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segunda-feira, 21 de maio de 2018

LIVRO DO DR. ARCHIMEDES MARQUES


 São quase 400 páginas, com fatos novos, inclusive uma certidão do casamento da cangaceira Dulce, com o também, cangaceiro, Criança. Uma iconografia muito rica, que vale a pena ter em uma biblioteca. A excelente obra pode ser adquirida diretamente com o autor, através do email: 

archimedes-marques@bol.com.br

Sobre a sua obra, vejamos o que diz o autor, em poucas palavras:

Neste segundo volume passeamos sobre a estada, a passagem, a vida das cangaceiras naqueles inóspitos tempos, suas dores e seus amores nas guerras do cangaço e também após esse tempo para aquelas sobreviventes. 

A história de Carira, seus arruaceiros, seus bandoleiros, seus pistoleiros, os cangaceiros e policiais que por ali atuaram, também é minuciada e melhor estudada com a participação inequívoca de historiadores locais de renome que remontam esse tempo.

Laranjeiras, a histórica e linda Laranjeiras dos amores e horrores, não poderia ficar de fora, pois além de tudo, há a grande possibilidade de Lampião ali ter pisado, até mais de uma vez, para tratamento do seu olho junto ao médico Dr. Antônio Militão de Bragança. Nesse sentido a história, a ficção e as suposições se misturam para melhor compreensão do leitor.

Boas novidades também são apresentadas neste volume, uma com referência ao “desaparecido” Luiz Marinho, cunhado de Lampião, então casado com a sua irmã Virtuosa, outra referente ao casamento de um casal de cangaceiros ainda na constância desse fenômeno ocorrido em Porto da Folha, com a prova documental e, em especial o extraordinário fato novo relacionado a Maria Bonita em Propriá na sua segunda visita àquela cidade para tratamento médico. Fotos inéditas também estão apostas neste volume, que acredito será bem aceito pelos pesquisadores do cangaço.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=829473713921271&set=gm.805346109674335&type=3&theater&ifg=1

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O “BICHÃO” DE PORTO DA FOLHA

Por Rangel Alves da Costa

Uma verdadeira lenda rural (e não urbana, logicamente) vem se espalhando nos últimos dias no município vizinho de Porto da Folha. Relatos dão conta que um “bichão” vem atacando e assombrando pessoas nas terras buraqueiras. Tendo cuidado com os exageros, prefiro acreditar nas palavras do sertanejo, no homem da roça. O primeiro relato surgido dava conta de um ser monstruoso, meio humano e meio bicho, de porte alto, “fedorento que só o raio da silibrina”, que de repente surgiu para atacar um homem que seguia, já na noite, por uma estrada de chão em direção à sua residência. 


O bicho apareceu e não houve jeito de espantá-lo através da foice que o trabalhador carregava. O monstruoso somente correu quando um automóvel apareceu ao longe e iluminou naquela direção. Amedrontado, esbaforido, cansado da luta para se defender, mal o homem alcançou lugar para se proteger e o “bichão” apareceu novamente. Nova luta inglória, pois o bicho raivoso e fedorento atacava ainda com mais fúria, até que o farol de uma motocicleta novamente salvou o sertanejo. Como visto, o “bichão” só tem medo de luz, de iluminação, de farol, bem próprio das coisas da escuridão. Com o novo sumiço, o homem juntou as forças que tinha e correu em disparada, aos gritos e berros, até chegar à residência de um conhecido, logo adiante. Chegou aos prantos, tremendo feito vara verde, sem poder sequer falar sobre a sua lastimosa situação. Dizem que até hoje o homem não se recuperou do apavorante encontro com o “bichão”. E agora surgem informações sobre o aparecimento de outro ser assombroso, todo enegrecido, com ponta na testa e outras aberrações, também imenso e malcheiroso. Dessa vez o encontro se deu por uma mãe e sua filhinha. E novamente foram salvas por um farol de veículo. Mas nos exageros do povo, ou no poder de invencionice popular, já se dá conta de outros aparecimentos do “bichão”. Um desses relatos diz que o ser monstruoso tudo faz para passar entre as pernas da pessoa que está sendo atacada, pois assim a vítima também será possuída pelas forças do mal. Como disse, exageros e mentiras à parte, não se pode desacreditar totalmente em tais aparições aterrorizantes. O mundo está revirado e onde quase já não há lugar para o bem, logo o mal começa a atacar. De todo jeito, é melhor ter cuidado com a noite, com as estradas e seus labirintos. É preciso ter cuidado também com o homem, pois o lado “meio homem” do bicho pode ser qualquer um que continuamente carregue o mal no coração. Contudo, muito ainda virá por aí e essas histórias todas redundarão em verdades que ninguém - mas ninguém mesmo - vai querer acreditar. Quem viver verá!

Rangel Alves da Costa

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TRÊS POVOADOS SANTANENSES

Clerisvaldo B. Chagas, 21 de maio de 2018
Escritor Símbolo de Santana do Ipanema
Crônica 1.905

Os povoados são a ponte entre o campo e a sede municipal. São eles que suprem as primeiras necessidades ruralistas. Muitos evoluem, principalmente por acontecimentos extraordinários, reivindicam e, às vezes conseguem a emancipação política. Tornam-se municípios, progridem ou caem no marasmo. Outros crescem, mas as leis não permitem a separação política. Ainda tem os que surgem, crescem e morrem. Viram povoados fantasmas, motivados, por exemplos, por catástrofes naturais, esgotamento da riqueza do lugar, construção de hidroelétrica e assim sucessivamente, como dizia o saudoso professor Aloísio Ernande Brandão. Interessante é o destino de cada povoado, mesmo vizinhos, trilham rumos diferentes, como acontece com as pessoas na individualidade.

POVOADO SÃO FÉLIX. (YOU TUBE).
No município de Santana do Ipanema, o povoado Areias Brancas (E Não Areia Branca) foi amplamente favorecido pela antiga estrada de rodagem. Posteriormente a BR-316 foi asfaltada, fazendo com que o povoado desenvolvesse e ficasse cortado ao meio por essa rodovia federal. Não poderia ser de outra maneira e, hoje, Areias Brancas não para de angariar mais casas comerciais e prestação de serviços, chegando a eleger vereadores. Tem, sem dúvida alguma, um futuro promissor.
São Félix, antes povoado Quixabeira Amargosa, é núcleo rural da área serrana do município. Cresceu, mas não como deveria, pois fica fora do principal eixo viário da região. Poderia surpreender dentro de pouco tempo se recebesse asfalto Santana – Águas Belas, São Félix – Areias Brancas (por dentro).
Pedra d’Água dos Alexandres (terceiro povoado) continua isolado, principalmente nos tempos de inverno, cujas estradas só as enfrentam quem tem negócio. O acesso asfáltico à BR-316 poderia dar um novo alento ao povoado de menor estrutura onde também seriam favorecidos inúmeros sítios como Mocambo, Morcego, Laje dos Frade e outros, indiretamente.
Vamos à luta, gente, “a união faz a força”.


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O CARIRI CANGAÇO JÁ ESTÁ ACONTECENDO NAS ESCOLAS DE POÇO REDONDO

*Rangel Alves da Costa

Orgulhoso, feliz e realizado, afirmo: O Cariri Cangaço já é realidade em Poço Redondo, pois já acontecendo nas escolas municipais. O grandioso evento que terá início oficial no dia 14 de junho e se estenderá até o dia 17, já foi antecipado na rotina escolar de milhares de estudantes e professores.
Com efeito, a rede municipal de ensino já levou o Cariri Cangaço Poço Redondo 2018 para os seus espaços e estão desenvolvendo os temas com presteza e perfeição. Elaboraram projetos e passaram a desenvolver atividades internas, e mais adiante, durante a realização do evento, todas as atividades propostas serão apresentadas à população.
Jamais houve tamanho envolvimento da comunidade escolar com um evento histórico-cultural como o que agora se observa. São alunos cada vez mais interessados pelo real significado do Cariri Cangaço, quais suas propostas de estudo e como realiza seus eventos. Alunos que a todo instante querem saber o porquê de ter o nome Cariri Cangaço e quais os seus reais objetivos de estudo.


Os professores então, que chamaram para si a prazerosa responsabilidade de não apenas conhecer em profundidade como será o evento em Poço Redondo como pesquisar sobre tudo que envolva o Cariri Cangaço, o que é, seus objetivos, desde quando existe, quais as cidades e estados que já sediaram, os textos escritos, absolutamente tudo que diga respeito ao seminário permanente de estudo histórico, cultural, religioso, sociológico, etc.
O interesse é tamanho que a maioria dos professores já acessou - e por diversas - o site oficial do Cariri Cangaço (http://cariricangaco.blogspot.com.br/). O mesmo ocorre com relação aos alunos. Tanto assim que quando sou convidado a proferir palestras ou apenas dialogar sobre o que será o evento em Poço Redondo, logo encontro uma comunidade escolar já conhecedora de quase tudo. Fácil observar isso nas perguntas sempre pertinentes e instigantes que fazem.
E mais. Turmas escolares já apresentaram projetos cujas ações deram vida ao cangaço em Poço Redondo, já mostraram Alcino como o grande expoente da saga sertaneja, já se vestiram daquelas pessoas em luta debaixo do sol e da lua, já teatralizaram essa mesma luta, já mostraram as belezas históricas e incentivaram a compreensão dos demais sobre tão importante contexto do passado sertanejo e de Poço Redondo.
As demais escolas farão o mesmo, pois trarão aos olhos da população local e de todos aqueles que estiverem em Poço Redondo durante o evento, a demonstração da força de nossa saga. Hoje ainda estão se apresentando e se preparando no ambiente escolar, mas depois sairão às ruas, tomarão as praças, tornarão todo o Poço Redondo num grande livro aberto. Chamamos a isso de pleno envolvimento com os objetivos do evento Cariri Cangaço: Celebrar o Chão Sagrado de Alcino através de suas riquezas históricas, culturais, geográficas, etc.


De vez em quando aparecem as fotografias dos projetos apresentados nas escolas e dos trabalhos já realizados. E por todo o Poço Redondo há esse clima de compartilhamento e comunhão entre a escola e o evento em si. Como dito, o evento já está acontecendo, o Cariri Cangaço já está produzindo efeitos indescritíveis. Nunca se estudou tanto a história de Poço Redondo como agora, nunca a comunidade escolar se envolveu tanto com suas riquezas históricas e culturais como agora.
Por consequência, a sensação de pertencimento a esse mundo-sertão, a autoestima de ser e fazer parte desse mundo-sertão, certamente enraizará em cada um o prazer de dizer: Tenho orgulho de ser de Poço Redondo, de ser filho deste chão guerreiro, de fazer parte do seu passado e do seu destino. Tais portas já foram abertas. E que se imagine quando o evento chegar: a festa maior de um povo!

Escritor
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O QUE DISSERAM OS JORNAIS "DIÁRIO DE PERNAMBUCO", "A NOITE" E O "JORNAL DO BRASIL" SOBRE OS CANGACEIROS LUIZ PADRE E SEBASTIÃO (SINHÔ) PEREIRA 2ª PARTE


Por Antonio Corrêa Sobrinho

CANGACEIROS EM AÇÃO


Acentua-se o sobressalto da população do povoado Bom Nome, no município de Belmonte, com a notícia de um ataque por parte dos grupos de cangaceiros chefiados por Luiz Padre e Sebastião Pereira.

Já são inúmeras as depredações praticadas naquele município e no de Vila Bela pelos dois referidos chefes de facínoras.

Agora eles concentram cangaceiros em Barro, no Ceará e na serra do Catolé que apenas dista três léguas de Bom Nome, para o projetado ataque a esse povoado.



A esse respeito o senhor desembargador chefe de polícia tem recebido telegramas, não só das autoridades de Vila Bela, como de negociantes e outras pessoas residentes nas imediações, os quais se acham aterrorizados com a aproximação dos criminosos. S. s. vai providenciar para a remessa de forças a fim de evitar o ataque.

A força existente em Vila Bela é composta de 100 homens assim distribuídos: no município acima referido 45; em São Francisco, 15; no município de Belmonte 25, e em Bom nome 15.

Esse pequeno número de praças no povoado preferido pelos cangaceiros, parece não ser suficiente para evitar a entrada dos mesmos, cujo número sobe a 100 homens.

- Telegrama recebido ontem, à noite, de Belmonte e que nos foi mostrado adianta que Luiz Padre e Sebastião Pereira, chefes dos bandoleiros se acham na fazenda Carnaúba e no lugar Algodão, tendo para ali seguido um oficial da força pública em diligência.

“Diário de Pernambuco” - 26.05.1919

CANGACEIROS EM AÇÃO

Vão se confirmando afinal as notícias chegadas a esta capital, procedentes do município de Belmonte, sobre a ação depredativa dos cangaceiros chefiados por Luiz Padre e Sebastião Pereira, os quais se obstinam em atacar o povoado de Bom Nome, daquele município.

Temos noticiado, por mais de uma vez, plano que os facínoras tentam pôr em prática ainda esta semana, segundo as últimas notícias chegadas daquela procedência.

Ainda ontem, o senhor desembargador chefe de polícia recebeu os seguintes telegramas do capitão Batista da Cruz e tenente Manoel Gomes, respectivamente delegados de Vila Bela e Belmonte:

“Comunico a Vossa Excelência que se acham novamente neste município grupos de cangaceiros chefiados por Luiz Padre e Sebastião Pereira. Os bandidos se acham homiziados nas imediações da fazenda Carnaúba. 

Comuniquei ao delegado de Vila Bela, a fim de juntarmos forças em Bom Nome para atacarmos o reduto ocupado pelos cangaceiros.

Devido a força aqui estacionada ser insuficiente, estou aliciando alguns paisanos para auxiliarem o ataque amanhã”.

- “Tendo o delegado de Belmonte solicitado auxílio a fim de debandar o grupo de Luiz Padre que opera nas imediações da fazenda Carnaúba, sigo em diligência, a fim de atender ao pedido do mesmo”.

Pelo teor dos telegramas acima é de se supor que as forças dos dois municípios, em ação conjunta, ataquem o reduto dos cangaceiros evitando que os mesmos pratiquem depredações em Bom Nome.

Entre este povoado e Belmonte, consta que os criminosos cortaram a comunicação telegráfica.

Em face da gravidade da situação o senhor desembargador chefe de polícia esteve ontem, às 20 horas, no telégrafo nacional, comunicando-se com as autoridades de Belmonte e Vila Bela.

As informações colhidas por s. s. pouco diferem dos constantes dos despachos telegráficos. No entretanto, o senhor desembargador chefe de polícia, tomou diversas providências a fim de obstar o projetado ataque ao povoado Bom Nome.

“Diário de Pernambuco” - 27/05/1919

CANGACEIROS EM AÇÃO

Já começaram a ser praticadas nos municípios de Belmonte e Vila Bela, as depredações planejadas pelos facínoras chefiados por Luiz Padre e Sebastião Pereira.

Apesar da ação conjunta da polícia dos dois referidos municípios, ora em caminho de Bom Nome, a fim de evitar o projetado ataque a esse povoado e garantir a sua população, os bandoleiros, talvez conhecedores do destino da força policial, bandearam-se para outros lugares, praticando toda sorte de crimes.

Ontem, à tarde, o senhor desembargador chefe de polícia recebeu um telegrama de Belmonte, comunicando que Luiz Padre e Sebastião Pereira estão concentrando gente armada no povoado São Francisco, do município de Vila Bela, ignorando-se qual seja o objetivo dos referidos criminosos.

Adiantava o despacho telegráfico que um numeroso grupo de cangaceiros havia incendiado a propriedade denominada Várzea do Meio, pertencente aos Pereiras, constando terem saqueado outras.

O senhor desembargador chefe de polícia espera que a força reunida, de Belmonte e Vila Bela, possa perseguir e debandar os perigosos facínoras.

“Diário de Pernambuco” - 28.05.19

NOVAS DEPREDAÇÕES EM BELMONTE E VILA BELA

Os cangaceiros de Luiz Padre e Sebastião Pereira ameaçam todo o interior pernambucano.

RECIFE, 23 (A.A.) (Retardado) – Já começam a ser praticadas, nos municípios de Belmonte e Vila Bela, as depredações planejadas pelos facínoras chefiados por Luiz Padre e Sebastião Pereira, apesar da ação conjunta da polícia dos referidos municípios, ora em caminho para Bom Nome, com o fim de evitar o projetado ataque a esse povoado, e garantir a sua população. Os bandoleiros, talvez conhecedores do destino da força policial, bandearam-se para outros lugares, praticando toda a sorte de crimes.

Ontem, à tarde, o desembargador Antonio Guimarães, chefe de polícia, recebeu um telegrama de Belmonte comunicando que Luiz Padre e Sebastião Pereira estão concentrando gente armada no povoado de S. Francisco, município de Vila Bela, ignorando-se qual seja o objetivo dos referidos criminosos. Adianta o despacho telegráfico que numeroso grupo de cangaceiros incendiou a propriedade denominada Várzea de Maio, constando terem os bandidos saqueado outras. O Sr. Chefe de polícia espera que a força reunida de Belmonte e Vila Bela possa perseguir e fazer debandar os perigosos facínoras.

“A Noite” - 29.05.1919

Mais um crime de morte do cangaceiro Luiz Padre

CRATO (Ceará), 4 (Serviço especial da “A NOITE”) – Na vila Mauriti, município de Milagres, o célebre cangaceiro Luiz Padre assassinou barbaramente Francisco Leite, empregado do comércio. Patrocinou-o o chefe dos cangaceiros José Ignácio, que acampou no sítio do Barro. O bandido Padre fugiu e a polícia, apesar de todos os seus esforços, ainda não pôde prendê-lo. É acusado de mais de dez mortes feitas no Ceará, Paraíba e Pernambuco.

“A Noite” - 04.06.1919

A SITUAÇÃO EM VILA BELA

Durante o dia e noite de ontem nenhuma notícia havia recebido o senhor desembargador chefe de polícia de Vila Bela, sobre a ação depredativa dos cangaceiros chefiados por Luiz Padre e Sebastião Pereira, os quais, na véspera haviam assaltado a fazenda Chocalho, naquele município.

Ao local dos acontecimentos já deveria ter chegado a força do comando do capitão Manoel Holanda Cavalcanti, segundo comunicação que o mesmo fez ao senhor desembargador chefe de polícia de ter seguindo par a propriedade assaltada.

Ontem foram designados pelo senhor coronel comandante da Força policial, os primeiros tenentes José do Rego Barros e Horácio Isaias Carneiro de Almeida, a fim de seguirem para Belmonte e Bom Nome, respectivamente.

“Diário de Pernambuco” - 15.06.1919

A SITUAÇÃO EM VILA BELA

Cangaceiros em ação – Assassinato de um popular – Roubo de animais – As providências da polícia.

Voltam a figurar no noticiário dos jornais, depois de um curto período de relativa clama, novos fatos delituosos praticados por um grupo de cangaceiros capitaneados pelos indivíduos Luiz Padre e Sebastião Pereira, que centralizaram a sua ação no município de Vila Bela. Há cerca de um mês o mesmo grupo de indivíduos praticou depredações na fazenda Chocalho, de propriedade do senhor Mario Lira, pondo-se em seguida em fuga, homiziando-se em localidades vizinhas. A ação repressiva da polícia fez-se sentir em perseguição dos bandoleiros, tendo o senhor desembargador chefe de polícia assentado providências no intuito de evitar que maiores depredações fossem levadas a efeito. Mas, os facínoras puseram-se em fuga.

Agora, aproveitando quiçá a permanência da força destacada em Vila Bela, no município de Triunfo, para perseguição dos assassinos do coronel Deodato Monteiro, voltam os criminosos a fazer incursões em Vila Bela, praticando assassinatos e roubos.

No dia 29 do mês findo, os cangaceiros chefiados por Luiz Padre e Sebastião Pereira, encontrando no lugar denominado Cachoeira, o popular de nome Manoel Natal, assassinaram-no a tiros e punhaladas.

A vítima da sanha dos perigosos incursionistas conduzia na ocasião numerosas rezes de propriedade do senhor Antonio Ignácio, fazendeiro naquele município, para evitar mesmo que os bandoleiros tentassem assaltar a sua propriedade agrícola, roubando-lhas.

Após a perpetração do crime, os cangaceiros apoderaram-se dos animais que eram pastoreados pela vítima, evadindo-se.

Logo que teve conhecimento do fato, o senhor capitão Tiburtino do Nascimento, delegado de polícia de Vila Bela, encetou as diligências recomendadas em lei, partindo acompanhado da força de que dispunha, para mover perseguição aos assaltantes.

“Diário de Pernambuco” - 02.07.1919

O senhor governador do Estado recebeu ontem telegramas de Triunfo e Vila Bela comunicando que no município de Princesa do vizinho estado da Paraíba, se encontra um numeroso grupo de indivíduos armados, no propósito de invadir o território de Pernambuco, por Triunfo que, como se sabe é limítrofe do citado município.

Os telegramas adiantam que, à frente de tal gente, se encontram os mesmos facínoras que há pouco assassinaram o coronel Deodato Monteiro, apontando-se entre eles, Luiz Leão, Cabral, Salu, Ventania, Luiz Padre e Sebastião Pereira, os dois últimos, criminosos foragidos recentemente de Vila Bela. 

O senhor doutor chefe de polícia comunicou ao seu colega da Paraíba as notícias recebidas, solicitando a sua ação no sentido de serem batidos e desarmados esses malfeitores que, acoutados em território paraibano, continuam a perturbar a paz dos nossos sertões.

Existem presentemente naquela região alguns destacamentos de força policial em constante vigilância e o governo está providenciando no sentido de reforçar esse policiamento.

O concurso do governo da Paraíba seria, entretanto, bastante eficaz neste momento, no sentido de impedir que tais indivíduos encontrem asilo no território de sua jurisdição.

A serem verdadeiras as informações transmitidas para aquele governo do Estado, devemos supor que as providências do governo paraibano não se façam esperar, no interesse comum da ordem pública e do sossego da população pacífica em ambos os estados.

“Diário de Pernambuco” - 03.07.1919

OS CANGACEIROS DE VILA BELA

RECIFE, 2 (A.) – Voltam a figurar no noticiário dos jornais novos fatos deliciosos praticados por grupos de cangaceiros capitaneados por Luiz Padre e Sebastião Pereira, que centralizaram sua ação no município de Vila Bela.

No mês findo esse grupo praticou depredações na fazenda Chocalho, de propriedade do Sr. Mario Lira, pondo-se em fuga para evitar a ação repressiva da polícia, quando se fez sentir a sua perseguição.

Os bandoleiros agora, aproveitando-se da permanência da força destacada em Vila Bela, no município de Triunfo, onde está em perseguição dos assassinos do coronel Deodato Monteiro, voltam a fazer incursões na primeira (...) praticando assassinatos, roubos e outros crimes.

Ainda no dia 29 do mês findo os cangaceiros Luiz Padre e Sebastião Pereira, encontrando no lugar denominado Cachoeira o popular Manuel Natal, assassinaram-no a paulada. A vítima da sanha dos perigosos incursionistas conduzia, nessa ocasião, numerosas rezes de propriedade do fazendeiro Antônio Ignácio, residente naquele município, que as retirava mesmo para que os bandoleiros não tentasse assaltar a fazenda de sua propriedade, roubando-lhe o gado.

Após a perpetração do crime os cangaceiros apoderaram-se de todos os animais pastorados pela vítima, evadindo-se.

“Jornal do Brasil” - 04.07.19

Os Cangaceiros Ameaçam Atacar Milagres

JUAZEIRO (Ceará, 5 (Serviço especial da “A NOITE”) – Telegramas de Milagres noticiam que correm ali boatos de que numerosos grupos de cangaceiros, homiziados nas fronteiras, vão atacar a cidade, chefiados, segundo informam por Luiz Padre.

“A Noite” - 05.07.1919

A VERGONHA DOS SERTÕES NORTISTAS

Um Terrível Bando de Cangaceiros

CRATO (Ceará), 15 (A.A.) (Retardado) – Começou a debandada do núcleo de cangaceiros que obedecem às ordens do José Ignácio, aliado célebre do criminoso Luiz Padre, terror dos sertões do Nordeste, o qual, há dias, ameaçara de assaltar a cidade de Milagres, onde se dera um roubo na casa do D. Praxedes, avaliado em mais de trezentos contos de réis, sendo o mesmo grupo acusado de autoria do tal crime. Todo o Cariri sente-se com falta de garantias nas condições anormais que atravessa, contando-se mais um roubo, anteontem praticado em casa do Dr. José Ferreira por uma quadrilha de salteadores, que conduziram os utensílios domésticos e dinheiro da vítima. A “Gazeta de Cariri” profliga, chamando para eles a atenção do governo do Estado.

“A Noite” - 15.07.1919

OS CANGACEIROS NA BAHIA

JUAZEIRO (BA), 15 (Serviço especial da "A NOITE") – Estão acantonados cerca de mil praças da polícia em Milagres, em virtude dos boatos alarmantes de que os cangaceiros, chefiados por Luiz Padre, pensam em atacar aquela cidade. O juiz de direito, sentindo-se sem garantias, deixou o Termo.

“A Noite” - 16.07.1919

EM VILA BELA

Cangaceiros assaltam a fazenda Santa Rita

Voltam os cangaceiros chefiados por Luiz Padre e Sebastião Pereira, a praticar depredações no município de Vila Bela, que tem sido o ponto preferido constantemente pelos facínoras.

Quando praticam saques e incêndios os criminosos se afastam de Vila Bela, temporariamente, parecendo tentar, assim, desviar a ação repressiva da polícia.

Ainda anteontem, um numeroso grupo chefiado por Luiz Padre assaltou a fazenda Santa Rita, próxima aos limites do estado da Paraíba, saqueando e roubando.

Comunicado o ocorrido ao capitão Teófanes Torres, este, a frente de uma força policial, seguiu para a fazenda assaltada, em perseguição dos facínoras, que não foram encontrados.

Os cangaceiros ameaçam atacar também a fazenda Jardim.

Ontem o senhor desembargador chefe de polícia recebeu um telegrama do delegado de Vila Bela, narrando as ocorrências.

“Diário de Pernambuco” - 06.08.1919 

EM BELMONTE

CANGACEIROS EM AÇÃO

A propósito da incursão de grupos de bandidos em localidades do interior deste Estado o senhor desembargador chefe de polícia recebeu, de Belmonte, o seguinte telegrama:

“Cientifico a Vossa Excelência que este município está aparentemente calmo, constando, todavia, que os grupos de bandidos chefiados por Luiz Padre e Sebastião Pereira, saquearam a fazenda Barra, no estado do Ceará, de propriedade do Sr. José Ignácio.

Os cangaceiros se destinam a Pernambuco, e de acordo com o capitão Teófanes Torres que aqui se acha, sigo em diligência para o povoado Santa Maria e com destino ainda a outros pontos seguiram os capitães Teófanes e Costa Gomes, julgando desnecessários os serviços do tenente Cordeiro – (a) Comandante das forças volantes.”

“Diário de Pernambuco” - 07.08.1919

Do seu noticiário:

“VILA BELA, 6 – (Do nosso correspondente). – Hoje, pela manhã, na ocasião em que o senhor Joaquim Timóteo de Lima ia saindo à porta da casa de sua residência, no sítio São Domingos do município de Triunfo, foi alvejado por diversos tiros de rifle, desfechados por um grupo de cangaceiros do bando de Luiz Padre, de cujo grupo foi conhecido um cangaceiro de nome Luiz Macário.

O senhor Joaquim Timóteo, que é um ancião, saiu ferido em um pé quando corria, sempre perseguido pelo referido grupo de cangaceiros, que o não mataram devido a uma retaguarda que chegou em socorro da vítima, travando-se, então, grande tiroteio entre esta e o grupo de cangaceiros, recuando este, finalmente.

O senhor Timóteo é pai do distinto tabelião público deste 
município, capitão Antonio Timóteo, onde é muito estimado por todas as pessoas de bem desta cidade.

Os membros da família Timóteo já se achavam retirando suas famílias para esta cidade, temendo serem vítimas a qualquer hora, em virtude dos numerosos grupos de cangaceiros existentes atualmente nestes municípios do sertão, pois pessoas da família Timóteo, ainda não faz um mês, tiveram o prejuízo de seis animais roubados por um grupo de cangaceiros do referido sítio São Domingos.

Penso que os autores do citado roubo foi o mesmo grupo de cangaceiros que voltou novamente, não para roubar mais animais e sim a vida do velho Timóteo ou de algum de seus filhos.”

“Diário de Pernambuco” - 08.08.1919

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/?multi_permalinks=819993004876312&notif_id=1526934627043690&notif_t=group_activity

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LIVRO REVELA A RELAÇÃO DE LAMPIÃO COM O SERTÃO DO PAJEÚ

Por Giovanni Sá

Lampião é tema de mais um livro do escritor e presidente da Fundação Cultural de Serra Talhada, Anildomá Souza.

No próximo dia 25, no Museu do Cangaço, em Serra Talhada, haverá o lançamento de ‘Lampião e o Sertão do Pajeú’, com 210 páginas. O evento começa às 19h30.

“O cangaço se configura como um dos fenômenos mais intrigantes da história do povo nordestino. Com duração de quase 80 anos, teve no Sertão do Pajeú um de seus principais cenários. Lampião e o Sertão do Pajeú preenche uma importante lacuna na extensa bibliografia lampiônica. É um pedaço de Lampião que está sendo resgatado”, declarou Souza, completando:

“O Pajeú dos homens bravos, da poesia dos repentistas, dos cantadores, das belas mulheres, do rio mágico que aguça inspiração universal, foi também referência na construção mitológica do menino Virgolino ao Capitão Lampião”.

SERVIÇO:

Adquira o seu livro no Museu do Cangaço ou na Casa da Cultura. Ou pelos telefones (87) 3831 3860 e (87) 99918 5533. E-mail:lampiaoeosertaodopajeu@gmail.com

Outros lançamentos estão previstos pra Recife, Caruaru e até o mês de agosto será lançado em todas as capitais do Nordeste.


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OUVIR JOSÉ UMBERTO

Por Aderbal Nogueira

Ouvir José Umberto é ouvir quem conheceu e não apenas quem pesquisou. Pena que de mais de 3 horas de palestra eu só tenha conseguido recuperar esse pequeno trecho. O som está ruim e a imagem também, mas é muito importante. Espero depois recuperar mais. 
Gravado em 1994, em Mossoró - RN.


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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LAMPIÃO FOI FORMADOR DE GRUPOS DE EXTERMÍNIO.


Por Verluce Ferraz

Havia no cangaceiro Virgulino o talento para lidar com o capitalismo. Convertia seus desejos egoístas em capital financeiro, era um consumista. Não se deu ao ofício do trabalho e preferia explorar os outros; era sociopata. Suas metas eram adquirir dinheiro e as coisas que pudesse usar. Tudo que adquiria era sempre de forma ilícita. E para convencer colocava a questão da perda dos pais como causa de suas vinganças. Um padrão de sofrimento era mercado rentável para organizar o verdadeiro desejo de consumista. O hábito de roubar era rentável. Não era trabalho pelo produto, era produto sem o trabalho. 


Todas as forças mentais do cangaceiro foram direcionadas para adquirir aquilo que estava fora de seu padrão de vida familiar. Lampião vai formar "grupos de extermínio" e conduz alunos que o ajudasse no cometimento de seus crimes. Só arregimentava gente jovem para seus grupos. Dava-lhes roupas, armas; mas não havia garantia de direitos nem à vida para qualquer participante de seus grupos. Se algum morresse nos combates era sepultado ou abandonado no mesmo lugar. Lampião visava tão somente a própria proteção. Desconfiado por natureza, mandava que outro provasse o alimento para depois ele próprio comer. Desenvolveu habilidades artísticas na na forma de trajar, na dança e na arte poética de fazer toadas. A questão do vestuário tem significado psicológico. Lampião se embelezava, usava roupas coloridas de motivos florais, aplicava nos chapéus moedas, usava muitos penduricalhos que revelam função narcísica e refletem o lado artístico e feminino do cangaceiro.

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CADIM MACHADO ÚLTIMO COITEIRO DO CANGACEIRO CORISCO


Cadim Machado, último coiteiro de Corisco a foto o Senhor de óculos é seu Cadim Machado foi coiteiro de Corisco e tem mais o bando de Corisco e fotos da fazenda Patos e o restante da casa que morava a família que foi assassinadas por Corisco para vingar a morte de Lampião
Essa postagem efetuada pelo confrade Geziel Moura na página do Grupo Público HISTORIOGRAFIA DO CANGAÇO, no Facebook, só vem a enriquecer o debate sobre essa saga que divide-se em diversos atos, cada qual mais impactante que o outro. Temos nessa reportagem do Geziel, o depoimento de quem viveu à época de um dos mais sádicos episódios do cangaço, que foi o assassinato cometido por Corisco e seu bando quando aniquilou estupidamente quase toda uma família, por ter recebido uma informação que achava ser verdade.

Essa história nunca poderá ser esquecida. O local da tragédia permanecerá para sempre na memória registrada por aqueles que escrevem e estudam o cangaço cujos principais personagens dele foram Lampião e Corisco.

Estivemos nessa casa e já estava caindo aos pedaços, abandonada, e com certeza não resistirá por muito tempo. Mas a história selará sobre o local sua marca indelével pois já foi escrita em diversos livros e documentários como o que fiz, quando o chamei de A Vingança de Corisco no Palco dos Inocentes, quando uma comitiva de apreciadores da Saga do Cangaço, reuniram-se e escutaram essa essa narrativa feita pelo Senhor Celso Rodrigues.

História essa, registrada para mais de uma centena de pesquisadores, historiadores e admiradores do tema. Foi proferida na Fazenda Patos, no município de Piranhas no Estado de Alagoas, Brasil, que foi o palco dessa atrocidades cometida por Corisco e seu bando, para vingar a morte de Lampião, o Rei dos Cangaceiros.

Corisco matou seis pessoas e degolou suas cabeças e as enviou para o Tenente João Bezerra, comandante das Volantes que trucidaram Lampião, Maria Bonita e nove cangaceiros. Eram as vítimas pessoas inocentes que não tiveram nada com a morte de Virgulino Ferreira, o Lampião. Foi o próprio delator quem indicou a Corisco que a traição, tinha vindo da família do vaqueiro, o Senhor Domingos Ventura. Foram assassinados além dele, sua esposa e mais quatro membros de sua família.

O amigo Geziel Moura inicia sua postagem:

"Em março de 2015, o escritor e pesquisador Sérgio Dantas e eu, tivemos a honra de entrevistar em Caboclo (AL), provavelmente, o último coiteiro de Lampião e Corisco, na região de Pão de Açúcar (AL), o senhor Cláudio Alves Fontes, o Cadim ou Cadinho Machado, falecido no inicio deste ano. Naquela ocasião, ele nos contou como ocorreu, a chacina da família de Domingos Ventura, pelo grupo de Corisco, com riqueza de detalhes.

https://www.youtube.com/watch?v=Vs9kLhbDokU

Algum tempo atrás, produzi um vídeo de 30 min, que constam imagens atuais da Fazenda Patos e o áudio da entrevista que ele nos concedeu. Aproveito para agradecer novamente, o escritor José Bezerra Lima Irmão, que nos colocou na pista, desta extraordinária fonte do cangaço em AL. Segue portanto o link..."

Entrevista Cadim Machado, último coiteiro de Corisco

https://www.facebook.com/search/top/?q=historiografia%20do%20canga%C3%A7o

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ALCINO COSTA E SUAS IMPRESSÕES SOBRE LAMPIÃO.

Gravado pela Laser vídeo do Aderbal Nogueira
https://www.youtube.com/watch?v=smj6RtHvkK8

Publicado em 10 de jul de 2017

Alcino Costa e suas impressões sobre Lampião.
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MAIS UM TRABALHO DO JOVEM DAS LENTES ADERBAL NOGUEIRA


Por Aderbal Nogueira

Palestra de Rosemberg Cariry no Fórum do Cangaço, em 1994, em Mossoró-RN Tema: O Cangaço no Cinema. 


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