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terça-feira, 6 de janeiro de 2015

A SERRA DO CRISTO!

Emily Bilhões neta bisneta de Corisco e Dadá

Um dos piores momentos da vida dos cangaceiros era quando seus filhos, nascidos nas correrias das caatingas, eram entregues a pessoas previamente escolhidas quando podiam... Onde nem sempre era possível.


Quando foi confiada a guarda de seu filho ao padre José de Melo Bulhões, em início de setembro de 1935, Corisco e Dadá recomendaram em carta, escrita de próprio punho, que transformasse seu filho em Doutor, homem religioso e de boa índole, para que o mesmo não passasse as amarguras da vida, em que eles viviam... E assim o fez.

O padre recebeu diversas cartas de Corisco, onde o cangaceiro demonstrava, profundo amor pelo filho, uma desta demonstração de amor incondicional, foi quando o padre avisou ao casal, que o menino seria batizado no dia 26 de janeiro de 1936. Corisco e Dadá se encontravam em Águas Belas – PE, nas propriedades do Dr Audálio, aquele que presenteou Corisco com a cachorra Jardineira, e prontamente marcaram a viagem para Santana do Ipanema, onde se realizaria o batizado e assim o fizeram... Chegaram a um local chamado SERRA DO CRISTO, previamente escolhido e ao longe observavam a movimentação das pessoas que se deslocavam ao local da cerimônia... 

A distância, avistaram uma mulher, com uma criança vestida de branco, onde o coração dos pais, denunciavam que era seu filho amado.

A primeira fotoA é uma foto atual, cedida para postagem por uma bisneta do casal, nossa amiga Emily Bulhões, outra do nosso amigo 

Sílvio Bulhões filho de Corisco e Dadá

Sílvio Bulhões, por ocasião seu batismo e uma foto antiga da cidade, com o Serra do Cristo ao fundo, onde os cangaceiros ficaram observando.


Fonte: facebook
Página: Adauto Silva

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A CAMPANHA DE GONZAGÃO PELO PETRÓLEO NACIONAL

Por Mário Mota
www.obeabadosertao.com.br

O Petróleo é nosso!

Ouçam essa bela marchinha, gravada pelo inoxidável Luiz Gonzaga na década de 50, e que também agitou a campanha pela defesa do petróleo e da criação da Petrobras.


ACRESCENTANDO:

Das inúmeras composições feitas e musicadas, por Gonzagão, muitas foram homenagens a pessoas, fatos e coisas ligadas ao Nordeste e ao Brasil. Em 1959, já consagrado como o Rei do Baião, Luiz Gonzaga colocou música na letra da “Marcha da Petrobras”, resultado de uma parceria entre Nélson Barbalho e Joaquim Augusto, que foi gravada num disco de 78 rpm, foi um sucesso, há época, que pouca gente conhece nos dias atuais.
Portanto, eis aqui a letra deste sucesso:

MARCHA DA PETROBRAS
(Luiz Gonzaga – Nélson Barbalho - Joaquim Augusto)

Brasil, meu Brasil
Tu vais prosperar, tu vais.
Vais crescer ainda mais
Com a Petrobras.

Agora a coisa vai mudar
O sangue da terra vai jorrar
Porque o Nacional Monopólio
Nos deu o nosso rico Petróleo.
Somos assim, do nosso grande País,
Um povo forte, futuroso e bem feliz.
Petroleiros conduzindo pelo mar
O ouro negro para o Brasil refinar.

Assim Mataripe e Cubatão
O óleo do Brasil destilarão.
Candeias, Maceió e Nova Olinda,
Os campos de nossa riqueza infinda,
Terão de dar produção para o Brasil.
E nossa terra não será só ouro anil,
No Conselho Mundial entre as Nações,
Nós brasileiros temos de ser campeões.

Fonte de consulta: LUIZ GONZAGA E A PETROBRAS (2012) - Kydelmir Dantas.
Data: 06/01/2015 10:05
Assunto: A campanha de Gonzagão pelo petróleo nacional

Enviado pelo poeta, escritor, pesquisador do cangaço e da literatura gonzaguiana Kydelmir Dantas

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TESTAMENTO DE PADRE CÍCERO NA ÍNTEGRA (INCLUINDO TERMO DE ABERTURA) - PARTE FINAL


E por tal modo conclúo e termino este meu testamento. Declaro em tempo que por uma resolução por mim tomada neste momento antes de assignar este testamento ficam sem effeito os legados que faço dos sitios Veados e Santo Antonio deste Municipio, cujas doações a quem desejo fazer as realizarei por escriptura publica bem como que não ficarei inhibido de vender os bens que deixo reservados na claúsula decima primeira antes de morrer para satisfação de quaesquer compromissos. Joaseiro 4 de outubro de 1923. Pe Cicero Romao Bapta. (Selado com 1 (uma) estampilha de 20$000; 3 (três) de 1000 reis e 1 (uma) de 300 reis)".

Saibam quantos este instrumento de auto de approvação de testamento virem que, no anno do nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil novecentos e vinte e tres (1923), aos quatro dias do dez de Outubro, nesta cidade do Joazeiro, Estado do Ceará, em casa de residencia do Reverendissimo Padre Cicero Romão Baptista, onde eu Tabellião vim, e sendo elle ahi presente, que reconheço pelo proprio, que se acha de pé, em seu perfeito juizo e entendimento, segundo o meu parecer e dos testemunhos que presentes estavam e positivamente foram convocados, perante as quaes por elle testador das suas mãos ás minhas me foi dado este papel fechado e cosido, dizendo-me que era seu testamento, que eu mesmo á seu rogo e ditado por elle lh'o fizera, queria que eu lh'o approvasse; o qual papel eu acceitei, e achei com effeito ser o testamento do sobredito testador Reverendissimo Padre Cicero Romão Baptista, escripto em vinte e uma laudas de onze folhas de papel, e não achando em todo elle borrão, risca ou entrelinha, nem cousa que duvida faça, lhe perguntei se aquelle effectivamente era seu testamento e queria que eu o approvasse, na presença das testemunhas abaixo assignadas, a que respondeu que este era o seu testamento e ultima vontade; que tinha por bom, firme e valioso; que por elle revogava outro qualquer; que rogava ás Justiças da Republica lhe dessem cumprimento de justiça; e que era seu desejo que ficasse fechado, cosido e lacrado e que não fosse aberto senão depois de seu fallecimento; e por não ter cousa que duvida fizesse, rubriquei as vinte e uma laudas de papel em que se acha escripto o testamento com o meu appellido de L. Machado, e lh'o approvei e houve por approvado na fórma da lei, com todas as solennidades de direito, e ficará fechado, cosido e lacrado com sete pingos de lacre, sendo quatro por fóra e tres no centro. E para constar fiz este auto de approvação, que assigna elle testador, do que dou fé, sendo testamunhas presentes João Leolegario da Silva, natural do Estado de Pernambuco, negociante; Irineu Olympio de Oliveira, natural da Bahia, agrimensor; Abilio Gomes de Sá, natural do Estado de Pernambuco, negociante; Francisco José de Andrade, natural de Pernambuco, negociante; e José Furtado Landim, natural deste Estado, escrivão da Collectoria Estadual neste Municipio e Comarca, todos residentes nesta cidade, que reconhecem ser o dito testador o proprio, de que dou fé, e assignarão depois de lhes ser lido por mim Tabellião este auto de approvação. E eu, Luiz Theophilo Machado, segundo Tabellião, o escrevi e assigno em publico e raso.

Em testemunho LM da verdade.
O 2º Tabellião Publico Luiz Theophilo Machado.
Pe Cicero Romão Bapta
João Leodegario da Sa
(Selado com 1 (uma) estampilha de 300 reis).
Irineu Olympio D'Oliveira
Abilio Gomes de Sá
Francisco José de Andrade
José Furtado Landim

Joaseiro, 27 de julho de 1934.
(Selado com 2(duas) estampilhas de 2000 reis; 1 (uma) de 300 reis e outra sem valor expresso).

Termo de abertura do testamento cerrado com que faleceu nesta cidade o Padre Cíceo Romão Batista. Aos vinte e sete dias do mês de Julho do ano de mil novecentos e trinta e quatro, ás dés horas, nesta cidade do Joaseiro, Estado do Ceará, em casa de residencia do falecido testador, aí presente o Juiz Municipal Doutor Plácido Aderaldo Castelo, comigo segundo Escrivão do seu cargo abaixo assinado por Dona Joana Tertulina de Jesus, foi apresentado ao referido Juiz, presentes varias pessôas gradas e autoridades locaes destacando-se o Reverendissmo Monsenhor Vicente Sátér de Alencar Vigario Geral da Diocese, Monsenhor Pedro Esmeraldo, Padre Juvenal Coalres Maia, Doutores Júvencio Joaquim de Santana, Manuel Belem de Figueiredo e Mozart Cardoso de Alencar e os cidadãos Antonio Luis Alves Pequeno, Jesús Rodrigues, Coletôr Estadual, Francisco Botelho Filho, José Ferreira de Meneses, José Fausto Guimarães, José Herminio Amorim, Fausto da Costa Guimarães, Francisco Neri da Costa Marato, Pedro Silvino de Alencar, João Alves da Silva Bucuráo, Francisco Edgard Lima Braga, Vicente Pereira da Silva, Primeiro Escrivão, João Bernardo da Costa, varias senhoras, foi verificado exteriormente o aludido documento que não acusava nenhum inicio de violação, devidamente lacrado, com a inscrição seguinte: “Testamento cerrado do Padre Cícero Romão Batista “ approvado na forma da Lei, aos quatro de outubro de mil novecentos (trinta e tres, digo novecentos vinte e tres, por mim segundo Tabellião desta Comarca de Joaseiro Luiz Theophilo Machado. Aberto o testamento pelo proprio Doutor Juiz Municipal foi o mesmo lido em vóz alta e ouvido por todos os presentes no dia hora acima descritos; que o mesmo testamento foi apresentado por Dona Joana Tertulina de Jesús, em poder de quem se achava o dito documento por lhe ter sido confiado pelo testador Reverendissimo Padre Cicero Romão Batista; que sempre como acaba de demonstrar guardou cuidadosamente referido documento, pessôa que áxa como é publico e notoria de absoluta confiança do testador; que desde quinze anos de idade a apresentante residio com o testador, contando hoje a idade – sessenta e nove anos de idade; que assim eram real e verdadeira a amizade e confiança do testador para com a apresentante; que o testador faleceu nesta cidade aos vinte dias do mes de Julho do ano de mil novecentos trinta e quatro e chamava-se Padre Cicero Romão batista, filho legitimo dos falecidos Joaquim Romão Batista e Dona Joaquina Vicencia Romana, solteiro, brasileiro, domiciliado e residente nesta cidade, Clerigo; nenhum vicio como já foi dito foi encontrado externamente achando-se portanto intáto. Do que para constar lavrei este termo de abertura que depois de lido será assinado pelo Juiz, apresentante, testemunhas e por Antonio Machado, segundo Escrivão interino.

Plácido Aderaldo Castelo
Joana Tertulina de Jesus
Mons. Vicente Sother de Alencar
Mons. Pedro Esmeraldo
Padre Juvenal Colares Maia
Antonio Luis Alves Pequeno
Manuel Belem Figueiredo
Dr Mozart de Alencar
Juvencio Joaquim de Santtana
José Ferreira de Meneses
Pedro Silvino de Alencar
João Alves da Silva Bacurau
José Fausto Guimarães
Jesus Rodrigues
José Herminio Amorim
Francisco Edgar Lima Braga
Francisco Neri da Costa Morato
Francisco Botelho Filho
Fausto da Costa Guimarães
José Armando Bezerra de Meneses
Vicente Pereira da Silva
Mons. Tenorio de Assis
Antônia [ilegível] Silva
Maria Ramos Costa
Julia Violeta Botelho
Lindalva Fernandes d'Oliveira
José Geraldo Cruz

FINAL

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ZÉ BAIANO E LÍDIA


Era baiana, alegre, dentes perfeitos, cabelos pretos e corpo bonito. Muitos a achavam a mais bela das cangaceiras. Entrou no bando de Lampião com pouco mais de 18 anos para ser a companheira de Zé Baiano, famoso pela crueldade e pela feiura também: preto, magro, “de cara chupada”. 

Zé Baiano, entretanto, compensava sua fealdade com a valentia e riqueza. Seus companheiros diziam que ele tinha mais dinheiro e ouro que Lampião. E mais: era agiota. Emprestava dinheiro a vários comerciantes, assim, era fácil negociar com eles.

E sua Lídia era por tabela, a mais rica das mulheres do bando. Ostentava ricas joias e seu burro, chamado de Brinquinho, tinha arreios especiais causando admiração por onde andava. Zé Baiano era apaixonado por Lídia e não se importava de demonstrar seu carinho. Escolhia os melhores pedaços de carne, dando na boca comida, água e ainda limpava a boca de sua amada com guardanapo de linho, uma sofisticação nas caatingas e amor explícito. Que mais Lídia poderia querer?

Mas, Lídia era fogosa e quando Zé Baiano viajava, ela dava umas escapulidas com os companheiros solteiros do bando. Muitos sabiam, mas nenhum ousava dizer. Até que um dia, o cangaceiro Coqueiro flagrou Lídia com Bem-te-vi em pleno colóquio nas matas. Bem-te-vi era o oposto de Zé Baiano: bonito, alto, louro e branco. Dizem que o romance foi longo. Coqueiro quis participar da brincadeira, sendo recusado por Lídia.

Com o retorno de Zé Baiano, Coqueiro não pensou duas vezes. Contou tudo o que viu. Pagou com a vida sua delação. E Lídia foi amarrada durante toda uma noite, enquanto seu companheiro pensava o que fazer com ela. Lídia apelou para Lampião e Maria Bonita, mas o casal não interferiu.

Lídia teve uma morte cruel, morta às pauladas ao amanhecer. Seu belo rosto ficou desfigurado. Zé Baiano a enterrou numa cova rasa e chorou feito criança. Cumpriu à determinação do Código de Honra do Cangaço.
A bela Lídia teve um final triste.

Fonte: facebook

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QUEM SÃO OS BANDIDOS MAIS FAMOSOS DA HISTÓRIA? – PARTE III


ROBIN HOOD

Vilão ou herói? A resposta é fácil: o salteador inglês que atazanava a vida do xerife de Nottingham entrou para a história como um bandido do bem, que roubava dos ricos para dar aos pobres. Contemporâneo do rei Ricardo Coração de Leão, que comandou os destinos da Inglaterra no século XIV, Robin liderava um alegre bando de aventureiros que vivia aprontando contra os poderosos. Quando a coisa fervia, escondiam-se na floresta de Sherwood. Ainda hoje os historiadores discutem se ele existiu de verdade ou se é apenas fruto da fértil imaginação dos escritores medievais. Seja como for, a história rendeu dezenas de filmes bacanas, desde animações Disney ao clássico do capa-e-espada As Aventuras de Robin Hood (1938), uma das maiores atuações do grande Errol Flynn.

http://mundoestranho.abril.com.br/materia/quem-sao-os-bandidos-mais-famosos-da-historia

Biografia de Robin Hood escrita pela Wikipédia

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