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domingo, 11 de novembro de 2012

A temerosa invasão de Lampião

O cangaceiro Zé Baiano

Ao saber da morte do seu mais respeitado cangaceiro, Zé Baiano, morto em emboscada ardilosamente planejada pelo coiteiro 


Antônio de Chiquinho, na Lagoa Nova em Alagadiço. Tendo o corpo do cangaceiro sido jogado em um formigueiro, o seu líder,

Lampião e Maria Bonita

Virgulino Ferreira da Silva, reuniu seu bando e partiu com destino a Frei Paulo para por em prática um sórdido plano de vingança. Ele planejara uma sangrenta invasão de nossa cidade. Isso ocorreu nos anos 30, durante a famosa seca que assolou o sertão sergipano. Além das aflições causadas pela longa estiagem, a população vivia apreensiva com a eminência desse ataque. O interventor federal Eronildes Ferreira de Carvalho, proprietários da Fazenda Jaramatáia, determinou a criação de uma “Força Volante” que permaneceu acampada por meses na antiga praça do mercado, atualmente Praça Capitão João Tavares. O grupo dormia em dezenas de redes armadas e os mantimentos eram cozinhados em panelões. 

O povo de Frei Paulo ainda hoje acredita que foi a espada do padroeiro São Paulo que impediu a entrada do bando de Lampião. Segundo uma lenda contada em prosa e versos pelos mais antigos, toda vez que o cangaceiro tentava entrar em Frei Paulo, era acometido de uma terrível dor nos olhos e nos ouvidos e uma caganeira que o deixava muito debilitado. O Padre Madeira mandou virar para cima a espada da imagem de São Paulo, que era voltada para baixo. Foram tempos difíceis e o medo imperava.

Meu pai relata que viu Lampião e seu bando na feira de Ribeirópolis no anos de 1927, como ele era uma criança, passou por baixo das pernas dos adultos que se aglomeravam para ver de perto o rei do cangaço, imponente, com suas indumentárias, olhar de mau, taciturno e sério. Armado de punhais, parabelo nos quartos, ostensivas cartucheiras em forma de xis e em uma das mãos um rifle papo amarelo. Era a lenda viva dos sertões bem ali na sua frente, cercado de outros cangaceiros e sua mulher Maria Bonita.

Mas em Frei Paulo ele jamais pisou os pés, graça a bravura de seus habitantes que voluntariamente se juntavam à "Força Volante" para enfrentar os cangaceiros. Logo os rumores de atrocidades praticadas pelo bandoleiro começaram a chegar. Ele já teria invadido fazendas em Carira, Cipó de Leite e Mocambo, sua chegada a Frei Paulo seria uma questão de tempo. Lampião mandou um bilhete para o intendente Maurício Ettinger com o seguinte teor: “Quando menos isperá nois invade sua cidade; num vai iscapá nem menino de 9 mês, a cabeça do delegado Germino vai rolar”

Germino Góes era o pai de Antônio de Germino, dono do Alambique da Imbira, que fabricava a Ibiracema, a melhor cachaça da região. Ele teve que fugir para o sul da Bahia para não ser morto, pois sua fazenda fora diversas vezes saqueada pelos bandos de Lampião e Zé Baiano. Fez isso porque se recusava a ser coiteiro de Lampião. O seu neto, Germino Neto é casado com minha irmã Selma. A morte de Zé Baiano, planejada por Antônio de Chiquinho não trouxe paz, pelo contrario, deu início a uma guerra que por pouco não se consumou.

Lampião e seu bando ainda ficaram alguns dias acampados às portas de Frei Paulo, o local onde ele se preparava para a invasão era ali, onde fica hoje o Curral do Açougue, no pé da ladeira que dá acesso à cidade. Felizmente o bandido bateu em retirada, ao saber que teria uma resistência à altura. Rumou para a Bahia e tempos depois foi morto numa troca de tiros com a volante na gruta de Angicos, próximo de Propriá.

http://magnopapagaio.blogspot.com.br

As mulheres e a vida urbana no Brasil no início do século XIX


As mulheres das classes mais abastadas não tinham muitas atividades fora do lar. Eram treinadas para desempenhar o papel de mães e exercer as prendas domésticas. As menos afortunadas, viúvas ou membros da elite empobrecida, faziam doces por encomenda, arranjos de flores, bordados a crivo, davam aulas de piano e solfejo, ajudando, assim, na educação da numerosa prole que costumava cercá-las.

Tais atividades, além de não serem valorizadas, não eram tampouco bem vistas socialmente. As mulheres que as exerciam tornavam-se alvo fácil da maledicência masculina. Na época, era voz comum que a mulher não precisava, nem devia, ganhar dinheiro. As pobres, contudo, não tinham escolha senão garantir o próprio sustento. Eram, pois, costureiras e rendeiras, lavadeiras, fiandeiras ou roceiras.

Estas últimas, na enxada, ao lado de irmãos, pais ou companheiros, faziam todo o trabalho considerado masculino: torar paus, carregar feixes de lenha, cavoucar, semear, limpar a roça do mato e colher. As escravas trabalharam principalmente na roça, mas também foram usadas por seus senhores como tecelãs, rendeiras, carpinteiras, amas-de-leite, pajens, cozinheiras, costureiras, engomadeiras e mão de obra para todo e qualquer serviço doméstico.

Até o período em que se deu a independência, as mulheres viviam num cenário com algumas características constantes: a família patriarcal era o padrão dominante entre as elites agrárias, enquanto nas camadas populares rurais e urbanas, os concubinatos, uniões informais e não-legalizadas e os filhos ilegítimos eram a marca registrada. A importância das cidades variava de acordo com a função econômica, política, administrativa e cultural. O Rio de Janeiro, graças aos portugueses que seguiram D. João VI em seu exílio tropical, era a única cidade a contar com mais de 100 mil residências. A população urbana, contudo, crescia desde o século XVIII, alimentando forte migração interna (campo-cidade) e externa (tráfico negreiro e, depois desde 1850, imigração europeia).

É bom não perder de vista, no entanto, que, de acordo com vários viajantes estrangeiros que aqui estiveram na primeira metade do século XIX (Saint-Hilaire, Debret, Rugendas, Maria Graham), a paisagem urbana brasileira ainda era bem modesta. Com exceção da capital, Rio de Janeiro, e de alguns centros em que a agricultura exportadora e o ouro tinham deixado marcas - caso de Salvador, São Luís ou Ouro Preto -, a maior parte das vilas e cidades não passava de pequenos burgos isolados, com casario baixo e discreto, como São Paulo, Curitiba e Porto Alegre.

Mesmo na chamada Corte, o Rio de Janeiro, as mudanças eram mais de forma que de fundo. A requintada presença da Missão Francesa pode ter deixado marcas na pintura, na ornamentação e na arquitetura, mas as notícias do jornal Gazeta do Rio de Janeiro (1808-1822) e Idade de ouro no Brasil (1811-1823), órgãos da imprensa oficial, ou mesmo a inauguração do Real Teatro de São João, onde artistas estrangeiros soltavam seus trinados, não eram suficientes para quebrar a monotonia intelectual. Além do popular entrudo, antecessor do nosso carnaval, e dos saraus familiares, o evento social mais importante continuava a ser a missa dominical.

Contra esse pano de fundo encontraremos mulheres da elite urbana, casadas com ricos homens de negócio, como, por exemplo, dona Ana Francisca Maciel da Costa [...], exemplo de matriarca vivendo na Corte às vésperas da independência. Seus salões foram descritos [...] como decorados com gosto francês, o que incluía papéis de parede e molduras douradas, além de móveis de origem inglesa e francesa. A neta da anfitriã, como boa filha da elite local, falava francês e fazia progressos na língua inglesa.

O exemplo era raro, queixava-se em 1813 John Luccock, afirmando que, pelo contrário, o pouco contato com a maioria das mulheres costumava desnudar sua falta de educação e instrução. Sabiam ler - comentava, amargo, só o livro de reza.

Debret confirmava o despreparo intelectual das mulheres de elite. Até 1815, e não obstante a passagem da família real, a educação se restringia a recitar preces de cor e calcular de memória, não incluindo a escrita.

A ignorância, segundo ele, era incentivada por pais e maridos, receosos da temida correspondência amorosa. Isso levou as brasileiras a inventar um código de comunicação baseado em desenhos de flores. Cada flor correspondia a uma ordem ou expressava um pensamento: o cravo significava ciúme, a rosa, paixão, o lírio, castidade etc. A observadora Maria Graham confirmou o mesmo uso entre senhoras de Pernambuco. Os namoros, na época, evoluíam segundo esse código.

Apesar dos cuidados com esposas e namoradas, não era exatamente seu pudor que impressionava os estrangeiros. Um visitante inglês tinha sobre a moral das brasileiras um juízo bem diferente daquele que se podia esperar de mulheres que teoricamente viviam escondidas dos homens: "Tanto as casadas quanto as solteiras era a mesma coisa, ou seja, imorais e ligeiras".

Em 1816, encontramos no Rio de Janeiro apenas dois colégios particulares para moças. Entre as jovens de elite, o costume era aprender, graças à visita de professores particulares, piano, inglês e francês, canto e tudo o mais que as permitisse brilhar nas reuniões sociais. É no Rio de Janeiro que vamos encontrar os "primeiros salões frequentados por damas". Elas aí se entretinham em serões e partidas noturnas de uíste (jogo de cartas), entretenimentos simples ou bailes e recepções. As danças se aperfeiçoavam com mestres entendidos, responsáveis pela capacidade das alunas em exibir passos e coreografias estudadas.

Além do professor de dançam outro modismo da época eram os cabeleireiros, franceses, de preferência, responsáveis por penteados ousados e cabeleiras ou perucas. É interessante observar que, nesse ambiente, as crianças eram comumente levadas aos bailes com seus pais [...].

Outra forma de lazer já praticado pelas mulheres eram os banhos de mar: escravas acompanhavam-nas com barracas, enquanto as sinhazinhas, em roupas de banho escuras e compridas, soltavam suas tranças para nadar. Senhoras e mucamas entravam juntas na água, onde passavam horas a espadanar. [...]

As mulheres de elite eram aparentemente muito bem vigiadas. Namoros se faziam na igreja, entre beliscões e pisadelas, ou às janelas, sob as quais os aspirantes a namorado colocavam-se rentes - era o chamado "namoro de espeque" -, murmurando palavras de amor. Observador, o viajante Carl Seidler relata: "A igreja é o teatro habitual de todas as aventuras amorosas na fase inicial... só aí é possível ver as damas, sem embaraços, aproximar-se discretamente e até cochichar algumas palavras. A religião encobre tudo, enquanto se faz devotamente o sinal da cruz pronuncia-se com igual fervor uma declaração de amor. Escravos encarregavam-se de levar e trazer recados dos amantes depois da missa".

DEL PRIORE, Mary et alli. 500 anos de Brasil: histórias e reflexões. São Paulo: Scipione, 1999. p. 10-13.

Extraído do blog do Orides Maurer Jr. São Francisco do Sul, Santa Catarina, Brasil.

Luiz Gonzaga


Há 21 anos, um filho perdia o pai. No caminho para o enterro, no interior de Pernambuco, ele admite: “Não conheci meu pai direito e amanhã é o enterro dele”. Seu nome é Gonzaguinha, filho do Rei do Baião. E é através de seus olhos que a história de Luiz Gonzaga vai para o cinema, em filme dirigido por Breno Silveira (2 filhos de Francisco). 

Gonzaga de pai para filho surgiu quando Silveira havia desistido de fazer cinebiografias. “O sucesso de 2 filhos de Francisco despertou a vontade de muita gente, que enviou propostas para filmar trajetórias difíceis que as pessoas vivem. Mas chegou nas minhas mãos uma fita de Gonzaguinha, sobre um Sertão que ele não conhecia bem, narrado com uma voz emocionada”.
A ascendência pernambucana pesou na decisão. Seu avô, Breno Dália da Silveira, conheceu Gonzagão e viajava pelo Sertão da Paraíba e também em Carpina, onde tinha terras. “Quando criança, passei quase todas as minhas férias no Recife. Minha infância foi escutando Gonzagão com meu avô. Por isso, até hoje filmo o Sertão”.

Parte do todo
(Diario de Pernambuco, 03/08/2010) 

LUIZ GONZAGA E O RIO GRANDE DO NORTE


Autor: Kydelmir Dantas


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VENDA DO LIVRO “EU NÃO SOU HERÓI – A HISTÓRIA DE EMIL PETR”


Lançado no último dia 31 de outubro o livro “EU NÃO SOU HERÓI – A HISTÓRIA DE EMIL PETR” já se encontra à venda nas LIVRARIAS NOBEL E POTYLIVROS e na rede DE LIVRARIAS SARAIVA. Podem também serem adquiridos com pedido através do e-mail:  contato@calculuscontab.com ou pelo telefone -84-3206-8396, ao preço de r$ 50,00 (cinquenta reais).
Em quase 300 páginas, em meio a 250 fotos, este livro trás a história de uma pessoa comum envolvida em grandes mudanças ocorridas na história recente da humanidade, como os efeitos da grade depressão de 1929 e principalmente a SEGUNDA GUERRA MUNDIAL.

As fotos que seguem mostram as páginas do capítulo em que narramos a queda do avião b-24, ao qual o tenente EMIL ANTHONY PETR era operador de radar. Este fato ocorreu no dia 13 de setembro de 1944, sobre a cidade alemã de ODERTAL, durante o ataque a uma refinaria.

Durante nossas pesquisas conseguimos contatar dois membros do exército alemão que estavam em um dos canhões que ajudaram a derrubar a b-24 do tenente PETR. Eles eram jovens de 15 e 16 anos e foram extremamente solícitos em ajudar na pesquisa deste trabalho.








O livro possuí formato a-4 e traz muitas histórias da vida de EMIL PETR em Natal e seus trabalhos junto as comunidades agrícolas da nossa região.

Neste nosso quarto livro trazemos o resultado de uma pesquisa que se iniciou em 2009, contou com o apoio de pessoas e pesquisadores no BRASIL, ESLOVÁQUIA, ALEMANHA E ESTADOS UNIDOS, a quem só tenho agradecimentos.

Um abraço a todos.

Rostand Medeiros

http://tokdehistoria.wordpress.com/ 

HISTÓRIA: Hoje marca o Fim da Primeira Guerra Mundial

Fim da 1ª Guerra Mundial

No dia 11 de novembro de 1918, o mundo recebia aliviado a notícia de que a 1ª Guerra Mundial havia terminado. A guerra acabou após a assinatura do Tratado de Versalhes, um acordo que entre uma variedade de imposições, atribuía à  Alemanha a responsabilidade  por todos os danos causados pela guerra e que portanto, os alemães deveriam pagar indenizações e fornecer o suporte para a reconstrução de diversas regiões dos países envolvidos.

A 1ª Guerra Mundial levou 60 milhões de homens para a batalha, deixando 9 milhões de pessoas mortas e mais de 20 milhões feridas.
    
Foi no período da 1ª Guerra que a revolução feminina começou a se organizar, uma vez que as mulheres assumiram os postos de trabalho deixado pelos homens que estavam na guerra.  

Fonte: http://www.123achei.com.br/
http://euricopaz.blogspot.com.br/

Histórias de cangaceiros que o povo conta

Por: Francisco Carlos Jorge de Oliveira

Sou cabo da Policia Militar do Paraná. Meu nome é Francisco Carlos Jorge de Oliveira, e como já contei a vocês sobre um velhinho pernambucano da cabeceira do rio Pajeú, que mora aqui em minha cidade o Sr. Tenório, volto a mencionar mais uma de suas histórias, desta vez sobre o nobre cangaceiro Mariano.


Numa tarde, todo o bando de Lampião exausto, faminto e ferido, encontrava-se acantonados escusos entre as fendas das grandes rochas às margens do rio São Francisco, a algumas léguas abaixo da cidade de Piranhas. Isto foi após um violento confronto com a volante de Odilon Flor, naquela região hostil e cheia de surpresas, houve baixas de ambos os lados, e o número de feridos era uma soma considerável.

O sol purpura como um bolo de sangue, pendia oblíquo no horizonte vermelho, enquanto um cara-cará atento os observava imponente no galho de um angico. O tempo quente e abafado, junto ao mormaço que subia das águas do velho Chico, que pairava sobre a colina de pedras, transformava o refúgio em uma verdadeira fornalha.

Medo ali não havia, mas sim, cisma, o silêncio era sepulcral, as garças revoavam, e o nhambu tristonho saudava o dia que já findou; o bacurau parecia lamentar a solidão, enquanto a rasga mortalha cruzava aquele céu. A retinta noite escura cobria o nordeste com seu véu. O sangue que fluía das feridas se mesclava com o suor, banhando o rosto e o corpo esgotado dos cangaceiros. A água quase escassa que saía das purungas deslizava como néctar goela abaixo, alguns gemiam em surdina, outros ignorando a dor adormeciam e os mais valentes permaneciam pervígil, embora cansados, mas vigilantes.

O cangaceiro Mariano estava ferido por um projétil deformado que ao ricochetear em um lajedo, o atingiu abaixo da panturrilha esquerda, a lesão embora superficial sangrava muito, pois havia rasgado o tecido uns cinco centímetros, e era semelhante a um talho de faca.

Da esquerda para  direita: Mariano. Pai Veio e Pavão

Mariano estava próximo ao cangaceiro Pai Veio e pediu a ele um pouco de água, mas, este respondeu que não tinha, pois sua cabaça havia sido furada por um tiro. 

O cangaceiro Volta Seca

Pediu também ao jovem Volta Seca, mas este vencido pelo cansaço estava ferrado no sono. A sede era insuportável e Mariano resolveu descer até ás barrancas do grande rio para apanhar um pouco d'água. E assim o fez, mancando e com cautela, lá chegando viu que o terreno era totalmente descampado. Então acabou de aproximar rastejando, e pegando sua cabaça a submergiu nas águas frescas do rio, enchendo o recipiente até transbordar.

Após saciar a incrível sede, sentou-se debaixo de um pé de ingá e quando banhava a ferida com água fria para amenizar a dor, súbito encosta uma canoa e desembarca uma mulher baixa, toda vestida de branco, que seguiu em sua direção. O cangaceiro até tentou se mover, mas seu corpo não o atendeu, e assim neste estado de transe permaneceu Mariano.

 A tal senhora tirou de dentro de sua patrona de couro alguns objetos e começou a tratar do seu ferimento,  e ao mesmo tempo o aconselhava para que largasse aquela vida criminosa, por que ele era um homem bom e ali não era seu lugar. Acabando então de ouvir os conselhos daquela visão ele adormeceu.

No outro dia quando se despertou Pai Veio lhe perguntou:

- Cumé cabra, cadê seu machucado?

Mariano olhou para o local do ferimento e surpreso só viu a cicatriz. E mesmo assim não respondeu nada. Caminhando um pouco mais à frente, viu entre os chique-chiques, uma modesta cruz de madeira bem rústica gravada um letreiro. 

Lampião e Jurity

Ele pediu a seu amigo, o cangaceiro jurity, que lesse para ele o que estava escrito naquela cruz. E o facínora disse-lhe:

- Neste lugar morreu afogada a parteira Juventina de Santana.

Naquele momento Mariano compreendeu tudo o que havia se passado com ele. E assim ele foi até perto da tal cruz e rezou pela alma de sua benfeitora. 

Depois se juntou com o resto do bando para tomar café e ouvir os planos do Capitão Virgulino. 

Pois é caro leitor, esta é mais uma historia que cabe a você analisá-la.

História contada na página de comentários pelo autor Francisco Carlos Jorge de Oliveira  em:
A morte de Mariano, postado neste blog  - no dia 1º de Fevereiro de 2011

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