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sexta-feira, 8 de novembro de 2024

EU NÃO ENTENDIA

 Clerisvaldo B. Chagas, 8 de novembro de 2024

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.144.


Acho que eu poderia dizer que a barragem iinaugurada no rio Ipanema, em 1951, não teve muita utilidade, apesar do grande esforço do DNOCS, seu construtor. Sim, que foi um aproveitamento da construção da ponte (que até hoje serve), entretanto a alegação de que seria a barragem para abastecer d’água a cidade de Santana, não se mostrou eficiente na prática. Na época, Santana do Ipanema ainda não possuía água encanada e toda ela vinha das cacimbas do rio seco. Porém, vimos poucos caminhões pegando água na barragem. Quase uma raridade. A barragem servia mesmo para a pesca sem nenhum critério e, principalmente de farristas que saíam a pé do Centro da cidade, venciam os dois quilômetros até ali e iam beber debaixo da ponte.

Mas também não entendia sobre o açude do Bode, também construído pelo DNOCS, nos anos 50 com a mesma finalidade. Muito pequeno o número de caminhões que às vezes chegava para pegar água no açude. Contudo a cidade continuava, com mais de cem jumentos com ancoretas, abastecendo as residências com o líquido salobro das cacimbas do rio. Onde estava o erro? Como disse acima, não entendia o porquê? Praticamente ociosas essas duas importantes fontes de água, continuaram assim até a chegada da água encanada em 1966. A barragem foi assoreada pela chegada de areia grossa das constantes cheia do rio Ipanema. O açude do bode, nunca recebeu dragagem, pelo menos com alguma divulgação nunca teve.

Quanto a ponte sobre a barragem do rio Ipanema, continua com a mesma firmeza de quando foi construída. Acontece que nunca foi modificada em nenhum aspecto e a sua estreiteza não é compatível mais com o intenso tráfego Sertão – Alto-Sertão, bairros Clima Bom, Barragem – Centro. Uma loucura para carretas e pedestres. A quem apelar? A quem gritar? A lentidão com que o progresso chega ao interior é irritante. Há muito a ponte de rodagem de Dois Riachos foi substituída por uma nova. E por que continuamos com a ponte década do carro de boi? Olhe que estamos falando sobre uma das rodovias mais importantes de Brasil, a BR-316.

Continuo sem entender.

PONTE SOBRE O RIO IPANEMA (FOTO: LIVRO 230).

 


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RABO A NAMBU

 Clerisvaldo B. Chagas 7 de novembro de 2024

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.144.

Não senhor, meu amigo, não havia entrega de papel impresso para fazer prova. Não existia isso, ainda. Quando era tempo de prestar exame, nós, alunos do Ginásio Santana, tínhamos que comprar uma folha de papel pautado com duas páginas compridas, verticais.  Muitos professores faziam dessas folhas um verdadeiro jornal. Já o professor Alberto Nepomuceno Agra – meu maior mestre da Geografia – era comedido. Apesar de dois meses de aula para a época de exame, tinha o costume de fazer apenas cinco perguntas nas suas provas. E todas às vezes nos dava uma lição de economia, cortando ao meio a folha dupla e dizendo que guardasse a outra metade que não precisaria agora. E se quer saber, comprávamos o papel pautado no Comércio central ou em algumas bodegas.

Perto do Ginásio Santana, havia a bodega de “Seu Oseas” onde comprávamos o papel de provas, mas que também vendia outras coisas como “puxa”, um troço doce, comprido igual macarrão, enrolada em papel manteiga. Grudava nos dentes, mas a gente comia. Seu Oseas, tinha a marca de uma lua em quarto-crescente, na face. Para nós, garotos da época era muito gente boa! Quanto à   folha dupla do papel de prova, tinha a vantagem de durante os apertos de matérias difíceis, usarmos “filas” ou “pescas” no meio das duas bandas. Mas...  Aqui acolá, um colega era flagrado tentando burlar o professor. E aqui, amigo, paro para soltar uma gargalhada: Seu Oseas nada tinha a ver com isso. Somente sentimos essa situação mudar, a partir do Instituto Sagrada Família com o sistema de estêncil.

Apesar da situação da época, a folha de papel pautado incentivava você a estudar visando preenchê-la toda com seu conhecimento e, consequentemente ser bem recompensado. Entretanto, a facilidade que a prova impressa atual oferece, como perda de tempo, clareza e limpeza no papel, não traz vantagem alguma para quem não estuda, pois este se vê de repente com uma cuca” limpa diante de uma prova limpa. E voltando ao caso de “pescar, “filar” ou outro termo mais atualizado, teríamos alguns casos interessantes a relatar como comédia no flagra, porém, personagens mais velhos rancorosos gratuitos podem não gostar em estrilos belicosos. É melhor não dá rabo a nambu.

GINÁSIO SANTANA em 1950. (FOTO: FOMÍNIO PÚBLICO/ ARQUIVO DO AUTOR/LIVRO 230).



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LAMPIÃO ENGANADO NO JUAZEIRO DO PADRE CÍCERO.

 Por Kinko Peregrine

https://www.youtube.com/watch?v=6ygmpOA_hP8

Virgulino consegue realizar seu maior sonho, com a intermediação do Padre Cícero Romão Batista: adquirir a patente de capitão, no Batalhão Patriótico do deputado Floro Bartolomeu, o batalhão das forças legais. 

Além de alimentar sua vaidade pessoal, a patente funcionaria como uma espécie de salvo-conduto, permitindo o bando circular pelas divisas dos estados do Nordeste. Aproveitando aquela oportunidade, Virgulino solicita, também, para os companheiros Antônio Ferreira e Sabino Barbosa de Melo, os postos de 1o. e 2o. Tenentes. 

Acatada a solicitação, os membros do bando abandonam as roupas costumeiras, vestem a farda de soldado e, como autoridades constituídas, passam a ter o dever - por mais irônico que isto possa soar -, de defender a legalidade e proteger a população nordestina. 

Tudo isso foi redigido pelo Padre Cícero e assinado, a pedido deste, no dia 12 de abril de 1926, pelo engenheiro-agrônomo do Ministério da Agricultura, Dr. Pedro de Albuquerque Uchoa. Feliz da vida aos 28 anos de idade, o jovem Capitão Virgulino reúne a família para tirar fotografias.

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PADRE CÍCERO ENGOLIU LAMPIÃO COMO UM PURGANTE

 Por Cangaço em Foco

https://www.youtube.com/watch?v=swTnFrqDIFQ

Relatos do Médico e Escritor Dr. Napoleão Tavares Neves. Fonte: Documentário os Marcelinos. Autor: Rafael Souza.

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MOÇÃO AO PEDRINHO DO CORDEL E DO BAIÃO.

 Por Pedro Motta Popoff

Vocês são nota mil Jornal da Cidade.
Muito obrigado mesmo@
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