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sábado, 19 de abril de 2014

O volante Biano


Sábado, Novembro de 1934, a família de Biano é acordada às quatro horas da manha. Era Lampião e seu bando, o mesmo estava bravo queria saber como chegar à serra do Jerônimo. Seu tio e padrinho Gino foi apontado para mostrar o local. Biano conta que Lampião estava com seu cachorro e o fez morder o braço do seu tio, que durante a caminhada, parou e falou que o velho Norbertão da Cabeceira sabia bem sobre toda região. De volta, ensanguentado e surrado, o tio de Biano foi parar no hospital e morreu messes depois.

Foi naquele momento que Biano, aos 19 anos de idade, tomaria uma decisão que mudaria a historia de sua vida. Revoltado com as agressões que Lampião praticou contra seu tio, partiu na segunda-feira, 29 de Novembro de 1934, para a “Bahia” (Salvador), estava determinado a entrar na polícia, dizendo à sua mãe: 

“Só volto para casa no dia que pisar na barriga de Lampião”.


Em 1935, já era cabra da peste e mandava vê no gatilho. Começou a jornada, e logo no início foi escalado para lutar na guerra de Olinda. Embarcou junto com 70 soldados em um navio para Pernambuco, onde combateram nos conflitos da região, foi guerra sangrenta. 

De volta, passou seis messes em treinamento no Quartel dos Aflitos. Começou a trabalhar duro, cortar trecho, portava um fuzil. 

Biano conta que até a morte de Lampião houve muita “rusga": 

“- Lampião não era brinquedo”, lembra Biano.

Fonte: Facebook
Governador do Sertão Virgulino

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O cangaceiro Luiz Pedro com uma cangaceira


Luiz Pedro da fazenda Retiro, município de Triunfo, no Estado de Pernambuco, com uma pessoa desconhecida.

Disse o Volta Seca: Esta foto já foi discutida em outra oportunidade. O Dr. Amaury Corrêa deu o veredicto, informando que a moça da foto que está com Luiz Pedro, é a Inacinha, companheira do cangaceiro Gato. Minha opinião é a mesma do mestre. Com a palavra os estudiosos do cangaço.

Governador do sertão disse: Amigo Volta Seca, não discordando do grande Amaury, mas Inacinha era bem mais grossinha, Veja que o rosto dessa é bem mais afilado, enquanto Inacinha tinha o rosto bem redondo.

Retorno do Volta Seca ao Governador do Sertão: Amigo Governador do Sertão, eu fico com a Inacinha, embora as sombras da foto, estejam prejudicando um pouco a identificação.

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Página Governador do Sertão

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Lampião compositor - "Mulher Rendeira"

Lampião aos dez anos e aos 20 anos de idade

A canção Mulher Rendeira é um antigo tema popular, muito cantado nos sertões nordestinos ao tempo de Lampião, e cuja origem é controversa. 

Pe. Frederico Bezerra Maciel

Segundo a versão mais conhecida do Pe. Frederico Bezerra Maciel, regionalista pernambucano e biógrafo de Lampião, é de que o mesmo teria escrito os versos da versão original da música.

Câmara Cascudo

A ele se acrescenta Câmara Cascudo, segundo o qual Lampião teria feito escrito a letra em homenagem ao aniversário de sua avó d. Maria Jocosa Vieira Lopes ("Tia Jacosa") em 15 de setembro, que era uma rendeira.

Dona Maria Jacosa Vieira Lopes, avó de Lampião

Compôs a música entre Setembro de 1921 e Fevereiro de 1922, quando apresentou a música na cidade de Floresta no Estado de Pernambuco.


A música tornou-se praticamente um hino de guerra dos cangaceiros do bando de Lampião, tendo inclusive relatos de que o seu ataque a Mossoró em 1927, teria sido feito com mais de 50 cangaceiros cantando "Mulher Rendeira".

Mossoró-RN - blogdoskarlack.blogspot.com

Por isso foi incluído no premiado filme "O Cangaceiro", de Lima Barreto, que o celebrizou no país e no exterior. Na ocasião, sofreu uma adaptação do compositor Zé do Norte (Alfredo Ricardo do Nascimento), autor de outras músicas do filme, que manteve a sua estrutura original. 

Zé do Norte

Existe também uma gravação de um antigo cabra do bando de Lampião, o cangaceiro Volta Seca, que gravou um LP (venil), pela gravadora Toda América, no ano de 1957.


http://pt.wikipedia.org/wiki/Virgulino_Ferreira_da_Silva

Ilustrado por José Mendes Pereira
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Mais invasões do perverso e sanguinário Lampião


Em 5 de Janeiro de 1932, Lampião invade a cidade de Canindé, no Estado de Sergipe. Nesta cidade violenta várias moças e saqueia o comércio local.

Em 8 de Janeiro de 1932, Lampião encontra-se com 32 cangaceiros na fazenda Maranduba, em Poço Redondo - SE. A força do tenente Manoel Neto com 100 soldados vai em perseguição travando grande combate. Na frente da força estava os soldados João Cavalcanti e Hercílio Nogueira, e estes foram os primeiros a tombaram. Adalgísio Nogueira, irmão de Hercílio tentou socorrer, e não levando sorte, também foi alvejado, morrendo no local. A força recuou com 6 soldados mortos e 12 feridos. Os cangaceiros perderam 3 cabras e um outro que de tão ferido Lampião o matou.

Em 20 de Janeiro de 1932, Lampião invade a cidade de Olindina - BA.

Em 22 de Abril de 1932, Lampião trava combate na fazenda Caldeirão, contra a força do tenente Abdon Menezes e Manoel Neto.

Em 11 de Agosto de 1932, combate entre o bando de Lampião e o tenente Ladislau, na fazenda Cajazeira, em Cipó, no Estado da Bahia.


Em 13 de Setembro de 1932, nasceu Expedita Ferreira Nunes, filha de Lampião e Maria Bonita, em Porto da Folha, no Estado de Sergipe.


Em 23 de Outubro de 1937, um subgrupo de Lampião, comandado por Corisco e Gato atacam violentamente a cidade de Piranhas, no Estado de Alagoas.

Dadá e seu companheiro Corisco

O intuito era resgatar a cangaceira Inacinha, companheira de Gato. Em um dos ataques de uma volante, Inacinha foi ferida e levada pelos policiais. Gato não se conformando com o ocorrido, vai atrás, e ficou bastante ferido, e três dias depois falece. 

Fonte: http://br.search.yahoo.com/search?fr=mcafee&type=A011BR662&p=biografia+de+Virgulino+Ferreira+da+Silva

Inacinha e seu companheiro Gato

"A ex-cangaceira morreu em 1957, de câncer, depois de ter lutado contra a doença, sem ver resultados, fugiu do hospital e mandou um mensageiro ir avisar ao marido que queria morrer em casa. Estevão selou uma junta de burros e foi atender ao último pedido da companheira. Em casa, Inacinha sofreu por alguns dias até descansar, deixando a eterna lembrança, no coração do homem que por ela ainda verte suas lágrimas. Estevão, ainda vive no Brejo do Burgo.

Gato, por pouco, não matou a própria mãe por ela ter feito comentários sobre as constantes aparições dos cangaceiros nas proximidades de sua casa. O cangaceiro dirigiu-se até a casa da mãe, com a finalidade de cortar a sua língua, sendo dissuadido por alguns familiares do macabro intento, sem deixar de mostrar prá mãe dois facões que portava na cintura, dizendo: Este é o cala a boca corno, e este é o bateu cagô”.

Fonte: João de Sousa Lima co-autor do livro "AS CAATINGAS" organizado por Juracy Marques.

Material do acervo do Dr. Ivanildo Alves Silveira

http://lampiaoaceso.blogspot.com.br/2009/10/gato-o-sanguinario-cangaceiro.html

Ilustrado por: José Mendes Pereira
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Outras invasões de Lampião e sua malta


A primeira cidade cearense que Lampião esteve na ida à juazeiro, no Estado do Ceará no dia 02-03 1926, foi Jati (antiga Macapá), com 49 cabras, Lampião se apresentou aos tenentes Barroso, encarregado do comando do destacamento local, e Verissimo Gondim, cuja força volante chegou no dia anterior.


A próxima cidade depois de Jati, indo ao Juazeiro-Ce, foi a cidade de Porteiras, e lá foram recebidos pelo prefeito Franklin Pinheiro, mais conhecido por Franco Pinheiro, primo de Antonio da Piçarra. Ali, pernoitaram. A sequência de viagem levou-os em 03 de Março, à Fazenda Laranjeiras, de Antonio Pinheiro, irmão do prefeito de Porteiras, onde almoçaram. No início da tarde seguiram em direção à Serra do Araripe, para casa do coronel Santana, na Fazenda Serra do Mato, onde passaram a noite.


Ao amanhecer do dia seguinte, vindo Lampião da cidade de Porteiras, na ida ao Juazeiro, chega com seus cabras à cidade de Barbalha, aonde chegaram entre 8:00 e 9:00. Os moradores ficaram a olhar as roupas dos cangaceiros. Os mais desembaraçados chegaram a conversar com alguns componentes do bando. Lampião fez ligeira refeição no hotel Centenário, que pertencia a Francisco Cordeiro, estando presentes várias autoridades, inclusive o prefeito, o coronel Henrique Fernandes Lopes Sobrinho. Bem em frente a esse estabelecimento, existia uma grande tamarineiro, sob cuja sombra abrigaram-se os cabras que acompanhavam Lampião naquela jornada.

Local da casa da Fazenda Tapera

No dia 26-08-1926, ao romper do dia, o grupo de cangaceiros dessa vez, era numeroso, chegando a cento e dez homens. Na casa da fazenda encontravam-se cinco homens destemidos: Manoel de Gilo, dois filhos seus e dois parentes. Manoel de Gilo confiante que seria socorrido pela força de setenta homens aquartelada em floresta, preparou-se para lutar contra os cangaceiros. Lampião bem armado, já com os fuzis que recebeu em Juazeiro-Ce para integrar no batalhão patriótico. O tiroteio prolongou-se por muito tempo, sem que a força de Floresta chegasse. À medida que o tempo passava, a esperança "dos Gilos" ia se acabando. Todos foram mortos.

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