Tenente João
Bezerra à esquerda, Aspirante Ferreira de Melo ao centro e Sargento Aniceto
Rodrigues à direita
Os três militares acima, após a invasão a Lampião e seu bando de cangaceiros, na Grota de Angicos, no Estado de Sergipe, na madrugada de 28 de julho de 1938, foram promovidos ao próximo posto e graduação, como forma de reconhecimento pelo grandioso feito.
João Bezerra da Silva, na foto nº. 1, passou de 1º. Tenente para Capitão. Francisco Ferreira de Melo: De Aspirante a Oficial à 1º Tenente e Aniceto Rodrigues dos Santos: De 3º. Sargento a Aspirante a Oficial, conforme Boletim Regimental nº 179, de 12/08/1938.
A chacina só aconteceu
devido informações dada ao sargento Aniceto Rodrigues por coiteiros, informando a localização de Lampião e sua
malta na fazenda Angico. Imediatamente o sargento Aniceto Rodrigues telegrafa
ao Tenente João Bezerra, transmitindo a mensagem de forma ‘cifrada’, a fim de não
levantar qualquer suspeita. Naquele fim de manhã, o oficial estaria com sua
tropa estacionada em Pedra (hoje Delmiro Gouveia, alto sertão de Alagoas),
descansando de uma ‘batida’ policial realizada em possíveis esconderijos de
cangaceiros na região de Mata Grande.
Com estas informações as volante se dirigiram em direção ao coito do rei do cangaço, que não teve tempo nem para se defender. Lampião e os 10 cangaceiros, inclusive a sua rainha Maria Bonita, foram alvejados sem usarem as suas armas.
Esquema
da emboscada em Angico
A volante da polícia militar de Alagoas fez o cerco e, durante às quatro horas daquela madrugada de
quinta-feira, começa a batalha que põe fim a vida de Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião, o rei do cangaço, sua companheira
Maria Bonita e mais nove cangaceiros, deixando ainda o militar
Adrião Pedro de Souza é o da esquerda - Foto cedida pelo professor, escritor e pesquisador do cangaço: Antonio Vilela de Sousa
Adrião Pedro de
Souza morto, e o Tenente João Bezerra ferido com um tiro que transfixou a mão e
um outro na coxa, que ficou alojada no seu quadril.
Após o
combate, que durou cerca de 20 minutos, como de costume na época,
para provarem o grandioso feito, os cangaceiros tiveram suas
Exposição
das cabeças na escadaria da
Prefeitura de Piranhas (Palácio Dom Pedro II)
cabeças
decepadas, salgadas e colocadas em latas de querosene, contendo aguardente
e cal para conservá-las, para que pudessem ser expostas em várias cidades
de Alagoas; sendo levadas em seguida para Salvador/BA e de lá para o Rio de
Janeiro, de onde retornou à capital baiana para a realização de estudos
científicos, e onde permaneceram no Museu Antropológico do Instituto Médico
Legal Nina Rodrigues por mais de trinta anos, até que seus sepultamentos fossem
autorizados pelo governo.
Os corpos
mutilados e ensanguentados foram deixados a céu aberto, atraindo urubus, para
evitar a disseminação de doenças. Dias depois foi colocada creolina sobre os
corpos.
Fonte de pesquisa:
http://www.terceirobpm.com.br/p/ten-joao-bezerra.html