Bartleby? Amanhã visito o Museu de Mossoró, em busca dos jornais da década de 20. Quero entender os meandros políticos daquela época nesta cidade. Buscar ecos do passado, para explicar certos fatos ainda nebulosos...

Hoje a noite, no Café Massilon, bate-papo de beira de calçada, uma das boas coisas do mundo quando o vento bate, o escuro chega, os amigos estão próximos, e os "causos" vão sendo contados, um a um, mentira após mentira, a perder de vista, até a hora que o sono bate.
Vou indo.
Honório de Medeiros
Fonte: honoriodemedeiros.blogspot.com

NOTA DO CARIRI CANGAÇO: Honório de Medeiros será um dos conferencistas do Cariri Cangaço 2010, com  tema envolvendo os bastidores da invasão de Mossoró e a influência política dos coronéis.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

COBRA TENTA COMER CANGURU

VÍDEOS

Cobra tenta engolir canguru


FÁTIMA BERNARDES

 
COBRA COMENDO JAVALI

JOSÉ RIBEIRO FILHO - O CANGACEIRO ZÉ SERENO

Por: José Mendes Pereira


José Ribeiro Filho - o cangaceiro "Zé Sereno", nasceu em 22 de Agosto de 1913, na Fazenda dos Engrácias, no município de Chorrochó, no Estado da Bahia. Era filho de José Ribeiro e de dona Lídia Maria da Trindade.  Sua mãe era irmã dos cangaceiros Antônio e Cirilo de Engrácias. 

Zé Sereno - visitando escola em São Paulo

Dona Lídia também era  irmã do cangaceiro Faustino, "Mão de Onça", sendo este pai do terrível cangaceiro Zé Baiano, o ferrador do bando de Lampião.

Zé Baiano

Zé Baiano andava com um ferro de ferrar animais com as iniciais "JB", as primeiras letras do seu nome. Para suas maldades alheias onde ferrava mulheres e homens, de preferência no rosto. Zé Baiano era primo carnal do cangaceiro Zé Sereno, isto é, pai  e mãe eram irmãos dos pais de Zé Sereno.   Zé Baiano e Zé Sereno eram primos legítimos do cangaceiro Mané Moreno.

Mané Moreno

Zé Sereno andou no bando de Lampião com sua esposa Sila,

Adília, à esquerda, Sila, à direita

até no dia do massacre na Grota de Angico, onde mataram Lampião, Maria Bonita e mais nove cangaceiros, sobre o comando do oficial alagoano tenente João Bezerra.  

Zé Sereno em leito de Hospital

Zé Sereno e Sila saíram ilesos do massacre, isto é, não foram atingidos pelas balas.  O ex-cangaceiros Zé Sereno só veio a falecer em 16 de fevereiro de 1981, no Hospital Municipal de São Paulo.  Sua mulher Sila  faleceu no dia 15 de Outubro de 2005, também na capital Paulista.

Fonte de pesquisa:
do amigo Guilherme Machado