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segunda-feira, 25 de julho de 2022

POÇO: TAPA NA TAIPA

 Clerisvaldo B. Chagas, 26 de julho de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.740

No médio Sertão alagoano, o município de Poço das Trincheiras dá um forte exemplo de boa vontade e civilização. Acaba de divulgar a substituição de 72 casas de taipa por residências de alvenaria. O prefeito, agrônomo Valmiro Costa, trabalhando no Programa de Controle da Doença de Chagas, da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), procura erradicar assim a doença causada pelo inseto conhecido como “barbeiro”. O barbeiro gosta de se alojar nas frestas desgastadas da casa de taipa, e em vários locais como o teto de palha de coqueiro Ouricuri. Essa investida do prefeito contra o transmissor da doença, além de ajudar na saúde dos seus moradores, dignifica a pessoa e aumenta sua autoestima com a casa nova de alvenaria.

CASA DE TAIPA (FOTO: AUTOR NÃO IDENTIFICADO).

 O inseto barbeiro se alimenta de sangue, pode picar animais e pessoas. Após a picada em humanos, o inseto defeca deixando o protozoário Trypanosoma cruzi, ao coçar no local, o protozoário vai para o sangue provocando a doença. Esse mal acontece mais na zona rural onde prolifera ainda hoje a casa de taipa que oferece todas as condições ao inimigo da saúde. Portanto, o exemplo foi dado na iniciativa sertaneja do prefeito Valmiro Costa, e que merece todo louvor a esse tipo de trabalho. As parcerias existem para isso, mas em não havendo interesse do gestor, ela não se realiza. Paisagem sertaneja sem casa de taipa fica mais bela e posa na foto com virilidade progressista. Esperamos que haja uma grande festa no município do Poço quando a última casa de taipa for erradicada. Queremos estar presentes.

Poço das Trincheiras é a cidade que fica mais perto de Santana.  Ambos os municípios são fronteiriços e amigos. Poço já pertenceu a Santana e representa o primeiro território alagoano que recebe o rio Ipanema. Suas terras planas e férteis desenvolvem a agropecuária, mas também se destacam pelos seus montes famosos em toda a região, como parte da serra do Poço e parte da serra da Caiçara que são destaques no mundo sertanejo. Atualmente Poço das Trincheiras criou fama regional quando o povo do sertão diz:” O Poço é um município organizado onde tudo funciona”.

Valmiro Costa, foi no início um dos grandes entusiastas e batalhador pelo Canal do Sertão. Pela primeira vez como gestor do Poço das Trincheira ergue a mão e dá um tapa na taipa.

Parabéns aos seus munícipes

http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2022/07/poco-tapa-na-taipa-clerisvaldo-b.html

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CAVALHADA EM SANTANA

Clerisvaldo B. Chagas, 25 de julho de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.738

A cavalhada, folguedo é de origem portuguesa, brincou muito em Maceió e desapareceu. Surgiu na zona rural de Santana do Ipanema em lugar específico há mais de 30 anos e estava desaparecido também. A brincadeira foi resgatada e neste domingo (ontem) de Festa de Senhora Santana, apresentou-se no campo da Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira. A cavalhada é também conhecida como “corrida de argolinha”, representa as lutas de cristãos e mouros na tradição portuguesa. Alas e cavaleiros vestidos de azul, ala de cavaleiros vestidos de encarnado (vermelho), entram em competição

CAVALHADA NO CENTRO-OESTE (FUNDAJ).

Cavalhada é uma celebração de espetáculos públicos e mostra a destreza e valentia dos seus participantes que frequentemente envolvia temas do período da Reconquista. Era um torneio que servia como exercício militar nos intervalos das guerras e onde nobres e guerreiros cultivavam a praxe da galanteria.

No Brasil, esse torneio tem suas variedades, sendo algumas muito mais vistosas nos trajes e acessórios de cavalos e cavaleiros. É folguedo ativo em algumas regiões e inexistente em outras. A corrida de argolinha em Santana do Ipanema, parece ser a mais simples de todas, resumida no básico. Os cavaleiros disputam as provas tentando retirar as argolinhas penduradas num fio, usando o cavalo em velocidade e uma “lança” na mão. Existem ainda outras observações durante a prova, porém, a habilidade e destreza na hora da argolinha é a parte mais empolgante da brincadeira.

Os personagens principais são os cavaleiros, vestidos de azul (cristãos) ou vermelho (mouros) e armados de lanças e espadas. A corte é representada por personagens como o rei, o general, príncipes, princesas, embaixadores e lacaios, todos vestidos com ricas fantasias. Mas, como foi dito acima, nem todos os lugares procedem assim. A cavalhada de Santana do Ipanema, é simples e não possui os adereços e o luxo apresentados no Centro-Oeste, por exemplo. Mas, a corrida de argolinha sempre alcançou um bom número de espectadores no sítio Caracol, onde participamos há três décadas, como curioso. Um resgate muito bom que empolga o homem do campo carente de diversões.

 No início do folguedo há uma visita à igreja ou a um santo que é colocado num pedestal e só depois começam as competições cheias de nuances. Os cavaleiros saíram da Matriz de Senhora Santana para o campo do Estadual em desfile com uma banda de pífano animando a brincadeira. Não podemos contar de certo, pois não estávamos por perto.

Parabéns aos que tiveram a ideia e aos que promoveram a volta da tradição extinta.

http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2022/07/cavalhadaem-santana-clerisvaldob.html 

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O ATAQUE DE LAMPIÃO A POLICIAIS EM SÃO CAETANO DO NAVIO

 Por Sertão História


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A EMBOSCADA E A LOCALIZAÇÃO DAS MALAS DE LAMPIÃO E MARIA BONITA.

Por Cangaçologia
https://www.youtube.com/watch?v=VbBg81nEkkA&ab_channel=Canga%C3%A7ologia

Pegar uma raposa velha experiente como Lampião não era uma tarefa muito fácil, muitos tentaram, mas pagaram um preço alto, Mutti que o diga. Um relato histórico prestado pelo ex-comandante de Força Volante baiana, José Mutti de Almeida "Mutti", onde ele fala sobre uma emboscada que foi preparada por ele com o auxílio da família de Maria Bonita e o encontro das malas que estavam enterradas e que pertenciam ao famoso casal cangaceiro Lampião e Maria Bonita. Para conhecer a toda a trama armada para pegar Lampião e o conteúdo das malas... assistam o vídeo até o final. CONHEÇAM A NOSSA LOJA: https://www.lojaodonordeste.com/ Assistam e ao final deixem seus comentários, críticas e sugestões. Colaborem com o crescimento e com as melhorias do canal. INSCREVAM-SE no canal e ATIVEM O SINO para receber todas as nossas atualizações e publicações. Forte abraço! Atenciosamente: Geraldo Antônio de S. Júnior - Criador e administrador dos canais Cangaçologia, Cangaceirismo e cultura nordestina e Arquivo Nordeste. Seja membro deste canal e ganhe benefícios: https://www.youtube.com/channel/UCDyq...

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BARRO A SAGA DE SINHÔ PEREIRA E LUIZ PADRE E O TRÁGICO FIM DO MAJOR ZÉ INÁCIO DO BARRO.

 Por Cangaçologia

https://www.youtube.com/watch?v=rmXqh0eqFjA&t=679s&ab_channel=Canga%C3%A7ologia

A epopéia de Sinhô Pereira e Luiz Padre pós-cangaço e o fim trágico do Major Zé Inácio do Barro - Ceará. Um depoimento importantíssimo que coletamos do escritor e pesquisador Sousa Neto (Barro - Ceará), considerado um dos grandes especialistas ao que se refere aos estudos e pesquisas sobre o cangaceirismo no estado do Ceará e em especial aquele ocorrido na região de Barro (Ceará), sua terra natal. Assistam e ao final deixem seus comentários, críticas e sugestões. Forte abraço... Cabroeira! Atenciosamente: Geraldo Antônio de Souza Júnior - Criador e administrador dos canais Cangaçologia e Arquivo Nordeste. Seja membro deste canal e ganhe benefícios: https://www.youtube.com/channel/UCDyq...

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AVENTURAS DE UMA RAINHA Ford e Maria Bonita

 Por Geraldo Duarte


Maria Bonita, fogosa amásia de Lampião, não era a mocinha brejeira, dócil e recatada, conforme descrição de alguns escritores do cangaceirismo, em especial, os desejosos de torná-la heroína, exemplo de guerreira e dedicação feminina.

 Dona Maria, colorizada pelo mestre Rubens Antonio

No segundo volume de "Lampião e o Cangaço na Historiografia de Sergipe", do amigo Archimedes Marques, lançamento que participamos em abril último, há narrada façanha modernista da cangaceira. Encontram-se citações descrevendo suas peripécias ao dirigir automóvel da marca Ford, modelo 1924 ou 1925, do engenheiro Hercílio Brito, fatos registrados na fazenda Cuiabá, de propriedade do pai, coronel Chico Porfírio de Brito.

 Família Britto, tendo ao centro Dr. Hercílio Britto
In Informativo Canindé
Família Britto, tendo ao centro Dr. Hercílio Britto

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Família Britto, tendo ao centro Dr. Hercílio Britto

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"Quando o bando de Lampião ficava ali, Maria Bonita dirigia tal veículo. Juntavam algumas companheiras e ela saía aos trancos e barrancos, pelas vias internas da fazenda, com o pessoal sacolejando todo quando o carro balançava, como um barco em mar bravio, pela estrada esburacada e cheia de pedra.
 
 Foto meramente ilustrativa de um Ford, model T, 1924

Os cabras gritando, rindo e praguejando. As mulheres chamando pelos santos de devoção, dando gritinhos histéricos, pedindo cuidado à motorista aprendiz." (Antônio Amaury Corrêa de Araújo, apud Archimedes). Ainda conforme pesquisas de Archimedes, instruções deram-se antes, na vila Pau Ferro, atualmente Itaíba, Pernambuco. Realizaram-se em carro de Audálio Tenório de Albuquerque, a cargo do guiador Antônio Paranhos, com permissão de Lampião.

Saliente-se a importância que estudiosos oferecem à temática, apresentando-a expressiva por tratar-se da "rainha da cangaceirada" e, talvez, justificada ante a época, as localidades e o machismo sertanejo.

 Geraldo Duarte é Advogado e administrador

Artigo publicado originalmente no Jornal Diário do Nordeste.

http://lampiaoaceso.blogspot.com/search/label/Maria%20Bonita

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